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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL DIREITO, INFORMAÇÃO E TRANSPARÊNCIA PÚBLICA AVALIAÇÃO PARCIAL 02 – 2021.1 RELATÓRIO PARCIAL DE PROCESSO DE CONSTRUÇÃO E MONITORAMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS: Plano de Contingência ao Covid-19 de Porto Alegre Acadêmicos: Gisele Ferraz Albuquerque, Júlio Buzzatti, Karoline Silva Henrique, Taís Formigoni Professor: Vinicius Pinheiro Marques CANOAS 2021 A. Problemas identificados na entrega 01 e propostas de intervenções para melhorias. Conforme o trabalho anterior, o grupo escolheu a cidade de Santa Maria para consultar o portal de transparência. Talvez por ser um município pequeno, não encontramos em localizar as informações, mas algumas melhorias poderiam ser realizadas para localizar as informações mais rapidamente, e até para melhor visualizar os dados. Tanto na parte de balanços quanto dos investimentos, o site deveria ter uma lupa também em cada um destes ítens para uma busca mais precisa, do que somente os dados fornecidos por ordem cronológica. B. Compreendendo o que é a pesquisa-ação. Como o próprio nome sugere, pesquisa-ação é uma metodologia que ao mesmo tempo que o pesquisador observa, ele faz levantamento de dados, ele também age. Ou seja, vai concretizando ações dentro de uma determinada instituição. Não se sabe ao certo como e onde surgiu, pois as pessoas sempre investigaram a prática com a finalidade de melhorá-la, mas um dos pioneiros deste tipo de pesquisa foi o psicólogo alemão Kurt Lewin (1890-1947). A pesquisa-ação é um processo natural e se desenvolveu de maneiras diferentes para diferentes aplicações. Além de sua aplicação em ciências sociais e psicologia, a pesquisa-ação é muito aplicada na área do ensino, pois é usada como estratégia para o desenvolvimento de professores e pesquisadores, aprimorando os meios de ensino. 1. APRESENTAÇÃO O trabalho nos deu oportunidade de exercer ainda mais a nossa cidadania, pesquisando sobre políticas públicas e escolhendo uma para monitorar e aprofundar o conhecimento adquirido na disciplina de Direito, Informação e Transparência Pública. Nossa escolha foi pela Secretaria Extraordinária de Enfrentamento ao Coronavírus do município de Porto Alegre, com a política pública do Plano de Contingência do vírus. Com o crescimento acelerado da pandemia, foi necessário desenvolver ações para que os danos e contágio se tornem minimizados. Com estas informações, passaremos para a seção 2, onde vamos identificar o órgão onde o trabalho está sendo desenvolvido. 2. Órgão onde o trabalho está sendo desenvolvido: O desenvolvimento deste trabalho foi feito com base nas políticas públicas de combate à pandemia de Covid-19 da Secretaria Extraordinária de Combate ao Coronavírus, da cidade de Porto Alegre. Conforme informações do próprio site da prefeitura: “A Secretaria Extraordinária de Enfrentamento da COVID-19 (SECOVID) tem a competência de auxiliar na elaboração de minutas de projetos de lei, decretos e atos normativos municipais, bem como na interlocução com órgãos públicos municipais, estaduais e federais, e entidades representantes da sociedade civil para adoção de medidas de combate aos efeitos sanitários, econômicos e sociais da pandemia”. Isso quer dizer que cabe à esta secretaria auxiliar em todas as formulações para a redução do Coronavírus,com a elaboração de leis municipais e decretos de contenção, sempre visando o desenvolvimento da cidade com cuidado e responsabilidade. 3. Problema público – surgimento (1a fase) ● Contextualização do problema, pressupostos, como surgiu e sua definição. O novo Coronavírus foi descoberto em Wuhan, cidade chinesa com 11 milhões de habitantes, devido a uma série de casos de pneumonia com origem desconhecida. Depois de algumas pesquisas, foi descoberta a Covid-19, doença causada pelo Coronavírus. O primeiro caso de Covid-19 confirmado no Brasil foi em 26 de fevereiro de 2020, com isso em abril do mesmo ano já tinham sido confirmados cerca de 30 mil casos e quase 2 mil mortes. Desde então, o vírus vem se espalhando por todo globo terrestre. Foi estabelecido protocolos para prevenção e surgimento de decretos para o combate à Covid-19, o uso obrigatório de álcool em gel, máscaras faciais, distanciamento social, a criação de hospitais de campanha, horários de restrições e funcionamento somente de estabelecimentos essenciais. ● Como os temas ganharam atenção dos governos? O Brasil e o mundo entraram em alerta, com todas as medidas de cuidados os casos só aumentavam. Os sintomas da Covid-19 aparecem após 2 até 14 dias depois da infecção. Qualquer pessoa pode apresentar sintomas leves ou severos da doença. Os sintomas podem estar presentes isoladamente ou diferentes combinações, alguns dos sintomas são: febre ou calafrios, tosse, falta de ar, fadiga, dores pelo corpo, dor de garganta, dor de cabeça, coriza, diarreia, náuseas, ausência de olfato. Qualquer desses sintomas deve ser consultado o médico. ● Que problemas foram reconhecidos pelos governantes como relevantes? Com isso, a população necessitou de reclusão para tentar combater o vírus. A quarentena e o isolamento social veio à tona, mudança radical na vida do cidadão. Nas redes sociais a #FicaEmCasa ganhou destaque e repercussão. O Art. 2º da Lei Nº 13.979, diz: ‘’Para fins do disposto nesta Lei, considera-se: I- isolamento: separação de pessoas doentes ou contaminadas, ou de bagagens, meios de transporte, mercadorias ou encomendas postais afetadas, de outros, de maneira a evitar a contaminação ou a propagação do coronavírus; e II- quarentena: restrição de atividades ou separação de pessoas suspeitas de contaminação das pessoas que não estejam doentes, ou de bagagens, contêineres, animais, meios de transporte ou mercadorias suspeitos de contaminação, de maneira a evitar a possível contaminação ou a propagação do coronavírus.’’ ● Como as alternativas para esses temas foram geradas? Para conter a transmissão da Covid-19 o município de Porto Alegre aderiu ao plano de contingência. Conforme ‘’Art.6º como instrumento de controle sanitário e epidemiológico de combate à Covid-19, o município de Porto Alegre adere aos protocolos gerais e de atividades previstos no Sistema 3As de Monitoramento Estadual, nos termos do Decreto Estadual nº 55.882, de 15 de maio de 2021.’’ ● Como a agenda governamental se constituiu? Com a necessidade de frear a contaminação do novo Coronavírus e também diminuir o impacto na população, empresários e comerciantes que a pandemia trouxe para o município de Porto Alegre, foi criada a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento ao Coronavírus. O órgão também reúne dados sobre o vírus, normas municipais, boletim diário, vacinômetro, plano de contingência, Proteção social, medidas econômicas e sociais, receitas e despesas, contratações emergenciais, entre outros. Com isso, a secretaria busca informar, amparar, conter e auxiliar os moradores da cidade. É inegável a necessidade das atribuições do órgão, visto todo impacto que o Covid-19 já criou.Os principais objetivos do plano de contingência são, a prevenção e controle da alta transmissão da Infecção de Covid-19, assim como os óbitos ocorridos pela doença e evitar que ocorra sobrecarga nos serviços de saúde. ● Por que e quando uma ideia emergiu? A ideia emergiu com a necessidade de conter os casos e as consequências que o novo Coronavírus trouxe para o município de Porto Alegre. Para isso, o Plano de Contingência foi elaborado e estruturado, para que todos os protocolos e orientações estejam à disposição não só dos profissionais competentes, mas também aos interessados. Há revisões periódicas do plano, visto as mutações e aumento exponencial de casos. Porto Alegre já contabiliza mais de 145.075 casos confirmados da doença, sendo 137.236 recuperados e 4670 óbitos.Nesse sentido, a gravidade da situação foi o ponto de partida para a criação desta política pública. 4. Identificação e relevância do problema que o levou para a agenda política (2afase) Com o crescente aumento dos casos de Covid-19 na capital, a Prefeitura de Porto Alegre identificou os problemas que a doença trouxe que são: ● Alta taxa de transmissibilidade da doença; ● Possíveis surtos; ● Gravidade clínica (possíveis complicações, internações e mortes); ● Vulnerabilidade da população. A partir desses pontos, foi possível entender a demanda urgente de um plano que auxiliasse a proteger a população. Com o auxílio do Ministério da Saúde e o SUS (Sistema Único de Saúde), a capital começou a utilizar uma ferramenta de classificação de emergência por níveis, assim sendo avaliado a importância desta política pública. Os objetivos principais do plano de contingência são prevenir a controlar as novas infecções pelo Covid-19, evitando surtos, evitar que haja sobrecarga nos leitos hospitalares e por último, que as mortes pela doença sejam minimizadas. 5. Formulação e decisão da política (3a fase) O principal intuito deste plano de contingência é a prevenção e o controle da alta transmissão do novo Coronavírus (Covid-19). A prevenção é dada por meio da organização de ações de prevenção garantindo a correta divulgação de informações e análises epidemiológicas, fornecendo apoio a atividades de educação em saúde e mobilização social e amparando profissionais de saúde fornecendo Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs). Já o controle é feito com o monitoramento e avaliação da situação epidemiológica com objetivo de orientar a tomada de decisão, organizar os serviços de saúde da capital e as ações de coleta e envio aos laboratórios de amostras clínicas de casos suspeitos. Das alternativas para solucionar esta questão da alta taxa de contágio do novo Coronavírus, um plano de contingência municipal é o que mais se encaixa para tratar um problema de saúde pública municipal, visto que indispensável a intervenção do governo em tal situação de crise na saúde pública, trazendo consciência a população e remediando. A partir da declaração de Emergência de Saúde pública de Importância Nacional feita pelo Ministério da Saúde em 3 de fevereiro de 2020 e do primeiro caso confirmado de Coronavírus no país em 26 de fevereiro de 2020, a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre (SMSPOA) em conjunto com a sua Prefeitura Municipal começou a desenvolver várias ações para enfrentar esta epidemia. A primeira versão deste plano de contingência é de 7 de fevereiro de 2020 e foi destinada aos hospitais de Porto Alegre, e desde então as diretrizes deste embrionário Plano têm se alinhado com a Secretaria de Saúde do Estado e Ministério da Saúde. Esse plano foi concebido por Mauro de Souza - Secretário Municipal de Saúde de Porto Alegre, Ana Carolina - Secretária Adjunta. Juntamente com membros das Diretorias de Atenção Primária à Saúde, Regulação, Atenção Hospitalar e de Urgência, Contratos, das Coordenações Municipais de Urgências, de Assistência Laboratorial e das Assessorias de Comunicação e de Planejamento, Monitoramento e Avaliação. 7. CONCLUSÃO: Ao desenvolver esta pesquisa, podemos concluir que é de suma importância que medidas sejam tomadas no que diz respeito às políticas públicas, bem como a transparência das mesmas para que a população compreenda com clareza , além do fácil acesso para que todos possam encontrá-las. É necessário também que a população não apenas identifique os problemas de políticas públicas, mas que possam atuar de forma mais participativa, propondo melhorias e acompanhando os processos. Com relação a escolha do grupo, optamos pela política-pública no que diz respeito ao COVID-19. Primeiramente porque a saúde é um dos direitos básicos de todo cidadão, e segundo, que este é um vírus que trouxe grandes impactos negativos à população.Mesmo sendo uma área tão essencial, o sistema público de saúde ainda carece de mais atenção e investimento. A pandemia foi o reflexo da má gestão do poder público na área da saúde. Falta de leitos e insumos hospitalares foram os fatores que mais afetaram diretamente para seu enfrentamento, aumentando o número de mortes. Com isso,se fez necessária a criação emergencial de uma política pública. A prefeitura de Porto Alegre, em seu Plano de Contingência para a infecção pelo novo Coronavírus (COVID-19), conseguiu abordar todos os objetivos básicos que um plano deveria ter, principalmente com o monitoramento, prevenção e remediação da doença. Entretanto, o grupo acredita que o plano de contingência poderia ser mais completo, por conta da falta de informações de procedimentos de saúde, como a formulação de questionários para vigilância e monitoramento a distância de pacientes com comorbidades e em grupos de risco, orientações para profissionais de saúde sobre técnicas de limpeza de ambientes e materiais hospitalares, o que possibilitaria um menor risco de contágio com a doença e um atendimento especializado para quem mais precisa. Levando em consideração os fatos analisados, fica claro que ainda há muito para ser feito, mas estamos no caminho. Com a vacina disponível há uma queda considerável nos casos de pessoas infectadas pelo vírus. No entanto, ainda permanece a necessidade de conscientização da população quanto às medidas de prevenção. 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E SITES CONSULTADOS https://prefeitura.poa.br/coronavirus https://infografico-covid.procempa.com.br/ http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/sms/usu_doc/plano_de_conting encia_covid_19_-_poa_2021_-_abril_21_(1).pdf https://infografico-covid.procempa.com.br/referencias-e-comparacoes
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