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TEMA 1
GEOLOGIA DE ENGENHARIA
Minerais e Rochas
1.2 - Rochas
• O que é uma Rocha? 
• Como as rochas se formam? Como se classificam?
• Quais são os seus modos de ocorrência?
• Quais as suas propriedades?
• Qual a relevância deste estudo para a Engenharia 
Civil?
https://www.youtube.com/watch?v=E09APr6Qpsk
1.2 - Rochas
• São agregados de uma ou mais espécies de minerais;
• Rochas simples ou uniminerálicas: formadas por um 
só mineral;
- Ex: Quartzitos  constituídos somente por quartzo;
1.2 - Rochas
• Rochas compostas ou pluriminerálicas: formadas por 
mais de uma espécie de mineral;
– Ex: Granito  Constituído de quartzo, feldspato e mica;
1.2 - Rochas
• As rochas existentes na crosta terrestre praticamente se 
constituem de aproximadamente 20 minerais.
– Foldspatos
– Feldspatóides
– Micas
– Ferromagnesianos
– Olivinas e serpentinas;
– Silicatos
– Óxidos
– Carbonatos;
1.2.1 - Classificação das Rochas
• A) Rochas Magmáticas ou Ígneas
- Formadas a partir do resfriamento ou consolidação do magma 
(material em fusão);
• B) Rochas Sedimentares
- Formadas pela ação do intemperismo sobre rochas pré-
existentes formando sedimentos;
• C) Rochas Metamórficas
- Formadas pela transformação de outras rochas sob efeitos de 
grandes variações de pressão, temperatura e ambientes 
químicos (sem fusão);
https://www.youtube.com/watch?v=wLIzDKr7zj0
1.2.2 - Rochas Magmáticas ou 
Ígneas
1.2.2 - Rochas Magmáticas ou 
Ígneas
• Magma
• Material em fusão no interior da Terra  Rocha no estado de 
fusão;
• Constituído por uma mistura complexa de silicatos, óxidos, 
fosfatos e titanatos;
• Lava: magma que atinge a superfície;
• A velocidade com que as lavas escorrem pode variar de 100m 
por dia a 50 km/h  Fluidez
• Temperatura varia de 900 a 1200 ºC;
• No Brasil não existem vulcões ativos;
1.2.2 - Rochas Magmáticas ou 
Ígneas
1.2.2 - Rochas Magmáticas ou 
Ígneas
• Modos de ocorrência:
• A) Rochas extrusivas
– Quando o magma atinge a superfície esparramando-se;
– Forma-se através do rápido resfriamento (derrames);
– Forma e dimensões do derrame  fluidez;
– Derrames: corpos magmáticos de forma tabular que cobrem 
extensas áreas;
– Ex: Derrames de basalto do sul do Brasil – bacia do Paraná.
Barragem de Itaipu  apoiada sobre sucessivas camadas de Basalto
1.2.2 - Rochas Magmáticas ou 
Ígneas
• B) Rochas Intrusivas
– Quando a consolidação do magma ocorre internamente;
– Formas dependem da estrutura geológica e da natureza das 
rochas que elas penetram;
– Formas comuns: 
• Sills, 
• Diques
• Batólitos
1.2.2 - Rochas Magmáticas ou 
Ígneas
• Sills:
– Forma tabular;
– Pouco espessas;
– Posição horizontal;
– Possuem superfícies paralelas;
– Espessura varia de alguns centímetros a muitas centenas de 
metros;
– Distância e espessura dependem da força com que o magma é 
injetado, da sua temperatura, grau de fluidez e o peso das 
camadas;
– Brasil: Ocorrem na região sul  sills de diabásio no interior de 
rochas sedimentares
1.2.2 - Rochas Magmáticas ou 
Ígneas
• Diques:
– Forma tabular;
– Verticais;
– Cortam angularmente as camadas das rochas invadidas;
– Espessura de poucos centímetros a centenas de metros;
– Ocorrem em grande número raro encontrar um só dique;
– Brasil: Norte do Paraná e Rio Grande do Norte;
– Vale do Rio Tibagi  Cortados pelo rio provocando a formação 
de corredeiras e cachoeiras Dique mais resistente a erosão, 
se comparado a rocha predominante;
– Dique menos resistente  depressões;
1.2.2 - Rochas Magmáticas ou 
Ígneas
• Batólitos: 
– Grandes massas magmáticas consolidadas internamente.
– Geralmente de constituição granítica;
– Abrangem grandes áreas;
1.2.2.1 - Classificação das 
Rochas Magmáticas
• Existem diversos critérios de classificação  Serão 
enumeradas apenas algumas propriedades mais 
usuais;
– Porcentagem de sílica;
– Cor dos minerais;
– Tipo de feldspato;
– Granulação;
– Classificação em geologia de engenharia;
1.2.2.1 - Classificação das 
Rochas Magmáticas
• A) Porcentagem de Sílica:
– Sílica está sempre presente: livremente ou nos minerais 
silicatos;
– Ácidas: teores de sílica superiores a 65%;
– Intermediárias ou neutras: 52 a 65%;
– Básicas: < 52%;
1.2.2.1 - Classificação das 
Rochas Magmáticas
• B) Cor dos minerais:
– Classificação pela quantidade de minerais escuros;
– Leucocróticas: possuem menos de 30% de minerais escuros 
Claras;
– Mesocráticas: entre 30% e 60% de minerais escuros 
Medianas;
– Melanocráticas: acima de 60% de minerais escuros  Escuras.
1.2.2.1 - Classificação das 
Rochas Magmáticas
• C) Tipo de feldspato:
– Alcalinas: predominam os feldspatos potássicos e sódicos;
– Monzoíticas: quantidade de feldspato alcalino é 
aproximadamente igual à dos feldspatos alcalicálcicos
(plagioclásios);
– Alcalicálcicas: possuem maior quantidade de plagioclásios do 
que feldspatos alcalinos;
1.2.2.1 - Classificação das 
Rochas Magmáticas
• C) Granulação:
– Grossa: minerais com tamanho médio acima de 5mm;
– Média: tamanho dos minerais varia de 1mm a 5mm;
– Fina: dimensões médias inferiores a 1mm.
1.2.2.1 - Classificação das 
Rochas Magmáticas
• B) Geologia de engenharia: (Como estudantes de 
engenharia não precisam ser transformados em geólogos 
simplificação)
– Rochas Graníticas ou ácidas
Características
Tipos de rochas
Pegmatito Granito Granodiorito Aplito
Granulação Muito grossa
Grossa a 
média Média a fina Fina
Modo de 
ocorrência Diques Batólitos
Massas e 
diques Diques
Cor mais 
comum Clara
Tons de 
cinza-rózeo Cinza
Cinza-claro 
e rósea
Pegmatito  feldspato e cristais de coríndon 
Granito  Quartzo, feldspato e mica
Granodiorito semelhante ao granito, mas 
apresentando hornblenda (anfibólio) e biotita
Aplito quartzo e ortoclásio
1.2.2.1 - Classificação das 
Rochas Magmáticas
– Rochas Básicas
Características
Tipos de rochas
Gabro Diabásio Basaltomaciço
Basalto 
vesicular
Granulação Grossa Média a fina Fina
Fina com 
cavidades
Modo de 
ocorrência
Massas 
rochosas e 
diques
diques derrames derrames
Cor mais
comum
Preta, 
cinza e 
verde
Preta Preta e cinza
Marrom e 
roxa
Gabrofeldspato, quartzo e olivina
Diabásio plagioclásio e piroxênios
Dique de diabásio
Basalto maciço  plagioclásio e piroxênio
Basalto vesicular gases aprisionados durante sua 
formação
1.2.2.1 - Classificação das 
Rochas Magmáticas
– Rochas Intermediárias ou Alcalinas
Características
Tipos de rochas
Sienito Tiguaíto e fonólito
Granulação Média a grossa
Fina a média, 
com cristais
menores
Modo de 
ocorrência Intrusões Intrusões
Cor mais
comum Tons de cinza
Verde-escura e 
preta
Sienito feldspato, anfibólio e piroxênios 
Tiguaíto e fonólitofeldspato, feldspatóides (nefelina, leucita, 
sodalita, analcita), piroxênio sódico (egirina, egirina augita), 
hornblenda, biotita e raros plagioclásios (albita, oligoclásio)
1.2.3 - Rochas Sedimentares
1.2.3 - Rochas Sedimentares
• Formadas por intemperismo físico e químico em 
rochas pré-existentes;
• São o acúmulo do produto da decomposição e 
desintegração de todas as rochas presentes na crosta 
terrestre;
• Normalmente são transportadas pelo vento ou água e 
depositadas em regiões mais baixas.
• Continentes ou fundo dos mares
1.2.3 - Rochas Sedimentares
• Quando a água é o agente de transporte, o material 
carregado em suspensão é depositado quando a 
velocidade de transporte do meio diminui;
• São chamadas de secundárias ou exógenas: formadas 
na superfície da terra;
• Podem mostrar grandes variações em sua composição 
mineralógica e química, bem como em sua textura.
1.2.3.1 - Condições para Formação 
de uma Rocha Sedimentar
• Presença de rochas
• Fonte dos materiais.
• Presença de agentes do intemperismo que 
desagreguem ou desintegrem as rochas;
• Vento
• Água
• Variação de temperatura
1.2.3.1 - Condições para Formação 
de uma Rocha Sedimentar
• Presença de um agente transportador dos sedimentos 
recém formados;
• Água• Vento
1.2.3.1 - Condições para Formação 
de uma Rocha Sedimentar
• Deposição do material em uma bacia de acumulação 
continental ou marinha;
• Brasil  Vários exemplos de bacias sedimentares;
• Dimensões e características variam enormemente.
• Consolidação dos sedimentos;
• Peso próprio das camadas superiores;
• Soluções cimentantes (carbonatos, óxidos, etc.)
• Ex: argilas sob influência de grandes pesos se transformam em 
folhelhos ou xistos;
• Ex: areia atravessada por uma solução cimentante (calcário ou 
óxido de ferro) poderá transformar-se em arenito consistente.
1.2.3.1 - Condições para Formação 
de uma Rocha Sedimentar
• Bacias sedimentares: áreas de ocorrência de rochas 
sedimentares;
• Ex: Bacia sedimentar do Paraná
• Abrange a região centro-sul do Brasil, estendendo-se pelo 
Uruguai, Argentina e Paraguai
• Constituídos de arenitos, folhelhos e calcários. Ocorrem 
derrames de basalto com até 800m de espessura (rocha ígnea);
• Ex: Bacia sedimentar de São Paulo
• Região da Cidade de São Paulo;
• Areias e argilas com espessuras superiores a 200m;
1.2.3.1 - Condições para Formação 
de uma Rocha Sedimentar
1.2.3.1 - Condições para Formação 
de uma Rocha Sedimentar
1.2.3.1 - Condições para Formação 
de uma Rocha Sedimentar
• Outras bacias sedimentares:
• Piauí e Maranhão;
• Sergipe e Alagoas;
• Bahia;
• Pequena bacia sedimentar na cidade de Curitiba (3000 km²)
1.2.3.1 - Condições para Formação 
de uma Rocha Sedimentar
1.2.3.2 - Intemperismo
• Também chamado de meteorização;
• Conjunto de processos que ocasiona a desintegração 
e decomposição das rochas e dos minerais, por ação 
de agentes atmosféricos e biológicos;
• Desenvolve-se de formas muito variadas;
• Todas as rochas na superfície terrestre sofrem 
intemperização.
1.2.3.2 - Intemperismo
• Até mesmo uma rocha tão resistente como o granito, 
quando sujeita por muito tempo à ação do 
intemperismo, chega a desfazer-se entre os dedos;
• Importância: formação de solos, sedimentos e rochas 
sedimentares;
• Difere da erosão por ser executado por agente 
imóveis. Erosão  agente móveis (água, vento);
1.2.3.2 - Intemperismo
• Agentes dos intemperismo: dois grupos
• Físicos ou mecânicos
– Variação da temperatura;
– Congelamento da água;
– Cristalização de sais;
– Ação física de vegetais.
• Químicos
– Hidrólise;
– Hidratação;
– Oxidação;
– Carbonatação;
– Ação química de organismos vegetais.
1.2.3.2 - Intemperismo
• Agentes Físicos:
• Variação da temperatura: repetidas  expansão e contração 
fraturas e desintegração das rochas.
1.2.3.2 - Intemperismo
• Agentes Físicos:
• Congelamento da água: água congelada  aumento de volume 
(~10%)  Tensões internas  repetidas vezes
1.2.3.2 - Intemperismo
• Agentes Físicos:
• Cristalização de sais: Solução com sais dissolvidos 
evaporação  sais se cristalizam  pressão  desagregação 
(água do mar, regiões costeiras).
1.2.3.2 - Intemperismo
• Agentes Físicos:
• Ação física de vegetais: Crescimento de raízes nas fraturas das 
rochas.
1.2.3.2 - Intemperismo
• Agentes Químicos:
• Água pura é inerte, porém sempre carrega substâncias 
dissolvidas  O2, CO2, nitratos, etc...  Capacidade de iniciar 
um ataque ao penetrar nas rochas;
• Hidrólise: Combinação dos íons da água com os íons do mineral 
 novas substâncias;
– Ex: Feldspato (KAlSiO8 + H2O)  Ortoclásio (HAlSi3O8 + 
KOH)
1.2.3.2 - Intemperismo
• Agentes Químicos:
• Hidratação: Adição de moléculas de água na composição dos 
minerais  Aumento de volume  Tensões e redução da coesão 
 Desintegração.
– Hematita  Limonita
1.2.3.2 - Intemperismo
• Oxidação: Decomposição dos minerais pela ação oxidante 
do O2 e CO2 dissolvidos na água  Processo muito 
comum.
– Ex: Pirita + O2  Limonita + enxofre
1.2.3.2 - Intemperismo
• Carbonatação: Decomposição do CO2 formando ácido 
carbônico (H2O + CO2 H2CO3)  Poderoso agente 
químico.
– Ex: Calcita + ácido carbônico  Bicarbonato de cálcio;
– Bicarbonato de cálcio é solúvel  transporte em solução 
precipitação forma estalactites e estalagmites.
1.2.3.2 - Intemperismo
• Ação química dos organismos vegetais: Muito variada 
Segregação de organismos, fixação em rochas de algas e 
musgos  formação de humus (ácido)  decomposição 
das rochas.
1.2.3.2 - Intemperismo
• Fatores que influenciam o intemperismo:
• Clima: Regiões áridas tem predominância da ação de agentes 
físicos em relação aos químicos. Ocorre o inverso em regiões 
úmidas. Nordeste do Brasil  Intemperismo físico
Centro-sul  Intemperismo químico;
• Topografia: Solo protege a rocha. Regiões com declives 
acentuados  solo é constantemente removido por enxurradas e 
pela ação da gravidade  ataque as rochas aumenta;
• Tipo de rocha: Diferentes resistências aos ataques físico e 
químico;
• Vegetação: Pode fixar o solo com suas raízes e retardar sua 
remoção  maior proteção à rocha.
1.2.3.2 - Intemperismo
• Decomposição das rochas:
• Rocha sã  Rocha decomposta  Solo de alteração de 
rocha  Solo  Solo orgânico
1.2.3.2 - Intemperismo
• Ex: Granito  composto de quartzo, feldspato e mica (biotita e 
moscovita) 
– Quaztzo não se decompõe  forma grãos de areia;
– Feldspato é solúvel  forma argila e material solúvel;
– Moscovita não se decompõe  forma placas de mica;
– Biotita é solúvel  Argila e material solúvel.
• Brasil  decomposição tem grande importância  Atinge 
grandes profundidades  podendo ser superiores a 100m (Em 
algumas regiões).
1.2.3.3 - Classificação das 
Rochas Sedimentares
• Diferenciam-se das rochas ígneas por serem de 
origem externa;
• Origem  Composição mineralógica é muito variada 
 Classificação complexa  prevalece o critério 
genético;
• Podem ser classificadas em três tipos:
• Rochas de origem mecânica;
• Rochas de origem química;
• Rochas de origem orgânica.
1.2.3.3 - Classificação das 
Rochas Sedimentares
• Rochas de origem mecânica (Detríticas)
• Classificadas de acordo com o diâmetro médio de suas 
partículas predominantes;
• Formadas pela ação do vento, gravidade, água e gelo; com 
subsequente deposição;
• Tamanho das partículas bastante variável  ultramicroscópicas 
a grãos centimétricos e blocos maiores.
• Grosseiras: Brechas e conglomerados  grãos > 2mm;
• Arenosas: Arenitos e siltitos grãos com diâmetro entre 0,01 e 
2mm;
• Argilosas: Argilitos e folhelhos  grãos inferiores a 0,01mm.
Grosseiras
Arenosas
Argilosas
1.2.3.3 - Classificação das 
rochas sedimentares
• Rochas de origem química
• Formadas pela precipitação de soluções químicas em bacias 
sedimentares;
• Podem sofrer influência de agente orgânicos  Depósitos 
ferruginosos  organismos e bactérias;
• Calcárias: Mármores, estalactites e estalagmites;
• Ferruginosas: Minério de Ferro;
• Salinas: cloretos, sulfatos, nitratos;
• Silicosas: Sílex.
1.2.3.3 - Classificação das 
rochas sedimentares
• Rochas de origem orgânica
• Origem no acúmulo de matéria orgânica de natureza diversa;
• Usualmente misturada a materiais de origem mecânica.
• Calcárias: Calcários e dolomitos  Acúmulo de conchas e 
carapaças;
• Carbonosas: Turfas e Carvões  Acúmulo de matéria vegetal;
• Silicosas: Sílex;
• Ferruginosas: Depósitos ferruginosos;
1.2.4 - Rochas Metamórficas
1.2.4 - Rochas Metamórficas
• Transformações sofridas pelas rochas, sem que estas 
sofram fusão;
• Transformações mecânicas: deformações nos 
minerais  mudanças na estrutura e textura;
1.2.4 - Rochas Metamórficas
• Metamorfismo normal: Transformação sem qualquer 
perda ou adição de material. A composição química 
continua a mesma, embora a rocha seja outra 
(mudança estrutural, recristalização);
• Arenito  Quartzito
• Calcário  Mármore
• Folhelho  Micaxisto
1.2.4 - Rochas Metamórficas
• Metamorfismo metassomático: mudança na 
composição química da rocha  novos minerais.
• Elementos que caracterizam uma rocha metamórfica:
• Minerais orientados em linhas e alongados;
• Dobras e fraturas;
• Dureza média a elevada;
1.2.4.1- Agentes do 
Metamorfismo
• Aumento da temperatura:
• Aproximação e contato com o magma;
• Aumento da pressão:
• Rochas são fragmentadas  formação de zonas com 
materiais extremamente divididos e cimentados;
• Aumento da pressão e da temperatura.
1.2.4.2 - Tipos de Metamorfismo
• Metamorfismo de temperatura dominante:
• Termal  calor como fator dominante;
• Contato  ocorre ao redor de grandes massas magmáticas 
temperatura inferior ao metamorfismo termal.
• Metamorfismo de pressão predominante:
• Pressão não uniforme associada ao aumento de temperatura;
• Também chamado de cataclástico ou dinâmico.
• Metamorfismo dinamotermal;
• Pressão e temperatura;
• Modificações marcantes sobre as rochas;
• Novas estruturas  dobramentos  formação de montanhas.
1.2.4.2 - Tipos de Metamorfismo
• Metamorfismo plutônico em geral
• Temperatura elevada e grande pressão uniforme;
• Profundidade  pressão e calor magmático;
• Estruturas granulares sem direções predominantes;
1.2.5 - Ciclo das Rochas
Obs: Diagênese = conjunto de processos químicos e físicos sofridos pelos sedimentos 
desde a sua deposição até a sua consolidação.
A ?
B ?
C ?
1.2.5 - Ciclo das Rochas
Obs: Diagênese = conjunto de processos químicos e físicos sofridos pelos sedimentos 
desde a sua deposição até a sua consolidação.
A - Ígneas
B - Sedimentares
C - Metamórficas
1.2.6 - Propriedades das rochas
1.2.6 - Propriedades das rochas
• As propriedades das rochas que mais interessam para 
sua caracterização são:
• Químicas: composição, reatividade e durabilidade;
• Físicas: Cor, densidade, porosidade, permeabilidade, 
absorção, dureza, módulo de elasticidade, coeficiente de 
Poisson;
• Geológicas: composição mineralógica, textura, estrutura, 
estado de alteração, fraturas, gênese;
• Mecânicas: resistência a compressão, ao choque, ao 
desgaste, ao corte e à britagem;
• Geotécnicas: grau de alteração, de resistência a compressão 
simples, de consistência e de fraturamento.
1.2.6 - Propriedades das rochas
• Algumas propriedades terão valor como classificação, 
enquanto outras determinarão a possibilidade de 
emprego da rocha;
• Dependendo da finalidade, nem todas as propriedades 
necessitarão ser conhecidas;
• Caberá ao engenheiro indicar as necessárias, as 
desejáveis e as não necessárias.
1.2.6.1 - Propriedades 
geotécnicas das rochas
• Grau de alteração; Grau de resistência à compressão 
simples; Grau de consistência; Grau de fraturamento.
1.2.6.1 - Propriedades 
geotécnicas das rochas
• Diferença entre rocha e maciço rochoso?
Rocha
Maciço Rochoso
1.2.6.1 - Propriedades 
geotécnicas das rochas
• Diferença entre rocha e maciço rochoso?
Testemunho 
de sondagem 
rotativa
1.2.6.1 - Propriedades 
geotécnicas das rochas
• A propriedades geotécnicas são efetuadas em furos de 
sondagem ou em levantamentos e cortes (superficial);
• Grau de alteração, resistência a compressão e 
consistência aplicam-se a amostras e de rocha e 
maciços rochosos;
• Grau de fraturamento só se aplica a maciços 
rochosos.
1.2.6.1 - Propriedades 
geotécnicas das rochas
• Grau de alteração:
• Três graus de alteração:
– Rocha sã;
– Rocha alterada;
– Rocha muito alterada
• Limites de alteração subjetivos  número reduzido de graus;
• Não se inclui rocha extremamente alterada  solo de alteração 
 perde a consistência de uma rocha.
1.2.6.1 - Propriedades 
geotécnicas das rochas
• Grau de alteração:
Granito são e 
muito alterado
1.2.6.1 - Propriedades 
geotécnicas das rochas
• Grau de resistência a compressão simples:
• As rochas são subdivididas em cinco níveis de resistência a 
compressão simples:
– Muito resistente  Resistência > 120 MPa;
– Resistente  Entre 60 e 120 MPa; 
– Pouco resistente  Entre 30 e 60 MPa;
– Branda  Entre 10 e 30 MPa;
– Muito branda  < 10 Mpa.
• Parâmetro de grande aceitação e relativamente fácil de se obter 
com reduzido número de corpos de prova.
1.2.6.1 - Propriedades 
geotécnicas das rochas
• Grau de resistência a compressão simples:
Ensaio de 
resistência a 
compressão 
simples
1.2.6.1 - Propriedades 
geotécnicas das rochas
• Grau de consistência:
• Baseia-se em características físicas facilmente determináveis: 
– Resistência ao impacto (martelo)
– Resistência ao risco;
– Friabilidade.
• Muito consistente:
– Quebra com dificuldade ao golpe do martelo;
– O fragmento possui bordas cortantes que resistem ao corte 
por lâmina de aço;
– Superfície dificilmente riscada por lamina de aço.
1.2.6.1 - Propriedades 
geotécnicas das rochas
• Grau de consistência:
• Consistente:
– Quebra com relativa facilidade ao golpe do martelo;
– O fragmento possui bordas cortantes que podem ser 
abatidas pelo corte com lâminas de aço;
– Superfície riscável por lâmina de aço.
• Quebradiça:
– Quebra facilmente ao golpe do martelo;
– As bordas do fragmento podem ser quebradas pela pressão 
dos dedos;
– A lâmina de aço provoca um sulco acentuado na superfície 
do fragmento.
1.2.6.1 - Propriedades 
geotécnicas das rochas
• Grau de consistência:
• Friável:
– Esfarela ao golpe do martelo;
– Desagrega sob pressão dos dedos.
1.2.6.1 - Propriedades 
geotécnicas das rochas
• Grau de fraturamento:
• Número de fraturas por metro linear, em sondagens ou em paredes de 
escavação, ao longo de uma dada direção.
• É aplicado a trechos de qualquer extensão, desde que neles o 
fraturamento seja razoavelmente uniforme.
• Graus:
– Ocasionalmente fraturada  Número de fraturas pro metro inferior 
a 1;
– Pouco fraturada  1 a 5 fraturas por metro;
– Medianamente fraturada  6 a 10;
– Muito fraturada  11 a 20;
– Extremamente fraturada  >20;
– Em fragmentos  torrões ou pedaços de diversos tamanhos.
1.2.6.1 - Propriedades 
geotécnicas das rochas
1.2.6.2 - Caracterização 
geotécnica da rocha
• É a reunião dos parâmetros anteriormente 
apresentados:
• Graus de alteração, resistência, consistência e fraturamento;
Referências Bibliográficas
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA; 
OLIVEIRA, Antonio Manoel dos Santos; BRITO, Sergio Nertan Alves 
de (Coautor). Geologia de engenharia. São Paulo: ABGE, 1998.
• CHIOSSI, N. J. Geologia de Engenharia 3. ed. São Paulo: Oficina de 
Textos, 2013.
• PINTO, C. S. Curso Básico de Mecânica dos Solos. Oficina de 
Textos: São Paulo, 2006.
• Imagens e vídeos da internet