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Resumão de Direito Civil para OAB 1 Fase

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DIREITO CIVIL – RESUMO PARA OAB 1ª FASE 
 
Direito Civil é PROTEÇÃO da pessoa e do seu patrimônio. 
 
Art 1: toda pessoa é sujeito de direitos e deveres. 
- Os animais não são pessoas, eles são OBJETOS de direito, e não sujeitos. O Código Civil permite 
que o animal seja comercializado, assim como os filhos do animal (por ser fruto) é de propriedade 
do proprietário do animal. 
• O animal é um objeto MÓVEL. 
 
Art 2: início da personalidade: nascimento com vida. 
• O bebê somente quando nasce é que se torna pessoa 
• Nascituro, para o Código Civil, não é pessoa, mas se resguardam os direitos dele: nascituro é 
sujeito de direito. Então tem direito à saúde, à indenização por danos se for ofendido antes de 
nascer, à alimentos gravídicos etc. 
 
Capacidade: 
 
A) De Direito: toda pessoa, inclusive nascituro. Capacidade para ter direitos. 
B) De Fato/Exercício: só é atingida com a maioridade civil. Capacidade de exercer seus direitos. 
• Art. 5º, CC: em regra, é com 18 anos, mas é possível antes, através da emancipação. 
• Emancipação: NÃO é antecipar a maioridade, é antecipar a maioridade CIVIL. Ela pode celebrar 
negócios sem precisar ser assistida ou representada. Mas não pode dirigir, pois o Código de 
Trânsito proíbe, pois pode haver crime. 
*uma pessoa civilmente emancipada NÃO responde por crime então CONTINUA sendo protegida 
pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (não comete crime, e sim atos infracionais) 
 
Emancipação (sempre para o BEM do incapaz): 
 
a) Voluntária (lei presume que os pais querem o bem do filho): decorre da vontade dos pais, que 
desejam o bem do filho. Pode a partir dos 16 anos. Os pais vão até o cartório de registro civil e 
eles fazem a emancipação por instrumento público. 
*não é instrumento particular, não precisa de autorização do juiz e NÃO É direito subjetivo do 
INCAPAZ, e sim decorre do entendimento dos PAIS sobre o incapaz. 
STJ: emancipação voluntária continuam aplicáveis os art. 932 e 933 do CC que impõe a 
responsabilização civil dos pais pelos danos causados pelos filhos. Pais só deixarão de ser 
responsabilizados quando os filhos fizerem 18 anos. 
 
b) Judicial (aqui não presume o bem do tutor em face do tutelado): tutor quer emancipar o tutelado. 
O juiz ouve o tutor para se convencer de que a emancipação é para o bem do tutelado, e não para 
o tutor se livrar do tutelado. 
• STJ: Tutor também deve indenizar pelos danos causados pelo tutelado, ainda que emancipado 
judicialmente, art. 932 e 933 CC 
 
c) Legal (lei diz): hipóteses taxativas, aquelas LITERAIS previstas pelo código (aquelas parecidas não 
são hipóteses legais, tem que ser exatamente o que a lei diz) 
1) Emprego Público Efetivo *cuidar se a OAB disser ‘função pública = mesário’ ou ‘cargo de 
comissão' 
2) Ter economia própria (a partir dos 16 anos), como fruto do trabalho do incapaz. Não basta só 
trabalhar, deve ter economia própria e ter +16 anos. Youtuber menor de 16 não é emancipado 
então. 
3) Casamento. União estável não emancipa!!!!!! 
4) Colação de grau em ensino superior (e não médio) 
 
- Nessas hipóteses LEGAIS, não aplica mais o 932 e 933!!!! Os pais não são mais responsáveis pelos 
danos causados. 
 
MACETE: E C ÇÃO (EmanCipaÇÃO) *exceção pois é exceção no código a emancipação. 
• E: Emprego público efetivo e Economia Própria 
• C: Casamento 
• ÇÃO: Colação de grau 
 
Uma vez concedida a emancipação (seja qual for), ela é IRREVOGÁVEL e IRRETRATÁVEL. Se casar e 
separar 6 meses depois, continua emancipado. 
• Incapacidades: Lei 13.146/2015 (Estatuto das Pessoas com Deficiência que reconheceram a 
dignidade dessas pessoas) 
*QUALQUER ALTERNATIVA QUE DISSER QUE O DEFICIENTE E ENFERMO É INCAPAZ É FALSO. Está 
FORA do regime de incapacidade! 
 
• Art. 3: Absolutamente incapazes: APENAS menores de 16 anos. Os negócios praticados por eles 
serão NULOS (art. 166, I e art. 169 CC) 
 
NULO ANULÁVEL 
Art. 169: não tem prazo para ajuizar a ação. “não 
convalesce pelo decurso do tempo” 
*continua sendo nulo mesmo passando 10 anos 
Prazo para requerer a anulação: específico ou 
genérico/se não disser nada de 2 anos (art. 179 
CC) 
*se não pedir no prazo, se torna válido 
 
• Art. 4: Relativamente capazes. 
• a) 16-18 anos 
• b) Pródigos (art. 1782). Não é quem gasta demais, é quem gasta demais comprometendo sua 
SUBSISTÊNCIA (viciado em jogo) 
• c) Ébrios habituais e viciados em tóxicos: dependência ao álcool ou droga. 
• * STJ: Quem vai para uma festa, bebe e celebra um negócio, não é relativamente capaz. Teoria 
da ação livre na causa: se a pessoa não tinha dependência, ela era livre. 
• d) Aqueles que não podem exprimir sua vontade (pessoa em coma). Estado vegetativo por 
exemplo é englobado aqui, como relativamente incapaz. 
• *STJ: “intervalos lúcidos” - toma remédio para não continuar drogado e as vezes fica bem, as 
vezes não. Continua sendo relativamente incapaz até que seja curado totalmente 
• Negócios praticados por eles serão ANULÁVEIS no prazo DECADENCIAL de 4 anos, a contar 
quando cessar a incapacidade. ("art. 4, 4 hipóteses, 4 anos”) 
*como o Código Civil protege, seria injusto começar a contar o prazo enquanto ele ainda é incapaz. 
Mas ele pode mover a ação antes, não tem problema nenhum. 
*se for emancipado civilmente, começa a contar o prazo no momento que se torna incapaz. 
*Consequência da anulabilidade é desfazer o negócio (art. 182 CC) 
 
No Código Civil, a regra dos prazos é 
DECADÊNCIA 
Prescrição estão APENAS em 2 artigos: art. 205 e 
206 CC 
Todos os demais prazos. 
Estão na parte GERAL do CC. Então se tiver 
contratos, o prazo é decadencial. Se for ato de 
obrigações, é decadência. Se for família, é 
decadência… 
São apenas em ações condenatórias (cobrança de 
dívida - 5 anos, de indenização - 3 anos, de 
alimentos) 
 
 
 
*Absolutamente incapaz e relativamente incapaz por idade (16-18 anos) não precisa de ação 
judicial, mas as demais hipóteses de relativamente incapaz é necessário ação judicial, que é através 
de Ação de Interdição ou Ação de Curatela (art. 747-763 CPC). Visa a nomeação de curador que irá 
cuidar dos negócios e patrimônio do relativamente incapaz. 
Os aspectos existenciais continuarão sendo do relativamente incapaz: ele escolhe quem votar, ele 
escolhe se quer fazer um curso na faculdade ou não… só que o curador é que irá pagar. 
 
Agora no Brasil uma pessoa que é deficiente mental ou intelectual é considerada PLENAMENTE 
CAPAZ, então podem administrar seus bens, seus aspectos existenciais, se vai casar, se vai adotar, 
se vai votar etc. Mas é possível que seja considerado incapaz se se encaixar em uma das hipóteses 
de relativamente incapaz (art. 84, 85 e 86 do Estatuto de Deficiência) 
 
Pessoa cega (deficiente sensorial) quer comprar uma casa, mas não sabe braile/não sabe ler. Como 
funciona? Estatuto diz que essa pessoa é deficiente, é plenamente capaz, mas é vulnerável para 
determinado negócio = ajuíza a TDA (Tomada de Decisão Apoiada - Art. 1783-A, CC. A pessoa com 
deficiência é que promove a ação dizendo quais são suas limitações e ela mesma indica seus 
apoiadores para fazer o contrato. Essa ação reafirma a plena capacidade das pessoas com 
deficiência, visto que são elas que fazem tudo. O contrato, por ter os apoiadores, é válido. 
 
Morte: Real e Presumida 
• Real: se atesta o óbito, verifica o corpo morto. Quem trata é o direito de sucessões. 
• Presumida: se reconhece a pessoa como morta, mas não tem o corpo. É só pela via judicial. 
a) art. 7 CC: Desaparecimento com perigo de vida - morte presumida sem decretação de ausência 
Ex.: caiu um avião e foram encontradas 10 pessoas e o esposo da cliente, que era o piloto do 
avião, não foi encontrado. 
- Esgotadas as buscas, presume-se que a pessoa morreu. 
- Ação de Justificação de Óbito (nome faz sentido: justifico o porquê que acho que a pessoa morreu) 
- Sentença fixará a data provável do óbito. 
 
b) art. 8 CC: Desaparecimentosem perigo de vida - morte presumida com decretação de ausência. 
Ex.: pessoa que sai de casa e tem Alzheimer. O Código Civil, por proteger a pessoa e o patrimônio, 
demora para declarar a pessoa morta. 
- Ação de Ausência (a pessoa não está morta, só ausente) - art. 22 a 39 CC. Não existe prazo mínimo 
de desaparecimento, visto que quanto antes ajuizar, melhor. 
Por ela estar ausente, alguém tem que cuidar do patrimônio dela, aí na ação o juiz deve: 
• 1ª fase) declarar ausência, arrecadar os bens e nomear curador para cuidar dos bens (quando o 
ausente voltar, o curador deve devolver o patrimônio). O curador será (art. 25 CC) CADE? 
(cônjuge ou companheiro desde que não separado judicialmente ou de fato há +2 anos; 
ascendente, descendentes) 
• 2ª fase) passou 1 ano da arrecadação ou 3 anos se havia procurador/representante (pessoa q foi 
trabalhar no Japão e deixou procuração para o irmão), e a pessoa não voltou, abre a 2a fase: 
Sucessão Provisória. É sucessão pois chama os herdeiros, mas é provisória pois a lei ainda não 
acha que ele morreu. Abre inventario e testamento como se tivesse morrido, mas a lei não acha 
que ele morreu. Os herdeiros devem prestar uma garantia na posse, para garantir os bens caso o 
ausente retorne. Os herdeiros necessários (descendente, ascendente, cônjuge) não precisam 
prestar garantia. 
*a lei dá prazo grande de propósito, para garantir que o ausente não perca seus bens caso retorne 
pois desapareceu sem risco de vida. 
• 3ª fase) 10 anos do trânsito em julgado da sucessão provisória, abre a Sucessão Definitiva. Aqui 
decreta a morte presumida. *casamento acaba aqui se o desaparecido era casado (art. 1.571, 
parag. 1 CC) 
• Art. 38 CC: se o ausente já tinha 80 anos de idade (na época do ajuizamento da ação) e está 
sumido há +5 anos, não precisa observar os prazos citados acima, a Ação de Ausência é movida 
e vai direto para a 3ª fase: sucessão definitiva. 
• Art. 39 CC: se o desaparecido reaparece quando é declarado morto de forma presumida, é 
revogada a morte presumida, mas não reestabelece o casamento. Se voltar nos próximos 10 anos 
da declaração da morte presumida, ele recupera o patrimônio no estado que estiver. Mas se 
houver sub-rogação (filho vendeu a chácara e comprou um apartamento), o apartamento é do 
desaparecido/pai. Se voltar 11, 15 anos depois, ele não recupera seu patrimônio de novo. 
 
Resolução = Desfazimento 
Resolver = Desfazer 
 
Os herdeiros têm a propriedade dos bens que receberam de forma resolúvel (art. 1359 CC) = 
propriedade que pode ser desfeita se o desaparecido voltar nos 10 anos seguidos da declaração da 
morte presumida. 
 
*Não inventar detalhes que não estão no enunciado. Ex.: Ana saiu de casa sob forte chuva. Não 
tinha perigo de vida, pois não tinha mais detalhes. Nesse caso, ajuíza-se ação de ausência. 
 
Direito das Obrigações (como identificar? Tem na relação: Devedor - Credor) 
 
1) Obrigação de dar (pagar $, entregar mercadoria, devolver/restituir). Ex.: se peguei emprestado 
um carro, sou devedora. 
2) Obrigação de fazer 
3) Obrigação de não fazer (negativa): perfumista não revelar a fórmula do perfume 
 
Devedor é aquele que CUMPRE a obrigação. Credor é aquele que RECEBE. 
 
 Adimplemento: como a obrigação deve ser cumprida 
 
1) Quem cumpre? Art. 305 e seguintes CC 
a) Devedor ou terceiro (interessado e não interessado) 
• Terceiro interessado: existe razão na lei para ele pagar, ex.: fiador DEVE pagar se o locatário não 
pagar, a lei impõe (art. 818 e 820 CC). Quando o fiador paga a conta, ele substitui o devedor 
originário na dívida (SUB-ROGAÇÃO - Art. 349 CC. O fiador tem os mesmos direitos, garantias, 
ações etc. do credor originário em face do devedor principal/aquele beneficiado com a fiança) 
• Terceiro não interessado: não há lei que obrigue o terceiro a pagar. Ex.: pai quer pagar a conta 
do filho maior e capaz. (art. 305 - REEMBOLSO) 
*Sub-rogação não é sinônimo de reembolso. Sub-rogação é substituição literalmente, então o fiador 
passa a ter direitos e tudo mais. O reembolso o pai não tem nenhum direito, só de reembolso. 
 
2) Quem recebe? art. 308-312 CC 
a) Credor 
b) Representante do credor 
c) Portador do recibo de quitação, assinado pelo credor 
 
Se o devedor pagar errado, tem como salvar o pagamento? art. 308 CC -> devedor precisa da 
ratificação do credor (credor diz que recebeu); provar que o pagamento reverteu à benefício do 
credor (dei dinheiro para a vizinha do credor. Ela não repassou o dinheiro, mas ela pagou uma conta 
de luz dele). 
 
Art. 309 CC: Credor Putativo: Teoria da Aparência - tudo aparenta que a pessoa é credora, mas o 
devedor no fim descobre que ela não é. A lei daí protege o devedor, então se torna válido o 
pagamento, mesmo não sendo credor. Protege a boa-fé do devedor. Ex.: golpe do whats do Otávio 
e a cliente dele 
Ex.: fui em um brechó e comprei um casaco. Dias depois meu vizinho diz que é dele e que foi furtado. 
O vizinho não pode cobrar nada de mim, ele que se resolva com o dono da loja. 
 
3) Objeto da obrigação (o que se cumpre?) - art. 313 e seguintes do CC 
• Credor não é obrigado a receber nada diferente do que foi combinado, ainda que mais valioso. 
• Devedor tem o dever de cumprir exatamente o que foi combinado e o direito de cumprir apenas 
o que foi combinado. -> por mais que o credor esteja vacilando, o devedor tem o DEVER de 
cumprir o que foi combinado, ex.: credor sumiu… devedor tem dúvida para quem pagar…. credor 
sem justo motivo se recusa a receber…. Entra com Ação de Consignação em Pagamento (Art. 335, 
336, 337 CC) e consigna exatamente o que foi combinado (forma, no local combinado etc.). 
 
Dação em Pagamento (Art. 356 CC): credor aceita receber algo diferente do combinado, mesmo não 
sendo obrigado. 
 
4) Prova do pagamento: art. 319 e seguintes CC 
• Recibo de quitação - devedor deve manter até 5 anos, pois o prazo de prescrição de pagamento 
de dívida é 5 anos (Art. 206) 
• Se o credor se recusar a dar o recibo de pagamento, o devedor pode reter o pagamento, mas daí 
deve fazer a consignação em pagamento pois tem o dever de cumprir o que foi combinado 
• Presunção de pagamento: 
a) art. 322 - Prestações Periódicas/Sucessivas: aluguel. O recibo de quitação do último aluguel 
presume o pagamento de todas as anteriores. 
b) art. 323 - Recibo de quitação do capital/principal sem falar dos juros, presume-se que os juros 
foram pagos. Ex.: pai não pagava os alimentos e a mãe entrou com ação de alimentos. Quando 
o pai soube, foi na casa da mãe e pagou. A mãe assinou um recibo dizendo que ele pagou as 
prestações vencidas, mas não disse nada dos juros. A verdade é que ele não pagou os juros, mas 
como ela não disse nada deles, ela não pode cobrar depois, pois presume-se que foram pagos. 
c) art. 324 - Título em mãos do devedor: o documento que representa a dívida está nas mãos do 
devedor, então presume-se que ele pagou. Ex.: carnê. 
 
São presunções relativas -> admite-se prova/disposição em contrário. Cabe ao credor comprovar 
(ônus da prova do credor) 
 
• Art. 320: Recibo de quitação 
a) quitação SEMPRE pode se dar por instrumento particular, mesmo que seja dívida pública 
b) os requisitos do recibo de quitação não são obrigatórios. Ex.: balada que a comanda a pessoa só 
carimba como “pago”, mesmo não tendo nome, dia etc. 
 
5) Lugar do Pagamento (art. 327): 
• Local combinado. Mas se nada foi combinado, o local deve ser o do domicílio do devedor -> o 
credor vai até o domicílio cobrar, visto que ele é “ansioso" para receber 
 
6) Tempo do Pagamento (art. 331): deve ser cumprida a obrigação quando foi combinada, e não 
pode ser exigida antes do tempo. Se nada foi combinado, o pagamento deve ser imediato/à vista. 
 
INADIMPLEMENTO: obrigação não foi cumprida na forma combinada 
1) Absoluto/Total Inadimplemento: obrigação nunca serácumprida. 
a) Quando há impossibilidade física: empresa de ambulância contratada para ajudar senhor. Ele 
passa mal e a chama, mas ela chega 1hr depois e ele morreu antes. 
b) Obrigação não for mais útil ao credor da obrigação (art. 395, parag. Único): noiva contrata ateliê 
para fazer seu vestido de casamento, mas no dia do casamento ainda não estava pronto; 
contrato empresa de doces e não entrega na data da festa 
c) Faz uma obrigação de não fazer/negativa (art. 390): perfumista revela forma do perfume para 
concorrência. É absoluto pois não se volta no tempo, não tem mais o que fazer; moça contratada 
 
2) Relativo = ***Mora***: obrigação ainda será cumprida. Ex.: boleto da contribuição de 
condomínio; emprestar um carro e não devolver no prazo 
 
OBS sobre contribuição de condomínio: obrigação "propter rem” (própria da coisa). A obrigação é 
cuidada da coisa, então quem é dono, deve cumpri-la. Ex.: comprei um apartamento e descobri 
depois que o ex-dono deixou de pagar os 2 últimos condomínios. Agora devo pagar, mas tenho 
direito de regresso em face do antigo proprietário. 
• Direito de regresso (art. 1345 CC) = Denunciação à lide (art. 125, I CPC) MACETE: lide é briga. 
Então quando denuncio à lide, chamo alguém no processo para brigar. 
• É possível a penhora sobre bem de família se eu não paguei o condomínio!!! É EXCEÇÃO À REGRA 
 
• Art. 397 CC: 
Caput Parágrafo único 
Obrigação à termo (tem data e prazo). ex: 
contribuições de condomínio 
Obrigação não à termo (não tem data e prazo). Ex: 
emprestei a chave da casa da praia para meu 
amigo e ele fica lá meses. 
Por ter prazo e data, o credor não precisa 
notificar/interpelar 
Por não ter prazo, o credor precisa 
notificação/interpelar -> pois daí dá o prazo que 
não existia 
 
• Mora do devedor: 
 
Regra: art. 393. As pessoas não respondem por caso fortuito ou força maior. Se ocorrer, “Res perit 
domino” = a coisa perece para o dono. Ex.: comodato (art. 579 CC) -> emprestei um carro e a chuva 
foi tão forte que entrou na garagem e deu perda total no carro. O dono é que perde, não devo 
indenizar. 
 
Exceção (art. 399): se o devedor estiver em mora, o devedor responde por caso fortuito e força 
maior, salvo se provar que o dano teria ocorrido de qualquer maneira. Ex.: fulano pega um trator 
emprestado pelo prazo de 10 dias e não devolve. 13 dias depois ocorre inundação na fazenda e dá 
perda total no trator. O devedor deve indenizar o credor. Mas se a fazenda do dono também foi 
atingida pela enchente, o devedor não precisa indenizar pois o trator teria perdido de qualquer 
forma o trator. 
 
• Cláusula Penal (art. 408-416 CC): FGV diz também outros nomes -> multa contratual/negocial, 
pena convencional ou ***partes estipulam um valor/percentual que incidirá no caso de 
inadimplemento. 
A) Cláusula penal moratória -> incide quando houver mora. Ex.: multa do boleto, pois não foi pago 
no dia. Ex.: locatário deve pagar aluguel no dia X e não paga. 
• Limite: nas relações de consumo até no máximo 2% (Art. 52, CDC). O CC diz, no art. 1.336, § 1, 
que a multa para casos de condomínio é de no máximo 2%. Já nas demais relações, o CC diz só 
que não pode ser abusiva/exagerada (art. 413 CC) -> complicado pois há muita variação daí. 
• Credor não precisa alegar/provar prejuízo para exigir a cláusula moratória 
 
B) Cláusula Penal Compensatória: compensação já que ocorreu o inadimplemento ABSOLUTO. 
• O valor é fixado pelas partes no contrato. Limite (art. 412 CC) é o valor da obrigação principal. 
Ex.: escritório contrata uma pessoa por 50 mil para comprar os pcs, mas diz que não vai mais 
cumprir, pois fechou um negócio com valor menor. O valor da compensação é possível ser de 50 
mil. Ex.: a empresa de docinhos receberia R$ 1.000,00 e a cláusula de compensação é de R$ 
1.000,00. Ela deixou de entrar no dia. Como é inadimplemento absoluto, há a cláusula penal 
compensatória de R$ 1.000,00. 
• *****art. 416 CC: Um jogar de futebol é contratado por uma empresa para ser garoto 
propaganda. Por ano, receberia 50 mil reais. Ele trabalharia 2 anos. O valor da cláusula de 
compensação foi de 10 mil. Ele descumpre o contrato e não vai mais cumprir nunca mais pois foi 
para outra empresa (inadimplemento absoluto). Ele paga os 10 mil reais e a empresa não pode pedir 
indenização suplementar para complementar pois não tinha autorização no contrato. 
O credor não precisa alegar/provar prejuízo para requerer a cláusula compensatória. NÃO cabe 
indenização suplementar após receber cláusula penal compensatória, salvo expressa autorização 
no contrato. Pelo valor da cláusula compensatória ser muito baixo, o credor pode abrir mão da 
cláusula e ajuizar Ação de Indenização, pois aí pode ganhar mais. 
 
Arras ou Sinal (art. 417-420 CC) 
Dei o sinal e o devedor sumiu. O que fazer? Quem deu e se arrepende, perde as arras. Ocorrido o 
arrependimento de quem recebeu as arras, deve devolver o sinal + o equivalente (dei 1.000 reais. 
Ele devolve 1.000 + 1.000). O sinal de negócio pode ser dinheiro ou coisa. (ISSO APLICA SEMPRE! 
Não importa qual Arras é). 
• No contrato não houve expresso direito de arrependimento: Arras Confirmatórias (art. 418 e 
419). Além de receber o sinal novamente + o equivalente, a parte poderá ainda requerer 
indenização. É a regra. Ex: o objetivo das arras é confirmar a real intenção do negócio. Eu só dou 
o sinal pois estou certo do negócio. Além disso é usual a pessoa nem colocar cláusula de 
arrependimento, pois está certo de que fará o negócio. Por isso merece a indenização, é como se 
a expectativa fosse frustrada. 
• No contrato houve expresso direito de arrependimento: Arras Penitenciais (art. 420). Não cabe 
indenização, é só o valor de volta + equivalente. É penitencial pois o sinal de negócio vale como 
arrependimento, paga-se, pois se arrependeu. 
Ex.: fulano vai até galeria e compra um contrato de 3000 reais. Ele dá 500 reais a título de arras 
penitenciais. Eles combinam entrega do quadro para 30 dias. Antes do prazo o comprador informa 
que não quer mais comprar o quadro. O comprador perde os 500 reais. Não cabia indenização. 
 
STJ: Adimplemento substancial/Inadimplemento mínimo 
Ex: Pessoa compra uma máquina e paga ela em pagamento parcelado, de 40 meses. Como é 
parcelado, coloca no contrato que caso não haja o pagamento, haverá a resolução do contrato. 
Supondo que o devedor deixa de pagar a 39 e 40o parcela, é inadimplemento mínimo. STJ entende 
que quando há o inadimplemento mínimo, é abusivo desfazer o contrato com base no Princípio da 
Boa-Fé Objetiva. (Dever Ético. Art. 187, CC - abuso de direito). Credor pode cobrar o que não 
recebeu, colocar o nome do devedor em cadastro de inadimplemento, mas não pode pedir 
resolução do contrato. 
• Qual o tempo mínimo? Depende do tamanho do contrato. Ex.: 300 parcelas e deixou de pagar 20 
é adimplemento substancial. Ex.: 3 parcelas e deixou de pagar 2. Não é adimplemento 
substancial. 
 
Se a obrigação tiver vários devedores, como se cumpre a obrigação? 
Regra: cada devedor cumpre a sua parte (art. 257 CC). Ex.: casal compra um carro parcelado e deve 
pagar 1000 reais por mês para o dono do carro. Passado um tempo eles terminam e os dois deixam 
de pagar. O credor pode fazer a cobrança como? Ele vai na casa do rapaz cobrar 500 reais e dela 
500 reais. 
Exceções: Cada devedor responde pelo todo quando: 
a) Obrigação Solidária: ela não se presume (art. 265 CC), deve estar escrito de forma expressa. 
*PARA QUE SEJAM SOLIDÁRIOS, O ENUNCIADO NA PROVA PRECISA DIZER QUE SÃO! SE NÃO 
FALAR, ELES NÃO SÃO SOLIDÁRIOS! -> inclusive se tiver uma assertiva falando de solidariedade, 
mas se não fala nada no enunciado, NÃO são! Art. 275 a 285 CC. Ex.: A, B e C são devedores 
solidários do credor em razão de empréstimo de 6 mil reais. Credor pode cobrar de qualquer 
devedor os 6 mil reais, isto é, cada devedor responde pelo todo. Movida ação contra um 
devedorsolidário, os demais continuam solidários. O devedor que pagar o todo cobrará a parte 
dos demais. O credor pode renunciar/exonerar da solidariedade um ou mais devedores. Ele não 
é mais solidário, MAS ainda continua devedor! Ex.: credor exonera o B. Ele pode cobrar do A 6 
mil, do C 6 mil, mas do B somente 2 mil (a parte dele). Se um devedor solidário se tornar 
insolvente (não tem dinheiro para pagar todos os seus credores), a parte dele será rateada pelos 
demais devedores, inclusive os liberados/exonerados da solidariedade (art. 283 e 284), visto 
que ainda é/são devedor. Se um devedor solidário vier a falecer, os herdeiros respondem 
apenas dentro do seu quinhão hereditário. Eles não são mais solidários pois a solidariedade é 
personalíssima. Art. 280 CC: no caso de mora, o credor poderá cobrar os encargos moratória de 
todos, mas só o culpado pagará no acerto de contas entre os devedores solidários. Ex.: Todos 
os devedores vão na casa de um devedor solidário dar a parte deles. No dia do vencimento, este 
esquece de pagar. Só ele arcará com os juros de mora, multa etc., pois agiu com culpa 
(negligência etc.) Art. 279 CC: 3 pessoas pegam um carro emprestado e são devedores solidários 
de devolver. Uma delas dá perda total no carro por culpa sua. Só pode o credor pedir a 
indenização do devedor solidário culpado, visto que é um valor mais alto, aí não pode pedir de 
qualquer um. 
 
b) Obrigação indivisível: art. 258 CC - o objeto da obrigação é indivisível pois a lei diz que é. Pela 
Natureza é indivisível: perde a utilidade. Ex.: relógio, carro, cavalo etc. se forem divididos. Ex.: 
se o credor bater na porta de um para pedir o carro que foi emprestado, ele vai entregar o 
motor? Se há perda Econômica se for dividido: Ex.: diamante de 50 quilates (vale muito mais 
esse do que vários diamantes pequenos). O todo foi a Razão Determinante do negócio. Ex.: 
coleção de selos. Toda a coleção é a razão do negócio, então mesmo existindo vários devedores 
cada um será responsável pelo todo. Ex.: biblioteca inteira. 
MACETE: o objeto é indivisível quando “NERD" 
 
*se o enunciado falar que 3 devedores solidários emprestaram um carro, não importa que é objeto 
indivisível. Aplicam-se as regras de solidariedade! 
 
Vícios Redibitórios (Contratos): vícios/defeitos físicos ocultos, existentes em um bem que foi 
adquirido por contrato comutativo. DEVER DE GARANTIA! O vendedor tem que garantir que não 
tem nenhum defeito físico oculto. 
*contrato comutativo é que tem obrigações comuns à ambas as partes. Ex.: compra e venda. 
*no Direito Civil não há distinção entre vício e defeito! 
• Nós particulares só damos garantia de dever físico e oculto, se for algo aparente, não há garantia, 
a pessoa já compra sabendo. Além disso, o vendedor não precisava saber que havia o vício oculto, 
ele mesmo assim é responsável precisando dar garantia. 
• Quando o comprador verifica o vício, ele PODE (ou um ou outro): 
a) Desfazer o negócio = Ação Redibitória (redibir o contrato). Ele pegará de volta o preço que 
pagou e será ressarcido das despesas do contrato. 
OU 
b) Pedir o abatimento proporcional do preço = Ação "Quanti Minoris”/ Ação Estimatória 
 
Ainda, em ambas as hipóteses, se o vendedor sabia do vício, ele terá que pagar perdas e danos = 
indenização. 
 
Esse dever de garantia imposto aos particulares tem um prazo (art. 445 CC): 
 
 Bens Móveis (MO parece 30 
deitado) 
Bens Imóveis (I de IMÓVEIS = 1) 
Entrega 30 dias da entrega 1 ano da entrega 
Já estava na posse 15 dias 6 meses 
Difícil Constatação 180 dias para perceber (móveis 
tem 6 letras. 6x30 = 180) 
1 anos 
 
Ex.: comprei um bem imóvel e o defeito está tão escondido que demora para aparecer (Ex.: móvel 
com cupim). Percebi com 120 dias, então foi dentro do prazo. Assim que percebido, abre o prazo 
para reclamar, que é 15 dias (se já estava na posse), ou 30 dias. 
 
Art. 446: garantia contratual. Conta primeiro a garantia contratual e depois que acabar começa a 
contar a da lei (somam-se as garantias). 
 
Evicção: perda. Também impõe o dever de garantia. São vícios/defeitos jurídicos existentes em um 
bem adquirido por contrato oneroso. Ex.: compra e venda. Eu perco o bem por QUALQUER 
problema jurídico. Ex.: comprei uma chácara e chega uma citação de ação de um terceiro dizendo 
que é a verdadeira dona, só que ele não comprou dela. Ex.: comprei um carro só que descobri depois 
de muito tempo que foi objeto de furto (documento era falso quando comprei e não sabia). 
• O comprador perde de fato o bem, não tem o que fazer. Volta para o proprietário original. 
• Solução: ampla indenização = recebe o valor que pagou, as despesas do contrato, os frutos que 
perdeu, custas processuais e honorários advocatícios. 
• No direito processual tem como ajudar o meu cliente que comprou o imóvel inocentemente: 
Denunciação à lide (MACETE: lide = tenho uma lide com a pessoa). Na contestação defendo que 
não tem fraude, MAS se tiver, denuncio à lide aquele que me vendeu. 
*não é obrigatória a denunciação a lide. Pode depois mover ação de indenização contra o vendedor. 
 
Contrato de Compra e Venda: acordo + objeto + preço 
• Art. 1267: os contratos não transferem propriedade. Para bens móveis, só há entrega quando há 
tradição. 
• Em regra, dano decorrido de caso fortuito ou força maior, a coisa perece para o dono. 
• Ex.: comprei um carro e antes do dono me entregar o carro é furtado (caso fortuito). Esse dono 
deve me devolver o dinheiro pois ainda não havia acontecido a tradição. 
• "A coisa acresce para o dono” = coisa que melhora o bem também é do dono. Ex.: filhotes do 
animal é do vendedor, pois ele ainda não havia entregado o animal (tradição). 
 
Contrato de Compra e Venda: 
• Art. 496: quando um ascendente quiser vender para descendente, será necessária autorização 
dos demais descendentes e do cônjuge (salvo SOB). Aqui não tem nada a ver com a herança, não 
é antecipação da legítima. Isso de falar com os demais filhos e cônjuge é para que eles verifiquem 
se não é antecipação da legitima, visto que eles são os mais interessados. 
*a doação de um pai para o filho (art. 544 CC): ele antecipa a legítima. 
• É anulável o contrato e o prazo é decadencial de 2 anos. 
*avô para neta é ascendente e descendente, então também precisa da autorização. 
 
Contrato Estimatório: é o de consignação. Ex.: carro; quadros etc. 
• Consignante deixa determinado bem móvel nas mãos do consignatário por um tempo para que 
venda o bem. 
• Durante o tempo que o meu bem está com o consignatário, ele continua sendo de minha 
propriedade, então não responde por dívidas do consignatário/lojista. 
• Se algo acontecer com meu carro, a loja responde, mesmo que seja caso fortuito ou força maior 
-> EXCEÇÃO À REGRA DO A COISA PERECE PARA O DANO. Ele deverá ou devolver o bem da forma 
que recebeu ou dá o valor ajustado entre eles. 
• O consignatário deve passar para o dono o valor combinado entre eles, mesmo que no final venda 
por menos. 
 
Contrato de Doação: doador, por mera liberalidade, transfere bens, direitos, interesses, ao 
donatário. ex: João doa por mera liberalidade um apartamento para Caio. Se Caio falece, o bem vai 
para seus herdeiros. Se João não quiser isso, quiser que o bem volte para ele, ele coloca cláusula no 
contrato: Cláusula de Reversão -> o bem só volta se João estiver vivo. 
 
Possui restrições: 
a) João não pode colocar cláusula dizendo que se Caio morrer, o bem vai para Maria. -> não é 
possível negociar herança de pessoa viva. É NULA ESSA CLÁUSULA DE REVERSÃO À BENEFÍCIO 
DE TERCEIRO! 
b) É NULA a doação universal: doação de todo patrimônio sem deixar nada para subsistência 
própria 
c) É NULA a doação inoficiosa = só pode doar 50% do patrimônio, se for além, é nulo. 
d) É anulável a doação do cônjuge adultero para seu cúmplice. Prazo decadencial de 2 anos do 
término do casamento. Inclusive os herdeiros podem pedir a anulação.Contrato de Empréstimo: mútuo e comodato. 
a) Comodato: uma pessoa faz empréstimo gratuito de bem infrangível/insubstituível. ex: se 
empresto meu carro para minha irmã, ela deve devolver o mesmo carro; empresto minha casa 
da praia; livro. 
• Comodante: aquele que empresta. Comodatário: o que pega emprestado. 
• Comodatário em mora: art. 399. Ele responde por caso fortuito ou força maior, salvo se provar 
que teria acontecido da mesma forma. Ainda, deverá pagar um aluguel-pena da coisa até 
efetivamente devolvê-la. O aluguel-pena poderá chegar ao dobro do valor de um aluguel. *não é 
aluguel, é uma penalidade. 
• O comodatário JAMAIS poderá cobrar despesas de uso e gozo da coisa. 
 
b) Mútuo: empréstimo gratuito ou oneroso de um bem fungível/substituível. Quando a pessoa for 
me devolver, será outro. Ex.: dinheiro; mutuário da CEF. 
• Mutuante: que empresta. Mutuário: que pega emprestado. 
• Mútuo de dinheiro é ONEROSO, pois posso cobrar juros, mas não sou obrigada a cobrar juros, 
então dinheiro pode ser mútuo gratuito também. 
• ******Art. 587: se meu amigo me pedir 100 reais e empresto, dou mútuo. Combino que daqui 
30 dias ele vai devolver e será sem cobrança de juros. Chega no dia e meu amigo não me paga 
pois está sem dinheiro. Ele continua devendo esse bem! O empréstimo de mútuo transfere a 
propriedade do bem. Ele então vira o dono do dinheiro, por isso ele responde por danos e assim 
continua devendo o bem. 
 
Fiança: fiador garante o cumprimento da obrigação do afiançado/devedor 
• Contrato/Negócio Jurídico acessório 
• art. 819: fiança é somente por ESCRITO. 
• É instituída em benefício do credor, por isso pode ser instituída sem o consentimento do devedor 
e até mesmo contra a vontade dele. 
• Quando o fiador paga, há a sub-rogação = ele se torna o novo credor do devedor. 
• Benefício de ordem: primeiro pega o patrimônio do devedor e depois do fiador. Então a 
responsabilidade do fiador é subsidiária. Mas pode haver a RENÚNCIA do benefício de ordem, 
podendo até ser devedor solidário, aí o credor pode ir direto ao fiador. 
• Se o fiador for casado, salvo regime de separação, ele precisa de autorização do cônjuge para ser 
fiador. Falta de autorização torna a fiança anulável (prazo decadencial de 2 anos) e ineficaz, a 
contar do término do casamento. Isto é, ele não é fiador daí. 
• Se o cônjuge dá autorização, ele NÃO comprometeu sua parte do patrimônio! Ele não se torna 
fiador também (co-fiador)! O seu patrimônio continua protegido. 
• ******Fiador de contrato de locação: o imóvel do fiador, mesmo sendo bem de família, 
responde pela dívida! 
 
Defeitos dos Negócios Jurídicos/Contratos: Vícios do Consentimento 
• No momento de formação do contrato, pode ser que haja algum defeito = vícios do 
consentimento. A vontade de uma das partes está viciada. Podem ser vícios sociais também, pois 
afetam a sociedade, mas aqui a vontade de uma das partes NÃO está viciada. 
 
Vícios do consentimento: 
 
a) Erro/Ignorância: equívoco ou desconhecimento. “a pessoa se enganou sozinha”. Ex.: se 
enganou acerca do objeto do contrato. A pessoa vai em um terreno e gosta dele. Vai até a 
empresa de loteamento e diz o número do lote e tudo. Depois que ela compra, ela descobre 
que se enganou sozinha, pois deu o número do lote errado. A vontade não era livre e 
consciente, então estava com erro. O negócio é desfeito! 
*aqui, se eu puder tirar o vício, devo manter o contrato. 
 
b) Dolo: a pessoa foi enganada. Pode ser através de uma ação ou omissão, isto é, “silêncio 
intencional”. Ex.: ótica vendia óculos falsificados, mas todos acreditavam que era verdadeiro. 
- Art. 150: dolo bilateral. Ambos enganaram um ao outro. Nenhuma vai ser indenizada e nenhuma 
pode pedir anulação. 
c) Coação: a pessoa foi ameaçada. Deve ter um fundado receio de dano à própria vítima, seu familiar 
ou seus bens. Ou a pessoa assina, ou ela morre. 
- Um homem médio deve se sentir ameaçado. Deve ser analisado a circunstância de cada caso. 
 
d) Estado de Perigo: a pessoa assume obrigação manifestamente/onerosamente excessiva, pois 
necessita salvar a si mesma ou à um familiar e essa situação de perigo é conhecida pela outra parte 
que está aproveitando. Ex.: neto chega exigindo pronto atendimento para o avô que está tendo AVC 
e o hospital cobra 10 mil. 
 
e) Le$ão: pessoa assume obrigação manifestamente desproporcional pois existe necessidade 
ou inexperiência. É lucro exagerado/valor desproporcional. Ex.: comprar um produto pelo 
valor muito maior do que ele custa; pessoa vai ser despejada e aluga quarto por 500 reais 
por mês, mas na verdade sabia que valia 200. 
*aqui, se eu puder tirar o vício, devo manter o contrato. 
 
*ESTADO DE PERIGO E LESÃO: no estado de perigo é para SALVAR, lesão não. 
 
Caso haja, é ANULÁVEL em todos esses 5, pelo prazo decadencial de 4 anos. As partes voltam ao 
status quo ante. 
 
Vícios sociais: 
• Fraude contra credores: É anulável no prazo decadencial de 4 anos. Aqui não anula por meio 
de ação normal, e sim por Ação Pauliana! 
- São negócios celebrados por um devedor insolvente. É imprescindível a existência desse devedor 
insolvente. OAB pode dizer “ele fez tal coisa que o reduziu à insolvência” ou “tem patrimônio X e 
narra o valor de cada dívida" 
• Não pode ser confundida com fraude à execução! Fraude à execução é processual (CPC). 
 
B) Simulação: é nula. É o único nulo, pois simula a verdade, então engana a pessoa. É mentira.

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