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Aluna: Paola da Costa Duarte Quintanilha Matricula: 20192100752 Distinções entre Responsabilidade Civil Subjetiva e Responsabilidade Civil Objetiva O tratamento normativo da responsabilidade civil no Código Civil será á partir do artigo 927, no Brasil em regra, a responsabilidade civil ela é subjetiva. Sendo analisada em geral á consequência mais típica da responsabilidade civil que é o dever de pagar indenização, logo, tem dever de pagar indenização quem tem responsabilidade segundo os parâmetros legais, encontrados nos artigos 927 e seguintes do Código Civil Brasileiro, tendo como regra a responsabilidade subjetiva a depender da aferição da culpa. A responsabilidade subjetiva depende da aferição de culpa, existe elementos caracterizadores da responsabilidade, sendo a conduta de alguém de deixar de fazer algo ou omitir-se quando deveria fazer, ação ou omissão, ou seja, entre a conduta e o dano deve existir um nexo de causalidade, sendo necessário ainda um quarto elemento, o chamado elemento subjetivo, a culpa no sentido civil, a prática de um ato ilícito em geral, mesmo que a pessoa não tenha desejado o resultado danoso, baseada na teoria da culpa. Dessa forma, para que o agente indenize, ou seja, para que responda civilmente, é necessária a comprovação da sua culpa genérica, que inclui o dolo (intenção de prejudicar) e a culpa em sentido restrito (imprudência, negligência ou imperícia) culpa, estando definidas nos artigos 186, 187 do CC. Vale salientar que Sergio Cavalieri Filho expõe que: "Por essa concepção clássica, todavia, a vítima só obterá a reparação do dano se provar a culpa do agente, o que nem sempre é possível na sociedade moderna. O desenvolvimento industrial, proporcionado pelo advento do maquinismo e outros inventos tecnológicos, bem como o crescimento populacional geraram novas situações que não podiam ser amparadas pelo conceito tradicional de culpa". Já na responsabilidade civil objetiva o Código Civil passa a admitir expressamente, pela regra constante do seu art. 927, parágrafo único, adotada como exceção. “Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, é obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”. A responsabilidade objetiva independe de culpa e é fundada na teoria do risco, sendo que haverá responsabilidade independentemente de culpa em duas situações: Nos casos previstos expressamente em lei e em uma atividade de risco normalmente desempenhada pelo autor do dano, o que é consagração da cláusula geral de responsabilidade objetiva, sendo que para esclarecer o que constitui essa atividade de risco foi aprovado enunciado nº 38 na I Jornada de Direito Civil do Conselho da Justiça Federal. “Enunciado n. 38. Art. 927: a responsabilidade fundada no risco da atividade, como prevista na segunda parte do parágrafo único do art. 927 do novo Código Civil, configura-se quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano causar a pessoa determinada um ônus maior do que aos demais membros da coletividade”. Conforme lições de Orlando Gomes, em sua obra atualizada por Humberto Theodoro Júnior, no sentido de que: "Realmente, apesar da multiplicação dos casos submetidos ao princípio da responsabilidade objetiva, permanece, como regra geral, o preceito que condiciona a obrigação de reparar o dano à culpa do agente. Não foi arredado sem embargo da adoção de processos técnicos que elastecem consideravelmente sua aplicação. Nem é possível a substituição pelo risco, porque esta idéia não comporta a mesma generalização. Ainda que se multipliquem essas situações nas quais a obrigação de indenizar seja imposta independentemente da culpa, a solução continuará com o caráter de exceção que possui atualmente. É que a idéia de culpa não pode ser dissociada do conceito de delito. Afora, pois, os casos especificados em lei, nos quais o dever de reparar está previsto e determinado com abstração da conduta do obrigado, a responsabilidade há de resultar de investigação dessa conduta para a verificação de sua anormalidade. Sempre que se quiser atribuir esse dever sem esse pressuposto, há necessidade de especificá-lo na lei. Assim, a questão teria solução extremamente casuística, se porventura se viesse a suprimir a fonte genérica e abstrata da responsabilidade, que é a culpa". Desse modo, a nova previsão consagra um risco excepcional, acima da situação de normalidade. Percebe-se que na responsabilidade objetiva, o dever de indenizar se dará independentemente da comprovação de dolo ou culpa, bastando que fique configurado o nexo causal daquela atividade com o objetivo atingido. Assim a maior distinção entre Responsabilidade Civil Subjetiva e Responsabilidade Civil Objetiva está no fato da primeira depender de comprovação de dolo ou culpa, baseada na teoria da culpa e a segunda estará caracterizada desde que o nexo causal esteja comprovado, teoria do risco. Referências: Tartuce, Flávio Manual de Direito Civil: volume único / Flávio Tartuce. – 11. ed. – Rio de Janeiro, Forense; METODO, 2021. https://www.cjf.jus.br/enunciados/enunciado/699. Sergio Cavalieri Filho, Programa de responsabilidade civil, 7ªedição, p. 17. São Paulo : Atlas, 2007. Programa de responsabilidade civil, 7ªedição, p. 16. São Paulo : Atlas, 2007. Obrigações, 10ª edição, p. 282. São Paulo : Editora Forense, 1995. https://www.migalhas.com.br/depeso/284802/a-responsabilidade-civil-subjetiva-e-objetiva--contextualizacao-historico-evolutiva--caracteristicas-e-aspectos-distintivos--modalidades--aplicabilidade-no-direito-privado--publico-e-difuso, acessado em 06/10/2021, ás 20:52.
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