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Medicina, FCM/Afya A N A K A R O L L I N Y Esofagites agudas Podem ter várias etiologias → Infecciosas (bacterianas, virais e fúngicas) Alimentos quentes e irritantes (pimenta) Substâncias cáusticas Traumatismos A lesão pode ser circunscrita ou difusa, pode ter aspecto catarral, fibrinoso, purulento e ulcerativo. Esofagite aguda por Cândida Pode ser assintomática Associada a → imunossupressão, AIDS, DM, QT, pacientes transplantados A utilização de alguns ATB facilita a proliferação de fungos - Clínica → disfagia, odinofagia, dor com irradiação para as costas, hemorragias - Local → terço médio e distal - EDA → Mucosa elevada nodulosa, placas esbranquiçadas e pequenas ulcerações - Histologia → Inflamação + focos necrótico e descamação Coloração de Schiff facilita a visualização Esofagite aguda herpética Contato direto com vírus herpes simplex Ocorre em pacientes com neoplasias malignas - Clínica → odinofagia, dor retroesternal, hemorragias e dores articulares - Histologia → inclusões nucleares eosinofílicas nas células epiteliais, multinucleadas. Esofagite aguda eosinofílica Infiltração de eosinófilos na camada mucosa do esôfago → > 15 eosinófilos por campo de aumento - Lesão → terço distal ou porção proximal do esôfago - EDA → Aneis de placas bancacentas, fendas lineares na mucosa, estreitamento da luz. Esofagite aguda corrosiva Lesões provocadas pela ingestão de álcalis fortes ou detergentes (ou outros agentes corrosivos) - Evolução da lesão provocada pela soda caustica → Esofagites Crônicas Doença do Refluxo Gastroesofágico O refluxo pode afetar as mucosas do terço proximal do esôfago, da faringe e da cavidade bucal. - Etiogenia das lesões e EDA → ▪ Ação do suco gástrico promove uma descamação epitelial → aumento da regeneração epitelial → hiperplasia da camada basal → desequilíbrio Necrose por liquefação + inflamação, trombose, hemorragia e invasão bacteriana ulceração + formação do tecido de granulação restituição da integridade nas lesões pequenas ou cicatrização e estenose nas grandes lesões Medicina, FCM/Afya A N A K A R O L L I N Y entre perda e regeneração celular → atrofia progressiva do epitélio escamoso → aumento relativo das papilas conjuntivas → aproximação da superfície mucosa facilitação do contato com o suco gástrico com a lâmina própria → estímulo de quimiorreceptores e fibras nervosas → erosões e ulcerações da mucosa → fibrose e estenose. - Clínica → Pirose, eructação, regurgitação, odinofagia, disfagia para alimentos sólidos, hemorragia, salivação abundante Esôfago de Barret Metaplasia do epitélio esofágico: Escamoso → colunar Mais comum em homens - Complicações → ulcera péptica - EDA → mucosa aveludada cor de salmão A biopsia endoscópica vai identificar se há ou não displasia. NEOPLASIAS BENIGNAS Leiomioma Terço médio e inferior Origina-se da camada muscular interna e pode ser múltiplo Papiloma escamoso Solitário e pequeno Lesão polipoide geralmente resvestida pelo epitélio escamoso - Local → distal Achado de DNA de HPV NEOPLASIAS MALIGNAS - Etiologias → RGE, Esôfago de Barret Baixo consumo de Frutas e verduras Contaminação dos alimentos com Aspergillus Tabagismo e etilismo Ingestão de alimentos quentes Infecção pelo HPV Carcinoma de células escamosas Esofágico - Local → distal e medial Homens > 55 anos Aspectos morfológicos da evolução da neoplasia → ➢ Discreta elevação irregular da mucosa -> displasia epitelial -> carcinoma in situ -> infiltração neoplásica da lâmina própria (carcinoma minimamente invasivo/intramucoso) -> infiltração avança para as demais camadas -> carcinoma avançado -> ulceração com bordas elevadas, irregulares, endurecidas e com escavação central /crescimento predominantemente infiltrativo em anel ao longo da circunferência do órgão/ massa sólida, lobulada vegetante que cresce para a luz do órgão/infiltrativo difuso na parede do órgão conferindo aspecto de rígido. - Histologia → Aspectos de carcinoma bem/moderadamente diferenciado Adenocarcinoma Esofágico - Local → frequentemente encontrado no terço distal do esôfago, junção gastroesofágica e na cárdia Epitelio escamoso RGE crônico Metaplasia (Escamoso --> colunar) Displasia do epitélio colunar intestinal metaplásico Adenocarcinoma infiltrante Medicina, FCM/Afya A N A K A R O L L I N Y Maior incidência em homens brancos > 65 anos Principal condição de risco → Esôfago de Barret + RGE - Morfologia → Ulcerado ou infiltrativo Avançado no momento do DG Se tiver origem a partir da esofagite de Barret, é mulricentrico e com múltiplos nódulos - Histologia → Glândulas atípicas Adenocarcinoma gástrico Neoplasia mais frequente do estômago Prevalência em países em desenvolvimento, com exceção do Japão. Está relacionado a baixas condições socioeconômicas. Classificação de Laurén → Tipo intestinal e tipo difuso Adenocarcinoma gástrico do tipo intestinal Comum em populações de alto risco, homens com idade em torno dos 60 anos Prognóstico mais favorável Patogênese → Adenocarcinoma gástrico do tipo difuso Mais comum em população de baixo risco A displasia ocorre no epitélio gástrico não metaplásico Pode ter ou não associação com H. pylori Não há a formação de Glandulas, a distribuição celular é em lençol, há um depósito intracelular de muco O prognóstico é menos favorável, não há prevalência de sexo. ETIOPATOGÊNESE Dieta → • Sal excessivo da dieta -> irritação crônica da mucosa gástrica -> gastrite crônica -> atrofia da mucosa e metaplasia intestinal(gastrite crônica atrófica) -> hipo/acloridria -> aumento do ph -> crescimento de bactérias -> conversão de nitratos da dieta em nitritos -> nitritos+aminas da dieta=nitrosaminas -> ação carcinogênica -> danos ao dna na mucosa gástrica normal ou no epitélio com metaplasia intestinal. INFECÇÃO PELA H. pylori Geralmente é adquirida na infância e pode persistir se não houver TTO A transmissão domiciliar parece ser a principal rota, acontece por meio de alimentos contaminados Há um importante polimorfismo genético, o que confere a patogenicidade das cepas. Fatores de virulência → • BabA: fator de aderência • CagA: Oncoproteína que altera os genes supressores de tumor e aumenta a expressão do BCL2 (gene antiapoptótico) • Vac S1 ou M1: favorece a inflamação As cepas que expressam o CagA tendem a determinar uma resposta inflamatória vigorosa do hospedeiro A urease estimula o recrutamento de Neutrófilos PMN e monócitos, aumentando a síntese de citocinas, além disso há uma maior liberação de ON que pode interagir com os radicais livres de O2 e formar compostos nitrosos genotóxicos. Infecção pela H. pylori ela libera a enzima urease Ureia --> Amônia Mudança no pH = Hipocloridria Gastrite atrófica Metaplasia intestinal (padrão glandular) Medicina, FCM/Afya A N A K A R O L L I N Y A infecção diminui a secreção de ácido ascórbico no suco gástrico. CONDIÇÕES PRÉ-CANCEROSAS A. Gastrite crônica atrófica multifocal (antro e corpo) associada a H. pylori B. Gastrite autoimune com atrofia do corpo C. Ulcera péptica gástrica D. Adenoma gástrico --. A transformação maligna ocorre em até 80% dos casos das lesões > 2cm E. Gastrectomia parcial F. Doença de Menétrier LESÕES PRÉ-CANCEROSAS - Metaplasia intestinal: Adaptação da mucosa gástrica à agressão prolongada por diversos agentes, pode evoluir para displasia - Displasia intestinal: Atipias citoarquiteturais→ mitoses, macronucléolos, irregularidades ou ramificações das criptas, crescimento papilar, intraluminal e superficial do epitélio Pleomorfismo, hipercromasia, estratifucações nucleares, aumento da basofilia, perda da polaridade celular. Pode ser baixo ou alto grau e quando ocorre no epitélio não metaplásico origina o adenocarcinoma gástrico do tipo difuso. Displasia de alto grau: • Alterações citológicas intensas: • Pseudoestratifição. • Núcleos em toda a espessura do epitélio. • Hipercromasia nuclear. • Macronucléolos. • Mitoses,muitas vezes atípicas. • Alterações arquiteturais pronunciadas: • Justaposição glandular. • Aspecto cribriforme. EVOLUÇÃO/PROGNÓSTICO/ESTADIAMENTO Classificação de Borrmann Tipo I → Polipoide Tipo II → ulcera com bordas elevadas Tipo III → ulceração com infiltração Tipo IV → infiltração difusa
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