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Asma: Diagnóstico e Tratamento

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ASMA 
ASMA 
Conceito: aumento progressivo dos sintomas e decréscimo da função pulmonar 
do seu status usual. A diminuição da função pulmonar pode ser medida pelo PFE 
e VEF1. 
** típica doença da infância. Geralmente se tem nessa faixa etária e há 
autorresolução antes da vida adulta. 
Diagnóstico padrão ouro – ESPIROMETRIA (PFE e VEF1) – a partir dos 5 anos. 
** Na infância é um desafio realizar a espirometria para diagnostica asma, sendo 
assim é realizado o diagnóstico em critérios clínicos. 
NEM TUDO QUE CHIA É ASMA!!!! 
Fisiopatologia 
Remodelamento da via aérea 
**interfere na arquitetura da via aérea, levando à irreversibilidade de obstrução 
em alguns pacientes. 
1. Hipertrofia e hiperplasia do musculo liso 
2. Elevação no número de células calciformes 
3. Aumento das glândulas submucosas 
4. Alteração no deposito e degradação dos componentes da matriz 
extracelular 
Processo de remodelamento acontece em cada exacerbação asmática, dessa 
forme é importante o controle, para evitar as complicações (obstrução 
parcialmente reversível ou irreversível (decréscimo da função pulmonar do seu 
status usual - não há crescimento do pulmão). 
Exacerbação de Asma. 
**Não se fala mais crise asmática. 
• Distúrbio inflamatório crônico das vias aéreas. 
• Hiper responsividade das vias aéreas. 
• Obstrução reversível ou parcialmente reversível. 
• Limitação ao fluxo aéreo. 
 
É uma doença cíclica, que há inflamação da via aérea→ exacerba, melhora. 
Obstrução reversível (ou parcialmente reversível com episódios muitos cíclicos ao 
longo da vida) → ar entra, mas custa sair. 
Chega um momento que as vias aéreas “cansam” → se torna uma obstrução 
parcialmente reversível ou irreversível – caso grave, raros. Maioria das vezes são 
reversível. 
Fora da exacerbação – via aérea normal, com exacerbação via área edemaciada 
com importante broncoespasmos. 
Exacerbação-desencadeantes: 
• Vírus: rinovírus A, B, C, influenza, VSR, enterovírus, parainfluenza, 
metapneumovírus, coronavírus, adenovírus, bocavírus. 
• Poeira doméstica 
• Tabaco: material particulado, NO2, O3. 
• Exercício físico 
Como reconhecer a exacerbação asmática? 
• Sibilância 
• Tosse seca persistente, com piora à noite a nas primeiras horas da manhã 
“pré-crise” (crise no início). 
• Falta de ar/ dificuldade respiratória – dispneia 
• Sensação de opressão torácica/ desconforto torácico 
• Chieira torácica, taquipneia, sinais de esforço respiratório 
Sintomas e limitações ao fluxo aéreo variam ao longo do tempo e em intensidade. 
Fatores que influenciam o sucesso terapêutico: 
• Dificuldade diagnóstica 
• Subestimar a gravidade 
• Plano terapêutico inicial mal elaborado 
• Tratamento inadequado 
• Controle insuficiente das crises 
GINA 
**atualizada anualmente – doença ainda não conhecida profundamente 
(fisiopatologia). Importante atualizar todos os anos!!! 
E separado as faixas etárias - < 5 anos, 6-11 anos, adolescente e adultos 
(particularidades) 
1. Confirma diagnóstico de asma (nem tudo que chia é asma), controle 
semiológico (sintomas), avaliar comorbidades e terapêutico (tecnica 
inalatoria e adesão) e depois esclarecer pais e criança (avaliar o 
entendimento). 
** sibilância: imunodeficiencia, cardiopatia, bronquiolite, bronquiolite 
obliterante pneumonia viral e atipica. 
2. Ajuste necessários ao tratamento 
3. Reavaliar resposta terapêutica 
Classificação da asma (GINA): fazer 4 perguntas e classificar mensalmente – 
Paciente tem sintomas durnos mais 2x/semanas? Acorda a noite com falta de ar? 
Precisa usar broncodilatador (SABA) mais de 2 x/semana? Limitações aos esforços 
? 
• Asma bem controlada – não em todos 
• Asma parcialmente controlada - 1 ou 2 sim 
• Asma não controlada - 3 ou 4 sim 
Steps – passos para condutas terapêuticas – clinico atua até step 3, o 4 e 5 
manda para o especialista. 
Asma grave X difícil 
** relacionado ao controle 
Asma grave: Pacientes que requerem elevadas doses de corticoide inalatório, 
para a idade, associado a B2 agonista de longa duração e/ou outros controladores 
para obter ou não o controle (comorbidades controladas, ambiente controlado e 
ainda assim as exarcebações se mantem) – após avaliação de no mínimo 6 meses. 
Paciente raros (vai para STEP 4 ou %) 
Asma de difícil controle: altas doses de corticoide (amento da dose cada vez 
mais), porém problemas na adesão, técnica, ambiente. Comorbidades 
(obesidade) e ambiente não controlados (bichos de pelúcia, espaçador mal 
utilizado, poeira). 
Classificação da Exarcebação da asma – urgência 
• Leve – ambulatorial – hospitalar 
• Moderadas e graves – nível hospitalar (emergência pediátrica) 
 
Medicamentos inalatórios 
• B2 de curta duração 
Ex: salbutamol, fenoterol 
Medicação de alívio 
Usado nas exacerbações – efeito broncodilatador 
• Corticoide inalatório 
Ex: beclometasona 
Profilaxia, evitar exacerbações 
A partir do step 2 para profilaxia, não é medicação de alívio, uso diário 
 
Medicamentos inalatórios ("bombinha") B2 de curta duração (Salbutamol, 
Fenoterol) → para TIRAR DA CRISE (Medicação SOS) Uso somente em 
exarcebação. Corticoide inalatório (Beclometasona) → para profilaxia, não é 
medicamento de alívio (não vai dar certo para tirar da crise) Uso diário. Não foi 
percebido um aumento da internação de asma devido ao contexto da COVID-19 
TRATAMENTO 
• STEP1: Crise agora “apaga o fogo” 
 Broncodilatador B2 de curta-duração em baixas doses 
• STEP 2: Início da medicação profilática (criança com vários episódios de 
exacerbação, viver no pronto socorro). Evitar que use broncodilador 
direto. Medicação profilaxia. Nem todas as crianças precisam. 
Corticoide Inalatório (de baixa à alta potência - de alta a baixa segurança) - uso 
todos os dias (evitar crises) mas num menor período de tempo possível de 
acordo com a criança (sazonalidade do vírus) + segundo controlador se 
necessário: Antagonista do Receptor de Leucotrieno- sempre associado (atentar-
se aos efeitos colaterais – alterações neuropsiquiátricas - montelucaste) OU B2 de 
longa duração (LABA) 
Clenil = beclometazona – corticoide inalatório baixa potência – barato e SUS. 
• STEP 3: Criança usando corticoide inalatório baixa doses, técnica 
inalatória e adesão boa, não controla, precisa aumentar a dose, mais 
efeitos colaterais. Não aumentar dose de qualquer forma, sempre 
analisar todas as outras etapas. 
Broncodilatador B2 de longa duração em doses moderadas (LABA) (sempre 
associado a um corticoide inalatório (profilático), devido ao fato de sozinho levar 
ao aumento da mortabilidade). 
***Se a criança melhora, mas volta a ter crise (em qualquer STEP), volta para o 
STEP 1 do tto. Só caminha no tto quando os passos de cada STEP tiverem sido 
resolvidos, e a criança não melhora. Na hora da crise, o SOS é o Broncodilatador 
SABA. 
LABA – para crianças > 5 anos. Nunca usar sozinho sempre associado com 
corticoide inalatório (sempre vem a dupla) – não existe sozinho sempre 
associado. (É caro) 
***Entrou em crise → vai pro SOS (broncodilator) x profilático é diferente de 
crise. No SUS, há CI de Clenil (Beclometasona). 
Sempre fazer revisão da criança e dos sintomas. 
Sempre consultar tabelas do que é dose baixa, moderada e alta de corticoide 
inflamatório. Doses altas têm risco de absorção sistêmica → sempre ter 
responsabilidade do que vc está fazendo. 
Não usar SABA por muito tempo e/ou de modo desnecessário, pois pode causar 
dessensibilização de receptores. Uso de 4 ou 5 caixas por ano sugere erro! 
Montelucaste (ARL) é ótimo, quando associado a um segundo controlador (CI). 
Efeitos adversos raros, porém, devemos estar atentos: suicidabilidade em 
adultos/adolescentes; pesadelos; problemas de comportamento em crianças. 
Micronebulização X Espaçador? 
Micronebulização tem baixo depósito de medicamento no pulmão, o mecanismo 
de via de adm melhor atualmente é o ESPAÇADOR (diminui avelocidade e o 
tamanho das partículas, viabilizando que as partículas sejam melhor depositadas 
no pulmão). Observar sempre se está usando corretamente o espaçador, SENÃO 
AUMENTA-SE DOSE DESNECESSARIAMENTE! Asma 4 Geralmente, a criança menor 
usa-se espaçador + máscara, depois pode-se tirar a partir das maiores. 
 
 
Exacerbação – Tratamento 
• SABA 
Ataque: para exacerbações moderadas/graves 
Dose: 4- 10 puffs a cada 20 min nas primeiras horas (6-11 anos) (3ataques/horas). 
2-6 puffs a cada 20 min na primeira hora (menores de 5 anos). 
Dose para uso domiciliar: 4-10 puffs 4/4 horas. 
• Corticóide sistêmico 
Indicações: tratamento com SABA não foi efetivo. Pacientes que necessitam de 
CO em exacerbações anteriores. Exacerbação grave (ainda na primeira hora). Não 
usa em todo mundo. 
Via de administração e dose: Oral e intravenoso são igualmente efetivos, 1 a 2 
mg/kg/dia (máx 60 mg/dia) por 3 a 5 dias.

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