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Hemoglobinopatias

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A molécula de hemoglobina é a principal proteína dentro da hemácia, ela é 
constituída por um tetrâmero, na figura acima aparecem quatro cores 
diferentes, mas são dois dímeros com duas cadeias polipeptídicas iguais. 
Vamos ver também que, no adulto são duas cadeias alfas e duas cadeias betas, 
ou seja, são quatro cadeias polipeptídicas, onde cada uma delas alberga um 
grupo Heme, que é onde está a molécula de ferro, então são quatro moléculas 
de ferro. 
Uma vez que estamos falando em uma proteína, essa proteína vem de uma 
sequência de aminoácidos, passa por sua estrutura primária, secundária, 
terciária e quartenária. 
A proteína precisa estar na sua estrutura quaternária, nesse formato que 
parece um novelo de lã, nesse formato de dobradura, para que a proteína 
tenha função. 
Quando nós temos uma sequência de aminoácidos, quando nós temos a 
formação da estrutura quaternária, vamos lembrar que esses aminoácidos 
esses vão se anovelar de acordo com a carga elétrica de cada um desses 
aminoácidos. 
No momento que a gente começa a conversar sobre, alteração na molécula de 
hemoglobina, a gente já pode pensar que, a alteração desses aminoácidos a 
substituição, uma mutação de ponto, pode fazer com que esse momento de 
formação na estrutura quaternária, principalmente proteínas, principalmente 
aminoácidos, que tenham posições estratégicas perto do grupo prostético 
Heme, como por exemplo: se tiver uma troca de aminoácidos positivo por um 
aminoácido negativo, talvez isso impacte em uma alteração da capacidade de 
formação dessa estrutura quaternária e essa proteína, no caso a hemoglobina 
perca a sua função. 
A maioria das hemoglobinopatias estruturais tem origem numa mutação no 
código genético, resultando na substituição de um aminoácido. No caso das 
hemoglobinopatias estruturais, este processo é mais complexo. Existem alguns 
tipos de hemoglobinas anormais que resultam de duas substituições de 
aminoácidos e outros que são o produto de mutações que removem um codão 
stop, levando a produção de moléculas de hemoglobina expcecionalmente 
longas e instáveis. 
A maioria das variantes de hemoglobina não produz doença. Os portadores 
destas variantes silenciosas não apresentam, geralmente, anomalias clínicas ou 
hematológicas relacionadas com a presença da variante. No entanto, variantes 
de hemoglobinas silenciosas podem provocar alterações na contagem 
eritrocitárias, ou seja, hemoglobinas que apresentem uma grande afinidade 
para o oxigénio, originam um aumento do número de eritrócitos, com 
consequente elevação dos níveis de hemoglobina. Infelizmente, algumas 
variantes da hemoglobina podem apresentar efeitos significativos tanto a nível 
clínico como hematológico. 
Abaixo está um quadro com as variantes estruturais com significado clínico 
mais comum:

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