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Cirurgia bariátrica Técnica cirúrgica que visa o tratamento da obesidade e doenças associadas. Objetivos: • Reduzir complicações de doenças associadas (DM, HAS, Antropatias, DHGNA) • Melhorar qualidade de vita (autoestima, inclusão social) • Melhora da expectativa de vida Objetivos nutricionais pré e pós cirúrgico ➢ Equilíbrio metabólico (sucesso cirúrgico) ➢ Promover redução de peso (tipo de cirurgia) ➢ Adequação dos macronutrientes ➢ Adequação dos micronutrientes ➢ Adequqr ingestão de fibras ➢ Estimular atividade física ➢ Prevenir reganho e peso Critérios ❖ Tentativa frustrada de perda de peso com outros métodos ❖ IMC >= 40kg/m2 ou ❖ IMC >= 35kg/m2 associado a comorbidades ❖ IMC entre 30 e 35 kg/m2 associado a comorbidades “graves” (especialista na área) ❖ Parecer multiprofissional (nutricional, médico, psicológico, social etc.) Contraindicações: • Limitação intelectual significativa • Pacientes sem suporte familiar adequado. • Quadro de transtorno psiquiátrico não controlado, incluindo uso continuo de álcool ou drogas ilícitas • Doenças genéticas Obs: no entanto, quadros psiquiátricos graves, alcoólatra e adictos sob controle não são contra indicados a cirurgia. Técnicas cirúrgicas: Restritivas: (banda gástrica ajustável e gastrectomia vertical) – Reduz capacidade gástrica e saciedade precoce Disabsortiva: (duodenal switch) - Alteram trânsito intestinal; evitam contato com secreções biliopancreática, excluem duodeno e jejuno proximal. Mista: (bypass gástrico e Y-de-Roux) - Reduz capacidade gástrica e alteram trânsito intestinal. Cirurgias restritivas Gastrectomia vertical: 80 – 100ml → redução da grelina. Banda gástrica ajustável: consiste em colocar um anel no estomago, reduzindo a capacidade gástrica Dietoterapia Cirurgias absortivas Duodenal: consiste em pegar parte do duodeno e jejuno e retirar Cirurgias mistas By-pass: redução da câmara gástrica, que diminui o espaço para o alimento, e um desvio do intestino inicial, que promove mudanças hormonais (redução grelina, aumento de PYY e GLP-1) (isola parte do estomago e a parte duodenal é desviada da rota do alimento) Balão intragástrico - Geralmente é utilizado em pacientes que tem o peso MUITO elevado → obesos mórbidos. • Prótese de silicone preenchida com 500nl do liquido azul de mutileno, visando diminuir a capacidade gástrica e provocar saciedade • Recomendada para pacientes que precisam perder muito peso na pré-cirurgia bariátrica (20-30kg), em média por 6-8 meses • Em casos de perfuração a urina apresentará cor azul-esverdeada devendo ser retirado imediatamente Caso o balão não seja removido em casos de perfuração, poderá migrar para o intestino e provocar obstrução, sendo caso cirúrgico. Conduta nutricional: balão intragástrico ▪ 1º semana: dieta líquida (100/120ml/hora): - Suco de fruta (baixa caloria): acerola, abacaxi, maracujá, caldos (carne e frango), gelatina, água de coco, iogurte, leite e probióticos (*constipados→ pouco resíduo) ▪ 2 e 3º semana: dieta pastosa (150ml/2-3col de sopa/2h): - CHO (purês, mandioca, arroz); Ca +PTN (queijos. Leite, iogurte); fibras (frutas raspadas/legumes cozidos); peixes, ovos, requeijão, probióticos* - Hidratação: não comer e beber junto (60-70ml, entre as refeições) ▪ 4º refeição: dieta geral (4-5 refeições) – até 6 meses: - Preferir carnes mais macias (evitar entalos) – coxa/sobrecoxa; evitar beliscar (nome de refeição); padrão de saciedade **comum o ganho de peso após retirar o balão!! Plano alimentar: pré-cirúrgico ❖ OBJETIVO: reduzir 10% do peso corporal - Volume do fígado - Gordura visceral (menor risco cirúrgico/melhora acesso). ❖ Redução da gordura trans e saturada ❖ Aumento das gorduras mono e poli-insaturadas (reduz a inflamação) ❖ Aumento de fibras ❖ Redução do sódio ❖ Corrigir deficiências nutricionais ❖ Educação nutricional: fome, saciedade e apetite. Atenção nutricional: pós-operatório ❖ OBJETIVO: orientar a conduta alimentar do paciente para otimizar a perda de peso e prevenir e/ou tratar complicações nutricionais • Consistência da dieta (evolução lenta) • Técnica realizada (presença de sintomas). • Redução ponderal, suplementação de micronutrientes • Modificação hormonal (REDUÇÃO DA GREL. E CCK, AUMENTO DE PYY. LEPITINA) Conduta nutricional Volume alimentar: • Cirurgias restritivas e mistas: ingestão inicial máxima de 20-50ml • Cirurgias absortivas: ingestão inicial entre 200 e 500ml *Dieta hipocalórica: 400 – 800 kcal (VLCD) 800 – 1200 kcal (LCD) Pré-operatório • Anamnese/dados clínicos • Antropometria (P, E, IMC, CC*, RCE* RCQ*) • Dados dietéticos (R, habitual, R24, QFCA) • Orientação para o pós-operatório. Evolução da consistência – Exemplo para cirurgia restritiva e mista: Dieta zero PO Dieta líquidos claros 24-48h PO Dieta liquida total 1º - 2º semana PO Dieta pastosa 3º - 4º semana PO Dieta pastosa/branda 1º mês PO -de 15 a 30 dias Dieta normal (60 dias PO) A alimentação evolui gradativamente para uma consistência ideal. Deve haver restrição de açúcar e fibras, além de suplementação nutricional e acompanhamento constante Proteínas Recomendação: 60-120g/dia ou 1,5 a 2g/kg peso corrigido/dia em casos de depleção importante – manutenção da massa magra Módulo de proteínas o Albumina em pó o Caseical o Nutren Active o Nutren Diabetes o Resource Protein o Promod o Trio Protein Carboidratos • Intolerância a sacarose • Intolerância a lactose • Alguns protocolos → 1º mês P.O (s/ sacarose e s/ sacarose) Modulo de carboidratos – durante dieta líquida o Oligossac o Nidex o Maltodextrina Natural Síndrome de dumping - Passagem muito rápida do alimento do estomago para o intestino • 50-75% dos pacientes • Sintomas: dor abdominal, fadiga, taquicardia, tontura • Alimentor ricos em CHO (IG) Tipos: ✓ Breve: 30-60min, após ingestão (vaso-vagal) ✓ Tardia: 1-3h, pós refeição (hipoglicemia) Gorduras • Risco de deficiência de AGE • Risco de diarreia Modulo de ácido graxo essencial o Trigliceril com AGE o TCM com AGE Hidratação - Dificuldade de ingestão - Episódios de fezes liquidas, diarreia e vômitos Recomendação – 2000ml líquidos/dia Suplementação - Ingestão por toda a vida de complexos vitamínicos com elementos-traço Composto com: • 300mg de Fe (3x) + 70-90mg vit. C • 350 -500 micrograma/sem de B12 • 1mg de folato • 1200mg de citrato de Ca ([HC]. 3x/longe de ref.) • 1000ui/dia de vit D • 20-30mg de tiamina Suplementos (necessária, acima da RDA) Vitamina C com zinco: redoxon com zinco Vitaminas e minerais: materna, centrum, mtersupri Complexo de cálcio com vitamina D. FIBRAS (a partir do 4º mês) - Benefiber - Stimulance - Fiber mais Livro: Ana Paula Pujol Monitoramento nutricional ▪ 1º-4º mês → consulta mensal/quinzenal ▪ 4º mês em diante → consulta bimestral (até 18 meses PO) ✓ Avaliação antropométrica (evolução do peso) ✓ -Sintomas gastrointestinais ✓ Padrão alimentar adotado (R24h/diário alimentar) ✓ Exame físico: verificar sinais de carências nutricionais mais frequentes (queda de cabelo, fraqueza, anemia, problemas neuromotores). ✓ Avaliação bioquímica (hemograma, ferro sérico, proteínas totais e frações, cálcio sérico, zinco, magnésio, sódio, potássio, vitamina B12 e ácido fólico) ➔ ATIVIDADE FÍSICA Intercorrências e complicações mais frequentes • Hernia, colelitíase, obstrução intestinal • Vômitos, diarreia e náuseas • Desnutrição energético-proteica • Gravidez em menos de 2 anos de cirurgia • Engasgo por excessode comida • Intolerância alimentares/transtornos alimentares • Deficiências de vitaminas e minerais (técnicas mistas e disabsortivas) • Não comparecimento as consultas periódicas para monitoração pela equipe. Trabalhando as metas sempre: ▪ Incentivo a mudanças de hábitos ▪ Identificação das dificuldades ▪ Manter um diário alimentar ▪ Aprender a substituir preparações ▪ Analisar rótulos e composição dos alimentos ▪ Comparar o valor calórico dos alimentos. Conclusões ✓ A conduta nutricional é primordial no pré e pós operatório ✓ Atua na mudança comportamental. Minimiza complicações nutricionais ✓ A suplementação de vitaminas e minerais é obrigatória no pós operatório. Deve ser avaliada no pré-operatório ✓ Acompanhamento nutricional em longo prazo a fim de prevenir o reganho de peso.
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