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RESUMO NCA TERAPIA NUTRICIONAL NA GOTA Gota: · Distúrbio do metabolismo das purinas, onde se eleva os níveis séricos de ácido úrico (hiperuricemia); · Na doença renal é comum e pode ocorrer nefrolitíase pelo ácido úrico; · Ocorre geralmente após os 35 anos e é mais prevalente em homens; TRATAMENTO CLÍNICO NUTRICIONAL · Ácido úrico – derivado do metabolismo das purinas, resultante principalmente do turnover endógeno e apenas 1/3 fornecido pela alimentação; · Níveis de consumo elevado de carne e frutos do mar – associado a níveis séricos aumentados de ácido úrico; · Deve-se orientar refeições balanceadas com restrição de alimentos de origem animal e álcool, evitar alimentos ricos em purinas e frutose (refrigerantes, sucos adoçados, produtos de confeitaria); · Encorajar a ingestão de líquidos para ajudar na eliminação do ácido úrico e minimizar as chances de cálculos TN NA NEFROLITÍASE · É a presença de cálculos renais – maior frequência entre os 30 e 50 anos, no sexo masculino, em indivíduos obesos, diabéticos, SM; · Hipercalciúria – valor de cálcio em excesso em coletas de urina, provocado principalmente por hiperparatireoidismo, excesso de vitamina D, hipertireoidismo, acidose tubular renal e medicamentos (glicocorticoide) Cálculos de ácido úrico – formam-se quando a urina está supersaturada com ácido úrico, geralmente em pH < 5,5 – característica mais importante desse cálculo é ser formado em baixo pH devido a excreção de ácido líquido aumentada, que pode ser resultado do consumo aumentado de alimentos que acidificam a urina; Perda de bicarbonato por diarreia pode levar a formação de cálculos; Alimentos acídicos: proteínas (carnes, peixes, aves, marisco, queijo, amendoim), gorduras (bacon, semente de abóbora, semente de girassol), carboidratos (todos os pães, cereais) doces (gelatina e pudim instantâneo; Alimentos alcalinos: gorduras (castanhas secas), vegetais (todos), frutas (todas), ervas, cacau, café, açúcar mascavo; RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS · Evitar alimentos ricos em oxalato – espinafre, morangos, chocolates, produtos de trigo, chás, cúrcuma, castanhas, beterraba; · Reduzir o consumo de proteína animal e de sal (4g/dia); · Vitamina C até 500mg/dia; · Aumentar o consumo de frutas e vegetais ricos em potássio e pobre em oxalato – potássio inversamente associado a presença de cálculos; · Excesso de fosfato pode contribuir para a formação de cálculos; · Para manter o volume urinário em torno de 2,5l/dia pode ser necessário uma ingestão em torno de 3L; TN NA DOENÇA RENAL FASE NÃO DIALÍTICA Objetivos: · Retardar a progressão da doença · Reduzir sintomas urêmicos decorrentes do acúmulo de produtos nitrogenados e eletrólitos · Prevenir e corrigir alterações hormonais e metabólicas · Prevenir ou tratar alterações nutricionais (desnutrição / obesidade MULTIDISCIPLINAR - Controle da glicemia -Controle da hipertensão RECOMENDAÇÕES · Manter equilíbrio energético e peso saudável · Limitar ingestão de energia provenientes de gordura · Substituir gordura saturadas por insaturada e eliminar TRANS · Aumentar consumo de frutas, verduras e legumes · Aumentar consumo de cereais integrais e leguminosas · Limitar ingestão de açúcar livre · Limitar ingestão de sódio TN – DRC ESTABELECIDA OBJETIVOS: · Retardar o ritmo de progressão da doença · Atenuar manifestações clínicas da síndrome urêmica · Auxiliar no tratamento das complicações metabólicas e hormonais como hiperparatireoidismo, acidose metabólica, anemia, dislipidemia, resistência a insulina, DCV, hipertensão · Manter ou adequar o EN PROTEÍNA ↓ PROTEÍNA – uma das abordagens terapêuticas para retardar o ritmo de progressão da doença; Elevado consumo de proteína – aumenta a TFG e leva a microalbuminúria, condições que a longo prazo leva a glomerulonecrose. MONITORAMENTO DA INGESTÃO DE PROTEÍNA · Verificar a adesão do pacientes e fazer ajustes quando necessário · Avaliação do consumo alimentar (R24h), registro alimentar · Estimar a ingestão a partir da excreção de nitrogênio - PCR (Protein metabolic rate) e PNA (Protein equivalente of nitrogen appearance) · Condições que comprometem o resultado: urina 24h colhida erroneamente, um só dia pode não refletir o consumo, situações de catabolismo (inflamação e perda de peso) ou anabolismo (ganho de peso) podem superestimar ou subestimar o consumo ENERGIA Fórmula de bolso é mais indicada, pois não superestima as necessidades; Nortear a avaliação, mas deve ser sempre reconsiderado, pois a restrição proteica pode levar a BN-, a oferta de energia deve evitar; Dietas com menos de 25 kcal/kg/dia não são recomendadas, nem se precisa perda de peso; >60 anos – 30 a 35 kcal <60 anos – 35 kcal CHO – 50 a 60% Lipídios - 25 a 35% SAL E LÍQUIDOS ORIENTAÇÕES: Não consumir · Temperos industrializados – molho de soja, glutamato monossódico, molho inglês, tabletes de caldo de carne · Embutidos – salsicha, mortadela, presunto, salame · Conservas e enlatados – palmito, picles, azeitona, patês · Carnes salgadas – bacalhau, charque, linguiça, hambúrguer POTÁSSIO · Controle deve ser instituído se a concentração estiver acima do limite de normalidade apenas; · Potássio sérico normal, mas com redução da TFG < 15 ml/min – evitar alimentos com grande quantidade de potássio; · Recomendação – 50 a 75 mEq/dia; · Cozimento de frutas e hortaliças em grande quantidade de água – perda de 60 a 70% · O consumo de alguns alimentos com teor de potássio muito elevado deve ser desencorajado, por exemplo: caldo de feijão, soja, grão de bico e lentilha; amendoim, nozes, castanhas, amêndoas e pinhão; tomate seco, molho, extrato e massa de tomate; FÓSFORO · Hiperfosfatemia → principal fator que contribui para o hiperparatireoidismo secundário; fator de risco para calcificação vascular e óbito por DCV; · TFG < 25 ml/min → excreção de sódio não consegue compensar a ingestão e o fósforo sérico se eleva · Controle dietético → pacientes com fósforo sérico acima do normal ou com níveis de PTH elevados, mesmo que os valores séricos de fósforo estejam normais · Estágios 3 e 4 → ingestão até 700mg/dia · Principais fontes também são fontes de proteína e sua restrição equilibra a ingestão de fósforo CÁLCIO · Hipocalcemia → principalmente pela menor absorção intestinal do cálcio por diminuição da síntese de calcitriol; baixa ingestão devido a restrição proteica · Níveis séricos de cálcio devem ser monitorado · Suplementação poderia diminuir os níveis de PTH, mas não há ensaios clínicos que confirme com segurança · Recomendações variam de 1400mg a 2000mg/dia TN NA DOENÇA RENAL FASE DIALÍTICA Objetivos ◦ Fornecer proteína suficiente para compensar as perdas dialíticas de AAE e prevenir oexcesso de produtos tóxicos; ◦ Fornecer energia adequada de forma a evitar o catabolismo da massa magra. ◦ Se houver necessidade de perda de peso o déficit energético não deve ser superior a 250 a 500 kcal/dia; ◦ Limitar o aporte de sódio de forma a controlar a pressão arterial, a sede e a prevenir o edema; ◦ Controlar a ingestão alimentar de potássio para prevenir a hiperpotassemia, a arritmia e diminuir o risco de morte; ◦ Controlar a ingestão de fluídos para prevenir a hiponatremia e o ganho excessivo de peso interdialítico (evitar aumentos ponderais interdialíticos superiores a 4 a 4,5% do peso seco); ◦ Limitar o aporte de fósforo para controlar a hiperfosfatemia e minimizar a osteodistrofia renal. Recomendações Nutricionais ◦ Energia- 30 a 40 kcal/kg PI/ dia ◦ Lipídios – 30% máximo 35% (com < 7% VET de gordura saturada, > 10% VET de ácidos gordos poliinsaturados, > 20% VET de ácidos gordos monoinsaturados e < 200 mg/dia de colesterol). ◦ CHO - 50 a 60% preferencialmente integral ◦ Proteína: ◦ Hemodiálise – 1,1 g/kg peso ideal/ dia ◦ Diálise peritoneal – 1,2 a 1,3 g/kg peso ideal/ dia Avaliação nutricional ◦ Antropometria ◦ Hemodiálise – realisar logo após o procedimento ◦ Diálise peritoneal – descontar do peso o volume de líquido obtido ◦ Parâmetros bioquímicos ◦ Albumina – marcador mais empregado tanto na pesquisa quanto na clínica; hipoalbuminemia – envolve vários fatores como,hipervolemia, perdas urinárias, acidemia, inflamação, redução da ingestão alimentar; preditor de morbi-mortalidade na DRC. ◦ Avaliação Global Subjetiva (AGS) ◦ Avaliação consumo alimentar ◦ Recordatório 24h, registro alimentar, QFA TN NAS DOENÇAS HEPÁTICAS Doenças hepáticas crônicas · Principais: hepatite viral, alcoólica ou autoimune, doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), cirrose hepática e carcinoma hepatocelular; · Pacientes com DHC geralmente apresentam ingestão dietética inadequada, alterações dos indicadores antropométricos, bioquímicos e clínicos, evidenciando comprometimento nutricional importante. · Pacientes com hepatopatia descompensada possuem retenção hídrica, com a presença de ascite e edema periférico, associada à hipoalbuminemia e à desnutrição; Insuficiência hepática · A insuficiência hepática crônica (IHC) é definida como falência global do fígado, relacionada a agressão contínua ao parênquima hepático, ocasionada por vários agentes etiológicos, como uso de etanol, infecção viral, acúmulo de gordura citoplasmática ou doença autoimune. · Ocorre quando a redução da capacidade funcional do fígado ultrapassa 80% e, nessa condição de falência hepática, observa-se alta taxa de mortalidade. · Na insuficiência hepática, o transplante de fígado está indicado para a maioria dos acometidos, com possibilidade de boa evolução em 94% dos pacientes. Desnutrição · A desnutrição está presente em 20% dos pacientes com doença hepática compensada e acima de 80% em pacientes com cirrose descompensada. · Os distúrbios nutricionais são mais prevalentes em pacientes hospitalizados por doença hepática de origem alcoólica em relação a não-alcoólica. · Nos pacientes em lista de transplante hepático, pode-se observar, em 100% dos casos, algum grau de desnutrição. · Verifica-se a instalação de um ciclo vicioso, onde a desnutrição agrava o curso da doença hepática e a doença agrava ainda mais o estado nutricional do paciente. Avaliação nutricional O Índice de Maastricht (IM) foi considerado com alta sensibilidade e especificidade. É melhor indicador da fase mais precoce da desnutrição, sendo recomendado IM = 20,68 – (2,4 x albumina plasmática [g/dL]) – (0,1921 x pré-albumina [mg/dL]) – (0,00186 x linfócitos totais [células/mm3]) – (4x [peso atual/peso ideal]) IM > 0 a 3 - desnutrição leve IM > 3 a 6 – desnutrição moderada IM > 6 – desnutrição grava Objetivos da terapia nutricional · Melhorar a qualidade de vida por meio da melhora funcional hepática · Manter ou recuperar o peso adequado, · Controlar o catabolismo proteico muscular e visceral, · Manter o balanço nitrogenado, a síntese de proteínas de fase aguda e a regeneração hepática, sem aumentar o risco de encefalopatia hepática Terapia clínico nutricional · A TN está indicada nos desnutridos moderados ou graves e nos bem nutridos nos períodos de descompensação da doença. Quando o paciente apresenta significante perda de peso corporal (>5% em três meses; ≥ 10% em seis meses) ou quando a ingestão via oral for inferior a 60% do VET. · Na condição de anorexia ou de sensação de saciedade precoce, a ingestão adequada de energia e proteína pode ser obtida via suplementação oral ou sonda nasoenteral. · Na restrição hídrica, o uso de fórmula com densidade calórica maior que uma caloria por mL está recomendado, pois o volume oferecido é menor, o que contribui para melhor tolerância em pacientes com ascite ou saciedade precoce. · Recomenda-se o uso de fórmulas poliméricas com proteína intacta, se não houver sinal de má absorção. · As fórmulas especializadas, suplementadas com AACR, estão indicadas quando houver intolerância à proteína animal. Dieta com elevada quantidade de proteína vegetal e hidrolisado proteico à base de caseína pode ser tolerada mais facilmente que a proteína animal. · A passagem da sonda enteral nos pacientes com doença hepática grave apresenta algum risco, devido à maior probabilidade de hemorragia em pacientes com varizes esofágicas, plaquetopenia ou coagulopatia. · Evidências científicas demonstraram que pacientes com cirrose hepática e encefalopatia são beneficiados com a utilização de dietas normo (30 kcal/kg de peso/dia) ou hiperproteicas (1,2 g de proteína/kg de peso/ dia) modificadas, com aumento da ingestão de proteínas lácteas (leite, iogurtes, queijos e requeijão cremoso) e proteínas vegetais, como soja, feijões e grão-de bico; havendo também redução significativa da amônia plasmática. · A restrição de proteína é inadequada, causa efeito negativo sobre a encefalopatia hepática, o estado nutricional e a evolução clínica nos pacientes com DHC. · Em pacientes desnutridos, a administração de AACR pode ser fonte de nutriente considerada condicionalmente essencial na presença de cirrose. · Prebióticos, probióticos e simbióticos estão indicados na prevenção e no tratamento da encefalopatia hepática. · Por melhorar o estado nutricional e reduzir a frequência das complicações da cirrose, recomenda-se o uso da suplementação oral de AACR. O custo e a palatabilidade desses suplementos podem limitar a aplicabilidade potencial desta modalidade terapêutica. · Na cirrose avançada, a suplementação nutricional oral com AACR, de forma prolongada, é útil para prevenir a progressão da insuficiência hepática e melhorar a evolução clínica. · O uso de fórmulas especializadas está indicado somente naqueles pacientes que cursam com encefalopatia hepática já em uso de TN enteral com fórmulas-padrão. · Um lanche noturno melhora a quantidade de proteína corporal total em pacientes com cirrose. · Se o lanche for suplementado com AACR, observa-se melhora da albumina plasmática, metabolismo energético e retenção de nitrogênio nestes pacientes Principais diferenças entre a doença compensada e a descompensada: Compensada · Paciente sem complicações; · Pode apresentar alterações · metabólicas; Descompensada · Varizes esofágicas; Ascite; Icterícia; · Hemorragia digestiva; Hipertensão portal; · Encefalopatia hepática; · Hiperesplenismo; · Edema; Síndrome hepatorrenal; RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NA DHC DESCOMPENSADA: · Em pacientes hospitalizados – 250 a 500 mg/dia de sódio ou 0,65 a 1,65 g de sal nas preparações por dia. · Em pacientes mais estáveis não hospitalizados, caso seja necessário algum controle, a recomendação é de 2,5 a 6g de sal/dia. Pacientes com hipertensão devem consumir no máximo 4g de sal por dia. · Fracionamento das refeições – 5 a 6x/dia · Em casos de varizes esofágicas a dieta líquida ou líquida pastosa é a consistência recomendada e tolerada pelos pacientes. TN ENCEFALOPATIA HEPÁTICA · A abordagem nutricional permite corrigir ou controlar a encefalopatia além de fornecer uma condição de anabolismo, que promove melhora na qualidade de vida, evite infecções e ascite. · A prescrição dietética deve ter um adequado teor proteico, ser rica em nutrientes anti-inflamatórios, antioxidantes e fibras alimentares. · Energia - normocalórica (30 kcal/kg/dia) e hiperproteica (1,2 até 1,5g/kg/dia) com aumento das proteínas lácteas (leite, iogurte e queijos) e proteínas vegetais como soja, feijões, grão de bico. A restrição de proteína animal fica restrita aos pacientes que demonstrarem intolerância. · O uso de 30 a 40g de AACR via oral ou enteral por dia é indicado para atingir o teor proteico da dieta e agir na terapêutica. · Lipídios até 30% do VET de lipídeos e 50 a 60% de carboidratos TRANSPLANTE DE FÍGADO Indicações · Insuficiência hepática em estágio terminal SOBREVIDA X MORBIMORTALIDADE • Obesidade, • Hipercolesterolemia, • Hipertensão, • Doença cardiovascular, • Diabetes mellitus. DESNUTRIÇÃO · Altamente prevalente no pré e no pós transplante · Etiologia multifatorial TN Pré-Transplante · Planejamento alimentar: dieta de fácil digestão, em pequenos volumes com refeições frequentes, adequada às condições individuais do paciente; pequeno lanche antes de dormir minimiza a proteólise e a gliconeogênese comum no período de jejum. TN pós-transplante · Início após 24 horas; · Dieta hiper-hiper: adequada cicatrização, minimiza proteólise,equilibra funções metabólicas, controla perda de peso; · Controle dos efeitos colaterais das medicações. * Se insuficiência renal e diálise – 1,2 g/kg/dia TERAPIA NUTRICIONAL NA COLECISTITE OBJETIVOS DA DIETOTERAPIA · Manter o peso saudável (perder de forma gradativa se houver necessidade para evitar formação demcálculos) · Promover o alívio dos sintomas · Evitar a obstrução biliar, pancreatite e câncer · Repor vitaminas lipossolúveis se esteatorreia · Garantir oferta adequada de antioxidantes e adaptar a dieta às interações medicamentosas. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS Necessidades calóricas – adaptada as necessidades do paciente Proteina – normoproteica a hiperproteica Glicideos – normoglicidica Lipideos – hipolipidica (25 a 30%) Vitaminas e mineirais – RDA Fibras - Manter consumo adequado de fibras (20 a 30g), atentando para as fibras solúveis que colaboram no controle do colesterol. Evitar - Alimentos que provocam gases e distensão abdominal, como leguminosas, cebola, alho, oleaginosas, couve-flor, brócolis, milho verde, leite, repolho, bebidas gasosas e fermentadas, ovo e doces concentrados RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS · A evolução da dieta no pós-operatório de colecistectomia é relativamente rápida ➟ jejum no pós-operatório, seguida de dieta leve hipogordurosa e branda hipogordurosa. · Gradativamente introduzir alimentos até a consistência geral, sem exceder o teor de gorduras. · Em crise aguda da colescitite a alimentação oral é descontinuada e opta-se por nutrição parenteral TERAPIA NUTRICIONAL NA PANCREATITE AGUDA ACHADOS CLÍNICOS SINTOMAS: · Dor abdominal e distensão · Náusea · Vômito · Esteatorreia FORMA GRAVE: · Hipotensão · Oligúria · Dispnéia TRATAMENTO MÉDICO AGUDA · Jejum · Líquidos intravenosos · Medicamentos CRÔNICA · Medicamentos · Insulina OBJETIVOS DA DIETOTERAPIA NA PANCREATITE AGUDA GRAVE · Minimizar a perda de massa magra · Acelerar a recuperação · Evitar a desnutrição ou seu agravo · Corrigir desequilíbrios hidroeletrolíticos · Imunomodulação · Diminuir a morbimortalidade TRATAMENTO CLÍNICO NUTRICIONAL PANCREATITE AGUDA GRAVE · O repouso intestinal e Nutrição Parenteral era recomendado para pacientes com pancreatite aguda grave até pouco tempo atrás para não provocar estímulo pancreático. · Hoje - administração de nutrição após o ângulo de Treitz, ou seja, no jejuno provoca pouca ou nenhuma estimulação, sendo a Nutrição Enteral primeiramente recomendada, também por evitar o trofismo intestinal, devendo ser iniciada nas primeiras 48 horas · Dietas enterais oligoméricas provocam menos estímulos ao pâncreas, mas pode-se testar as dietas poliméricas e observar a tolerância. · Ainda não há um consenso sobre uso de imunomoduladores e probióticos. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NA PANCREATITE AGUDA GRAVE Energia - 25 a 35 kcal/kg de peso/dia Proteína - 1,2 a 1,5 g/kg/dia Glicídeos - Norno a hiperglicídica – de acordo com os níveis de glicemia Lipídeos - 25 a 30% do VET - incluir TCM; ácidos graxos w3 também pode trazer benefícios Vitaminas RDA – suplementar B12 se necessário (pelo impedimento da ligação com o fator intrínseco) Minerais RDA – cálcio, magnésio, zinco e selênio devem-se atentar devido ao risco de distúrbio hidroeletrolítico e à necessidade de adequada ingestão de antioxidantes. TRATAMENTO CLÍNICO NUTRICIONAL PANCREATITE CRÔNICA · O tratamento é inicialmente clínico, para controle dos sintomas e complicações da doença. · A principal medida é a suspensão do álcool se essa for a causa identificada, e cigarro. · 80% dos pacientes podem ser tratados com terapia medicamentosa de enzimas pancreáticas e alimentação via oral. OBJETIVOS DA DIETOTERAPIA · Promover ganho ou manutenção do peso · Diminuir os sintomas · Evitar e/ou controlar as complicações · Corrigir desequilíbrio hidroeletrolítico · Promover absorção adequada de nutrientes RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NA PANCREATITE CRÔNICA Energia - 30 a 35 kcal/kg de peso/dia Proteína - 1,0 g/kg/dia em casos de insuficiência renal ou hepática até 2,0 g/kg/dia Glicídios - Norno a hiperglicídica – de acordo com os níveis de glicemia Lipídeos - 0,7 a 1,0g/kg/dia ou até no máximo 30% doVET Vitaminas - RDA – atentar para vitaminas antioxidantes, complexo B e ácido fólico; suplementar lipossolúveis em caso de esteatorreia Minerais - RDA – cálcio, magnésio, zinco e selênio deve-se atentar devido ao risco de distúrbio hidroeletrolítico e à necessidade de adequada ingestão de antioxidantes Fracionamento e volume - É indicado que a alimentação seja fracionada em no mínimo 6 refeições ao dia, com menor quantidade. TN DA DPOC OBJETIVOS DA DIETOTERAPIA · Manter ou recuperar o EM · Manter o equilíbrio entre massa magra e tecido adiposo · Equilíbrio hídrico · Equilibrar a interação entre os fármacos · Prevenir a osteoporose ALTERAÇÕES ALIMENTARES · Menor ingestão de nutrientes – anorexia · Cefaleia e confusão mental matinais – hipercapnia (excesso de CO2 no sangue) · Fadiga, dificuldade de mastigação e deglutição · Constipação intestinal / diarreia · Gaste energético aumentado – esforço respiratório - hipercatabólico · Redução da força e da resistência muscular respiratória; suscetibilidade a infecções RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS · Recomendações de macronutrientes – baseada na doença de base · Hiperproteica – 1,2 a 1,7 g/kg peso ideal (20%) · Energia – GEB x 1,3 (Desnutrição) · CHO- 50 a 60% VET (excesso de CHO = maior produção de CO2) · Lipídeos – 25 a 30% VET · Micronutrientes - DRI · Adaptação da consistência; adequação na xerostomia · Suporte nutricional enteral – primeira escolha para o paciente grave OBJETIVOS DA DIETOTERAPIA NA FIBROSE CÍSTICA · Controlar má digestão e má absorção · Fornecer nutrientes adequados para o crescimento ideal · Manter o peso apropriado para a altura e a função pulmonar · Prevenir deficiências nutricionais RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS · Energia – de acordo com o ciclo da vida (gravidade da doença pulmonar, infecção etc) · Proteína – 15 a 20% VET · Lipídios – 35 a 40% VET – se não apresentar sinais de má absorção (cólicas e fezes gordurosas) · CHO – adequar às necessidades · Micronutrientes – DRI TN ONCOLOGIA EFEITOS'COLATERAIS', QT Precoce (0 a 3 dias) · náuseas · vômitos · mal'estar · adinamia · artralgias · agitação · exantemas · flebites DISGEUSIA 36 – 75% dos pacientes em QT Sabor metálico, sensibilidade ou insensibilidade ao doce, intolerância ao amargo MUCOSITE 40%, a,76%,dos,pacientes NECESSIDADES NUTRICIONAIS Calorias Adultos, sedentários (fase anabólica),– 25,a,30,kcal/kg/dia Obeso ou manutenção - 21,a,25,kcal/kg/dia Ganho de peso - 30,a,35,kcal/kg/dia Repleção - 35,a,45kcal/kg/dia Sepse – 20,a,25,kcal/kg/dia Proteínas Comprometimento hepático ou renal – 0,53a30,83g/kg/dia Sem estresse - 1,0 a 1,2g/kg/dia Estresse moderado – 1,2 a 1,5 g/kg/dia Estresse grave - 1,5 a 2,0g/kg/dia Gorduras: 20 a 30% do VCT Recomendação Hídrica – Tratamento clínico: 30 a 35 ml/kg/dia ou 1 ml/kcal Tratamento cirúrgico: 30 ml/kg/dia ou 1,5 a 2,5 L ao dia. TN HIV/ AIDS Critérios para avaliação e diagnóstico nutricional dos indivíduos com HIV/AIDS Vários fatores de risco influenciam as condições de alimentação/nutrição em indivíduos com HIV/AIDS tornando importante a avaliação nutricional, a qual evidencia deficiências isoladas ou globais de nutrientes. PCT e CB – déficit severo da reserva adiposa e degradação proteica CA – tecido adiposo visceral e risco aumentado para DCV Avaliação bioquímica · Aumento de triglicérides e colesterol devido a hábitos alimentares inadequado e efeito colateral dos medicamentos. · Diminuição das proteínas totais, albumina. Pre albumina e transferrina devido a má nutrição e processos infecciosos. A realização de uma história dietética detalhada, com informações qualitativas e quantitativas sobre o consumo de nutrientes também é de grande importância para o diagnóstico do estado nutricional. Alimentação e dietoterapia Evidências mostraram importante ligação entre a melhores resultados no combate AIDS e a nutrição. Objetivos da dietoterapia: ◦ Reduzir/prevenir a ocorrência de problemas nutricionais;◦ Auxiliar na preservação da massa corporal e manutenção do EN ◦ Fornecer aporte nutricional adequado a fim de evitar deficiências ou excesso, de acordo com quadro clínico do paciente ◦ Contribuir para a eficácia da terapia medicamentosa ◦ Auxiliar no alívio dos sintomas e nas complicações ◦ Promover EAN em todas as fases do tratamento ◦ Promover qualidade de vida RECOMENDACOES PROTEICAS PARA ADULTOS COM HIV/AIDS Estagio A – assintomático, peso estável – 1,1 a 1,5g Estagio B -sintomático com complicações do hiv, necessidade de ganho de pes – 1,5 a 2g Estagio C – infecção oportunista – 2 a 2,5g Estagio C – com desnutricao grave – aumentar a oferta gradativamente, conforme a evolução das calorias. Obesidade – utilizar o peso ajustado para calculo das necessidades proteicas. Lipídios – 20 a 25% VET (obs DCV) CHO – 45 a 65% VET ◦ 25 a 30 g fibra (diarreia/ constipação) Deficiência de micronutrientes comum - zinco, selênio, vitamina complexo B, ácido ascórbico, tocoferol – RDA CONDUTA NA FALTA DE APETITE · Alimentar-se mesmo sem apetite, Modificar o tempero da comida acrescentando orégano, cominho, alecrim, Adicionar aos alimentos leite, mel, xarope de groselha, geléia e queijo ralado; · Caso não tenha vontade de comer uma das refeições, substitui - lá por uma vitamina, suco, sopa ou lanche; · Ingerir líquidos entre as refeições e não junto com elas · Ter sempre algum alimento para quanto estiver com fome · Para estimular o apetite pode-se pingar gotas de limão na língua ou mastigar CUIDADO NUTRICIONAL NAS DOENÇAS DO SISTEMA NERVOSO Doença de Alzheimer · Objetivos da dietoterapia: · Manter ou melhorar o estado nutricional · Adaptar a consistência de acordo com a tolerância do paciente · Oferecer nutrientes que previna danos oxidativos · Adaptar a alimentação de acordo com os problemas comportamentais Fases dos sintomas: Leve – alterações como perda de memoria recente, dificuldade para encontrar palavras, desorientação no tempo e no espaço, sinais de depressão, agressividade, diminuição do interesse por atividades e passatempos. Moderada – dificuldades mais evidentes como atividades do dia a dia, com prejuízo da memoria, esquecimento de fatos mais importantes, nomes de pessoas próximas, incapazes de viver sozinhos, necessidade de ajuda com higiene pessoal, maior dificuldade para falar e se expressar com clareza, alterações de comportamento, ideias sem sentido e alucinações. Grave – prejuízo gravíssimo da memoria, com incapacidade de registro de dados e muita dificuldade na recuperação de informações antigas como reconhecimento de parentes, amigos, locais conhecidos, dificuldade para se alimentar associada a prejuízos na deglutição. Pode haver incontinência urinaria e fecal e intensificação de comportamento inadequado. Há tendência de prejuízo motor. • Recomendações nutricionais de acordo com o ciclo da vida. • Curcumina – diminui o extresse oxidativo – melhorar a biodisponibilidade • Resveratrol – neuroprotetor, prevenindo o declínio neuronal •Ômega 3 pode prevenir o surgimento da doença, mas pode ser utilizado em estágios iniciais também. DOENÇA DE PARKINSON Objetivos da dietoterapia: · Manter ou recuperar o estado nutricional · Adaptar a alimentação aos efeitos colaterais da L-dopa - anorexia, náuseas, vômitos, redução do olfato e boca seca · Adaptar a consistência das refeições de acordo com a tolerância do paciente · Recomendações nutricionais de acordo com o ciclo da vida; TN ESTRESSE METABÓLICO Objetivos da dietoterapia · Minimizar o catabolismo · Suprir as necessidades energéticas sem super alimentar · Suprir as necessidades de proteínas e micronutrientes · Manter o equilíbrio hidroeletrolítico Recomendações nutricionais Energia · Calorimetria indireta · Fase aguda - 20 a 25 kcal/kg/dia · Entre 4 a 7 dias chegar em 25 a 30 kcal/kg/dia · Obeso – 14 a 18 kcal/kg/dia do peso atual ou 22 kcal/kg/dia do PI · Primeira semana – 50 a 60% do VET Proteína – 1,2 a 2,0 g/kg/dia · Obeso – 2,5g/kg de peso ideal/dia se IMC entre 30 e 40 kg/m2 ou 3g/kg de PI/dia se IMC > 40kg/m2 · Vitaminas minerais e oligoelementos – pode haver necessidade de suplementar vitaminas do complexo B, ferro, potássio, magnésio, zinco. TERAPIA NUTRICIONAL · Iniciar quando o pacientes estiver hemodinamicamente estável · Nutrição enteral é a via mais recomendada e deve ser introduzida após 24 a 48 horas da admissão · A posição pós-pilórica é a mais indicada para evitar RGE/ pneumonia · Dieta polimérica deve ser iniciada e a oligomérica introduzida somente em casos de intolerância · Fórmulas com imunomoduladores: arginina, glutamina, ácidos nucleicos, w3 e antioxidantes são recomendadas TN NAS ÚLCERAS DE PRESSÃO Objetivos da dietoterapia · Manter ou recuperar o estado nutricional – A desnutrição está associada à cicatrização inadequada, por redução da produção de fibroblastos, de neoangiogênese e de síntese de colágeno, além de menor capacidade de remodelação tecidual; Além disso, diminuição da gordura corporal diminui a proteção contra a pressão. Terapia nutricional · Deve ser iniciada sempre que o paciente não ingerir as recomendações nutricionais (> 80%) · Suplementação via oral – pode ser bem aceita se deglutição preservada – específica para cicatrização · Caso não atinja – iniciar com NE Recomendações nutricionais Energia · Estágios – 1 e 2 – 30 a 35 kcal/kg peso atual/dia · Estágios - acima de 3 – 35 a 40 kcal/kg peso atual/ dia Proteína – · Estágios - 1 e 2 - 1,2 a 1,5 g/kg peso atual/dia · Estágios – acima de 3 1,5 a 2,0 g/kg peso atual/dia Líquidos – 1 ml/kcal/ dia Lipídios – constituintes da membrana celular · Micronutrientes – DRI · Vitamina A - estimula a síntese do colágeno, acelerando a cicatrização e é necessária para manutenção da epiderme saudável e para a síntese de glicoproteínas e proteoglicanos. · Vitamina C - participa de todas as etapas da cicatrização, age na função dos macrófagos e neutrófilos na fase inflamatória, além de participar como agente redutor, protegendo o ferro e o cobre dos danos oxidativos TN NAS FÍSTULAS GI Objetivos da dietoterapia · O objetivo primário - impedir que o paciente se desnutra ou, que esse estado não se agrave. · Minimizar o trânsito pela região da fístula, para acelerar a cicatrização e promover fechamento espontâneo · TN para eventual operação corretiva da fístula num segundo tempo, · Modular a reação imunoinflamatória, diminuindo o excesso de inflamação e de imunossupressão, · Diminuir a morbidade, acelerar o fechamento da fístula e diminuir a mortalidade.
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