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SISTEMA DE ENSINO
ÉTICA E ESTATUTO 
DA OAB
Ética do Advogado. Regras Deontológicas
Livro Eletrônico
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Ética do Advogado. Regras Deontológicas
ÉTICA E ESTATUTO DA OAB
Cínthia Biesek
Sumário
Ética e Estatuto da OAB ................................................................................................................. 3
1. Ética do Advogado ....................................................................................................................... 5
2. Sigilo Profissional ..................................................................................................................... 10
3. Publicidade Profissional...........................................................................................................12
Resumo .............................................................................................................................................21
Mapas Mentais .............................................................................................................................. 26
Questões de Concurso .................................................................................................................28
Gabarito ............................................................................................................................................61
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Ética do Advogado. Regras Deontológicas
ÉTICA E ESTATUTO DA OAB
Cínthia Biesek
ÉTICA E ESTATUTO DA OAB
Apresentação
Olá, prezado(a) aluno(a). Tudo bem? Desejo que sim!
Preparado(a) para arrasar na sua prova e garantir sua aprovação no EXAME DE ORDEM 
UNIFICADO DA OAB? Certamente sim, não é mesmo?! Então vamos lá!
O exame é organizado pela Ordem dos Advogados do Brasil, que avalia a capacitação de 
bacharéis em Direito para exercer a advocacia no Brasil, e a instituição responsável pela orga-
nização da nossa prova é a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Antigamente a prova era realizada 
em cada Estado da Federação, mas, a partir de 2010, o exame se tornou nacional e unificado, 
sendo que a mesma prova é aplicada para todos os brasileiros.
A prova é composta de 2 (duas) fases, sendo que a 1ª (primeira) conta com 80 (oitenta) 
questões objetivas de múltipla escolha referentes a todas as disciplinas integrantes do currí-
culo mínimo do curso de Direito, fixadas pela Resolução n. 9/2004 do Conselho Nacional de 
Educação (Direito Administrativo, Direito Civil, Direito Processual Civil, Direito Constitucional, 
Direito do Trabalho, Direito Processual do Trabalho, Direito Empresarial, Direito Penal, Direito 
Processual Penal, Direito Tributário e Processual Tributário), além de Direitos Humanos, Códi-
go do Consumidor, Estatuto da Criança e do Adolescente, Direito Ambiental, Direito Internacio-
nal, Filosofia do Direito e o Estatuto da Advocacia e da OAB, seu Regulamento Geral e o Código 
de Ética e Disciplina da OAB.
Saliento que a prova objetiva conterá, no mínimo, 15% (quinze por cento) de questões ver-
sando sobre Estatuto da Advocacia e da OAB e seu Regulamento Geral, Código de Ética e Dis-
ciplina, Direitos Humanos e Filosofia do Direito.
Inicialmente o percentual pode parecer pequeno, mas você deve levar em consideração o 
extenso volume de matérias que serão cobradas na prova, bem como o número de tópicos e 
assuntos presentes em cada uma delas. Assim, tendo em vista a praticidade de estudos quan-
to à Ética e Estatuto da OAB, a nossa matéria merece sua atenção especial.
As questões da prova objetiva serão do tipo múltipla escolha, com quatro opções (A, B, C e 
D) e uma única resposta correta, de acordo com o comando da questão. Cada questão da pro-
va objetiva vale 1 (um) ponto e a nota da prova será a soma da pontuação obtida nas questões, 
considerando-se aprovado nessa fase quem obtiver o mínimo de 50% (cinquenta por cento) de 
acertos, ou seja, 40 (quarenta) pontos ou mais.
Você precisa saber que a FGV poderá formular questões que reflitam a jurisprudência pa-
cificada nos Tribunais Superiores. Desse modo, vamos apreciar e abordar o posicionamento 
das Cortes nacionais.
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Ética do Advogado. Regras Deontológicas
ÉTICA E ESTATUTO DA OAB
Cínthia Biesek
A matéria que vamos estudar agora é de extrema relevância, já que, como dito acima, re-
presenta um grande número de questões e um pequeno conteúdo quando comparado com as 
demais. Assim, com as nossas aulas vamos abordar os temas principais da matéria e garantir 
essas questões, combinado!?
O nosso método de estudo será direcionado para a resolução de questões, é claro que ire-
mos ler a legislação trazida sobre o assunto, analisando todos os artigos separadamente, com 
comentários individualizados, bem como a contextualização dos conceitos trazidos na lei.
Vamos precisar praticar muito resolvendo provas antigas para que você consiga identificar 
o “perfil” das questões, não confunda a matéria e não caia em pegadinhas clássicas da banca.
Como o nosso método de estudo será focado na individualização dos artigos, na inserção 
de comentários e na resolução de questões, a regra será trazer os artigos do Estatuto da Ad-
vocacia (Lei n. 8.906/1994) e, de modo complementar, vamos adicionar os artigos e princípios 
estabelecidos no Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil (CED-OAB) 
e no Regulamento Geral do Estatuto da OAB, pois os diplomas legais são complementares. 
Dessa forma, quando não houver referência, o artigo trata do Estatuto da OAB, caso contrário, 
vamos utilizar a sigla referente ao Código de Ética: CED-OAB ou mencionar o Regulamento 
Geral. Combinado!?
Dessa forma, querido(a) aluno(a), fique tranquilo, vamos esmiuçar todo o conteúdo do edi-
tal e garantir que, com a leitura atenta dessas aulas, você vá confiante para a prova, tendo a 
garantia de que todos os temas importantes foram estudados.
Suporte
Estou à disposição para sanar todas as suas dúvidas que surgirem no decorrer da aula. Não 
hesite em mandá-las, por mais simples que possam parecer. Citarei exemplos, explicarei de for-
ma mais contextual ou doutrinária, se necessário, mas tenho certeza de que se a dúvida for es-
clarecida você seguirá seus estudos de forma eficaz e não esquecerá do assunto tratado. Caso 
contrário, um pequeno detalhe que não foi esclarecido poderá comprometer sua preparação.
Assim, não existem dúvidas irrelevantes. Portanto, contate-me sempre que julgar necessário.
Grande abraço e bons estudos!
SEJA IMPARÁVEL!
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Ética do Advogado. Regras Deontológicas
ÉTICA E ESTATUTO DA OAB
Cínthia Biesek
1. Ética do advogado
O advogado desempenha uma atividade essencial à justiça, revestida de múnus público, 
uma vez que é um dos defensores do Estado Democrático de Direito, dos direitos humanos e 
das garantias fundamentais, da cidadania, da moralidade, da Justiça e da paz social (art. 133 
da Constituição Federal de 1988).
Como vimos, o desempenho da atividade da advocaciae a denominação de advogado são 
privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil, preenchidos os requisitos legais 
(art. 3º c/c art. 8º do Estatuto da OAB).
Os advogados possuem Estatuto próprio que lhes confere uma gama de direitos e prerro-
gativas, a fim de garantir lisura e subsidiar o bom desempenho de sua atuação na defesa dos 
direitos e interesses de seus constituintes, seja em âmbito extrajudicial, seja judicial.
Por outro lado, diante da essencialidade da atividade do advogado no meio social e na ad-
ministração da Justiça, bem como a fim de zelar pelo respeito e pela dignidade da categoria, 
é exigida conduta compatível do advogado com a função social que exerce, necessário, para 
tanto, que o profissional proceda em todos os atos do seu ofício com lealdade e boa-fé, obser-
vando os princípios éticos e morais.
Inscrição na OAB
Princípios
éticos e morais
Direitos e
Prerrogativas
Estatuto próprio
Múnus PúblicoFunção Social
ADVOGADO
Respeito e dignidade 
da categoria
Lealdade e boa-fé
A banca organizadora não costuma adentrar no mérito e nas características filosóficas de 
cada um dos institutos que envolvem a ética do advogado, como o conceito de ética, boa-fé, 
honra, valores fundamentais, as diferenças entre ética e moral e assim por diante. Desse modo, 
vou ser bem prática nesse tópico, trazendo características básicas para subsidiar seus estu-
dos para que possamos nos concentrar no que realmente nos interessa: os desdobramentos e 
a aplicação da ética no ministério da advocacia.
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Ética do Advogado. Regras Deontológicas
ÉTICA E ESTATUTO DA OAB
Cínthia Biesek
Pois bem.
De acordo com Paulo Lobo (Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB – 2017):
A ética profissional é parte da ética geral, entendida como ciência da conduta. Nosso campo de 
atenção é o da objetivação da ética profissional, que se denomina deontologia jurídica, ou estudo 
dos deveres dos profissionais do direito, especialmente dos advogados, porque de todas as profis-
sões jurídicas a advocacia é talvez a única que nasceu rigidamente presa a deveres éticos.
Ética e moral são termos que normalmente são empregados como sinônimos, entretanto, 
destaco que não são. O significado de ética trazido pelo dicionário é:
Ramo da filosofia que tem por objetivo refletir sobre a essência dos princípios, valores e problemas 
fundamentais da moral, tais como a finalidade e o sentido da vida humana, a natureza do bem e do 
mal, os fundamentos da obrigação e do dever, tendo como base as normas consideradas universal-
mente válidas e que norteiam o comportamento humano (Michaelis).
Moral, de outra parte, é conceituada como:
Relativo às regras de conduta e aos costumes estabelecidos e admitidos em determinada socieda-
de. Que é conforme e procede conforme os princípios da ética e da moralidade aceitos socialmen-
te. Que procede de maneira honesta ou correta (Michaelis).
Perceba que os conceitos não são iguais: enquanto a ética é o estudo, a moral é uma cons-
tante de comportamentos associados aos valores de certo e errado. Porém, no contexto da 
advocacia podem ser utilizados como complementares.
O Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil ao estabelecer os prin-
cípios fundamentais da ética do advogado instituiu os seguintes deveres:
CED-OAB
Art. 2º, Parágrafo único. São deveres do advogado
I – preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo caráter de 
essencialidade e indispensabilidade da advocacia;
II – atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e 
boa-fé;
III – velar por sua reputação pessoal e profissional;
IV – empenhar-se, permanentemente, no aperfeiçoamento pessoal e profissional;
V – contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis;
VI – estimular, a qualquer tempo, a conciliação e a mediação entre os litigantes, prevenindo, sempre 
que possível, a instauração de litígios;
VII – desaconselhar lides temerárias, a partir de um juízo preliminar de viabilidade jurídica;
VIII – abster-se de:
a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente;
b) vincular seu nome ou nome social a empreendimentos sabidamente escusos;
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Ética do Advogado. Regras Deontológicas
ÉTICA E ESTATUTO DA OAB
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c) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da 
pessoa humana;
d) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento 
deste;
e) ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou judiciais perante autoridades com as quais tenha 
vínculos negociais ou familiares;
f) contratar honorários advocatícios em valores aviltantes.
IX – pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos direitos individuais, 
coletivos e difusos;
X – adotar conduta consentânea com o papel de elemento indispensável à administração da Justiça;
XI – cumprir os encargos assumidos no âmbito da Ordem dos Advogados do Brasil ou na represen-
tação da classe;
XII – zelar pelos valores institucionais da OAB e da advocacia;
XIII – ater-se, quando no exercício da função de defensor público, à defesa dos necessitados.
Ademais, de acordo com o artigo 9º do Código de Ética, o advogado deve informar o cliente, 
de modo claro e inequívoco, quanto a eventuais riscos da sua pretensão, e das consequências 
que poderão advir da demanda. Deve, igualmente, denunciar, desde logo, a quem lhe solicite 
parecer ou patrocínio, qualquer circunstância que possa influir na resolução de submeter-lhe 
a consulta ou confiar-lhe a causa.
O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização 
(art. 5º do CED-OAB), sendo vedado o oferecimento de serviços profissionais que impliquem, 
direta ou indiretamente, em angariar ou captar clientela (art. 7º do CED-OAB), como veremos 
mais adiante.
No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos limi-
tes da lei (art. 2, § 3º, EOAB), ou seja, possui imunidade profissional, não constituindo injúria ou 
difamação puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade.
Todavia, é defeso (PROIBIDO) ao advogado expor os fatos em Juízo ou na via administrati-
va falseando deliberadamente a verdade e utilizando de má-fé (art. 6º do CED-OAB).
Nos termos do artigo 7º, § 2º, do EOAB, o advogado tem imunidade profissional, não cons-
tituindo injúria, difamação puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua 
atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos 
excessos que cometer.
Na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 1127 o Supremo Tribunal Federal considerou 
que a imunidade profissional é indispensável para que o advogado possa exercer condigna e 
amplamente seu múnus público.
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Ética do Advogado. Regras Deontológicas
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Como mandamentos que devem conduzir a conduta do advogado, o Conselho Federal da 
OAB trouxe, ao instituir o Código de Ética, a lealdade e boa-fé em suas relações profissionais e 
em todos os atos do seu ofício, ser fiel à verdade para poder servir à Justiça como um de seus 
elementos essenciais.
O Estatuto da OAB, no capítulo VIII, dispõe sobre a ética do advogado e estabelece que 
deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que contribua para o prestígio 
da classe e da advocacia, mantendo sua independência em qualquer circunstância, sendo que 
nenhum receio de desagradar a magistrado ou a qualquer autoridade, nem de incorrer em im-
popularidade, deve deter o advogado no exercício da profissão (art. 31, EOAB).
É conveniente destacar que ao tempo em que o Estatuto exige do advogado a observância 
de preceitos éticos, lhe assegura a independência funcional, que é um dos pilares das prerro-
gativas do advogado.
Quanto à independência, o Código de Ética e Disciplina da OAB determina que o advogado, 
ainda que vinculado ao cliente ou constituinte, deve zelar pela sua liberdade e independência, 
permitindo-se, inclusive, a recusa do patrocínio de causa e de manifestação, no âmbito consul-
tivo, de pretensão concernente a direito que também lhe seja aplicável ou contrarie orientação 
que tenha manifestado anteriormente (art. 4º do CED-OAB).
A associação da liberdade de atuação do profissional advogado e a observância dos pre-
ceitos éticos é trazida por Paulo Lobo (Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB – 
2017) no seguinte sentido:
Além da independência técnica, o advogado deve preservar sua independência política e de cons-
ciência, jamais permitindo que os interesses do cliente confundam-se com os seus. O advogado 
não é e nunca pode ser o substituto da parte; é o patrono. Por outro lado, em momento algum deve 
ele deixar-se levar pelas emoções, sentimentos e impulsos do cliente, que deverão ser retidos à 
porta de seu escritório.
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Ética do Advogado. Regras Deontológicas
ÉTICA E ESTATUTO DA OAB
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A ética do advogado é a ética da parcialidade, ao contrário da ética do juiz, que é a da isenção. Contu-
do, não pode o advogado cobrir com o manto ético qualquer interesse do cliente, cabendo-lhe recur-
sar o patrocínio que viole sua independência ou a ética profissional. Não há justificativa ética, salvo 
no campo da defesa criminal, para a cegueira dos valores diante da defesa de interesses sabidamen-
te aéticos ou de origem ilícita. A recusa, nesses casos, é um imperativo que engrandece o advogado.
Ao atuar como patrono da parte, no exercício do mandato, o advogado deverá imprimir à 
causa orientação que lhe pareça mais adequada, sem se subordinar a intenções contrárias do 
cliente, mas, antes, procurando esclarecê-lo quanto à estratégia traçada (art. 11 do CED-OAB).
Além do mais, o advogado não se sujeita à imposição do cliente que pretenda ver com ele 
atuando outros advogados, nem fica na contingência de aceitar a indicação de outro profissio-
nal para com ele trabalhar no processo, nos termos do artigo 24 do Código de Ética.
O importante a ser destacado é que é direito e dever do advogado assumir a defesa crimi-
nal, sem considerar sua própria opinião sobre a culpa do acusado, uma vez que não há causa 
criminal indigna de defesa, cumprindo ao advogado agir no sentido de que a todos seja con-
cedido tratamento condizente com a dignidade da pessoa humana, sob a égide das garantias 
constitucionais (art. 23 do CED-OAB).
Em contrapartida, outro preceito ético é que o advogado é responsável pelos atos que, no 
exercício profissional, praticar com dolo ou culpa. Em caso de lide temerária, o advogado será 
solidariamente responsável com seu cliente, desde que coligado com este para lesar a parte 
contrária, o que será apurado em ação própria (art. 32, EOAB).
Obs.: � O Código de Ética e Disciplina da OAB regula os deveres do advogado para com a 
comunidade, o cliente, o outro profissional e, ainda, a publicidade, a recusa do patrocí-
nio, o dever de assistência jurídica, o dever geral de urbanidade e os respectivos proce-
dimentos disciplinares, consequentemente o advogado obriga-se a cumprir rigorosa-
mente os deveres consignados no Código de Ética e Disciplina (art. 33, EOAB).
Como vimos na nossa primeira aula, são diversos os regramentos éticos que devem orien-
tar as relações dos advogados com seus clientes.
As relações entre advogado e cliente devem se basear na confiança recíproca. Caso o 
advogado sinta que essa confiança lhe falta, o Código de Ética recomenda que externe sua 
impressão ao seu cliente e, não se dissipando as dúvidas existentes, promova, em seguida, o 
substabelecimento do mandato ou a ele renuncie (art. 10 do CED-OAB).
Nos termos do artigo 12 do Código de Ética, a conclusão ou desistência da causa, indepen-
dentemente da extinção do mandato, obriga o advogado a devolver ao cliente bens, valores e 
documentos que lhe hajam sido confiados e ainda estejam em seu poder, bem como a prestar-
-lhe contas, pormenorizadamente, sem prejuízo de esclarecimentos complementares que se 
mostrem pertinentes e necessários, observando-se que a parcela dos honorários paga pelos 
serviços até então prestados não se inclui entre os valores a serem devolvidos.
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Ética do Advogado. Regras Deontológicas
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Advogados integrantes da mesma sociedade profissional ou reunidos em caráter perma-
nente para cooperação recíproca, não podem representar clientes com interesses opostos, 
em juízo ou fora dele (art. 19, CED-OAB).
Ademais, o artigo 20 do Código de Ética determina ao advogado que sobrevindo conflito 
de interesses entre seus constituintes e não conseguindo harmonizá-los, deverá optar, com 
prudência e discrição, por um dos mandatos, renunciando aos demais, resguardado sempre o 
sigilo profissional.
Do mesmo modo, ao advogado cumpre abster-se de patrocinar causa contrária à valida-
de ou legitimidade de ato jurídico em cuja formação haja colaborado ou intervindo de qual-
quer maneira; da mesma forma, deve declinar seu impedimento ou o da sociedade que integre 
quando houver conflito de interesses motivado por intervenção anterior no trato de assunto 
que se prenda ao patrocínio solicitado (art. 22 do CED-OAB).
Ainda, o artigo 25 do Código de Ética estabelece que é defeso (PROIBIDO) ao advogado 
funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador 
ou cliente.
Os deveres éticos consignados no Código não são recomendações de bom comportamento, 
mas sim normas jurídicas dotadas de obrigatoriedade, que devem ser cumpridas com rigor, 
sob pena de cometimento de infração disciplinar (Paulo Lobo – Comentários ao Estatuto da 
Advocacia e da OAB – 2017).
2. Sigilo ProfiSSional
Um desdobramento da conduta ética do advogado refere-se ao sigilo profissional.
Parece evidente e como já mencionei as relações entre advogado e cliente baseiam-se na 
confiança recíproca (art. 10 do CED-OAB): de um lado, o cliente deve esclarecer completamen-
te os fatos ao advogado, de outro, o advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que 
tome conhecimento no exercício da profissão (art. 35 do CED-AOB).
Do mesmo modo, o sigiloprofissional abrange os fatos de que o advogado tenha tido co-
nhecimento em virtude de funções desempenhadas na Ordem dos Advogados do Brasil.
O sigilo profissional é de ordem pública e está previsto na Constituição Federal de 1988: 
“XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando 
necessário ao exercício profissional”.
Tal prerrogativa não está limitada aos advogados, já que é aplicável a todas as categorias 
profissionais.
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ÉTICA E ESTATUTO DA OAB
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As comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente presumem-se confiden-
ciais, independendo de solicitação de reserva pelo cliente. Ademais, o advogado, quando no 
exercício das funções de mediador, conciliador e árbitro, se submete às regras de sigilo profis-
sional (art. 36 do CED-OAB).
Nos termos do Código de Ética e Disciplina da OAB:
Art. 20. Sobrevindo conflito de interesses entre seus constituintes e não conseguindo o advogado 
harmonizá-los, caber-lhe-á optar, com prudência e discrição, por um dos mandatos, renunciando aos 
demais, resguardado sempre o sigilo profissional.
Art. 21. O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou ex-empregador, judicial 
e extrajudicialmente, deve resguardar o sigilo profissional.
Dessa forma, por mais que o advogado deixe de prestar serviços a determinado cliente não 
poderá valer-se das informações por ele repassadas, seja em proveito próprio ou alheio, sob 
pena de violar o sigilo profissional, considerando que apenas tomou conhecimento dos fatos 
por meio da sua relação de confiança estabelecida com o constituinte.
Inerente ao dever de sigilo, é direito do advogado recusar-se a depor como testemunha em 
processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem 
seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como 
sobre fato que constitua sigilo profissional (art. 7º, inciso XIX, do Estatuto da OAB).
No mesmo sentido, dispõe o artigo 38 do Código de Ética e Disciplina da OAB: O advogado 
não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, administrativo ou arbitral, sobre 
fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional.
Destaco que o sigilo profissional poderá ser afastado pela autorização concedida pelo 
constituinte, ficando a critério do advogado o interesse em prestar ou não o depoimento.
O ordenamento jurídico processual nacional está em consonância com o direito do advogado:
O Código de Processo Penal, em seu artigo 207, estabelece que são proibidas de depor as 
pessoas que, em razão de profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte 
interessada, quiserem dar o seu testemunho.
O Código de Processo Civil, de outra parte, traz que a parte não é obrigada a depor a res-
peito de fatos sobre os quais, por estado ou profissão, deva guardar sigilo (art. 388, inciso II).
Violar o sigilo profissional, sem justa causa, constitui infração disciplinar prevista no artigo 
34, inciso VII, do Estatuto da OAB, punível com censura (art. 36, inciso I, EOAB).
Ademais, o Código Penal estabelece como crime a violação do segredo profissional:
Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, minis-
tério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem:
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa de um conto a dez contos de réis.
Parágrafo único. Somente se procede mediante representação.
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É importante destacar que a produção de dano a outrem é elementar do crime de violação 
do segredo profissional. Assim sendo, a revelação de segredo que não chega a causar dano a 
alguém não configura crime.
Devemos observar sempre se a conduta do advogado não está acobertada por algumas das 
hipóteses de JUSTA CAUSA, o que também afasta o cometimento de infração disciplinar e o 
crime de violação de segredo profissional.
Nesse ponto, cabe mencionar que o sigilo profissional cederá em face de circunstâncias 
excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida 
e à honra ou que envolvam defesa própria do advogado (art. 37 do CED-OAB).
Temos como exemplo de grave ameaça ao direito à vida quando o cliente revela sua inten-
ção (ou participação) ao advogado em assassinar alguém.
QUEBRA SIGILO
PROFISSIONAL
JUSTA CAUSA
GRAVE AMEAÇA AO DIREITO 
À VIDA E À HONRA
DEFESA PRÓPRIA
DO ADVOGADO
3. Publicidade ProfiSSional
A atividade desempenhada pelo advogado não pode ser vista sob a ótica de atividade 
exclusivamente econômica. Devemos lembrar que o advogado, por mais que se utilize da ad-
vocacia como meio de garantir frutos para sua subsistência, no seu ministério privado presta 
serviço público e exerce função social.
Lembre-se, o exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mer-
cantilização (art. 5º do CED-OAB), sendo vedado o oferecimento de serviços profissionais que 
implique, direta ou indiretamente, em angariar clientela (art. 7º do CED-OAB).
Com isso, a publicidade profissional se afasta da mercantilização da profissão, da cap-
tação de clientela e possui caráter meramente informativo, devendo primar pela discrição e 
sobriedade (art. 39 do CED-OAB).
Conforme traz Paulo Lobo (Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB – 2017):
É vedado ao advogado utilizar-se dos meios comuns de publicidade empresarial e a regra de ouro 
é a discrição e moderação, divulgando apenas as informações necessárias de sua identificação, 
podendo fazer referência a títulos acadêmicos conferidos por instituições universitárias, a associa-
ções culturais e científicas, aos ramos do direito em que atua, aos horários de atendimento e aos 
meios de comunicação.
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Considerando a proibição de utilizar os meios comuns de publicidade empresarial, são 
vedados como meio de publicidade profissional (art. 40 do CED-OAB):
• a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão;
• o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade;
Obs.: � É permitida a utilização de placas, painéis luminosos e inscrições apenas em facha-
das, exclusivamente para fins de identificação dos escritórios de advocacia, possuin-
do apenas caráter meramente informativo, devendo primar pela discrição e sobriedade 
(art. 40, parágrafo único, do CED-OAB).
• as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público;
• a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou a indi-
cação de vínculos entre uns e outras;
• o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou artigos 
literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados naimprensa, bem assim quan-
do de eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou em veiculação de 
matérias pela internet, sendo permitida a referência a e-mail;
• a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de pu-
blicidade, com o intuito de captação de clientela.
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Além disso, de acordo com o artigo 42 do Código de Ética e Disciplina da OAB, é vedado 
ao advogado:
• responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comuni-
cação social;
• debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro advogado;
• abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição que o 
congrega;
• divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas;
• insinuar-se para reportagens e declarações públicas.
Já vimos nas aulas anteriores que é dever do advogado prevenir, sempre que possível, a 
instauração de litígios, bem como desaconselhar lides temerárias.
Consequentemente, as colunas que o advogado mantiver nos meios de comunicação so-
cial ou os textos que por meio deles divulgar não deverão induzir o leitor a litigar nem promo-
ver a captação de clientela (art. 41 do CED-OAB).
O advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou de rádio, de entre-
vista na imprensa, de reportagem televisionada ou veiculada por qualquer outro meio, para 
manifestação profissional, deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos, educacionais 
e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou profissional, vedados pronunciamentos 
sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de profissão (art. 43 do CED-OAB).
Conforme o parágrafo único do artigo acima, quando convidado para manifestação públi-
ca, por qualquer modo e forma, visando ao esclarecimento de tema jurídico de interesse geral, 
deve o advogado EVITAR insinuações com o sentido de promoção pessoal ou profissional, 
bem como o debate de caráter sensacionalista.
Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escritório de que 
se utilizar, o advogado fará constar seu nome, nome social ou o da sociedade de advogados, o 
número ou os números de inscrição na OAB (art. 44 do CED-OAB).
Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as distinções honorí-
ficas relacionadas à vida profissional, bem como as instituições jurídicas de que faça parte, e 
as especialidades a que se dedicar, o endereço, e-mail, site, página eletrônica, QR code, logoti-
po e a fotografia do escritório, o horário de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá 
ser atendido (art. 44, § 1º, do CED-OAB).
É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas do ad-
vogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual ou pretérito, 
em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor universitário (art. 44, § 2º, do CED-OAB).
Por fim, são admissíveis como formas de publicidade o patrocínio de eventos ou publica-
ções de caráter científico ou cultural, assim como a divulgação de boletins, por meio físico ou 
eletrônico, sobre matéria cultural de interesse dos advogados, desde que sua circulação fique 
adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico (art. 45 do CED-OAB).
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Advocacia Pro Bono
De acordo com o artigo 30 do CED-OAB, considera-se advocacia pro bono a prestação 
gratuita, eventual e voluntária dos serviços jurídicos em favor de instituições sociais sem fins 
econômicos e aos seus assistidos, sempre que os beneficiários não dispuserem de recursos 
para a contratação de profissional.
A advocacia pro bono pode ser exercida em favor de pessoas naturais que, igualmente, não 
dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio sustento, contratar advogado.
Todavia, é importante destacar que o advogado não pode se utilizar da advocacia pro bono 
para fins político-partidários ou eleitorais, nem beneficiar instituições que visem a tais objeti-
vos, ou como instrumento de publicidade para captação de clientela.
De todo modo, no exercício da advocacia pro bono, e ao atuar como defensor nomeado, 
conveniado ou dativo, o advogado empregará o zelo e a dedicação habituais, de forma que a 
parte por ele assistida se sinta amparada e confie no seu patrocínio.
Publicidade Veiculada pela Internet ou por Outros meios Eletrônicos
Tendo em vista as mudanças na dinâmica social, a publicidade poderá ser veiculada pela 
internet ou por outros meios eletrônicos, como a telefonia (inclusive para o envio de mensagens 
a destinatários certos), desde que observadas as diretrizes do Código de Ética e Disciplina da 
OAB e que não impliquem o oferecimento de serviços ou representem forma de captação de 
clientela (art. 46 do CED-OAB).
DICA
A publicidade foi recentemente regulamentada pelo Provi-
mento 205/2021, o qual recomendo a leitura completa, uma 
vez que veremos seus principais tópicos.
É importante ter em mente que o próprio artigo 47 do CED-OAB traz que as normas de pu-
blicidade profissional podem ser complementadas por outras que o Conselho Federal aprovar, 
observadas as diretrizes do CED.
O Provimento 205/2021 permite o marketing jurídico, desde que exercido de forma compa-
tível com os preceitos éticos e respeitadas as limitações impostas pelo Estatuto da Advocacia, 
Regulamento Geral, Código de Ética e Disciplina, ou seja, as informações veiculadas devem 
ser objetivas e verdadeiras, sendo de exclusiva responsabilidade das pessoas físicas identi-
ficadas e, quando envolver pessoa jurídica, dos sócios administradores da sociedade de ad-
vocacia, que respondem pelos excessos perante a OAB, sem excluir a participação de outros 
inscritos que para ela tenham concorrido.
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Obs.: � As normas estabelecidas no provimento também se aplicam à divulgação de conteú-
dos que, apesar de não se relacionarem com o exercício da advocacia, possam atingir 
a reputação da classe à qual o profissional pertence, considerando que é indispensável 
a preservação do prestígio da advocacia.
Para compreender o provimento faz-se necessário o conhecimento de alguns conceitos 
(art. 2º, Prov. 205/2021):
• Marketing jurídico: Especialização do marketing destinada aos profissionais da área 
jurídica, consistente na utilização de estratégias planejadas para alcançar objetivos do 
exercício da advocacia;
• Marketing de conteúdos jurídicos: estratégia de marketing que se utiliza da criação e 
da divulgação de conteúdos jurídicos, disponibilizados por meio de ferramentas de co-
municação, voltada para informar o público e para a consolidação profissional do(a) 
advogado(a) ou escritório de advocacia;
• Publicidade: meio pelo qualse tornam públicas as informações a respeito de pessoas, 
ideias, serviços ou produtos, utilizando os meios de comunicação disponíveis, desde 
que não vedados pelo Código de Ética e Disciplina da Advocacia;
• Publicidade profissional: meio utilizado para tornar pública as informações atinentes ao 
exercício profissional, bem como os dados do perfil da pessoa física ou jurídica inscrita 
na OAB, utilizando os meios de comunicação disponíveis, desde que não vedados pelo 
CED-OAB;
• Publicidade de conteúdos jurídicos: divulgação destinada a levar ao conhecimento do 
público conteúdos jurídicos;
• Publicidade ativa: divulgação capaz de atingir número indeterminado de pessoas, mes-
mo que elas não tenham buscado informações acerca do anunciante ou dos temas 
anunciados;
• Publicidade passiva: divulgação capaz de atingir somente público certo que tenha bus-
cado informações acerca do anunciante ou dos temas anunciados, bem como por aque-
les que concordem previamente com o recebimento do anúncio;
• Captação de clientela: para fins do provimento, é a utilização de mecanismos de marke-
ting que, de forma ativa, independentemente do resultado obtido, se destinam a angariar 
clientes pela indução à contratação dos serviços ou estímulo do litígio, sem prejuízo do 
estabelecido no Código de Ética e Disciplina e regramentos próprios.
Como já vimos, publicidade profissional deve ter caráter meramente informativo e primar 
pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientela ou mercantilização 
da profissão.
Nesse contexto, para o Provimento são vedadas, ainda, as seguintes condutas (art. 3º, 
Prov. 205/2021):
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I – referência, direta ou indireta, a valores de honorários, forma de pagamento, gratuidade ou des-
contos e reduções de preços como forma de captação de clientes;
II – divulgação de informações que possam induzir a erro ou causar dano a clientes, a outros(as) 
advogados(as) ou à sociedade;
III – anúncio de especialidades para as quais não possua título certificado ou notória especializa-
ção, nos termos do parágrafo único do art. 3º-A do Estatuto da Advocacia;
IV – utilização de orações ou expressões persuasivas, de autoengrandecimento ou de comparação;
V – distribuição de brindes, cartões de visita, material impresso e digital, apresentações dos servi-
ços ou afins de maneira indiscriminada em locais públicos, presenciais ou virtuais, salvo em eventos 
de interesse jurídico.
Entende-se por publicidade profissional sóbria, discreta e informativa a divulgação que, 
sem ostentação, torna público o perfil profissional e as informações atinentes ao exercício 
profissional, conforme estabelecido pelo § 1º, do art. 44, do CED-OAB, sem incitar diretamente 
ao litígio judicial, administrativo ou à contratação de serviços, sendo vedada a promoção pes-
soal (art. 3º, § 1º, Prov. 205/2021).
CED-OAB
Art. 44, § 1º Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as distinções ho-
noríficas relacionadas à vida profissional, bem como as instituições jurídicas de que faça parte, e 
as especialidades a que se dedicar, o endereço, e-mail, site, página eletrônica, QR code, logotipo e a 
fotografia do escritório, o horário de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido.
No marketing de conteúdos jurídicos poderá ser utilizada a publicidade ativa ou passiva, 
desde que não esteja incutida a mercantilização, a captação de clientela ou o emprego ex-
cessivo de recursos financeiros, sendo admitida a utilização de anúncios, pagos ou não, nos 
meios de comunicação, exceto nos meios vedados pelo art. 40 do CED-OAB e desde que res-
peitados os limites impostos pelo inciso V do mesmo artigo (art. 4º, Prov. 205/2021).
CED-OAB
Art. 40. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser compatíveis com a diretriz 
estabelecida no artigo anterior, sendo vedados:
I – a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão;
II – o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade;
III – as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público;
IV – a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou a indicação 
de vínculos entre uns e outras;
V – o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou artigos literá-
rios, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem assim quando de eventual 
participação em programas de rádio ou televisão, ou em veiculação de matérias pela internet, sendo 
PERMITIDA a referência a e-mail;
VI – a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de publicidade, 
com o intuito de captação de clientela.
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Obs.: � Para os fins do previsto no inciso V do art. 40 do Código de Ética e Disciplina, equipa-
ram-se ao e-mail, todos os dados de contato e meios de comunicação do escritório 
ou advogado(a) (telefone), inclusive os endereços dos sites (blogs), das redes sociais 
(instagram, facebook, telegrama, linkedin) e os aplicativos de mensagens instantâneas 
(whatsapp), podendo também constar o logotipo, desde que em caráter informativo, 
respeitados os critérios de sobriedade e discrição (art. 4º, § 3º, Prov. 205/2021).
É vedada a publicidade mediante uso de meios ou ferramentas que influam de forma frau-
dulenta no seu impulsionamento ou alcance.
Do mesmo modo, é vedado o pagamento, patrocínio ou efetivação de qualquer outra des-
pesa para viabilizar aparição em rankings, prêmios ou qualquer tipo de recebimento de honra-
rias em eventos ou publicações, em qualquer mídia, que vise destacar ou eleger profissionais 
como detentores de destaque (art. 5º, § 1º, Prov. 205/2021).
Prov. 205/2021
Art. 6º Fica vedada, na publicidade ativa, qualquer informação relativa às dimensões, qualidades ou 
estrutura física do escritório, assim como a menção à promessa de resultados ou a utilização de 
casos concretos para oferta de atuação profissional.
Parágrafo único. Fica vedada em qualquer publicidade a ostentação de bens relativos ao exercício ou 
não da profissão, como uso de veículos, viagens, hospedagens e bens de consumo, bem como a men-
ção à promessa de resultados ou a utilização de casos concretos para oferta de atuação profissional.
Por outro lado, admite-se, na publicidade de conteúdos jurídicos, a identificação profissio-
nal com qualificação e títulos (pós-graduação, mestrado), desde que verdadeiros e comprová-
veis quando solicitados pela Ordem dos Advogados do Brasil, bem como com a indicação da 
sociedade da qual faz parte (art. 4º, § 1º, Prov. 205/2021).
Ademais, na divulgação de imagem, vídeo ou áudio (como por exemplo vídeo no youtube, 
informativos no whatsapp, post nas redes sociais do instagram, facebook), contendo atuação 
profissional, inclusive em audiências e sustentações orais, em processos judiciais ou adminis-
trativos, não alcançados por segredo de justiça, serão respeitados o sigilo e a dignidade profis-
sional e vedada a referência ou menção a decisões judiciais e resultados de qualquer natureza 
obtidos em procedimentos que patrocina ou participa de alguma forma,ressalvada a hipótese 
de manifestação espontânea em caso coberto pela mídia (art. 4º, § 2º, Prov. 205/2021).
É permitida a utilização de logomarca e imagens, inclusive fotos dos(as) advogados(as) e 
do escritório, assim como a identidade visual nos meios de comunicação profissional, sendo 
vedada a utilização de logomarca e símbolos oficiais da Ordem dos Advogados do Brasil (art. 
5º, § 2º, Prov. 205/2021).
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DICA
Não confunda, aqui não estamos tratando do cartão de visi-
ta, que segue as regras específicas do CED-OAB, que estuda-
mos anteriormente, mas sim de postagens em mídias sociais, 
como no instagram, por exemplo.
É permitida a participação do advogado ou da advogada em vídeos ao vivo ou gravados, 
na internet ou nas redes sociais, assim como em debates e palestras virtuais (lives, canal no 
youtube), desde que observadas as regras dos arts. 42 e 43 do CED, sendo vedada a utilização 
de casos concretos ou apresentação de resultados (art. 5º, § 3º, Prov. 205/2021).
Não é permitido vincular os serviços advocatícios com outras atividades ou divulgação con-
junta de tais atividades, SALVO a de magistério, ainda que complementares ou afins (art. 8º, 
Prov. 205/2021).
Obs.: � Não caracteriza infração ético-disciplinar o exercício da advocacia em locais com-
partilhados (coworking: salas coletivas), sendo vedada a divulgação da atividade de 
advocacia em conjunto com qualquer outra atividade ou empresa que compartilhem o 
mesmo espaço, ressalvada a possibilidade de afixação de placa indicativa no espaço 
físico em que se desenvolve a advocacia e a veiculação da informação de que a ativi-
dade profissional é desenvolvida em local de coworking.
Por fim, destaco que o Provimento criou o Comitê Regulador do Marketing Jurídico, que 
é vinculado à Diretoria do Conselho Federal, que nomeará seus membros, com mandato 
concomitante ao da gestão (3 anos), e será composto por 9 pessoas, quais sejam (art. 9º, 
Prov. 205/2021):
I – 05 (cinco) Conselheiros(as) Federais, um(a) de cada região do país, indicados(as) pela Diretoria 
do CFOAB;
II – 01 (um) representante do Colégio de Presidentes de Seccionais.
III – 01 (um) representante indicado pelo Colégio de Presidentes dos Tribunais de Ética e Disciplina;
IV – 01 (um) representante indicado pela Coordenação Nacional de Fiscalização da Atividade Pro-
fissional da Advocacia; e
V – 01 (um) representante indicado pelo Colégio de Presidentes das Comissões da Jovem Advocacia.
O Comitê Regulador do Marketing Jurídico possui caráter meramente CONSULTIVO e se 
reunirá periodicamente para acompanhar a evolução dos critérios específicos sobre marke-
ting, publicidade e informação na advocacia, podendo propor ao Conselho Federal a alteração, 
a supressão ou a inclusão de novos critérios e propostas de alteração do provimento.
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Além do mais, o Comitê poderá propor ao Órgão Especial, com base nas disposições do 
Código de Ética e Disciplina e pelas demais disposições previstas no provimento, sugestões de 
interpretação dos dispositivos sobre publicidade e informação, com a finalidade de pacificar 
e unificar a interpretação dos temas pertinentes perante os Tribunais de Ética e Disciplina e 
Comissões de Fiscalização das Seccionais.
Todavia, as Seccionais poderão conceder poderes coercitivos à respectiva Comissão de 
Fiscalização, permitindo a expedição de notificações com a finalidade de dar efetividade às 
disposições do provimento (art. 10, Prov. 205/2021).
O artigo 47-A do Código de Ética e Disciplina da OAB, incluído pela Resolução n. 4/2020, de 
03/11/2020, estabelece que será admissível a celebração de TERMO DE AJUSTAMENTO 
DE CONDUTA – TAC para fazer cessar a publicidade irregular praticada por advogados e 
estagiários.
No mesmo sentido, o artigo 58-A prevê que será admitida a celebração de TAC no âmbito dos 
Conselhos Seccionais e do Conselho Federal nos casos de infração ético-disciplinar punível 
com censura, se o fato apurado não tiver gerado repercussão negativa à advocacia.
O Provimento n. 200/2020 regulamenta o Termo de Ajustamento de Conduta a ser celebrado 
entre o Conselho Federal ou os Conselhos Seccionais com advogados ou estagiários inscritos 
nos quadros da Instituição, que se aplica às hipóteses relativas à publicidade profissional (art. 
39 a art. 47 do CED) e às infrações disciplinares puníveis com censura.
A possibilidade de celebrar TAC é muito recente e tem chances enormes de ser explorada nos 
próximos Exames da OAB, portanto, muita atenção.
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RESUMO
• O Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil ao estabelecer os 
princípios fundamentais da ética do advogado instituiu os seguintes deveres:
São deveres do advogado
I – preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo caráter de 
essencialidade e indispensabilidade da advocacia;
II – atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e 
boa-fé;
III – velar por sua reputação pessoal e profissional;
IV – empenhar-se, permanentemente, no aperfeiçoamento pessoal e profissional;
V – contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis;
VI – estimular, a qualquer tempo, a conciliação e a mediação entre os litigantes, prevenindo, sempre 
que possível, a instauração de litígios;
VII – desaconselhar lides temerárias, a partir de um juízo preliminar de viabilidade jurídica;
VIII – abster-se de:
a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente;
b) vincular seu nome ou nome social a empreendimentos sabidamente escusos;
c) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da 
pessoa humana;
d) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento 
deste;
e) ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou judiciais perante autoridades com as quais tenha 
vínculos negociais ou familiares;
f) contratar honorários advocatícios em valores aviltantes.
IX – pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos direitos individuais, 
coletivos e difusos;
X – adotar conduta consentânea com o papel de elemento indispensável à administração da Justiça;
XI – cumprir os encargos assumidos no âmbito da Ordem dos Advogados do Brasil ou na represen-
tação da classe;
XII – zelar pelos valores institucionais da OAB e da advocacia;
XIII – ater-se, quando no exercício da função de defensor público, à defesa dos necessitados.
• O advogado deve informar o cliente, de modo claro e inequívoco, quanto a eventuais 
riscos da sua pretensão, e das consequências que poderão advir da demanda. Deve, 
igualmente, denunciar, desde logo, a quem lhe solicite parecer oupatrocínio, qualquer 
circunstância que possa influir na resolução de submeter-lhe a consulta ou confiar-lhe 
a causa.
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Ética do Advogado. Regras Deontológicas
ÉTICA E ESTATUTO DA OAB
Cínthia Biesek
• O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantiliza-
ção, sendo vedado o oferecimento de serviços profissionais que impliquem, direta ou 
indiretamente, em angariar ou captar clientela, como veremos mais adiante.
• No exercício da profissão, o advogado é inviolável por seus atos e manifestações, nos 
limites da lei, ou seja, possui imunidade profissional, não constituindo injúria ou difama-
ção puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade.
− É defeso (PROIBIDO) ao advogado expor os fatos em Juízo ou na via administrativa 
falseando deliberadamente a verdade e utilizando de má-fé.
• o advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação puníveis 
qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, 
sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer.
• O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito e que contribua 
para o prestígio da classe e da advocacia, mantendo sua independência em qualquer cir-
cunstância, sendo que nenhum receio de desagradar a magistrado ou a qualquer autorida-
de, nem de incorrer em impopularidade, deve deter o advogado no exercício da profissão.
• Ao atuar como patrono da parte, no exercício do mandato, o advogado deverá imprimir 
à causa orientação que lhe pareça mais adequada, sem se subordinar a intenções con-
trárias do cliente, mas, antes, procurando esclarecê-lo quanto à estratégia traçada.
• É direito e dever do advogado assumir a defesa criminal, sem considerar sua própria 
opinião sobre a culpa do acusado, uma vez que não há causa criminal indigna de defesa, 
cumprindo ao advogado agir no sentido de que a todos seja concedido tratamento con-
dizente com a dignidade da pessoa humana, sob a égide das garantias constitucionais.
• O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo 
ou culpa. Em caso de lide temerária, o advogado será solidariamente responsável com 
seu cliente, desde que coligado com este para lesar a parte contrária, o que será apurado 
em ação própria.
• As relações entre advogado e cliente devem se basear na confiança recíproca. Caso o 
advogado sinta que essa confiança lhe falta, o Código de Ética recomenda que externe 
sua impressão ao seu cliente e, não se dissipando as dúvidas existentes, promova, em 
seguida, o substabelecimento do mandato ou a ele renuncie.
• A conclusão ou desistência da causa, independentemente da extinção do mandato, obri-
ga o advogado a devolver ao cliente bens, valores e documentos que lhe hajam sido 
confiados e ainda estejam em seu poder, bem como a prestar-lhe contas, pormenoriza-
damente, sem prejuízo de esclarecimentos complementares que se mostrem pertinen-
tes e necessários, observando-se que a parcela dos honorários paga pelos serviços até 
então prestados não se inclui entre os valores a serem devolvidos.
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Ética do Advogado. Regras Deontológicas
ÉTICA E ESTATUTO DA OAB
Cínthia Biesek
• Advogados integrantes da mesma sociedade profissional ou reunidos em caráter per-
manente para cooperação recíproca, não podem representar clientes com interesses 
opostos, em juízo ou fora dele.
• Ao advogado que sobrevindo conflito de interesses entre seus constituintes e não con-
seguindo harmonizá-los, deverá optar, com prudência e discrição, por um dos manda-
tos, renunciando aos demais, resguardado sempre o sigilo profissional.
• Ao advogado cumpre abster-se de patrocinar causa contrária à validade ou legitimidade 
de ato jurídico em cuja formação haja colaborado ou intervindo de qualquer maneira; 
da mesma forma, deve declinar seu impedimento ou o da sociedade que integre quando 
houver conflito de interesses motivado por intervenção anterior no trato de assunto que 
se prenda ao patrocínio solicitado.
• É defeso (PROIBIDO) ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, 
como patrono e preposto do empregador ou cliente.
Sigilo Profissional
• As comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente presumem-se confi-
denciais, independendo de solicitação de reserva pelo cliente. Ademais, o advogado, 
quando no exercício das funções de mediador, conciliador e árbitro, se submete às re-
gras de sigilo profissional.
• Sobrevindo conflito de interesses entre seus constituintes e não conseguindo o advoga-
do harmonizá-los, caber-lhe-á optar, com prudência e discrição, por um dos mandatos, 
renunciando aos demais, resguardado sempre o sigilo profissional.
• O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou ex-empregador, judi-
cial e extrajudicialmente, deve resguardar o sigilo profissional.
• É direito do advogado recusar-se a depor como testemunha em processo no qual fun-
cionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi 
advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre 
fato que constitua sigilo profissional.
• O advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, administra-
tivo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional.
• O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem jus-
ta causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam 
defesa própria do advogado.
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Ética do Advogado. Regras Deontológicas
ÉTICA E ESTATUTO DA OAB
Cínthia Biesek
Publicidade Profissional
• A publicidade profissional se afasta da mercantilização da profissão, da captação de 
clientela e possui caráter meramente informativo, devendo primar pela discrição e 
sobriedade.
São vedados como meio de publicidade profissional:
− a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão;
− o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade;
− as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público;
− a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou a 
indicação de vínculos entre uns e outras;
− o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou arti-
gos literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem assim 
quando de eventual participação em programas de rádio ou televisão, ou em veicula-
ção de matérias pela internet, sendo permitida a referência a e-mail;
− a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de 
publicidade, com o intuito de captação de clientela.
• É vedado ao advogado:
− responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comu-
nicação social;
− debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocíniode outro advogado;
− abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição que 
o congrega;
− divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas;
− insinuar-se para reportagens e declarações públicas.
• As colunas que o advogado mantiver nos meios de comunicação social ou os textos que 
por meio deles divulgar não deverão induzir o leitor a litigar nem promover a captação 
de clientela.
• O advogado que eventualmente participar de programa de televisão ou de rádio, de en-
trevista na imprensa, de reportagem televisionada ou veiculada por qualquer outro meio, 
para manifestação profissional, deve visar a objetivos exclusivamente ilustrativos, edu-
cacionais e instrutivos, sem propósito de promoção pessoal ou profissional, vedados 
pronunciamentos sobre métodos de trabalho usados por seus colegas de profissão.
− Quando convidado para manifestação pública, por qualquer modo e forma, visando 
ao esclarecimento de tema jurídico de interesse geral, deve o advogado EVITAR insi-
nuações com o sentido de promoção pessoal ou profissional, bem como o debate de 
caráter sensacionalista.
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Ética do Advogado. Regras Deontológicas
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Cínthia Biesek
• Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escritório de que 
se utilizar, o advogado fará constar seu nome, nome social ou o da sociedade de advo-
gados, o número ou os números de inscrição na OAB.
− Poderão ser referidos apenas os títulos acadêmicos do advogado e as distinções 
honoríficas relacionadas à vida profissional, bem como as instituições jurídicas de 
que faça parte, e as especialidades a que se dedicar, o endereço, e-mail, site, página 
eletrônica, QR code, logotipo e a fotografia do escritório, o horário de atendimento e 
os idiomas em que o cliente poderá ser atendido.
− É vedada a inclusão de fotografias pessoais ou de terceiros nos cartões de visitas do 
advogado, bem como menção a qualquer emprego, cargo ou função ocupado, atual 
ou pretérito, em qualquer órgão ou instituição, salvo o de professor universitário.
• São admissíveis como formas de publicidade o patrocínio de eventos ou publicações 
de caráter científico ou cultural, assim como a divulgação de boletins, por meio físico ou 
eletrônico, sobre matéria cultural de interesse dos advogados, desde que sua circulação 
fique adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico.
Advocacia Pro Bono
• Considera-se advocacia pro bono a prestação gratuita, eventual e voluntária dos servi-
ços jurídicos em favor de instituições sociais sem fins econômicos e aos seus assis-
tidos, sempre que os beneficiários não dispuserem de recursos para a contratação de 
profissional.
− A advocacia pro bono pode ser exercida em favor de pessoas naturais que, igual-
mente, não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio sustento, contratar 
advogado.
− Todavia, o advogado não pode se utilizar da advocacia pro bono para fins político-par-
tidários ou eleitorais, nem beneficiar instituições que visem a tais objetivos, ou como 
instrumento de publicidade para captação de clientela.
• O artigo 47-A do CED-OAB, incluído pela Resolução n. 4/2020, de 03/11/2020, estabelece 
que será admissível a celebração de TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA – TAC para 
fazer cessar a publicidade irregular praticada por advogados e estagiários. No mesmo 
sentido, o artigo 58-A prevê que será admitida a celebração de TAC no âmbito dos Conse-
lhos Seccionais e do Conselho Federal nos casos de infração ético-disciplinar punível com 
censura, se o fato apurado não tiver gerado repercussão negativa à advocacia.
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MAPAS MENTAIS
Inscrição na OAB
Princípios
éticos e morais
Direitos e
Prerrogativas
Estatuto próprio
Múnus PúblicoFunção Social
ADVOGADO
Respeito e dignidade 
da categoria
Lealdade e boa-fé
QUEBRA SIGILO
PROFISSIONAL
JUSTA CAUSA
GRAVE AMEAÇA AO DIREITO 
À VIDA E À HONRA
DEFESA PRÓPRIA
DO ADVOGADO
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXV EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2018) 
O advogado Valter instalou, na fachada do seu escritório, um discreto painel luminoso com os 
dizeres “Advocacia Trabalhista”. A sociedade de advogados X contratou a instalação de um só-
brio painel luminoso em um dos pontos de ônibus da cidade, onde constava apenas o nome da 
sociedade, dos advogados associados e o endereço da sua sede. Já a advogada Helena fixou, 
em todos os elevadores do prédio comercial onde se situa seu escritório, cartazes pequenos 
contendo inscrições sobre seu nome, o ramo do Direito em que atua e o andar no qual funciona 
o escritório.
Considerando as situações descritas e o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, as-
sinale a afirmativa correta.
a) Apenas Valter e a sociedade de advogados X violaram a disciplina quanto à ética na publi-
cidade profissional.
b) Apenas Helena violou a disciplina quanto à ética na publicidade profissional.
c) Valter, Helena e a sociedade de advogados X violaram a disciplina quanto à ética na publici-
dade profissional.
d) Apenas a sociedade de advogados X e Helena violaram a disciplina quanto à ética na publi-
cidade profissional.
São vedados como meio de publicidade profissional o uso de outdoors, painéis luminosos ou 
formas assemelhadas de publicidade, bem como as inscrições em muros, paredes, veículos, 
elevadores ou em qualquer espaço público, conforme determina o artigo 40, incisos II e III, do 
Código de Ética e Disciplina da OAB. Por outro lado, é permitida a utilização de placas, painéis 
luminosos e inscrições apenas em fachadas, exclusivamente para fins de identificação dos 
escritórios de advocacia, possuindo apenas caráter meramente informativo, devendo primar 
pela discrição e sobriedade, conforme dispõe o artigo 40, parágrafo único, do Código de Ética 
e Disciplina da OAB.
Desse modo, o painel luminoso, discreto, de fachada do escritório do advogado Valter está em 
conformidade com a publicidade profissional do advogado. Entretanto, a sociedade de advo-
gados X e Helena violaram a disciplina quanto à ética na publicidade profissional.
a) Errada. O painel luminoso, discreto, de fachada do escritório do advogado Valter está em 
conformidade com a publicidade profissional do advogado, nos termos do artigo 40, parágrafo 
único, do Códigode Ética e Disciplina da OAB.
b) Errada. O painel luminoso em um dos pontos de ônibus da cidade, contratado pela socieda-
de de advogados X, viola a disciplina quanto à ética na publicidade profissional, nos termos do 
artigo 40, inciso II, do Código de Ética e Disciplina da OAB.
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c) Errada. O painel luminoso, discreto, de fachada do escritório do advogado Valter está em 
conformidade com a publicidade profissional do advogado, nos termos do artigo 40, parágrafo 
único, do Código de Ética e Disciplina da OAB.
Letra d.
002. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2018) 
Rafaela, advogada, atua como árbitra em certa lide. Lena, também regularmente inscrita como 
advogada perante a OAB, exerce atualmente a função de mediadora. Ambas, no exercício de 
suas atividades, tomaram conhecimento de fatos relativos às partes envolvidas. Todavia, ape-
nas foi solicitado a Rafaela que guardasse sigilo sobre tais fatos.
Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta.
a) Apenas Rafaela, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar sigilo dos fatos 
de que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias excepcionais 
que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à vida e à honra, 
bem como em caso de defesa própria.
b) Apenas Lena, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar sigilo dos fatos de 
que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias excepcionais 
que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à vida e à honra, 
bem como em caso de defesa própria.
c) Ambas as advogadas, no exercício da profissão, submetem-se ao dever de guardar sigilo 
dos fatos de que tomaram conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias 
excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à 
vida e à honra, bem como em caso de defesa própria.
d) Apenas Rafaela, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar sigilo dos fatos 
de que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias excepcionais 
que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à vida e à honra. 
Porém, não se admite a relativização do dever de sigilo para exercício de defesa própria.
As relações entre advogado e cliente baseiam-se na confiança recíproca (art. 10 do CED-O-
AB): de um lado, o cliente deve esclarecer completamente os fatos ao advogado, de outro, 
o advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome conhecimento no exercício 
da profissão (art. 35 do CED-OAB). Além disso, o sigilo profissional abrange os fatos de que 
o advogado tenha tido conhecimento em virtude de funções desempenhadas na OAB (pará-
grafo único).
As comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente presumem-se confidenciais, 
independendo de solicitação de reserva pelo cliente. Ademais, o advogado, quando no exercí-
cio das funções de mediador, conciliador e árbitro, se submete às regras de sigilo profissional 
(art. 36 do CED-OAB).
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O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem justa cau-
sa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam defesa pró-
pria do advogado (art. 37, CED-OAB).
Na questão, Rafaela atua como árbitra em certa lide e Lena exerce atualmente a função de 
mediadora, ou seja, ambas as advogadas, no exercício da profissão, submetem-se ao dever de 
guardar sigilo dos fatos de que tomaram conhecimento. Além disso, o dever de sigilo cederá 
em face de circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave 
ameaça aos direitos à vida e à honra, bem como em caso de defesa própria.
a) Errada. Lena, que exerce atualmente a função de mediadora, deve submeter-se ao dever de 
guardar sigilo dos fatos de que tomou conhecimento relativos às partes envolvidas, nos ter-
mos do artigo 36, § 2º, do Código de Ética e Disciplina da OAB.
b) Errada. Rafaela, que atua como árbitra em certa lide, deve submeter-se ao dever de guardar 
sigilo dos fatos de que tomou conhecimento relativos às partes envolvidas, nos termos do ar-
tigo 36, § 2º, do Código de Ética e Disciplina da OAB.
d) Errada. Lena, que exerce atualmente a função de mediadora, deve submeter-se ao dever 
de guardar sigilo dos fatos de que tomou conhecimento relativos às partes envolvidas, nos 
termos do artigo 36, § 2º, do Código de Ética e Disciplina da OAB. Ademais, o dever de sigilo 
cederá em face de circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, como nos casos 
de grave ameaça aos direitos à vida e à honra, bem como em caso de defesa própria.
Letra c.
003. (FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS/XXIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO DA OAB/2017) 
O Dr. Silvestre, advogado, é procurado por um cliente para patrociná-lo em duas demandas em 
curso, nas quais o aludido cliente figura como autor. Ao verificar o andamento processual dos 
feitos, Silvestre observa que o primeiro processo tramita perante a juíza Dra. Isabel, sua tia. Já 
o segundo processo tramita perante o juiz Dr. Zacarias, que, coincidentemente, é o locador do 
imóvel onde o Dr. Silvestre reside.
Considerando o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale a afirmativa correta.
a) O Dr. Silvestre cometerá infração ética se atuar em qualquer dos processos, tendo em vista 
o grau de parentesco com a primeira magistrada e a existência de relação negocial com o se-
gundo juiz.
b) O Dr. Silvestre cometerá infração ética apenas se atuar no processo que tramita perante a 
juíza Dra. Isabel, tendo em vista o grau de parentesco com a magistrada. Quanto ao segundo 
processo, não há vedação ética ao patrocínio na demanda.
c) O Dr. Silvestre cometerá infração ética apenas se atuar no processo que tramita perante o 
juiz Dr. Zacarias, tendo em vista a existência de relação negocial com o magistrado. Quanto ao 
primeiro processo, não há vedação ética ao patrocínio na demanda.
d) O Dr. Zacarias não cometerá infração ética se atuar em ambos os feitos, pois as hipóteses 
de suspeição e impedimento dos juízes versam sobre seu relacionamento com as partes, e 
não com os advogados.
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O Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil ao estabelecer os princípios 
fundamentais da ética do advogado instituiu alguns deveres (art. 2º do CED-OAB), dentre os 
quais o de abster-se de ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou judiciais perante au-
toridades com as quais tenha vínculos negocias ou familiares (inciso VIII, alínea e).
Dessa forma, considerando a existência de vínculo familiar entre Silvestre e a juíza Dra. Isabel, 
sua tia, bem como o vínculo

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