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Art Cientifico HERMENEUTICA JURIDICA

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UNIVERSIDADE FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ
JAQUELINE TELES DA SILVA
739040
COMPLEMENTAÇÃO DE CARGA HORÁRIA 
HERMENÊUTICA JURÍDICA
São Bernardo do Campo – São Paulo
Sumário:
CONCEITO DE HERMENÊUTICA JURÍDICA……………………………………………………..pg 3
PRINCÍPIO E NORMAS DA HERMENÊUTICA JURÍDICA……………………………………pg 3
PRINCIPIOLOGIA DA HERMENÊUTICA JURÍDICA……………………………………………pg 4
ORDENAMENTO JURÍDICO……………………………………………………………………………pg 5
NORMA JURÍDICA…………………………………………………………………………………………pg 7
SANÇÃO……………………………………………………………………………………………………….pg 8
CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS…………………………………………………….pg 9
A LEI DE INTRODUÇÃO AS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO……………………..pg 10
CIÊNCIA HERMENÊUTICA…………………………………………………………………………….pg 14
OBJETIVO DA HERMENÊUTICA NA FORMA JURÍDICA/CONCLUSÃO……………..pg 14
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………………………………………pg 15
CONCEITO
A Hermenêutica Jurídica é o ramo da Teoria da Geral do Direito, destinado ao estudo e ao desenvolvimento dos métodos e princípios da atividade de interpretação. A finalidade da Hermenêutica, enquanto domínio teórico, é proporcionar bases racionais e seguras para uma interpretação dos enunciados normativos. Ela também é considerada a filosofia que estuda a teoria da interpretação, que pode referir-se tanto à arte da interpretação quanto à prática e treino de interpretação. A hermenêutica tradicional refere-se ao estudo da interpretação de textos escritos, especialmente nas áreas de literatura, religião e direito.
PRINCIPIO E NORMAS DA HERMENEUTICA JURIDICA
O Direito requer tanto na sua elaboração quanto na sua efetiva aplicação diversos discursos, tais como normas jurídicas, leis, textos doutrinários, jurisprudência, decisões administrativas e sentenças.
Desse modo, o Direito não pode se fixar somente nas abstrações, mas tem que participar diretamente na realidade sociocultural em que está inserido. Portanto, não há como se compreender a prática jurídica para os casos concretos como práticas infinitas, isto é, há um ponto limite além do qual não ocorre mais nada.
Por que um ponto limite na prática dos discursos jurídicos, particularmente aqueles referentes aos casos concretos? A resposta: há o limite pelo simples motivo de que conduzir os casos jurídicos para a esfera do infinito geraria o sentimento de profunda insegurança jurídica.
Acrescenta-se, ainda, que além da insegurança jurídica, conduzir a prática sustentada única e exclusivamente na esfera abstrata dos discursos jurídicos haveria, como não poderia deixar de ser, a produção e a difusão do sentimento de injustiça generalizado por todos os segmentos sociais.
Oportuno, ainda, apontar para o fato de que o Direito, por ser composto de valores, inclui em sua estrutura e em sua dinâmica os valores e, desse modo exige, a compreensão que por sua vez permite a interpretação. Da interpretação para a elaboração e aplicação da norma jurídica efetiva em determinado ponto, isto é, a decisão.
Por tais considerações é que a hermenêutica jurídica não pode ser entendida como simples apêndice dos estudos jurídicos. Há uma profunda necessidade prática, pois a passagem da abstração normativa para a aplicação efetiva das leis só há um percurso: conhecimento → compreensão → interpretação. Por esse percurso é que a Hermenêutica jurídica ganha relevo nos estudos do Direito.
PRINCIPIOLOGIA DA HERMENÊUTICA JURÍDICA 
Os estudos da principiologia, de um modo geral, apresentam uma imensa quantidade de significados, particularmente no que se refere à própria definição de principiologia tanto nos estudos das teorias do Direito quanto nos estudos da hermenêutica jurídica.
Diante desse quadro e com objetivos simplesmente didáticos, pode-se apresentar a seguinte definição inicial de princípio: é a pressuposição que fundamenta de forma universal determinada valoração, isto é, a atribuição de qualidade de “algo”.
Assim, ao se referir ao estudo dos princípios na esfera do Direito, isto é, a principiologia jurídica refere-se às atribuições de valor. Para se manter minimamente coerente com a definição utilizada com as pressuposições e fundamentos que sustentam o ordenamento jurídico, então, a principiologia tem por objeto as atribuições de valor das normas jurídicas.
Evidentemente, por sustentarem a elaboração, os princípios são imprescindíveis também no momento da aplicação das normas e das leis, mesmo porque não é possível aplicar o Direito em contradição aos princípios que o sustentam.
É possível a seguinte inferência: os princípios apresentam-se como os valores que constituem, ou melhor, que formam e sustentam o ordenamento jurídico. Desse modo, então, os princípios são de fundamental importância tanto para os que elaboram as normas e leis quanto para os profissionais que são obrigados por ofício a aplicarem o Direito.
Desse modo, a principiologia vincula-se de modo geral com os estudos do Direito Constitucional, uma vez que é na Constituição que se verifica a aproximação necessária entre o ordenamento jurídico e a organização social.
A Constituição Federal de 1988 apresenta no seu art. 5º princípios significativos, como: princípio da isonomia; princípio da legalidade; princípio do acesso a Justiça; princípio do devido processo legal.
Aprofundar um pouco mais os vínculos entre os princípios e o ordenamento jurídico, significa apontar para o seguinte: a necessária aproximação entre o ordenamento jurídico e a organização social é, antes de tudo, uma imposição da função do próprio ordenamento jurídico.
Qual função? Resposta: expor os valores socioculturais que devem formar e sustentar o Direito e suas instituições em uma sociedade. Portanto, o ordenamento jurídico deve expor em sua composição os valores socioculturais presentes em uma configuração social determinada, para que as normas jurídicas possam, no limite, exercer o controle social tanto legítimo quanto legal.
Pode-se, para melhor apresentação didática se recorrer ao seguinte esquema mesmo considerando-se que por ser esquema é reducionista:
ORDENAMENTO JURÍDICO 
_____________________________(/) →
Organização social ↓
_____________________________(/)................................ →
A linha do ordenamento jurídico é interrompida (/) em determinado momento, pois até ali existem todas as normas, as leis e todos os demais institutos jurídicos que se apresentam de forma possível de serem aplicados. Na medida em que ocorrem novas elaborações normativas e/ou novas resoluções jurídicas, a linha prossegue (→).
A linha da organização social com a marcação (/) não é interrompida, mas prossegue de forma pontilhada para expor a dinâmica das interações intersubjetivas (entre pessoas) e das instituições sociais entre si. De outro modo, a sociedade não fica parada esperando a legalização.
Portanto, é possível dizer o seguinte: o Direito não pode ser apreendido e compreendido como instituição estática e fechada, mas sim como instituição que se desenvolve e é aberta para sociedade, pois só assim é possível se ter a aproximação dos princípios e das normas jurídicas com a organização social.
No entanto, é importante destacar que o ordenamento jurídico sempre se apresenta um pouco defasado em relação à organização social, pois não há como acompanhar de modo direto o que ocorre diuturnamente na sociedade.
É de fundamental importância considerar que nem tudo aquilo que a sociedade apresenta como válido permanece como válido. De outro modo, há uma inconstância nas interações sociais contemporâneas que é importante esperar e ponderar o que é efetivamente válido para a organização social e dai para o ordenamento jurídico.
Há de se considerar os cuidados tanto com os modismos de comportamento quanto com a explosão da opinião pública, isto é, os indivíduos não ficam esperando a legalização daquilo que entendem como legítimo. Portanto, cabe ao ordenamento jurídico incorporar as transformações valorativas entendidas como válidas para a convivência social em benefícios de todos, em outras palavras, para a boa vida.
Verifica-se cada vez mais a aplicação dos princípios nos casos concretos, istoé, singulares e, mais do que isso, os princípios jurídicos são apreendidos como instrumentos que constroem verdadeiros sentidos hermenêuticos. Desse modo, os princípios têm as mesmas funções orgânicas que as normas jurídicas.
Oportuno, aqui, considerar a observação de Norberto Bobbio em relação à definição de principio jurídico: são as concepções que se encontram na base do direito positivo, no sentido que eles, os princípios, mostram os valores que estão presentes em determinada sociedade, e por isso, tais valores como que se colocam no ordenamento jurídico.
Deve-se, ainda, ater ao seguinte em relação aos princípios jurídicos: há diferenças entre regras jurídicas e princípios jurídicos. As regras apresentam-se de forma explícita, enquanto os princípios, por serem princípios, ficam como que camuflados, portanto exigem uma operação hermenêutica cuidadosa. Assim, é importante se considerar que os princípios como que orientam a compreensão-interpretação na aplicação jurídica.
Acrescenta-se, ainda, que os princípios apresentam-se como que limites para a interpretação jurídica, mesmo porque não é possível ficar aquém e muito menos ir além daquilo que é apreendido na natureza axiológica dos princípios. De outro modo: é importante a ponderação e se manter na esfera da natureza dos valores que se apresentam como princípios.
NORMA JURÍDICA 
Considerando que o Direito tem como fim específico disciplinar condutas humanas em sociedade, impondo-se naturalmente como princípio básico
da vida do gênero humano em coletividade, é fato inconteste que inegavelmente necessita – e efetivamente possui – de diversas expressões que – dentro de um determinado contexto de inviolabilidade que transcende ao próprio terreno do empirismo – correspondem exatamente a seu preceito fundamental e natural que se encontra, por sua vez, intimamente associado à sua própria denominada exigência superior “posta” (de caráter constitucional positivo) – e, neste particular, por vezes “pressuposta” (portanto, de natureza originária) – de buscar, ainda que inserido no contexto de eventuais limitações (que já bem e exaustivamente nos referimos), a realização da justiça, considerada necessariamente em sua acepção mais ampla.1
[...] O conceito de Direito, assim, não pode afastar-se, jamais, da ideia
de justiça, havendo, pois, um caráter formal de justiça, o legal, e outro eminentemente material, substancial ou ideal. Daí o motivo da extraordinária importância da essência do justo na doutrina e na ordem jurídica [...] (Oliveiros Lessa Litrento, “A Fonte do justo”, JC, 03.05.1992).
Por efeito consequente, a norma jurídica, necessariamente, deve ser entendida, sob o ponto de vista restritivo, como a expressão formal do Direito.
1. Da norma jurídica propriamente dita A norma jurídica, consoante os doutos ensinamentos do prof. Paulino Jacques, pode ser entendida como a responsável última e, por efeito, a verda-deira e única constituidora da própria expressão formal da norma do Direito.
O conjunto das normas jurídicas denomina-se ordenamento jurídi-co. Há ou haverá normas para todas as condutas. Não existe relação hu-mana possível que não possa ser enquadrada pelo Direito (Arnaldo Vasconcelos; sobre os aspectos da norma jurídica e do ordenamento jurídico em respeito ao conceito de Paulino Jacques, Teoria da norma jurídica, p. 56). Para o prof. Miguel Reale, por outro lado, a norma jurídica deve ser considerada sendo o próprio elemento nuclear do Direito. “A norma jurídica é uma estrutura proposicional enunciativa de uma
forma de organização ou de conduta, a qual deve ser seguida de maneira objetiva e obrigatória” (Miguel Reale, Lições preliminares de Direito, 1988).
Segundo o pensamento de Hermes de Lima, por sua vez, a norma jurídi-ca deve ser analisada apenas sob o ponto de vista específico de suas caracterís-ticas fundamentais, especialmente a sua qualidade própria como disciplinado-ra de condutas.
Sob o ponto de vista objetivo, trata-se de uma norma imperativa,
bilateral e coercitiva, emanada pelo órgão competente, destinada a dirigir a conduta dos indivíduos ou estabelecer a ordem de convivência social, cuja inobservância acarretará a aplicação da sanção pelos órgãos do poder público (Hermes de Lima, Introdução à Ciência do Direito, 1988).
Finalmente, para outros autores, como Machado Paupério, a norma
jurídica consiste na própria expressão da ordem jurídica. A ordem jurídica simplesmente expressa-se através de normas, que têm sempre a forma imperativa e que se podem decompor em ordens ou proibições [...]. As normas jurídicas, por efeito, são regras que impõem o comportamento adequado à consecução da ordem e da segurança na socie-dade (citado por O. de Almeida Secco, Introdução ao estudo do Direito, p. 43).
SANÇÃO 
Doutos europeus discutem se incumbe ao juiz verificar se a marcha de um projeto foi regular até a sanção; ou se deve o aplicador apenas guiar-se pela publicação na folha oficial (3). No Brasil, uma vez levantada a dúvida, impõe-se, o exame; porque ela envolve uma questão de constitucionalidade, que a magistratura tem atribuições para dirimir. (3) Korkounov, op. cit., p. 525.
O ato interpretativo segue o mesmo rito processual exigido para o interpretado: em se tratando da Constituição, a marcha será a prevista para a reforma do texto supremo (art. 217 da Constituição de 1946); na hipótese de exegese de lei ordinária, haverá o pronunciamento normal da Câmara e do Senado, e sanção, ou veto, por parte do Executivo; somente nos casos e segundo as regras estabelecidas para expedir regulamentos em geral, será lícito formular os destinados a fixar o sentido e alcance de atos oficiais semelhantes anteriores (1). (1) Paula Batista, op. cit., § 4º; Pimenta Bueno – Direito Público Brasileiro, nº 84; Coelho da Rocha – Instituições de Direito Civil Português, § 44; Trigo de Loureiro, Instituições de Direito Civil Brasileiro, Introdução, § XLIII; Eduardo Espínola – Sistema do Direito Civil Brasileiro, 1908, vol. I, p. 135; Guilherme Alves Moreira – Instituições do Direito Civil Português, vol. I, 1907, p. 38-39; Dernburg – Pandekten, vol. I, § 34; Carl. Crome – System, des Deutschen Bürgerlichen Rechts, 1900-1912, vol. I, § 20; Ludwig Enneccerus – Lehrbuch des Bürgerlichen Rechts, 1921, vol. I, § 48; Pacifici-Mazzoni – Instituzioni di Diritto Civile Italiano, 3ª ed., vol. I, nº 17; Henri Capitant – Introduction à l´Étude du Droit Civil, 1912, p. 72.
CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS JURÍDICAS 
A norma jurídica, por fim, possui diversas classificações, das quais se des-tacam as seguintes: a) normas jurídicas quanto à sanção: — normas jurídicas mais-que-perfeitas: quando há infração ao preceito; o ato jurídico é desfeito, adicionado à aplicação da sanção correspondente (hipótese de casamento com ocultação de impedimento: o ato jurídico é desfeito, além de também ser aplicada punição ao infrator) — normas jurídicas perfeitas: quando o ato jurídico é desfeito, porém não há aplicação de sanção (hipótese de indivíduo menor de idade que vende seu bem sem autorização judicial ou sem preenchimento dos requisitos legais);
— normas jurídicas menos-que-perfeitas: quando o ato jurídico é mantido, mas há efetiva aplicação de sanção (hipótese de mulher viúva que se casa antes do prazo determinado em lei);
— normas jurídicas imperfeitas (obrigação natural): quando o ato jurídico é mantido e não há aplicação de sanção (hipótese de dívida de jogo ou dívida prescrita); b) normas jurídicas quanto à aplicação: — normas jurídicas rígidas: quando as normas não permitem outra interpretação ou aplicação (verba legis = mens legis);
— normas jurídicas elásticas: quando há possibilidade de examinar características da norma jurídica, existindo, por consequência, várias e diferentes interpretações ou aplicações (verba legis + complementação = mens legis);
c) normas jurídicas quanto à obrigatoriedade: — normas jurídicas imperativas: quando há efetiva obrigação positiva (co-mo a prestação do serviço militar) ou efetiva obrigação negativa (proibitiva);
— normas jurídicas permissivas:quando não há propriamente obrigação e, sim, possibilidade de escolha (como a livre opção pelo regime de casamento) ou ampla liberdade de realizar o direito consignado da normatividade.
) normas jurídicas quanto à aplicação territorial: — normas jurídicas comuns: quando as normas atingem todo o território nacional;
— normas jurídicas locais: quando as normas restringem-se ao território do estado-membro, do Distrito Federal ou de município;
e) normas jurídicas quanto à aplicação pessoal: — normas jurídicas gerais ou genéricas: quando as normas abrangem todas as pessoas do tipo normativo descrito (Código Civil); — normas jurídicas especiais: quando as normas abrangem um grupo determinado de pessoas (Código de Defesa do Consumidor).
f) normas jurídicas quanto ao sistema jurídico: — normas jurídicas nacionais: quando as normas vigoram no Brasil; — normas jurídicas estrangeiras: quando as normas não vigoram no Brasil.
g) normas jurídicas quanto à fonte: — normas jurídicas escritas (legais); — normas jurídicas não escritas (costumeiras).
h) normas jurídicas quanto ao âmbito material de aplicação: — normas jurídicas de Direito Público; — normas jurídicas de Direito Privado. normas jurídicas quanto à situação que estabelecem: — normas jurídicas que impõem deveres; — normas jurídicas que impõem efeitos; — normas jurídicas declaratórias ou definidoras de situações jurídicas; — normas jurídicas interpretativas (quando objetivam interpretar outra lei); — normas jurídicas supletivas (quando vigoram no silêncio da parte ou suprem a vontade das partes quando não expressa);
j) normas jurídicas quanto ao âmbito formal de aplicação: — normas jurídicas de conduta ou primárias (normas substantivas); — normas jurídicas processuais ou secundárias (normas adjetivas);
l) normas jurídicas quanto ao tempo de duração: — normas jurídicas permanentes: quando possuem prazo indeterminado de vigência;
— normas jurídicas temporárias (ou transitórias): quando possuem prazo determinado e estabelecem na própria normatividade ou quando, por natureza, possuem vigência temporalmente restrita (lei orçamentária);
m) normas jurídicas quanto à aplicabilidade de seu conteúdo: — normas jurídicas autoaplicáveis; — normas jurídicas pendentes de regulamentação.
A LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO
 Inovações e parâmetros para a Hermenêutica jurídica pátria a lei de introdução às normas do direito Brasileiro (LINDB) revela-se essencial para o estudo da hermenêutica jurídica no Brasil, visto que fundamenta a interpretação das diversas leis que compõem o sistema jurídico nacional e a ordem jurídica estrangeira.
A LINDB, inicialmente denominada Lei de Introdução ao Código Civil, pelo Decreto-Lei n. 4.657/42, adquiriu a nova denominação pela Lei n. 12.376/2010.
Dentre os comandos normativos mais importantes da LINDB para a interpretação e aplicação da legislação (pátria ou externa) no tempo e no espaço, merecem especial destaque os seguintes: 
• a lei começa a vigorar em todo o país, salvo disposição contrária, quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. Nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, inicia-se três meses depois de oficialmente publicada; se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada à correção, o prazo do artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação;
• as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue, não se destinando à vigência temporária;
• a lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteira-mente a matéria de que tratava a lei anterior;
• a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior;
• a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência, salvo disposição em contrário;
• ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece; • o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito, quando a lei for omissa;
• o magistrado, na aplicação da lei, atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum; a lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato juridico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada;
• reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vi-gente ao tempo em que se efetuou;
• consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição preestabelecida inalterável, a arbítrio de outrem;
• chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso;
• a lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família;
• para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados;
• para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem; a sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens;
• as organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituírem; quando for o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação, é competente a autoridade judiciária brasileira;
• a prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça;
• poderá o juiz, não conhecendo a lei estrangeira, exigir de quem a invoca prova do texto e da vigência; será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que congregue os seguintes requisitos: haver sido proferida por juiz competente; terem sido os partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia; ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execução no lugar em que foi proferida; estar traduzida por intérprete autorizado; ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal;
• quando se houver de aplicar a lei estrangeira, ter-se-á em vista a disposição desta, sem considerar-se qualquer remissão por ela feita a outra lei;
• as leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes;
• tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de registro civil e de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do Consulado.
Recentemente, a Lei n. 13.655, de 25 de abril de 2018, incluiu, no corpo da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), novos dispositivos, estabelecendo parâmetros hermenêuticos de segurança jurídica e eficiência, a fim de orientar os processos de criação, aplicação e decisão dos atores jurídicos no âmbito do direito público. Convém elencar estes importantes preceitos, dada a imensa relevância para a interpretação do ordenamento jurídico brasileiro: – não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão, nas es-feras administrativa, controladora e judicial a motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida imposta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, inclusive em face das possíveis alternativas;
– a decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e administrativas;– a decisão, nas áreas administrativa, controladora ou judicial, de-verá, quando for o caso, indicar as condições para que a regularização ocorra de modo proporcional e equânime e sem prejuízo aos interesses gerais, não se podendo impor aos sujeitos atingidos ônus ou perdas que, em função das peculiaridades do caso, sejam anormais ou excessivos;
 serão considerados, na interpretação de normas sobre gestão pública, os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados;
– serão levadas em conta as circunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou condicionado a ação do agente, em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa;
– serão consideradas, na aplicação de sanções, a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para a Administração Pública, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes do agente;
as punições aplicadas ao agente serão levadas em conta na dosimetria das demais sanções de mesma natureza e relativas ao mesmo fato;
– a decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo in-determinado, impondo novo dever ou novo condicionamento de direito, deverá prever regime de transição quando indispensável para que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais;
– a revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já se houver completado levará em conta as orientações gerais da época, sendo vedado que, com base em mudança posterior de orientação geral, se declarem in-válidas situações plenamente constituídas;
– as orientações gerais são reconhecidas como as interpretações e especificações contidas em atos públicos de caráter geral ou em jurisprudência judicial ou administrativa majoritária, e ainda as adotadas por prática administrativa reiterada e de amplo conhecimento público; a autoridade administrativa poderá, para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na aplicação do direi-to público, inclusive no caso de expedição de licença, após oitiva do órgão jurídico e, quando for o caso, após realização de consulta pública, e presentes razões de relevante interesse geral, celebrar compromisso com os interessados, observada a legislação aplicável, o qual só produzirá efeitos a partir de sua publicação oficial;
– a decisão do processo, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, poderá impor compensação por benefícios indevidos ou prejuízos anormais ou injustos resultantes do processo ou da conduta dos envolvidos; a edição de atos normativos por autoridade administrativa, em qualquer órgão ou Poder, salvo os de mera organização interna, poderá ser precedida de consulta pública para manifestação de interessados, preferencialmente por meio eletrônico, a qual será considerada na decisão;
– as autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na aplicação das normas, inclusive por meio de regula-mentos, súmulas administrativas e respostas a consultas, apresentando tais instrumentos caráter vinculante em relação ao órgão ou entidade a que se destinam, até ulterior revisão. Eis, portanto, as diretrizes mais relevantes da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), as quais devem ser bem compreendidas e utilizadas pelos intérpretes e aplicadores da ordem jurídica brasileira, nas esferas judicial e extrajudicial, em face dos diferentes casos concretos.
Indubitavelmente, o Direito é a questão nuclear da Filosofia e da Ciência
Jurídicas, sob ângulos diversos, definindo-o com precisão Claude du Pasquier, professor das universidades de Neuchatel e Lausanne, atento à elaboração doutrinária ibero-americana, como o “ordenamento social e imperativo da vida humana orientado para a realização da justiça” (Introdución al Derecho, Lima, 1983, p. 4).
CIÊNCIA HERMENÊUTICA 
A denominada ciência hermenêutica, de que o Direito é o melhor exemplo, caracteriza-se pela existência de um processo complexo de interpretação. Inicialmente há, como em todas as demais ciências, a valoração intrínseca de um fato criando uma dada norma ou tese. Todavia, de forma diversa das demais espécies científicas, a norma produzida pelo sistema interpretativo básico não pode ser, de imediato, aplicada, sendo necessária uma espécie de “sobreinterpretação” (ou seja, a norma concebida originariamente é reinterpretada por intermédio de um novo e diferente processo) para se chegar, finalmente, à interpretação final e definitiva (no contexto específico de uma “verdade relativa”).
OBJETIVO DA HERMENÊUTICA NA FORMA JURÍDICA/CONCLUSÃO
O objeto de estudo da hermenêutica jurídica é o espírito da lei, ou seja, a intenção da lei, saber que comando ou mandamento está contido num texto legal e interpretá-lo da forma mais justa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Livro Hermenêutica e hermenêutica Jurídica - Eduardo Lamundo. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788547218065/epubcfi/6/36[%3Bvnd.vst.idref%3Dmiolo15.xhtml]!/4/2/2/1:53[%20su%2Ca%20e]
Ciência do Direito, Norma, Interpretação e Hermenêutica Jurídica, 9th Edition
Minha Biblioteca: Ciência do Direito, Norma, Interpretação e Hermenêutica Jurídica
Coleção Fora de Série - Hermenêutica e Aplicação do Direito
MAXIMILIANO, Carlos
Minha Biblioteca: Coleção Fora de Série - Hermenêutica e Aplicação do Direito

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