Buscar

Resenha artigo "Acompanhamento Terapêutico história, clínica e saber"

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL 
Campus Cachoeira do Sul 
 
Acadêmica: Hanna Kemel Brum Data: 17/09/2020 
Curso: Psicologia 
Disciplina: Estágio específico em Processos Institucionais e de Saúde II 
 
RESENHA CRÍTICA 
REIS NETO, Raymundo de Oliveira; TEIXEIRA PINTO, Ana Carolina; 
OLIVEIRA, Luiz Gustavo Azevedo. Acompanhamento terapêutico: história, clínica 
e saber. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 31, n. 1, p. 30-39, 2011. 
 
1. CREDENCIAIS DOS AUTORES 
Raymundo de Oliveira Reis Neto é Psicanalista, graduado em Psicologia, mestre e 
doutor em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Foi 
professor da Universidade Estácio de Sá (1999-2018), e coordenador do curso de 
psicologia do Campus Nova Friburgo da Universidade Estácio de Sá (2002-2015). Dava 
aulas em psicologia clínica, psicanálise, psicopatologia, filosofia, além de fazer 
supervisão no serviço de psicologia aplicada em turmas e atendimento psicanalítico a 
adultos, adolescentes e crianças. 
Ana Carolina Teixeira Pinto possui graduação em Psicologia pela Universidade 
Estácio de Sá e Especialização em Teoria e Clínica Psicanalítica pela mesma. Atualmente 
é Professora Auxiliar da Universidade Estácio de Sá e psicóloga da Prefeitura Municipal 
de Nova Friburgo, atuando como Coordenadora da Equipe de Atenção Psicossocial à 
Infância e à Adolescência. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em 
Psicologia clínica, e na área de Saúde Mental. 
Luiz Gustavo Azevedo Oliveira é pós-graduado em Teoria e Clínica Psicanalítica 
pela UNESA-NF, Psicólogo Clínico e Coordenador do Grupo de Acompanhamento 
Terapêutico Paripassu, Rio de Janeiro. 
 
2. RESUMO E CRÍTICA 
O artigo traz a prática do Acompanhamento Terapêutico (AT) daqueles pacientes que 
necessitam de mais do que o tradicional que alguns locais geralmente oferecem, sendo 
clínicas, hospitais ou consultórios. O AT é um tratamento que se faz em movimento, que 
passa por diversos lugares sem fixação. Assim como o movimento é fundamental nesse 
tipo de tratamento, a escuta clínica também está presente e se faz indispensável. 
O trabalho de AT funcionava como uma substituição de internação, equipes 
revezavam-se durante o dia e quando a crise do paciente passava, o AT ia diminuindo aos 
poucos, até parar. Com o passar do tempo, esse acompanhamento parou de ser entendido 
como uma substituição a internações e passou a ser feito também com outras 
configurações horárias, sendo um trabalho em movimento, com escuta clínica num local 
público e domiciliar. 
Não é somente com o sujeito acompanhado que se dá o trabalho de acompanhamento 
terapêutico, pois há contato com os familiares e o círculo social do paciente, com o 
psiquiatra, e com a própria equipe terapêutica. Assim, o trabalho de AT acaba por formar 
uma complexa rede de relações. 
O AT não inclui contenção física com os pacientes senão dentro de limites 
simbólicos. Em sujeitos delirantes, que não promovem laço social, o acompanhamento 
terapêutico pode oferecer novas possibilidades com seus espaços e com a escuta, podendo 
facilitar a criação de novos laços. Em um sujeito deprimido, que na maioria das vezes 
causam preocupações em serem deixados a sós, o AT também pode ser utilizado, 
oferecendo um amparo a alguém que se fecha cada vez mais. Em casos de adictos, o AT 
pode servir como um apoio para resistência a tentação, caso o sujeito esteja interessado 
no abandono das drogas, e caso não esteja, pode haver uma dificuldade a mais, já que 
haveria a necessidade de fazer com que o sujeito queira abandonar a droga. Quando o 
paciente recusa tratamento, é inviável o trabalho pelo AT. 
Houve um avanço em quem realiza o AT, daquele que não sabe, para aquele que está 
aprendendo e então para o profissional de Psicologia Clínica. No acompanhamento 
terapêutico há uma fronteira entre um ser ele mesmo e ser um terapeuta, pois o trabalho 
com AT se encontrava em uma posição de simetria com os sujeitos acompanhados, além 
disso, o AT chegava com a liberdade de atuar em locais onde ninguém sabe o que poderia 
ser feito, embora soubessem que algo deveria ser feito. 
O artigo traz os diversos avanços e mudanças no acompanhamento terapêutico ao 
longo dos tempos. Os acompanhantes terapêuticos passam muito tempo com seus sujeitos 
acompanhantes, é enfatizada a necessidade do vínculo com o paciente e a importância da 
escuta nesse meio. Percebe-se que é necessário preservar o leigo desse trabalho, já que o 
mesmo teve que surgir do leigo para tornar-se terapêutico. Sempre deve se levar em 
consideração que o AT se realiza em espaço público e domiciliar, e que já que faz com 
que o sujeito entre em contato com sua personalidade e seus gostos pessoais durante o 
tratamento, termina por ser um trabalho delicado. Todas as informações trazidas pelos 
autores são de extrema importância e agregam intensamente no aprender a lidar com o 
sujeito no acompanhamento terapêutico.

Continue navegando