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Respostas capítulo 10 GPS 1. O sistema de recompensas (incentivos para estimular comportamentos desejados pela organização) e punições (castigos e penalidades – reais ou potenciais – para coibir certos tipos indesejáveis de comportamento) são sistemas criados a fim de balizar o comportamento das pessoas que delas participam. 2. Os tipos de recompensas financeiras são: recompensas relacionadas com alcance de objetivos organizacionais, recompensas vinculadas ao tempo de serviço do funcionário, recompensas relacionadas com desempenho excepcional, recompensas relacionadas com resultados departamentais, divisionais ou mesmo globais e recompensas relacionadas com aumento de competências. 3. A recompensa ou o incentivo é uma gratificação tangível ou intangível, em troca da qual as pessoas se tornam membros da organização (decisão de participar) e, uma vez na organização, contribuem com tempo, esforço ou outros recursos pessoais (decisão de desempenhar). 4. O reforço positivo de Skinner pode ser definido como: todo comportamento que é determinado pelas suas consequências. Desta forma segue dois princípios claros de que as pessoas procuram desempenhar as atividades pelas quais obterão maiores recompensas ou benefícios. E que as recompensas obtidas atuam no sentido de reforçar cada vez mais a melhora do desempenho. 5. As relações de intercâmbio podem ser encaradas de forma que as pessoas fazem contribuições à organização e dela recebem incentivos ou induzimentos. Nesse intercâmbio, cada uma das partes faz investimentos para obter retornos da outra, comparando custos e benefícios e decidindo o melhor caminho. 6. Remunerações variáveis, planos de bonificação anual, distribuição de ações da empresa aos funcionários, opção de compra de ações da companhia, participação nos resultados alcançados, remuneração por competência, distribuição do lucro aos funcionários e programa de incentivos. 7. Prós: Facilita o equilíbrio interno (consistência dos salários na organização) e o equilíbrio externo (consistência dos salários da organização com os do mercado). Homogeneíza e padroniza os salários na organização. Facilita a administração dos salários e o seu controle centralizado. Permite uma base lógica e racional para a distribuição dos salários. Focaliza a execução rotineira das tarefas e a busca da eficiência. Afeta diretamente os custos fixos da organização. Contras: Não apresenta motivação intrínseca: funciona apenas como fator higiênico. Não incentiva o espírito empreendedor, nem a aceitação de riscos e maiores responsabilidades. Funciona como elemento de conservação da rotina e do status quo. Remunera as pessoas em função do tempo disponibilizado no horário de trabalho, e não pelo desempenho ou pelo alcance de metas ou resultados. 8. Prós: Ajusta a remuneração às diferenças individuais das pessoas, ao seu desempenho e ao alcance de metas e resultados. Funciona como motivação intrínseca, ou seja, como fator motivacional, dando ênfase à autorrealização pessoal. Premia o bom desempenho e incentiva o desempenho excepcional. Focaliza os resultados e o alcance de objetivos. Permite a autoavaliação de cada pessoa, pois funciona como retroação. Estabelece uma remuneração adicional e contingencial. Não produz impacto sobre os custos fixos da organização. Contras: Altera as estruturas salariais lógica e rigidamente estabelecidas, instalando a contingência em função do desempenho. Quebra a isonomia dos ganhos na organização. Reduz o controle centralizado dos salários. Pode provocar queixas de pessoas não beneficiadas e pressões sindicais. 9. A remuneração variável significa remunerar as pessoas pelos resultados alcançados ou pelas competências oferecidas, de forma que o colaborador ganha mais se a organização ganhar, ganha menos se a organização ganhar menos e nada ganha a mais se a organização ganha apenas seu salário fixo. 10. Trata-se de um valor monetário oferecido ao final de cada ano a certos colaboradores em função da sua contribuição ao desempenho da empresa. O desempenho é medido por critérios como lucratividade, aumento da participação no mercado, melhoria da produtividade etc. 11. Na Plascar, os objetivos são definidos a partir do plano de ação anual da empresa. É o primeiro passo. A partir daí, cada gerência define suas próprias metas em sintonia com a estratégia geral e cada setor determina suas tarefas para ajudar a empresa a cumprir o seu plano de ação. A empresa adotou um gatilho para seu programa: caso a rentabilidade do patrimônio não ultrapasse 6%, nem um centavo sequer pinga na conta bancária dos executivos a título de bônus, pois o acionista conseguiria essa variação em uma simples aplicação em caderneta de poupança. Já para o chão de fábrica as metas são mensais e o desempenho é medido em índices específicos, como redução de refugo e ganhos de produtividade, entre outros. 12. O programa é sustentado em dois pilares. Um é o desempenho do banco, medido pelo lucro. Outro é o resultado de cada uma de suas dez áreas. Cada critério tem peso igual a 50%. No início de cada ano, um triunvirato do Lloyds – o presidente e dois vice-presidentes – determina o percentual do lucro a ser distribuído, caso a meta seja atingida. Se for superada, os executivos ganham mais uma parcela do excedente. Se ficar abaixo do negociado, o banco tem direito de pagar um percentual menor do que o prometido. O triunvirato define também a quantia a distribuir para cada área. No final do ano, entregam aos diretores dois “potes de bônus”. Um é rateado entre os participantes da equipe, em número de salários. O outro pote é distribuído conforme o desempenho de cada um dos executivos da área. A avaliação é feita com base nas metas definidas no início do ano. 13. Os colaboradores do Pactual são divididos em três grupos, os gratificados, os “peelizados” (de PL, participação nos lucros) e os sócios. O primeiro time tem seus bônus calculados com base no número de salários. Os peelizados recebem um percentual direto do lucro anual. As gratificações dos sócios vêm na forma de ações. Quanto maior esse time, mais rico eu fico, diz o presidente do Banco. O total distribuído entre os colaboradores não pode ultrapassar 25% do lucro líquido. Para receber o bônus, cada colaborador passa por uma avalanche de avaliações. Chefes, subordinados e pares dão notas pelo seu desempenho. Cada colaborador recebe em média vinte avaliações. O cruzamento das notas é feito por uma dupla de sócios. Daí surge o valor a ser creditado ao colaborado. O número de metas é reduzido, pois senão se perde o foco do trabalho. Em média, cinco objetivos. A seguir, cada uma das metas recebe um peso para definir as prioridades. O executivo também sabe quanto pode receber no final do exercício. Para cada nível hierárquico, há uma faixa fixada pelo número de salários mensais. 14. A distribuição gratuita de ações da empresa a determinados funcionários, como forma de compensação, é outra maneira de se fazer remuneração flexível. Aqui, o dinheiro do bônus é substituído por papéis da companhia. 15. Podemos observar a Promon é uma comunidade de profissionais que são sócios da empresa. Só os colaboradores é que podem ser acionistas, e só pode ter ações da empresa o colaborador que for indicado pelos chefes à direção geral. Quando um colaborador falece, se aposenta ou sai, as suas ações são compradas pela empresa e redistribuídas entre os que ficam. Elas não podem ser vendidas fora da companhia, não se transferem por herança e nem podem ser doadas. Individualmente, ninguém pode ter mais do que 5% do capital da empresa, o que é uma forma de garantir equilíbrio de poder entre os colaboradores acionistas. Caso o colaborador não tenha dinheiro suficiente para comprar os papéis, a conta é dividida em 36 prestações; 85% das pessoas têm açõesda companhia e 93% delas creem que este seja um de seus fatores de sucesso. 16. Ela é uma forma diferente de remuneração variável pela oferta de ações que são vendidas (por preço subsidiado) ou transferidas aos seus colaboradores de acordo com determinadas regras. O objetivo é fazer com que o colaborador – parceiro principal – se torne acionista da organização por sua própria conta, mas com a ajuda da organização. 17. O programa de participação acionária da Promon permite a cada colaborador a compra de ações da empresa. Para evitar a concentração do capital nas mãos de poucos, cada colaborador tem direito de comprar, no máximo, 2% do capital. Uma regra importante no programa acionário da Promon é que as ações não podem ser doadas ou vendidas fora da companhia. Os colaboradores que deixam a empresa devem vendê-las na tesouraria. 18. Quinta maior empresa farmacêutica do mundo, com faturamento de US$ 16,7 bilhões, a norte- -americana Bristol-Myers distribuiu 19,2 milhões de opções de compra de suas ações ao custo total de US$ 1,9 bilhão – ou 2% do valor de mercado da empresa, que é de US$ 90 bilhões. Só não permitiu a venda dos papéis antes do prazo de três anos. Bom para o funcionário, melhor para a empresa. Ao transformar os seus parceiros em sócios, as companhias ganham um forte aliado na busca do aumento da produtividade, o que contribui para o crescimento da companhia, ganhos maiores e a consequente valorização. O colaborador tem uma motivação extra para participar do crescimento da empresa. Ele tende a valorizar mais seu investimento, diz o gerente-geral da Bristol-Myers Squibb no Brasil. 19. Este modelo de remuneração relacionado com o desempenho do colaborador no alcance de metas e resultados estabelecidos para um certo período. A participação nos resultados significa uma porcentagem ou fatia de valor que cada pessoa participa dos resultados da empresa ou da unidade que ajudou a atingir pelo trabalho pessoal ou em equipe. 20. Grupos de 10 a 12 trabalhadores de diversas áreas e níveis hierárquicos reúnem- se para definir as metas em cada uma das unidades. Batizadas de design teams, as equipes decidem tudo, da forma de pagamento aos participantes do programa. Só há uma regra predefinida: sem lucro não há prêmio. A empresa divide meio a meio com os colaboradores o que exceder a meta de lucro. Os próprios design teams estabeleceram alguns princípios rígidos. Um deles: ninguém recebe prêmios se houver um único acidente de trabalho na unidade de negócio. O próprio presidente espantou-se com a rigidez. A resposta de um operário o deixou desconcertado: “se não estivermos todos juntos, ninguém recebe”, disse o trabalhador. Os funcionários também elegem 4 ou 5 colegas como os “embaixadores do gain sharing”. Cabe a eles divulgar e reforçar durante o ano as metas a atingir. 21. É uma forma de remuneração relacionada com o grau de informação e o nível de capacitação de cada pessoa. O sistema premia certas habilidades técnicas ou comportamentais do funcionário. O foco principal passa a ser a pessoa, e não mais o cargo. Na remuneração por competência, os funcionários que ocupam o mesmo cargo podem receber salários diferentes conforme a competência de cada um. O objetivo é remunerar de maneira personalizada cada funcionário, de acordo com a sua competência pessoal. 22. A remuneração tradicional leva em conta a atual competência do funcionário de acordo com o cargo, sem mudanças de acordo com maiores capacitações, já a remuneração por desempenho leva em conta a evolução do colaborador e retribui este de acordo. 23. Vantagens: Facilita a identificação dos pontos fortes e fracos de cada colaborador, o treinamento torna-se útil para cada colaborador por ser específico e com objetivos definidos, os colaboradores sentem-se mais motivados e os colaboradores com potencial inexplorado podem crescer na empresa. Desvantagens: Colaboradores menos competentes podem se sentir inseguros, a possível diferença salarial entre colaboradores que ocupam o mesmo cargo pode gerar insatisfação, a motivação pode desaparecer ao longo do tempo se o incentivo se rotinizar, além de que pode gerar angústia e ansiedade. 24. A participação nos lucros é um sistema pelo qual uma organização distribui anualmente entre os colaboradores certa proporção dos lucros. A intenção é estimular essa prática a partir da negociação em convenção, acordo coletivo ou por intermédio de comissão escolhida pelas partes, dela integrando necessariamente um representante do sindicato. A partir daí, as empresas passaram a implantar programas de participação nos lucros e nos resultados para atender à imposição legal. 25. Para implantar a PLR deve-se considerar que cada empresa deve privilegiar metas e resultados próprios, considerando a cultura corporativa e atendendo características e peculiaridades específicas. Também deve perceber que o sistema deve estar orientado para resultados, que são objetivos a serem alcançados. Além de definir metas estratégicas, táticas e operacionais, utilizar indicadores usuais, simples e confiáveis, deve haver periodicidade semestral para a remuneração ou começar com período anual para depois encurtar para semestrais, o programa deve ser claro, simples e com poucas regras. O programa deve ter um grau mínimo de subjetividade e deve envolver todos os colaboradores. Este deve recompensar as pessoas de acordo com a lucratividade da empresa, com a produtividade da área em que trabalham e da equipe da qual participam. Além disso tudo é preciso manter o programa sempre vivo e em alto astral, ou seja, os colaboradores devem estar sempre motivados em função dos desafios estabelecidos pelo programa. 26. O desenho de um plano de incentivos deve levar em conta que um plano de incentivos é interessante quando: As unidades de resultados podem ser facilmente medidas. Existe clara relação entre o esforço do colaborador e a quantidade de resultados alcançados. Os cargos são padronizados, o fluxo de trabalho é regular e não há demora na aferição dos resultados. A qualidade é menos importante do que a quantidade ou, quando a qualidade é importante, ela é facilmente medida e controlada. As condições de competição impõem que as unidades de custos sejam precisas e conhecidas. Com isto um plano de incentivos deve assegurar que esforços e recompensas estejam diretamente relacionados, fazer o plano compreensível e facilmente calculável pelos funcionários, formular padrões eficazes, garantir os padrões, garantir um padrão de base horária e proporcionar apoio ao plano.