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Unidade 4
Seção 3
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Psicologia Escolar e
Educacional
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Webaula 3
Integração às políticas públicas e demandas do
psicólogo escolar
Nesta webaula iremos apresentar a relação entre psicologia escolar e as políticas públicas em
Educação e o compromisso social, tão necessárias para materializar o nosso compromisso com
o desenvolvimento do ser humano, em detrimento de relações ainda desumanizadas (MEIRA,
2008).
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Políticas públicas em educação e a
psicologia escolar
O atual cenário da política educacional brasileira conta com
importantes mudanças quantitativas, como a universalização
e a democratização da escolarização e a redução dos índices
de analfabetismo. Porém, quanto aos aspectos qualitativos,
enfrentamos uma série de dificuldades e desafios que
surgiram, como as repetências, o baixo desempenho e a
defasagem idade/ano escolar (CRUCES, 2015; MINTO; LEITE,
2008; SOUZA, 2010).
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Na tentativa de obter esses resultados surgiram várias iniciativas governamentais. Explore a
linha do tempo e conheça alguns exemplos.
• A  implantação dos ciclos básicos.
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1983 1996 1998 2000
Souza (2010) salienta que paralelamente à velocidade e à diversidade com que as políticas
educacionais são implantadas, estão professores resistentes, assumindo pouca ou
nenhuma adesão a tais iniciativas. Embora o professor seja um dos elementos
fundamentais no sucesso de uma política pública educacional, Souza (2010) retrata que
esse professor pouco tem participado das discussões de planejamento ou de
implementação, exatamente por não haver espaço para discussões democráticas e
coletivas. Desta forma, os resultados são a desvalorização de seu saber e,
consequentemente, sua desqualificação (SOUZA, 2010).
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Considerando tais desafios, Cruces (2015)
complementa que o maior problema a ser
resolvido é a promoção de maior eficácia
no processo ensino-aprendizagem; já
Souza (2010) chama a atenção para a
precarização da estrutura física e
pedagógica das escolas enquanto
impedimento da melhoria do
funcionamento escolar.
Podemos identificar que em resposta às
problemáticas, os professores têm
demonstrado com críticas ou com
adoecimento/sofrimento as contradições
presentes nas políticas públicas
educacionais, sem de fato enfrentar as
dificuldades.
A psicologia escolar pode contribuir explicitando
os sentidos e os significados das políticas públicas
no âmbito educacional, implantando-as na vida
diária da escola, articulando os saberes
produzidos pela educação e pela psicologia
escolar, os quais serão valiosos na melhoria da
qualidade da escola brasileira.
No entanto, Souza (2010) ressalta que o
psicólogo, na maioria das vezes, não faz
parte das equipes que constituem,
discutem e implementam as políticas
educacionais e, portanto, não contribui
com o conhecimento psicológico para a
elaboração destas políticas.
Se por um lado existem escolas que mantêm a
imagem de que o psicólogo irá atuar de
maneira individual em problemas específicos e
resolvê-los sozinho, por outro já identificamos
progressos no modo de conceber os processos
educativos, mas ainda há muito que avançar.
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Se os psicólogos pretendem constituir-se como uma categoria socialmente
importante no quadro da atual realidade educacional brasileira, devem assumir,
organizadamente, o desafio histórico de (re)construção do sistema educacional
como um espaço de formação da consciência crítica e da cidadania
transformadora.
(MINTO; LEITE, 2008, p. 26)
Deste modo, o psicólogo exerce sua ação social ao assumir o compromisso como
profissional que contribui para políticas públicas e sua transformação,
corroborando as ideias defendidas por Minto e Leite:
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Sendo que tal inserção não ocorre de maneira isolada,
mas em parceria com outros educadores
comprometidos com a escola democrática (MINTO;
LEITE, 2008).
Neste aspecto, Martínez (2009) enfatiza
que o compromisso dos psicólogos com
as mudanças que a educação brasileira
demanda remete à sua participação
consciente, ativa e comprometida na
promoção e na efetivação de
transformações no contexto
educacional.
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Na II Mostra de Práticas de Psicologia em Educação e no V
Encontro de Psicologia da área da Educação, realizados em
2007, em que foram tratados temas sobre Psicologia,
Educação e Políticas Públicas: desafios na direção do
compromisso social, Meira (2008) ressaltou que a expressão
do compromisso político da psicologia escolar passa, em
primeiro lugar, pela compreensão crítica da demanda e por
sua problematização. Destacando, assim, o cuidado em acatar
as demandas como elas nos chegam e a responsabilidade do
psicólogo escolar em assumir a mudança de sua prática e não
esperar a demanda ser mudada.
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Vídeo de encerramento
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Bons estudos!
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