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TEORIAS E TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS ESPECIAIS PROFESSORA ME. MARILUCIA RICIERI DOUTORANDA EM PSICOLOGIA AULA 9 – UNIDADE 3 2 Abraham Maslow (1908 – 1970) - Para o psicólogo, filho de judeus russos, precursor da psicologia humanista, o ser humano tem uma tendência inata para a autoatualização. - Ele carrega em si uma série de potências para se tornarem atos. Abraham Maslow (1908 – 1970) - Para que isso ocorra - é necessário que uma série de necessidades seja satisfeita. - As necessidades humanas se dispõe hierarquicamente, como numa pirâmide, em sete níveis. Abraham Maslow (1908 – 1970) - Do mais baixo ao mais alto: fisiológicas, segurança, sociais, estima, cognitivas, estéticas e de autorrealização. - À medida que necessidades são satisfeitas, outras emergem. - À medida que necessidades deixam de ser satisfeitas elas voltam a preponderar na motivação da pessoa. Vídeo ABRAHAM MASLOW – A CONDIÇÃO HUMANA | TEORIA HOLÍSTICO- DINÂMICA - YOUTUBE 6 https://www.youtube.com/watch?v=nQYSYyJFQH0 ENVIE SEUS COMENTÁRIOS! 7 Hora do chat Pirâmide de Maslow https://pt.wikipedia.org/wiki/Abraham_Maslow https://pt.wikipedia.org/wiki/Abraham_Maslow Vídeo O QUE É A PIRÂMIDE DE MASLOW E A HIERARQUIA DE NECESSIDADES HUMANAS || COMO FUNCIONA? ABRAHAM MASLOW - YOUTUBE 9 https://www.youtube.com/watch?v=4CQ8hikyOQM ENVIE SEUS COMENTÁRIOS! 10 Hora do chat 11 Duvidas? Envie sua dúvida, seu comentário, sua contribuição... Participe! HUMANISMO – ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA - ACP - ROGERS Terapia Centrada na Pessoa/Cliente • Rogers também elaborou importantes conceitos a respeito das terapias em grupo, tendo seus conceitos aplicados à área educacional até o presente. Terapia Centrada na Pessoa/Cliente • Falar de sua “Terapia centrada na Pessoa/ no Cliente”, na qual é de fundamental importância a ênfase na experiência atual, relacionada ao material trazido pelo cliente no momento do encontro terapêutico, é falar do que é ligado à totalidade da experiência subjetiva vivenciada, o que se liga, igualmente aos sentimentos mais íntimos. Terapia Centrada no Cliente • A Terapia Centrada no Cliente se refere ao que se é imediatamente sentido e que é implicitamente significativo para o sentimento que o sujeito experimenta ao ter uma experiência. Terapia Centrada no Cliente • O terapeuta age como um facilitador e um espelho para os sentimentos e pensamentos do cliente, que passa a tomar mais consciência e contato com seu material vivencial, “percebendo” aspectos de sua personalidade e de seus comportamentos que lhe escapavam anteriormente. Abordagem Centrada no Cliente • O cliente - auxiliado pela ajuda terapêutica, acaba por modificar ou amadurecer o conceito que tem de si e, consequentemente, a reavaliar suas estratégias de vida e visão de mundo. • Todo o processo, em seu andamento, é fruto da ação do próprio cliente, de sua imersão no processo terapêutico e de seu grau de investimento no mesmo. Por isto o nome: “Abordagem Centrada no Cliente /Pessoa”. Abordagem Centrada no Cliente • Os principais aspectos da abordagem rogeriana são: • atenção ao impulso sutil, mas sempre existente, em direção ao crescimento, à saúde e ao ajustamento, pois a terapia nada mais é que a ajuda para a libertação do cliente em sua busca natural para o crescimento e o desenvolvimento normais; Abordagem Centrada no Cliente • maior ênfase aos aspectos afetivos e existenciais, que são muito mais potentes que os intelectuais; • maior ênfase ao material trazido pelo cliente e à sua situação imediata do que ao passado; Abordagem Centrada no Cliente • grande ênfase no relacionamento terapêutico em si mesmo, que constitui um tipo de entidade orgânica que se forma a partir do encontro entre o terapeuta e o cliente e que, em si, contribui para a experiência de crescimento de ambos, cliente e terapeuta. Carl Rogers (1902 – 1987) - Para o psicólogo da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), o ser humano tem uma tendência natural para o crescimento, para a atualização de suas potencialidades. Carl Rogers (1902 – 1987) - O fluxo livre da tendência atualizante acaba sofrendo bloqueios advindos da repressão e de sua não-aceitação do meio, que inibem a espontaneidade da pessoa e a colocam num estado de incongruência (de desintegração entre o seu eu e a experiência). Carl Rogers (1902 – 1987) - Para que a pessoa passe ou volte a funcionar num estado de congruência (organísmico, natural, de acordo entre o seu eu e a experiência). - É preciso que o terapeuta tenha a atitude de empatia, que se coloque no lugar do cliente, seja sensível à sua condição, e tenha por ele aceitação incondicional. Carl Rogers (1902 – 1987) • Foi um dos mais influentes psicólogos norte-americanos. • Sua concepção da natureza humana possibilitou a criação de um método terapêutico que viria, mais tarde, influenciar sua visão de educação e a educadores. Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) • Foi uma expressão utilizada por Carl Rogers para referir uma forma específica de permanecer em relação com outro, estando implícito um modo positivo de conceitualizar a pessoa humana. • Esta expressão representa uma evolução no pensamento desse autor e no quadro teórico por ele desenvolvido. 26 Duvidas? Envie sua dúvida, seu comentário, sua contribuição... Participe! Vídeo CARL ROGERS – A CONDIÇÃO HUMANA | PSICOLOGIA HUMANISTA - YOUTUBE 27 https://www.youtube.com/watch?v=qCGyELK3slI ENVIE SEUS COMENTÁRIOS! 28 Hora do chat 29 atividade 30 Sobre a ACP (Abordagem Centrada na Pessoa), os principais aspectos são: I - atenção ao impulso sutil, mas sempre existente, em direção ao crescimento, à saúde e ao ajustamento; II - maior ênfase aos aspectos afetivos e existenciais, que são muito mais potentes que os intelectuais; III - maior ênfase ao material trazido pelo cliente e à sua situação imediata do que ao passado; IV - grande ênfase no relacionamento terapêutico em si mesmo, que constitui um tipo de entidade orgânica que se forma a partir do encontro entre o terapeuta e o cliente; V - o relacionamento terapeuta – cliente, em si, não contribui para a experiência de crescimento de ambos, cliente e terapeuta. 31 Estão corretos somente os itens: I, II, III e IV; I, II e III; II e IV; I e III; III e V. 32 Estão corretos somente os itens: I, II, III e IV; I, II e III; II e IV; I e III; III e V. Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) • Inicialmente, Rogers a nomeia de Psicologia Não-Diretiva ou aconselhamento Não- Diretivo. • Posteriormente, passa a denominá-la de Terapia Centrada no Cliente e, por último, • Abordagem Centrada na Pessoa, que segundo ele, é a denominação mais adequada à sua teoria. Carl Rogers (1902 – 1987) • A Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) refere-se a uma forma específica, desenvolvida por Carl Rogers, de entrar em relação com outro, estando implícito um modo positivo de conceitualizar a pessoa humana. Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) • Nessa abordagem, o indivíduo possui dentro de si mesmo vastos recursos para a autocompreensão e para alterar o seu autoconceito, suas atitudes básicas e seu comportamento autodirigido, e estes recursos podem ser liberados se um clima definido de atitudes psicológicas facilitadoras puder ser oferecido. Carl Rogers - Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) • A comunicação em psicoterapia na ACP não diz respeito apenas a conteúdos de cunho cognitivo e intelectual, mas se refere a algo mais ‘vivencial’, algo que abrange a pessoa inteira, tanto as reações viscerais e os sentimentos como os pensamentos e as palavras. Fundamentos - Abordagem Centrada na Pessoa • O pressuposto fundamental da ACP é que em todo indivíduo existe uma tendência atualizadora, uma tendência inerente ao organismo para crescer, desenvolver e atualizar suas potencialidades numa direção positiva e construtiva. Fundamentos - Abordagem Centrada na Pessoa • A hipótese central da ACP é a de que oindivíduo possui dentro de si mesmo vastos recursos para a autocompreensão e para alterar o seu autoconceito, suas atitudes básicas e seu comportamento autodirigido, e estes recursos podem ser liberados se um clima definido de atitudes psicológicas facilitadoras puder ser oferecido. Fundamentos - Abordagem Centrada na Pessoa • O psicoterapeuta deve trabalhar a consideração positiva incondicional frente ao seu cliente, aceitando calorosamente cada aspecto da experiência da pessoa, não colocando condições para a aceitação do cliente. Fundamentos - Abordagem Centrada na Pessoa • Nesse contexto, a comunicação em psicoterapia na ACP não diz respeito apenas a conteúdos de cunho cognitivo e intelectual, mas se refere, segundo Rogers (1983), "a algo mais 'vivencial', algo que abrange a pessoa inteira, tanto as reações viscerais e os sentimentos como os pensamentos e as palavras." (p.4). Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) • O silêncio configura-se como uma forma de comunicação e não como ausência dela, sendo fundamental para o processo psicoterapêutico. 42 atividade 43 Escolha a alternativa que preenche a lacuna: O pressuposto fundamental da ________________ é que em todo indivíduo existe uma tendência atualizadora, uma tendência inerente ao organismo para crescer, desenvolver e atualizar suas potencialidades numa direção positiva e construtiva. 44 A. Abordagem centrada no paciente (ACP); B. Psicanálise; C. Behaviorismo; D. Sócio-histórica; E. Terapia do esquema. 45 A. Abordagem centrada no paciente (ACP); B. Psicanálise; C. Behaviorismo; D. Sócio-histórica; E. Terapia do esquema. 46 Duvidas? Envie sua dúvida, seu comentário, sua contribuição... Participe! HUMANISMO - GESTALT Friederich Perls (1893 – 1970) • Psiquiatra e psicoterapeuta alemão de ascendência judia elaborou juntamente com sua esposa a gestalt-terapia. • Gestalt é uma palavra alemã sem tradução cujo significado aproximado é “dar uma nova configuração”, o que supõe uma consciência ativa e criativa. Gestalt • O ser humano para a gestalt-terapia é um todo indivisível, biológico, psíquico e social, e dinâmico. • Suas experiências acontecem no campo organismo/ambiente. Campo que não deve ser entendido como uma soma de organismo mais ambiente, e sim como uma interação entre forças com múltiplos potenciais de transformação mútua. 50 atividade 51 O que você vê nessa imagem? 52 O que você vê nessa imagem? Gestalt • O ser humano para a gestalt-terapia é um todo indivisível, biológico, psíquico e social, e dinâmico. • Suas experiências acontecem no campo organismo/ambiente. Campo que não deve ser entendido como uma soma de organismo mais ambiente, e sim como uma interação entre forças com múltiplos potenciais de transformação mútua. Gestalt • Fronteiro de contato: é no campo organismo/ambiente que se estrutura o contato, na fronteira entre o eu – não-eu, o conhecido desconhecido, o familiar-estranho. • Ajustamento criativo: o contato demandará uma resposta de ajustamento e criação. Gestalt • O ajustamento está ligado à tendência do organismo a se autorregular, a se reequilibrar no campo energético após o contato – que provoca um desequilíbrio de forças. Gestalt • Já criação está ligada à capacidade do organismo transformar o campo no sentido de poder atuar com mais liberdade e espontaneidade. • Embora o processo seja denominado de ajustamento criativo, o ajustamento não implica necessariamente em uma criação. Vídeo 57 FRITZ PERLS (4) – PSICOLOGIA DA GESTALT E GESTALT-TERAPIA - YOUTUBE https://www.youtube.com/watch?v=n3LU2Y4A0AA&t=5s ENVIE SEUS COMENTÁRIOS! 58 Hora do chat TERAPIA DA GESTALT Terapia da Gestalt • Psicologia da Gestalt - Frederick Perls (1893-1970) - criador da Gestalt-terapia. • A Psicologia da Gestalt teve sua origem na Alemanha a psicologia da forma (gestalt) nasceu de uma rebelião contra a ciência estabelecida na época. Por se oporem à tradição acadêmica da psicologia mais antiga (psicologia experimental), a gestalt era conhecida como uma psicologia de protesto. Terapia da Gestalt • A Psicologia da Gestalt originou-se como uma teoria da percepção que incluía as relações entre a forma do objeto e os processos do indivíduo que o recebe. • Para os psicólogos gestaltistas, toda a percepção é uma gestalt, um todo que não pode ser compreendido pelas partes. Terapia da Gestalt • O todo é mais que a soma das partes, uma paisagem não é apenas relva, mas céu, árvores, nuvens e outros detalhes, ela é uma percepção única que depende das relações existentes, definidas umas com as outras. • Se mudarmos as relações, a qualidade do todo mudará completamente. Terapia da Gestalt • Não são as partes separadas de uma melodia que caracterizam a percepção de uma melodia. • A percepção que temos de um objeto qualquer é um todo, tem caráter global - é uma gestalt. • A relação estabelecida entre as partes do todo pode ter vários tipos, entre eles a relação figura e fundo. Pensamento gestaltista • Enfatizou característica as de figura e fundo, fluidez dos processos perceptuais e o indivíduo como participante ativo em suas percepções, ao invés de um recipiente passivo das qualidades da forma. • Nesta teoria, inclui-se o receptor de acordo com os objetivos propostos nesta tese. Pensamento gestaltista • Köhler e Koffka notaram que aparece frequentemente a relação de figura e fundo. • Quando percebemos um objeto qualquer, esse se destaca e se identifica claramente. • É o que chamamos de figura que emerge contra um fundo mais vago e difuso. Pensamento gestaltista • Em uma sinfonia, a melodia é a figura e o acompanhamento é o fundo. • Também a percepção que temos de um objeto depende desta relação: conforme fixamos a nossa atenção em algum aspecto do objeto, esta percepção muda constantemente. Terapia Gestáltica • O propósito da terapia gestáltica é ajudar as pessoas a redescobrirem sua capacidade de dar-se conta do que estão vivenciando realmente, seja qual for sua vivência ou sua experiência. • Seja qual for a experiência de uma pessoa ela deve ser respeitada, é função do terapeuta não interferir na experiência dos pacientes. Fundamentos da Gestalt-terapia • Fundamental na Gestalt-terapia é a relação que se estabelece entre o terapeuta e o cliente. • Procura-se construir uma relação autêntica, genuína, pautada pelo diálogo de pessoa para pessoa, no decorrer da qual, pouco a pouco, o sujeito vai ampliando sua percepção e atribuindo seus próprios significados. Fundamentos da Gestalt-terapia • A proposta da Gestalt-terapia é uma terapia de contato, que é feita no "aqui-agora", dentro de uma relação dialógica que se estabelece entre o terapeuta e o cliente, que visa uma ampliação da conscientização, integração da personalidade aumentando o auto-apoio (auto- aceitação, auto-valorização, auto-confiança). Fundamentos da Gestalt-terapia • Desenvolvendo a própria individualidade e aprendendo a confiar em sues próprios recursos e utilizá-los a pessoa poderá chegar a estabelecer uma relação mais saudável e construtiva consigo mesma e com as outras pessoas significativas. O tratamento da Gestalt-terapia • O tratamento psicoterápico ajuda a pessoa a conhecer melhor a si mesma e aos seus próprios problemas, e a descobrir as melhores e mais satisfatórias formas de resolução de tais problemas. O tratamento da Gestalt-terapia • Pode ajudar em muitos casos de depressão, dependência química, distúrbios sexuais e problemas da relação entre casais e família. • A Psicoterapia também é recomendada para casos de estresse, funcionando como um tratamento profilático que evita em muitos casos, o desenvolvimento de doenças orgânicas mais graves. Fundamentos da Gestalt-terapia • Para a Gestalt-Terapia uma pessoa funciona como um todo, onde alguns comportamentos, ideias ou sentimentos, podem representar aspectos disfuncionais ou desatualizados em relação ao todo, inibindo a autorregularão e a capacidade criativa doorganismo. Fundamentos da Gestalt-terapia ➢ Onde tais aspectos se manifestam; de que forma se organizam e para que servem; é função do diagnóstico gestáltico detectar e função do terapeuta perceber e compartilhar - na medida do possível - com seu cliente, uma vez que tal "diagnóstico" só pode ser compreendido e validado ou não, através da relação terapêutica. Fundamentos da Gestalt-terapia ➢ Devemos lembrar que para as terapias de fundamentação existencial-humanistas, não existem verdades maiores ou melhores no terapeuta que possam reconhecer, no sintoma do paciente, um significado estudado a priori. ➢ O sentido do vivido é dado por quem o vive. Tanto o vivido pelo terapeuta, quanto o vivido pelo cliente. Fundamentos da Gestalt-terapia ✓ Pensar o paciente e o terapeuta como um sistema dentro de um sistema maior (os grupos a que cada um pertencem) é uma das vantagens do diagnóstico gestáltico. • O terapeuta não pode esquecer que o cliente faz um "diagnóstico" partindo da percepção de seu "sintoma", ou seja, de seus comportamentos mais ou menos disfuncionais; Fundamentos da Gestalt-terapia ✓ Podemos considerar o diagnóstico de diferentes pontos de vista: a partir da relação estabelecida com o paciente (contato); a partir da teoria a qual o terapeuta se refere, e sua implicação em seu próprio ponto de vista (do terapeuta); do ponto de vista do paciente e da percepção que tem de si mesmo e de seu sintoma (motivação para o tratamento), todos estes pontos de vista devem ser pensados como um "jogo" de interações interdependentes. Fundamentos da Gestalt-terapia • O terapeuta não pode esquecer que o cliente faz um "diagnóstico" partindo da percepção de seu "sintoma", de seus comportamentos mais ou menos disfuncionais; enquanto o "diagnóstico" do terapeuta deve aliar à percepção fenomenológica, uma determinada compreensão de homem, no sentido mais genérico, implicando, tal compreensão, numa metodologia de intervenção terapêutica. Fundamentos da Gestalt-terapia • Segundo Goodman, a psicopatologia em gestalt terapia é "o estudo da interrupção, da inibição ou outros acidentes no processo do ajustamento criador". • Perls especificou: "O estudo da maneira como uma pessoa funciona em seu meio é o estudo do que acontece na fronteira de contato entre o indivíduo e seu meio. É nessa fronteira de contato que os eventos psicológicos tem lugar. " Fundamentos da Gestalt-terapia ✓ Pensar o paciente e o terapeuta como um sistema dentro de um sistema maior (os grupos a que cada um pertencem) é uma das vantagens do diagnóstico gestáltico. Diagnóstico da Gestalt-terapia ➢ Dentro da abordagem fenomenológico-humanista- existencial, o psicodiagnóstico encontra suportes teóricos variados. ➢ No âmbito da gestalt-terapia, o pensamento fenomenológico encontrou a possibilidade de superar as abstrações causais, trazendo como efeito para a prática clínica ... Diagnóstico da Gestalt-terapia ➢ "a criação de poderosos instrumentos clínicos como a atitude de compreensão clara e confirmadora que possibilita o trabalho pessoal de integração criativa de polaridades conflitantes." Diagnóstico da Gestalt-terapia ✓ Um significado desta asserção é que: mais importante que fornecer explicações minuciosas sobre o fenômeno, é permitir que o mesmo se mostre na clareira da empatia praticada pelo psicólogo clínico. Diagnóstico da Gestalt-terapia • Importante na orientação da Gestalt-terapia: "unir a psicologia da anormalidade (doença) com a psicologia da normalidade (saúde), é indispensável para a atuação diagnóstica e terapêutica, porém nunca praticadas na forma de abstração, mas de indicadores para alcançar o fenômeno enquanto manifestação [...] Diagnóstico da Gestalt-terapia • [...] evitando que tanto os terapeutas iniciantes quanto os experientes após diagnosticarem, corram o risco de contaminar a sua relação com o cliente a partir das verdades diagnosticadas, o que pode significar estabelecer com ele uma relação análoga àquela (ou àquelas) que foram as principais responsáveis pelo tipo de resposta (comportamento) que o cliente desenvolveu para sobreviver e que para o qual, hoje, podemos ter uma série de nomes". 86 Duvidas? Envie sua dúvida, seu comentário, sua contribuição... Participe! A visão da Gestalt-terapia sobre a criança 87 88 Violet Oaklander e a abordagem gestáltica com crianças Considerada uma referência para a prática da Gestalt-Terapia voltada para o atendimento infantil Sua obra descreve a abordagem gestáltica com crianças, cuja meta é ajudar a criança a tomar consciência de si mesma e da sua existência em seu mundo As técnicas propostas pela autora são vistas como meios de promover uma expressão de si mesmo que ajude a estabelecer a autoidentidade e proporcione uma forma de expressar sentimentos (BARBOSA, 2011) 89 Violet Oaklander e a abordagem gestáltica com crianças A maioria das crianças consideradas necessitadas de ajuda possui uma coisa em comum: alguma deficiência em suas funções de contato: olhar, falar, tocar, escutar, mover-se, cheirar e sentir o gosto Crianças com problemas são incapazes de fazer bom uso de uma ou mais de suas funções de contato ao se relacionarem com os adultos de suas vidas ou com o ambiente em geral A forma como fazemos uso de nossas funções de contato evidencia a força ou fraqueza relativa que sentimos. Se um senso de eu forte predispõe a um bom contato, Oaklander (1980) não se admira de que quase toda criança que atende em terapia não pense muito bem de si mesma, embora possa fazer tudo ao seu alcance para manter este fato oculto (BARBOSA, 2011) 90 Violet Oaklander e a abordagem gestáltica com crianças As crianças fazem o que podem para ir em frente, para sobreviver, em direção ao crescimento, ou seja, elas se protegem de alguma maneira: Algumas se retraem para não serem feridas; Algumas criam fantasias para se entreterem e tornarem suas vidas mais fáceis de serem vividas; Algumas brincam, trabalham e aprendem como se nada importasse, deixando de fora o que é doloroso; Algumas se protegem, querendo "aparecer", e estas são as que recebem mais atenção, o que tende a incentivar o comportamento mais detestado pelos adultos (BARBOSA, 2011) 91 O terapeuta na abordagem gestáltica com crianças Trabalha para construir o senso de eu da criança, para fortalecer as funções de contato e para renovar o seu próprio contato com seus sentidos, sentimentos e uso do intelecto A sua consciência é redirigida para a percepção sadia de suas próprias funções de contato, seu próprio organismo, em direção a comportamentos mais satisfatórios Para isso, Oaklander (1980) sugere diversas técnicas, como a da fantasia, dos desenhos de família, e materiais diferentes ao longo do livro, como argila, tinta para pintura a dedo etc (BARBOSA, 2011) 92 O terapeuta na abordagem gestáltica com crianças Tem por objetivo a retomada do curso satisfatório de desenvolvimento da criança O fio condutor do processo terapêutico está na relação estabelecida entre a criança e o psicoterapeuta, por intermédio da metodologia fenomenológica e das técnicas facilitadoras (BARBOSA, 2011) 93 Objetivo geral da Gestalt-terapia com crianças [...] reencontrar a vivacidade e o contato pleno com o mundo através da desobstrução de seus sentidos, do reconhecimento do seu corpo, da identificação, aceitação e expressão de seus sentimentos suprimidos, da possibilidade de realizar escolhas e verbalizar suas necessidades, bem como de encontrar formas para satisfazê-las, além de aceitar quem ela é na sua singularidade (AGUIAR, 2005, p. 186). (BARBOSA, 2011) Oração da Gestalt, de Perls. “Eu faço minhas coisas, você faz as suas. Não estou neste mundo para viver de acordo com suas expectativas. E você não está neste mundo para viver de acordo com as minhas. Você é você e eu sou eu e se, por acaso, nos encontrarmos, é lindo. Se não, nada há a fazer.” 95 Duvidas? Enviesua dúvida, seu comentário, sua contribuição... Participe! 96 Referências MATTAR, Cristine Monteiro. Três perspectivas em psicoterapia infantil: existencial, não diretiva e Gestalt- terapia. Contextos Clínic, São Leopoldo , v. 3, n. 2, p. 76- 87, dez. 2010 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid =S1983-34822010000200001&lng=pt&nrm=iso>. BARBOSA, P. G. – A criança sob o olhar da Gestalt-Terapia Revista IGT na Rede, V. 8 Nº. 14, 2011. Página 2 de 22. Disponível em http://www.igt.psc.br/ojs/ ISSN 1807-2526 97 COSTA, M.I.M. A prática da psicoterapia infantil a partir do referencial teórico do Psicodrama, Gestalt Terapia e Abordagem Centrada na Pessoa, sob as óticas de Bermúdez, Ferrari, Oaklender e Axline. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clínica), Universidade Católica de Pernambuco, 2003.