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Metodologia do Projeto Paisagístico Urbano

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Metodologia do projeto paisagístico 
urbano
APRESENTAÇÃO
Dentre as diversas aptidões desenvolvidas pelo arquiteto e urbanista, encontra-se o paisagismo. 
Assim como as escalas variáveis dos projetos arquitetônicos, o paisagismo também trabalha em 
diferentes proporções. Sendo assim, trabalhar o espaço e sua forma é o diferencial do arquiteto e 
urbanista que se exprime na paisagem. Numa escala urbana contemporânea, o paisagismo 
normalmente configura os “respiros” e “vazios” de uma cidade. Porém, para desenvolver esse 
projeto, devem ser considerados procedimentos metodológicos.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá os métodos básicos para o desenvolvimento 
de projetos paisagísticos em áreas urbanas. Além disso, reconhecerá as necessidades de 
considerar a história do local, bem como identificará aspectos morfológicos preexistentes nos 
locais de intervenção.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir as etapas de levantamento, análise e diagnóstico da área urbana.•
Demonstrar a importância da realização da síntese histórica da área em estudo.•
Identificar aspectos urbanos e morfológicos, bem como a infraestrutura e os equipamentos 
de mobiliário urbano.
•
DESAFIO
Ao iniciar um projeto paisagístico, várias etapas devem ser cumpridas. A primeira é a entrevista 
com o cliente, que pode ser público ou privado. Na sequência, todo um levantamento de dados 
deve ser feito in loco, ou seja, no local da intervenção.
Suponha que você seja projetista de uma consultoria especializada em paisagismo urbano. A 
prefeitura de uma cidade contratou sua empresa, pois gostaria de revitalizar um prédio ocioso; 
para isso, forneceu imagens do local, para que fosse realizada uma análise.
Você foi designado como responsável pelo projeto. De acordo com a demanda, e diante das 
imagens do espaço, indique que elementos presentes devem ser considerados para a elaboração 
do projeto paisagístico urbano.
INFOGRÁFICO
A primeira etapa de um projeto paisagístico urbano é a definição do briefing. No briefing 
elaborado com o cliente se definem diretrizes essenciais para o desenvolvimento de qualquer 
projeto paisagístico. Após essa etapa, é feito o levantamento de dados, demandando 
equipamentos específicos, próprios da atividade de paisagismo.
Confira, no Infográfico a seguir, dicas práticas de como se preparar para fazer o levantamento de 
uma área urbana.
CONTEÚDO DO LIVRO
A formação em Arquitetura e Urbanismo abre um campo de atuação bastante diversificado. 
Somadas às diversas áreas de trabalho, estão as variedades de escalas de um projeto. Apesar 
desse campo diverso, as etapas de planejamento têm, em sua essência, pontos em comum. O 
importante é estar atento às nuances que caracterizam cada projeto em seu espaço e escala. Por 
isso, quando se fala em espaço urbano, os elementos morfológicos que o compõem são de suma 
importância nesse estudo prévio. Mais ainda em se tratando de espaços livres que serão objeto 
de projeto paisagístico urbano.
No capítulo Metodologia do projeto paisagístico urbano, da obra Projeto de paisagismo II, você 
conhecerá os passos iniciais para o desenvolvimento de um projeto paisagístico urbano 
e entenderá como trabalhar os espaços livres é de suma importância para a humanização de uma 
cidade. Além disso, conhecerá os elementos que compõem a morfologia urbana.
Boa leitura.
Projeto de 
Paisagismo II
Marina Otte 
Metodologia do projeto 
paisagístico urbano
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir etapas de levantamentos, análise e diagnóstico da área urbana.
  Demonstrar a importância da realização da síntese histórica da área 
em estudo.
  Identificar aspectos urbanos e morfológicos, bem como a infraestru-
tura e os equipamentos de mobiliário urbano.
Introdução
Trabalhar os espaços livres é de suma importância para a humanização 
de uma cidade. As áreas urbanizadas, em sua grande maioria, possuem 
espaços repletos de história que devem ser analisados. Além disso, os 
elementos que compõem a morfologia urbana são parte indissociável 
do diagnóstico em um projeto, visto que a morfologia se encarrega de 
estudar as transformações da cidade, bem como suas formas e estruturas. 
Neste capítulo, você conhecerá os passos iniciais para o desenvolvi-
mento de um projeto paisagístico urbano. Além disso, perceberá a im-
portância histórica de analisar áreas urbanas. Por fim, identificará aspectos 
urbanos e morfológicos, bem como a infraestrutura e os equipamentos 
de mobiliário urbano.
Por onde começar o projeto paisagístico urbano
Todo projeto que envolve a área de Arquitetura e Urbanismo requer uma análise 
prévia dos condicionantes, visto que um projeto só terá um bom resultado se for 
fruto da análise desses elementos. O levantamento de dados deve ser bastante 
criterioso, pois existe uma diversidade ímpar nos espaços urbanos. Imagine o 
Brasil, por exemplo, com suas proporções continentais. Aqui, é possível encontrar 
desde cidades cosmopolitas até cidades que parecem ter parado no tempo. “Em 
função da intensifi cação do processo de urbanização em diferentes regiões e países, 
há diversos casos e situações que podem ser abordados, desde as grandes áreas 
metropolitanas fortemente vinculadas à dinâmica global, até as pequenas cidades 
dispersas no território” (MIYAZAKI, 2013, documento on-line). Além disso, existe 
uma diversidade de fauna, fl ora, clima, costumes e valores que devem ser entendidos.
Ao iniciar um novo projeto, o arquiteto paisagista terá um sítio para trabalhar. O 
primeiro passo é discutir com o cliente, seja ele público ou privado, as necessidades 
do projeto, criando, assim, um briefing. O refinamento desse briefing será feito 
após outro passo essencial: a visita ao sítio em que será desenvolvido o projeto. 
Essa visita requer um preparo por parte do profissional, que deve estar munido das 
ferramentas necessárias para um bom levantamento de dados no local determinado. 
O arquiteto paisagista precisa de ferramentas básicas, como trenas, e, se tiver acesso 
a equipamentos mais complexos, como GPS ou drones, deve-se fazer uso destes, 
pois podem facilitar a pesquisa das informações. Hoje, com os celulares, alguns 
equipamentos podem ser dispensados, pois já estão integrados ao dispositivo, como 
câmera fotográfica e bússola, mas sempre é bom testar antes e ver a preferência do 
profissional no uso. Algumas ferramentas antigas, como prancheta, papel e lápis, 
facilitam muito as anotações do que será levantado no local. 
Quanto à segurança, é recomendável o uso de sapatos fechados, uma vez que os 
sítios podem conter entulhos, restos de construções e até mesmo certas vegetações, 
que podem machucar os pés e a pele. Somado a isso, o Brasil é um país tropical, 
portanto, a proteção deve se estender ao uso de chapéus, protetor solar e, por vezes, 
roupas mais fechadas, visto que o trabalho é feito ao ar livre e muitas vezes por 
um tempo estendido.
Já no local do trabalho, é preciso se familiarizar com o espaço. “É o que se 
chama levantamento de campo. Trata-se de uma lista – um relato de tudo o que 
existe em um terreno. Isso estabelece o contexto no qual o projetista trabalhará. 
O levantamento inclui todos os aspectos que definem um lugar. É importante 
conhecer a história de um sítio” (WATERMAN, 2011, p. 54). O autor cita vários 
elementos que devem ser considerados, como: listar a vegetação encontrada 
no sítio, aproveitando para classificar quais são espécies nativas e quais são 
exóticas; verificar o contexto socioeconômico da área em questão, se está no 
subúrbio ou em uma zona central; considerar aspectos naturais, como geologia, 
tipo de solo, recursos hídricos, clima, direção dos ventos, insolação. Nesse ponto, 
ressalta-se a observação do entorno, se este faz sombras no sítio, se impede 
que os ventos incidam no local, etc. Waterman (2011) destaca, ainda,que é 
preciso verificar se o local está sujeito a inundações ou se possui desnível em 
Metodologia do projeto paisagístico urbano2
sua superfície. A sensação que o profissional tem ao se deparar com o espaço 
também é um item de levantamento e análise importante.
Buxton (2017) detalha um pouco mais alguns itens. Na questão do clima, a 
autora salienta a necessidade de analisar os índices pluviométricos, e, nas regiões 
frias, a questão da possibilidade de geadas. Na vegetação, deve-se verificar seu valor 
paisagístico, quais são importantes e não devem ser cortadas, analisando, ainda, a 
biodiversidade e os hábitats. É importante também analisar o atual uso do solo, com 
o levantamento dos usuários do local. A autora faz um apontamento bem contempo-
râneo: a poluição do local, os condicionantes próximos e futuros, além dos aspectos 
jurídicos e de planejamento urbano. Observar os visuais do terreno e imaginar como 
será a relação com o entorno é outro aspecto a ser considerado, descrito por ela 
como: “Zonas de influência. Vistas internas e externas do local e áreas do entorno 
que provavelmente seriam afetadas pela intervenção” (BUXTON, 2017, p. 471). 
Esses dados podem ser analisados em programas que facilitam o armazenamento 
e o cruzamento das informações. Um deles é o sistema de informação geográfica 
(GIS, geographic information system), um programa de computador que trabalha 
a partir da formação de camadas (Figura 1). Em cada camada é colocada uma 
informação (como ruas, prédios, vegetação), e, depois, todas as camadas podem 
ser sobrepostas, de modo que se pode analisar as relações entre elas. 
Figura 1. Esquema mostrando a lógica de sobreposição de infor-
mações do GIS.
Fonte: National Geographic (2017, documento on-line).
3Metodologia do projeto paisagístico urbano
Contexto histórico do projeto paisagístico
É fundamental perceber que todo sítio possui uma ocupação prévia com um 
histórico. “Uma compreensão da história das paisagens pode nos ajudar a ter 
uma visão completa da realidade” (WATERMAN, 2011, p. 12).
Esse histórico gera vínculos com a comunidade, pontos de referência em um 
bairro, ou até mesmo em uma cidade, e pode configurar uma atração turística. 
Por outro lado, existe uma tendência em achar que o novo é mais interessante, 
o que pode afetar a memória para as gerações futuras, bem como os vínculos 
de identidade. Por isso, é de suma importância que se considere o aspecto 
histórico, que deve ser compreendido desde o ensino fundamental, visto que: 
A educação patrimonial é um instrumento de “alfabetização cultural” que possibi-
lita ao indivíduo fazer a leitura do mundo que o rodeia, levando-o à compreensão 
do universo sociocultural e da trajetória histórico temporal em que está inserido. 
Este processo leva ao reforço da autoestima dos indivíduos e comunidades e 
à valorização de sua cultura brasileira, compreendida como múltipla e plural. 
(HORTA; GRUNBERG; MONTEIRO, [1999?], documento on-line).
A memória individual ajuda na construção da memória coletiva. As memórias 
são importantes, inclusive, para a saúde mental, uma vez que elas são capazes de 
nos reconectar com momentos felizes, histórias, fatos (OLIVEIRA, 2017).
Além desses aspectos mais “intimistas”, mais pessoais, existem conceitos 
como a “paisagem cultural”. Esse termo combina duas definições da UNESCO: 
bens culturais e bens naturais. O Quadro 1, a seguir, apresenta os critérios 
determinados pela entidade para cada um.
Bens culturais devem: Bens naturais devem:
Representar uma obra-prima do 
gênio criativo humano, ou
Ser exemplos excepcionais 
representativos dos diferentes 
períodos da história da Terra, incluindo 
o registro da evolução, dos processos 
geológicos significativos em curso, do 
desenvolvimento das formas terrestres 
ou de elementos geomórficos e 
fisiográficos significativos, ou
Quadro 1. Critérios para definir bens culturais e bens naturais
(Continua)
Metodologia do projeto paisagístico urbano4
Fonte: Adaptado de Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura ([2017]).
Bens culturais devem: Bens naturais devem:
Ser a manifestação de um intercâmbio 
considerável de valores humanos 
durante um determinado período ou 
em uma área cultural específica, no 
desenvolvimento da arquitetura, das 
artes monumentais, de planejamento 
urbano ou de paisagismo, ou
Ser exemplos excepcionais que 
representem processos ecológicos 
e biológicos significativos para a 
evolução e o desenvolvimento de 
ecossistemas terrestres, costeiros, 
marítimos e de água doce e de 
comunidades de plantas e animais, ou
Aportar um testemunho único ou 
excepcional de uma tradição cultural 
ou de uma civilização ainda viva 
ou que tenha desaparecido, ou
Conter fenômenos naturais 
extraordinários ou áreas de uma 
beleza natural e uma importância 
estética excepcionais, ou
Ser um exemplo excepcional de 
um tipo de edifício ou de conjunto 
arquitetônico ou tecnológico, 
ou de paisagem que ilustre uma 
ou várias etapas significativas da 
história da humanidade, ou
Conter os hábitats naturais mais 
importantes e mais representativos 
para a conservação in situ da 
diversidade biológica, incluindo 
aqueles que abrigam espécies 
ameaçadas que possuam um valor 
universal excepcional do ponto de 
vista da ciência ou da conservação.
Constituir um exemplo excepcional de 
hábitat ou estabelecimento humano 
tradicional ou do uso da terra que 
seja representativo de uma cultura 
ou de culturas, principalmente as que 
tenham se tornado vulneráveis por 
efeitos de mudanças irreversíveis, ou
—
Estar associados diretamente ou 
tangivelmente a acontecimentos ou 
tradições vivas, com ideias ou crenças, 
ou com obras artísticas ou literárias 
de significado universal excepcional 
(o comitê considera que esse critério 
não deve justificar a inscrição na lista, 
salvo em circunstâncias excepcionais 
e na aplicação conjunta com outros 
critérios culturais ou naturais).
—
Quadro 1. Critérios para definir bens culturais e bens naturais
(Continuação)
5Metodologia do projeto paisagístico urbano
Ao analisar os critérios, percebe-se como muitas vezes é impossível disso-
ciar um do outro, por isso surgiu o termo paisagem cultural. Conforme o próprio 
site da UNESCO: “Considerando o patrimônio em seu duplo aspecto cultural 
e natural, a Convenção nos lembra as formas pelas quais o homem interage 
com a natureza e, ao mesmo tempo, a necessidade fundamental de preservar 
o equilíbrio entre ambos” (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA 
A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA, [2017], documento on-line).
Existem diversos sítios que foram considerados paisagem cultural mundo 
afora. No Brasil, um exemplo icônico ajuda a compreender o termo: o Rio 
de Janeiro. “A convivência da cidade maravilhosa com sua rica paisagem 
natural indica desafios permanentes para assegurar a perenidade dos atributos 
únicos que levaram a cidade a ser inscrita na Lista do Patrimônio Mundial da 
UNESCO” (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCA-
ÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA, 2016, documento on-line).
O vídeo disponível no link a seguir ou no código ao lado apre-
senta um exemplo de paisagem cultural em Sintra, Portugal 
(SINTRA..., [2011]).
https://qrgo.page.link/Mmxad
O estudo da estrutura e da formação das 
cidades
Existem diversas áreas de atuação que trabalham com o estudo das cidades 
e seus processos de urbanização, como: Geografi a, Economia, Arquitetura e 
Urbanismo, Sociologia, entre outras. “Nesse contexto de múltiplas formas de 
análise, existem vários caminhos possíveis de serem trilhados para se compre-
ender as transformações em curso no que se refere ao processo de urbanização” 
Metodologia do projeto paisagístico urbano6
(MIYAZAKI, 2013, documento on-line). As visões diversifi cadas de cada um 
desses profi ssionais ajudam no entendimento desse processo complexo que é 
a morfologia urbana. “Um estudo de morfologia urbana ocupa-se da divisão 
do meio urbano em partes (elementos morfológicos) e da articulaçãodestes 
entre si e com o conjunto que defi nem — os lugares que constituem o espaço 
urbano” (LAMAS, 2011, p. 38).
Lamas (2011) divide a cidade em 11 elementos:
  o solo;
  os edifícios;
  o lote;
  o quarteirão;
  a fachada;
  o logradouro;
  o traçado, a rua;
  a praça;
  o monumento;
  a árvore e a vegetação;
  o mobiliário urbano.
Em um projeto paisagístico urbano, esses componentes são essenciais 
para o lançamento de um anteprojeto, por isso, eles serão descritos a seguir.
O solo
O solo é analisado sob dois aspectos: a topografi a e o revestimento. A to-
pografi a infl uencia onde as edifi cações são construídas, determina limites, 
pode direcionar os ventos e as águas, bem como condiciona as vias públicas, 
cria visuais e esconde outros. Direciona, ainda, o formato do espaço livre e 
confi gura a paisagem (Figura 2).
O revestimento é onde colocamos nossos pés. É importante verificar que 
material o reveste ou se é o solo original. Se houver o uso de um pavimento, é 
preciso verificar se ele é permeável ou não. Deve-se apontar, ainda, se existem 
degraus, passeios, etc.
7Metodologia do projeto paisagístico urbano
Figura 2. Salvador: a topografia determinando a cidade alta e baixa 
e a necessidade do Elevador Lacerda.
Fonte: Peu Ribeiro/Shutterstock.com. 
Os edifícios
“É através dos edifícios que se constitui o espaço urbano e se organizam os 
diferentes espaços identifi cáveis e com forma própria: a rua, a praça, o beco, 
a avenida [...]” (LAMAS, 2011, p. 84).
Para esse item, uma ferramenta interessante para o entendimento é o 
mapa de cheios e vazios. Para confeccionar esse mapa, são pintadas de preto 
todas as edificações, e o restante fica em branco, determinando os “vazios”. 
São nos vazios que se encontrarão os espaços capazes de receber os projetos 
paisagísticos urbanos.
O lote
O lote determina as possibilidades de forma do edifício e dos espaços vazios, 
onde o paisagismo urbano pode intervir. É uma porção cadastral/legal da 
cidade. Por determinar a forma do edifício, acaba por determinar a forma da 
cidade. O lote geralmente é vinculado à relação do público versus privado: o 
que está dentro do lote é privado, o que está fora é público.
Metodologia do projeto paisagístico urbano8
O quarteirão
O quarteirão está diretamente ligado à conformação dos lotes e vice-versa. É 
um “[...] espaço delimitado pelo cruzamento de três ou mais vias e subdivisível 
em parcelas de cadastro (lotes) para construção de edifícios” (LAMAS, 2011, 
p. 88). Os quarteirões ajudam na organização urbana, condicionam o traçado 
das ruas e reforçam as relações públicas e privadas, já apontadas no lote.
A fachada
As fachadas caracterizam a linguagem arquitetônica de um lugar, são a co-
municação do edifício com o espaço, e, assim, moldam a cidade. As fachadas 
condicionam o projeto paisagístico a partir da intenção de intervenção, que 
pode ser dissonante do entorno ou uma continuidade dele.
As fachadas também passam sensações distributivas: espaços que podem ser 
acessados, que podem ser transpostos ou não. Elas condicionam e direcionam o 
olhar, visto que são elas que estão na linha dos olhos (Figura 3), diferentemente 
do lote, que é mais perceptível com uma visão superior.
Figura 3. Local que virou ponto turístico em Nova Iorque, nos Estados 
Unidos. Observe como as fachadas condicionam o olhar.
Fonte: Wallup.Net (2017, documento on-line).
9Metodologia do projeto paisagístico urbano
O logradouro
O logradouro “[...] constitui o espaço privado do lote não ocupado por constru-
ção” (LAMAS, 2011, p. 98). Ou seja, são os recuos da construção em relação 
aos lotes vizinhos e à calçada. São os espaços livres dentro do terreno. Grande 
parte do paisagismo em construções particulares se ocupa desses espaços.
O traçado/a rua
As ruas ligam os vários espaços de uma cidade, locais onde se dá o transporte 
e os encontros. O tipo de urbanização determina se a rua é resultado de edi-
fi cações/lote/quarteirão ou se as edifi cações/lote/quarteirão determinaram as 
ruas. Por exemplo, no caso das cidades sob infl uência islâmica, as ruas são 
resultado das edifi cações, gerando um traçado sinuoso. 
As ruas podem, ainda, ter um traçado regular e retilíneo, e geralmente 
aparecem em cidades planejadas, como Brasília (DF), Belo Horizonte (MG) 
e Maringá (PR). Culturalmente, as ruas podem ser configuradas pelos pontos 
cardeais, como no caso de várias cidades chinesas influenciadas pelo Feng Shui.
A praça
Desenho intencional (não o que sobrou), lugar do encontro, da permanência, 
das práticas sociais, das manifestações de vida urbana e comunitária, de 
funções estruturantes e arquitetura signifi cativa, a praça é um espaço coletivo 
de importante signifi cação (LAMAS, 2011).
É muitas vezes o respiro da cidade, muito visível em cidades medievais, 
com seu aglomerado de edificações, em que, no meio, há uma praça. É um 
dos locais mais característicos do trabalho do arquiteto paisagista. Aqui, vale 
reforçar que o trabalho do paisagista não se refere apenas aos maciços verdes, 
ele projeta os espaços que podem ser uma “praça seca” (sem árvores), como a 
Praça do Três Poderes, em Brasília, ou uma praça bastante arborizada, como 
a Praça Victor Civita, em São Paulo.
Metodologia do projeto paisagístico urbano10
Um exemplo de respiro em uma cidade medieval é a praça 
Piazza del Campo, em Siena, na Itália. A praça é a chegada da 
corrida do Palio, a mais antiga corrida de cavalos do mundo. 
Para saber mais sobre o Palio de Siena, acesse o link a seguir 
ou o código ao lado (CAMPANARO, 2015).
https://qrgo.page.link/EBct6
O monumento
Os monumentos são marcos para uma cidade e devem ter valor cultural, 
histórico ou social, ou seja, ter signifi cado, como, por exemplo, a Torre Eiffel, 
em Paris, o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, ambos de grande porte, ou o 
Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo. Monumentos também podem ter portes 
menores, como a estátua do maestro e compositor Tom Jobim, localizada na 
orla da praia de Ipanema, no Rio de Janeiro. Esse monumento conta a história 
de um local, e, por esse motivo, acaba por ser resistente a transformações da 
cidade. Um arquiteto paisagista pode ser convidado para reconfi gurar toda uma 
praça, mas deve manter o monumento que nela se encontra (salvo exceções, 
como a mudança do monumento para outro espaço, etc.).
A árvore e a vegetação
A vegetação é um elemento que compõe a cidade. É a primeira associação 
que se faz ao pensar em um projeto paisagístico, uma vez, principalmente 
nos centros urbanos, o homem tem a necessidade de estar perto da natureza. 
A vegetação não tem a mesma permanência que as edificações, mas tem 
a capacidade de organizar, definir e conter os espaços (LAMAS, 2011). Esse 
é um dos recursos mais utilizados pelo arquiteto paisagista para compor 
seus projetos. Desse modo, avaliar esse elemento antes de iniciar o projeto é 
imprescindível, visto que ele pode ser aproveitado.
11Metodologia do projeto paisagístico urbano
O mobiliário urbano
Esses elementos correspondem todo o conjunto de objetos e equipamentos existentes 
nas áreas públicas disponíveis para o uso da população. São elementos móveis 
que equipam a cidade, como, por exemplo, totens, bancos, bebedouros, telefones, 
banheiros, lixeiras, postes de iluminação, ponto de ônibus, brinquedos, entre outros. 
Esses elementos humanizam e qualifi cam a cidade. Por isso, é necessário avaliar 
seu estado de conservação, o posicionamento, a quantidade e verifi car necessidades 
não atendidas.
A infraestrutura
A infraestrutura existente no local condiciona o projeto, e muitas ideias podem se 
tornar inviáveis se não houver a infraestrutura necessária, ou a execução do projeto 
pode demorar mais, em função da necessidade de prover o local da infraestrutura 
necessária. São elementos básicos de infraestrutura, conforme Buxton (2017, p. 24):
Vias públicas existentes, estacionamentos, pisos secos, caminhos de pedestres, 
áreas pavimentadas, muros, cercas, portões;drenagem de águas superficiais e de 
esgoto; poços de inspeção (níveis dos poços e das tampas); instalações de gás, 
água, eletricidade, telefonia e televisão a cabo (aéreas e subterrâneas); tubulações; 
notas sobre materiais, inclusive quais são adequados para reuso; obras no subsolo.
Diante de todos os aspectos apontados, fica claro que um projeto paisagístico 
urbano precisa ser bastante fundamentado. É indispensável o levantamento de dados 
peculiares a cada sítio, pois eles serão condicionantes para a elaboração do anteprojeto.
1. Nina acaba de iniciar um intercâmbio 
em uma Universidade na Europa. Lá, 
ela vai complementar seus estudos 
em Arquitetura e Urbanismo. Nos 
fins de semana, ela aproveita para 
conhecer novos destinos. Sobre 
o espaço mostrado na imagem 
a seguir, pode-se afirmar que:
Fonte: RossHelen/Shutterstock.com.
Metodologia do projeto paisagístico urbano12
a) é uma praça seca, ou seja, sem 
vegetação, fazendo parte de 
espaços suscetíveis ao pro-
jeto paisagístico urbano.
b) por não possuir vegetação, é um 
espaço destinado apenas a pro-
jetos urbanos não paisagísticos.
c) claramente se constitui de um 
logradouro, ou seja, o espaço 
existente entre as edificações.
d) é uma praça monumento e 
não pode sofrer qualquer alte-
ração em sua configuração.
e) esse espaço não é conside-
rado de interesse ao projeto 
de humanização das cidades, 
por não ser possível se tra-
balhar o paisagismo nele.
2. A People Square é um espaço livre 
e de respiro muito importante para 
a cidade de Xangai, na China. Que 
elemento morfológico é visivel-
mente observado nesta imagem?
Fonte: cyo bo/Shutterstock.com.
a) A quadra.
b) O mobiliário urbano.
c) O monumento.
d) O lote.
e) O traçado da rua.
3. Sobre a expressão “paisagem 
cultural”, utilizada pela UNESCO 
(ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES 
UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, 
A CIÊNCIA E A CULTURA, 
2016, documento on-line), 
pode-se afirmar que:
a) é caracterizada pelos bens 
paisagísticos do espaço.
b) é utilizada para tombar 
edifícios históricos.
c) é um elemento morfológico.
d) é um patrimônio com as-
pecto cultural e natural.
e) é um termo para espaços com po-
tencial para futuras intervenções.
4. O arquiteto paisagista Rael foi 
contratado para um projeto de 
revitalização do espaço a seguir:
Fonte: helloabc/Shutterstock.com.
Em relação ao levantamen-
to de dados e diagnóstico, 
é correto afirmar que:
a) o levantamento deve ser deli-
mitado para que seja possível 
a sua análise, por isso se con-
sidera apenas o espaço livre.
b) o local não possui mobiliário 
urbano, mostrando grande 
potencial para intervenções.
c) deve-se analisar a parte 
arquitetônica, ou seja, os 
prédios no entorno.
d) por ser em um centro ur-
bano, não é necessário 
analisar a geologia.
e) os ventos permanecem inal-
terados pela cidade, por isso 
basta observar sua direção.
13Metodologia do projeto paisagístico urbano
5. O trabalho de um arquiteto paisa-
gista se dá em diversas
fases: elaboração do briefing, le-
vantamento de dados, análise, 
anteprojeto, projeto final, execução, 
manutenção, entre outros. Dentro 
dessa análise do espaço, as ques-
tões históricas são um elemento 
básico a se considerar. Nesse 
contexto, pode-se afirmar que:
a) a preservação da história 
de um sítio contribui para a 
saúde mental das pessoas.
b) um espaço histórico con-
templa um monumento 
dentre seus elementos.
c) como se trata do projeto paisa-
gístico, o profissional se atém à 
história dos maciços verdes.
d) a memória individual do es-
paço é formada pelo que a 
memória coletiva determinou.
e) o simples fato de ter história 
no espaço determina que 
ele não pode ser alterado.
BUXTON, P. Manual do arquiteto: planejamento, dimensionamento e projeto. 5. ed. 
Porto Alegre: Bookman, 2017.
CAMPANARO, B. Dicas para assistir ao Palio de Siena. Viva Toscana, [S. l.], 28 jun. 2015. 
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HORTA, M. de L. P.; GRUNBERG, E.; MONTEIRO, A. Q. Guia básico da educação patrimonial. 
[S. l.]: Museu Imperial; DEPROM-IPHAN, [1999?]. Disponível em: http://portal.iphan.
gov.br/uploads/temp/guia_educacao_patrimonial.pdf.pdf. Acesso em: 29 set. 2019.
LAMAS, J. M. R. G. Morfologia urbana e desenho da cidade. 6. ed. Lisboa: Fundação 
Calouste Gulbenkian, 2011.
MIYAZAKI, V. K. Estruturação da cidade e morfologia urbana: um estudo sobre cidades de 
porte médio da rede urbana paulista. 2013. Tese (Doutorado em Geografia) - Univer-
sidade Estadal Paulista, Presidente Prudente, 2013. Disponível em: https://repositorio.
unesp.br/bitstream/handle/11449/105090/miyazaki_vk_dr_prud.pdf?sequence=1. 
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NATIONAL GEOGRAPHIC. GIS (geographic information system). 1 ilustração. 2017. Dispo-
nível em: https://www.nationalgeographic.org/encyclopedia/geographic-information-
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tidisciplinar Núcleo do Conhecimento, São Paulo, v. 13, ano 02, ed. 1, p. 339-348, jan. 
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memoria-individual-e-coletiva. Acesso em: 29 set. 2019.
Metodologia do projeto paisagístico urbano14
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA. O 
patrimônio: legado do passado ao futuro. Representação da UNESCO no Brasil, Brasília, 
[2017]. Disponível em: http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/culture/world-heritage/
heritage-legacy-from-past-to-the-future/. Acesso em: 29 set. 2019.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA. 
Rio de Janeiro recebe da UNESCO certificado de Patrimônio Mundial pela sua paisa-
gem cultural. Representação da UNESCO no Brasil, Brasília, 8 dez. 2016. Disponível em: 
http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/single-view/news/rio_de_ja-
neiro_receives_from_unesco_the_certificate_of_world/. Acesso em: 29 set. 2019.
SINTRA, paisagem cultural: patrimônio da humanidade. [S. l.: s. n.], [2011]. 1 vídeo 
(12min27s). Disponível em: https://qrgo.page.link/Mmxad. Acesso em: 29 set. 2019.
WALLUP.NET. Bridge, Cityscape, New York City, USA, [...]. 1 fotografia. 2017. Disponível em: 
https://wallup.net/bridge-cityscape-new-york-city-usa-manhattan-bridge-sun-rays-
-old-building-window/. Acesso em: 29 set. 2019.
WATERMAN, T. Fundamentos de paisagismo. Porto Alegre: Bookman, 2011.
15Metodologia do projeto paisagístico urbano
DICA DO PROFESSOR
Quando o arquiteto e urbanista se depara com uma área que receberá um novo projeto 
paisagístico, deve avaliar os elementos morfológicos do espaço. Um desses elementos é o 
mobiliário urbano. O mobiliário faz o diferencial em uma área livre, humaniza o espaço e 
convida as pessoas a permanecer nele. Por isso, deve ser criteriosa a observação do que já existe 
para a realização de estratégias visando a seu aproveitamento no espaço urbano. 
Nesta Dica do Professor, você verá estratégias para uso ou aproveitamento de mobiliário 
urbano. 
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EXERCÍCIOS
Nina acaba de iniciar um intercâmbio em uma Universidade da Europa, onde vai 
complementar seus estudos em Arquitetura e Urbanismo. Nos finais de semana, ela 
conhece novos destinos.
Sobre o espaço da imagem a seguir, pode-se afirmar que:
1) 
A) é uma praça seca, ou seja, sem vegetação, fazendo parte de espaços suscetíveis ao projeto 
paisagístico urbano.
B) por não possuir vegetação, é um espaço destinado apenas a projetos urbanos não 
paisagísticos.
C) claramente é constituído de um logradouro, ou seja, o espaço existente entre as 
edificações.
D) é uma praça-monumento e não pode sofrer qualquer alteração em sua configuração.
E) não é considerado de interesse ao projeto de humanização das cidades, por ser incapaz de 
se trabalhar o paisagismo.
A People Square é um espaço livre e de respiro muito importante para a cidade de Xangai, 
na China.
2) 
Que elemento morfológico é visivelmente observadonessa imagem?
A) A quadra configurada por seus limites e a composição de vários lotes.
B) O mobiliário urbano, caracterizado pelos altos e baixos postes de iluminação.
C) O monumento marcando historicamente o parque.
D) O lote com espaçamento entre a edificação e o limite da quadra.
E) O traçado da rua configurado pelas quadras. 
A configuração urbana que se tem nos dias atuais é resultado de um contexto 
histórico que todo sítio possui. Para preservar a história desses locais, a UNESCO 
criou determinações mundialmente adotadas.
Sobre a expressão “paisagem cultural”, utilizada pela UNESCO, pode-se afirmar 
3) 
que:
A) é caracterizada pelos bens paisagísticos do espaço.
B) é utilizada para tombar edifícios históricos.
C) é um elemento morfológico.
D) é um patrimônio com aspecto cultural e natural.
E) é um termo para espaços com potencial para futuras intervenções.
Um bom projeto tem início com uma entrevista com o cliente, seja ele público ou privado, 
determinando um briefing. A conclusão das diretrizes do projeto é vinculada ao 
levantamento de dados do local que receberá a intervenção.
Considerando a realização de um projeto arquitetônico paisagístico para revitalização do 
4) 
espaço que aparece na imagem, em relação ao levantamento de dados e ao diagnóstico, é 
correto afirmar que: 
A) o levantamento deve ser delimitado para análise; por isso, considera-se apenas o espaço 
livre.
B) o local não possui mobiliário urbano, mostrando grande potencial para intervenções.
C) deve ser analisada a parte arquitetônica, ou seja, os prédios no entorno, pois podem 
influenciar na insolação e na ventilação do espaço, por exemplo.
D) por ser em um centro urbano, não é necessário analisar a geologia.
E) os ventos permanecem inalterados pela cidade; por isso, basta observar sua direção.
5) O trabalho de um arquiteto paisagista se dá em diversas fases: elaboração do 
briefing, levantamento de dados, análise, anteprojeto, projeto final, execução e 
manutenção, entre outros.
Na análise do espaço, questões históricas são um elemento básico a se considerar, 
podendo-se afirmar que:
A) a preservação da história de um sítio contribui para a saúde mental das pessoas.
B) um espaço histórico, muitas vezes, contempla um monumento simbólico ou cultural dentre 
seus elementos.
C) como se trata de projeto paisagístico, o profissional se atém à história dos maciços verdes.
D) a memória individual do espaço é formada pelo que a memória coletiva determinou.
E) o simples fato de haver história no espaço determina que ele não pode ser alterado.
NA PRÁTICA
O arquiteto paisagista pode exercer seu trabalho de diversas formas: em escritório próprio, em 
escritório de terceiros (contratado), em obras públicas (contratado por uma prefeitura). Além 
desses vínculos tradicionais, também pode trabalhar em empresas particulares, museus, 
shoppings, indústrias, etc.
A seguir, você irá acompanhar o início do trabalho de um arquiteto paisagista em um museu 
ímpar no Brasil.
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Atividades e atribuições profissionais do arquiteto e urbanista
Neste artigo, você vai saber como outras formações também trabalham com a paisagem urbana. 
Para os geógrafos, por exemplo, é imprescindível inteirar-se das atribuições do arquiteto 
paisagista, conforme determina o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU).
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Aplicativo para identificar plantas por foto: veja como usar o PlantNet
Nesta matéria, conheça o PlantNet, um aplicativo gratuito que consegue identificar milhões de 
espécies botânicas a partir de fotos no celular.
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O que é paisagem cultural?
Neste vídeo, você entenderá um pouco mais sobre o conceito de paisagem cultural e verá 
exemplos existentes no Brasil.
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Instituto Inhotim
É difícil definir o Instituto Inhotim somente como museu ou jardim botânico, ou parque, porque 
são várias experiências. Neste vídeo, você terá mais informações e conhecerá a área e o 
paisagismo de Inhotim.
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