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Resumo Radiologia

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Resumo P3 Radiologia 
Maria Fernanda Baldo- t66 
 
---Técnica radiográfica panorâmica--- 
-Através dela podemos observar a maxila e mandíbula, além das 
estruturas de suporte em apenas uma imagem, fornecem ampla 
visualização. 
-A fonte de raios X e o receptor de imagem giram em torno da 
cabeça do paciente, o que cria um campo focal tridimensional e 
curvo, com formato de ferradura (por conta da arcada dentária). 
-Na imagem os objetos dentro do campo focal aparecem com 
bastante nitidez. 
 
§ INDICAÇÕES= avaliação geral dos dentes, análise de lesões 
interósseas, avaliação geral da ATM, de dentes impactados, da 
cronologia de erupção, de fraturas dentomaxilares e em casos 
de distúrbios de desenvolvimento e anomalias do esqueleto 
maxilofacial. 
§ VANTAGENS= permite ampla visualização dos ossos faciais e 
dentes, a visualização da maxila/mandíbula bilateralmente em 
uma imagem, tem baixa dose de radiação, possui técnica fácil, 
tem uso em pacientes com trismo, descontrole muscular, 
politraumatizados ou intolerantes a radiografia intra-oral, é 
rápida e conveniente e permite auxílio visual para 
compreensão dos pacientes. 
§ DESVANTAGENS= as imagens não proporcionam detalhes 
tão precisos quanto as intra-orais, tem ampliação de imagem 
desigual e medidas lineares não confiáveis, por ser uma 
imagem de sobreposição de imagens reais, duplas e fantasmas 
deve-se ter cuidado na interpretação, deve haver 
posicionamento preciso para que não haja artefatos e erros, 
além da captura das imagens dos dois maxilares ser difícil 
quando há grave discrepância maxilomandibular. 
 
PRINCÍPIOS DE FORMAÇÃO: é feita através da rotação de um 
feixe de raios x muito fino no plano horizontal. A fonte e o 
receptor giram na mesma direção e com a mesma velocidade. 
Todos os objetos ficam ampliados da mesma maneira, pela 
distância entre a fonte e o receptor ser constante, e a do objeto e 
receptor ser a mesma para cada objeto. 
 
-Projeção no plano vertical= não é afetada pela rotação do 
aparelho, já que esta ocorre no plano horizontal. Mas, sim pelo 
ponto focal do anodo do tubo, por servir de ponto focal para 
dimensão vertical da projeção. A radiação passa sob a porção 
occipital do crânio, pois a angulação do feixe é levemente 
negativa (-4º a -7º). 
 
-Projeção no plano horizontal= é afetada pela rotação do 
aparelho, e os raios X mesmo originados pelo ponto focal do 
tubo de raios X parecem divergir de uma fonte intrabucal. Essa 
fonte é denominada centro de rotação. 
 
-Imagem reais: são objetos localizados entre o centro de rotação 
e o receptor. Os objetos que estão dentro do campo focal são 
imagens nítidas, enquanto as imagens longe do campo ficam 
borradas. 
-Imagens Duplas: objetos que ficam à frente do centro de rotação 
e que são interceptados duas vezes pelo feixe de raios x, ou seja, 
região mediana. 
-Imagens fantasmas: objetos localizados entre o centro de 
rotação e o objeto. Na imagem panorâmica, as imagens 
fantasmas aparecem na imagem do lado oposto da verdadeira, 
em um nível mais elevado, devido a inclinação do feixe de raios 
X. 
 
§ DISTORÇÃO= há distorção no tamanho e formato do objeto 
nas medidas angulares e lineares. 
-A ampliação horizontal depende da posição do objeto dentro 
do campo focal. 
 E a distorção depende da distância do objeto a partir do campo 
focal, o que depende da posição do paciente. 
-Na região anterior, a amplitude horizontal aumenta conforme 
o objeto se distancia do centro do campo focal. O grau de 
ampliação nas regiões posteriores é menor do que na anterior, 
por isso as medidas são duvidosas. 
-Já a vertical é influenciada pela distância entre a fonte de raios 
X e o objeto, a qual é constante. 
-As estruturas mais próximas da fonte são projetadas mais para 
cima da imagem. 
 
§ CAMPO FOCAL= zona curva e tridimensional em formato de 
arcada, as estruturas melhores observadas estão bem no centro 
do campo, e as que estão fora aparecem borrados, ampliados, 
reduzidos ou distorcidos. 
-O formato e a largura do campo são determinados pela 
trajetória e velocidade do receptor e a ampola de raios X, o 
alinhamento dos feixes e a largura do colimador. 
 
--- Lesões ósseas dos maxilares--- 
-Diagnóstico é composto pelo exame clínico + exames 
laboratoriais + exames radiográficos. 
Devemos observar nas imagens: a presencia ou ausência de 
alteração do padrão ósseo normal, tamanho ou extensão dos 
tecidos envolvidos, localização da alteração, crescimento, o 
conteúdo e o contorno, além do comprometimento de estruturas 
vizinhas. 
 
-Quando não estão associadas aos dentes, a probabilidade de não 
ser de origem odontogênica é maior. 
Pode se relacionar: com raízes de dentes vitais ou desvitalizados, 
com a coroa de inclusos, coma inclinação de raiz de dentes 
próximos da lesão, com hipercementose, dilaceração ou 
reabsorção radicular externa dos dentes próximos, com o alvéolo 
pós-extração dental e com o comprometimento do suporte ósseo 
que aumenta a mobilidade dental. 
 
-As corticais ósseas auxiliam na discriminação de uma lesão 
expansiva ou infiltrativa. 
A expansão de cortical acompanha o aumento da lesão 
(geralmente as corticais aumentam, mas sem destruição do 
contorno ósseo). A cortical óssea cresce em camadas, observar se 
há formação de espiculas ou raios de sol; se tem aumento da 
espessura ou densidade da cortical, além de destruição da 
cortical óssea adjacente. 
 
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DAS LESÕES: 
Shape= forma 
Edge= borda 
Number= número 
Site= local 
Effects= efeitos sobre estruturas adjacentes 
 
Location= localização 
Edge= borda 
Shape= forma 
Internal= conteúdo 
Others= outros efeitos nas estruturas adjacentes 
Number= número 
 
-Origem lesão: dente, osso etc 
-Localização: periférica, central ... 
-Extensão: monostótica, poliostótica 
-Limites: contorno irregular ou regular, indefinido ou difuso, 
presença ou não de osteogênese reacional 
-Forma: unilocular (arredondada, ovalada, irregular), 
multilocular (presença de septos, forma e espessura dos septos) 
-Número: múltiplas ou única 
-Grau de radiolucência do conteúdo: homogêneo em toda área 
(líquido ou semi-sólido), misto (sólido, esparso). 
-Presença ou ausência de áreas radiopacas na lesão, 
caracterizando conteúdo heterogêneo: sequestros, calcificações. 
 
LESÕES: 
§ Benignas= tem evolução lenta, não invade tecidos vizinhos, 
reparos anatômicos encontram-se deslocados, mas não 
destruídos. Geralmente são circunscritos, e com limites bem 
definidos, com contorno, sendo borda regular ou irregular, não 
compromete os dentes na área nem promove reabsorção 
radicular ou inclinação por pressão do crescimento. As 
corticais ósseas sofrem expansão e acompanham o crescimento 
da lesão, podendo ter aumento de densidade e espessura. 
§ Malignas= tem evolução rápida, com invasão das regiões 
vizinhas, destruindo reparos anatômicos circunjacentes. É 
geralmente difusa, com bordas irregulares e mal definidas 
(aspecto de roído de traça). Dentes apresentam mobilidade, 
podendo ser flutuantes ou esfoliados, além de destruírem as 
corticais ósseas e as paredes das cavidades da face, como seio 
maxilar, cavidade nasal etc. 
 
--Aspectos radiográficos dos cistos dos maxilares-- 
Cuidados ao analisar uma radiografia: anatomia da face com 
muita sobreposição de imagens, necessidade de técnicas variadas 
perpendiculares entre si, cuidado com impulso, lembrar dos 
aspectos de um osso normal, e outras formas de diagnostico. 
 
-Cisto é uma cavidade patológica revestida por epitélio e 
circundada por uma parede bem definida de tecido conjuntivo, 
tendo em seu interior material fluido ou semi-fluido. Pode ser 
esférico ou redondo, devido ao crescimento concêntrico e 
crônico. 
 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: é assintomático, possui 
tumefação, promove perda e/ou afastamento dos dentes, tem 
crescimento lento e são mais frequentes nos maxilares. 
 
CARACTERÍSTICAS DA IMAGEM: 
-Estrutura interna= é radiolúcido e homogêneo, mas pode 
apresentar calcificações distróficas ou septos. 
-Periferia=a margem é bem definida e corticalizada, além de ser 
uniforme (linha radiopaca fina e uniforme) menos em casos de 
infecção secundária. 
-Forma= redondo ou oval, parece um balão com fluido. 
-Efeitos sobre as estruturas adjacentes= devido ao crescimento 
lento podem causar deslocamento e/ou inclinação de dentes 
adjacentes, reabsorção radicular externa, expansão mandibular 
curva e suave que acompanha o crescimento da lesão e diminui a 
espessura das bordas corticais e capacidade de deslocar 
estruturas como canal mandibular, assoalho de fossa nasal e 
assoalho do seio maxilar. 
 
CLASSIFICAÇÕES: 
De desenvolvimento: 
-Cistos odontogênicos= originados dos restos do epitélio 
odontogênico. 
 
Exemplos: 
cisto dentígero: a periferia do cisto envolve o dente em sua 
junção cemento-esmalte. 
queratocisto odontogênico: fica ao lado de raiz de dentes com 
vitalidade pulpar-bem agressivo-mais comum no corpo posterior 
da mandíbula, tem crescimento expansivo. 
 cisto periodontal lateral: desenvolve-se lateralmente a raiz de 
um dente com vitalidade pulpar (geralmente incisivos e pré-
molares inferiores e incisivo lateral e canino superior). 
 cisto odontogênico botrióide: lesão rara com aspecto 
multilocular, parece cachos de uva. 
cisto gengival: localizado quase sempre na face vestibular, 
tumefação arredondada, bem delimitada e firme à palpação, 
presente nos tecidos gengivais. 
cisto odontogênico glandular: lesão rara, agressiva, acomete 
região anterior da mandíbula. 
cisto odontogênico ortoqueratinizado: total ou majoritariamente 
revestido por epitélio escamoso. 
 
-Cistos não odontogênicos= originados dos remanescentes 
epiteliais. Ex: cisto do canal incisivo: quando aumentam de 
tamanho pode haver aumento de volume bem definido posterior 
à papila palatina. Tem formato de coração. 
 
Odontogênicos e de origem inflamatória= cisto radicular e cisto 
colateral inflamatório. 
 
--Tomografia computadorizada de feixe cônico— 
Exame de imagem tridimensional onde o feixe de raios X tem 
formato de cone, com tamanho suficiente para abranger a área 
de interesse. As imagens podem ser visualizadas em vários 
planos anatômicos, axial, coronal, sagital etc. 
 
INDICAÇÕES: implantodontia, dor têmporo-mandibular, 
CTBMF, anomalias craniofaciais, lesões e na odontologia legal. 
 
UNIDADES DE MEDIDA: 
-imagem bidimensional= pixel 
-imagem tridimensional= voxel 
 
TAMANHO EXAME: as imagens são determinadas por um 
campo de visão (field of view- FOV), que varia conforme o arco 
mandibular ou maxilar, ou com todo o complexo maxilofacial. 
Sua escolha é de acordo com o tratamento do paciente ou 
procedimento. 
 
-O voxel e o FOV são o que determinam a resolução da imagem. 
-Os exames são gerados no formato DICOM (digital imaging 
communication in medicine). Nesse formato podem ser usados 
na produção, armazenamento, exibição, envio, na consulta, na 
impressão etc. 
 
§ VANTAGENS= visualizar estruturas anatômicas sem 
superposição, obtenção de múltiplos ângulos da mesma 
estrutura, possibilidade de reconstrução em 3D, possibilidade de 
transmissão de imagem por rede e baixa dose de radiação. 
§ DESVANTAGENS= há formação de artefatos e o tempo de 
formação da imagem. 
 
-O paciente é posicionado entre o receptor de imagem e a fonte de 
raios X. O feixe de raios passa por uma secção axial do paciente 
atingindo os detectores, que reconhecem a radiação atenuada pelo 
corpo. Então, ocorre uma reconstrução para que as informações 
sejam convertidas em imagem, a qual é chamada de RADON. 
 
ASPECTOS DA IMAGEM: 
-Ruído: imagem com aspecto granulado, este pode ocorrer em 
qualquer uma das fases de obtenção da imagem, e depende da 
eficiência dos detectores e fluxo de fótons de raios x. 
Esse fluxo de raios é determinado pela= tensão aplicada no tubo 
de raios x, pela corrente no tubo de raios x, filtro físico, espessura 
do corte, espessura e composição na região do corpo a ser 
estudada (interação dos raios x com a matéria). 
-Artefato: imagens de estruturas ou padrões sem relação com o 
objeto, que não correspondem à realidade. 
São consideradas fontes de artefatos= movimentos do paciente, 
objetos metálicos e desbalanceamento dos detectores. 
 
DOSE DE RADIAÇÃO: 
-Os fatores que influenciam na dose efetiva são= FOV, 
miliamperagem, quilovoltagem, tempo de varredura, sensibilidade 
do sensor e quantidade de imagens capturadas. 
 
---Técnica radiográfica para ATM--- 
 
ATM: tem formato elipsoide; composta pela cabeça da mandíbula, 
é associada ao ramo mandibular por meio de um colo. Tem cerca 
de 20mm no sentido médio-lateral, e de 6-10 mm no sentido 
antero posterior. O componente temporal é formado pela face 
inferior do processo escamoso do osso temporal, e o disco 
articular formado por tecido conjuntivo fibroso avascular, 
posicionado entra a cabeça da mandíbula e os componentes 
temporais. 
-As duas articulações, mesmo que separadas, funcionam em 
conjunto. 
 
-Os exames de imagem são realizados geralmente quando há 
suspeita de anormalidades ósseas ou infecções. 
 
§ INDICAÇÃO: em históricos de trauma, disfunção significativa, 
suspeita de anomalia óssea, alteração na amplitude do 
movimento, nas anomalias sensoriais ou motoras e em casos de 
alteração de oclusão. 
§ CONTRA-INDICAÇÃO: em casos de sons articulares e em 
crianças ou adolescentes assintomáticos prévios ao tratamento 
ortodôntico. 
§ OBJETIVOS: avaliar a integridade e relação dos tecidos moles 
e duros, confirmar o estágio da doença e avaliar o tratamento. 
 
-O exame deve permitir a comparação bilateral. 
-Exames para avaliar tecido duro= radiografias transfacial e 
transcranianas, radiografia panorâmica e tomografia 
computadorizada de feixe cônico ou helicoidal. 
-Exame para avaliar tecido mole= ressonância magnética 
 
TÉCNICAS TRANSFACIAL E TRANSCRANIANA: 
1- Transfacial: 
-Técnica de Mcqueen= Os raios x centrais do feixe devem 
incidir a 1,9 cm a frente do meato acústico externo, 
correspondente ao centro da incisura mandibular. A tomada 
com a boca aberta tem melhores condições de avaliação do 
côndilo. 
Angulação horizontal: 10º 
Angulação vertical de -5º a -10º 
 
2- Transcraniana: a radiação atravessa todo o crânio, as 
técnicas variam o ponto de entrada do feixe de radiação em 
relação ao meato, dirigido para ATM do lado oposto. 
Ademais o feixe de raios X é inclinado anteriormente para 
que se alinhe com o longo eixo do côndilo examinado. 
-Gillis= 1,27 cm a frente e 5,08cm acima do MAE 
-Grewcock= 2,54 cm acima do MAE 
-Lindblom= 2 cm para tras e 6 cm acima do MAE 
-Técnica lateral transcraniana de Updegrave= o paciente é 
posicionado sobre um suporte de Updegrave, com 
inclinação de 15º p/ apoio da cabeça. A preocupação é com o 
ponto de saída, que será na ATM que está mais próxima do 
filme. A posição da cabeça é paralela ao chassi porta-filme, e 
a região de incidência do feixe principal de 2 a 6 cm atrás do 
MAE, acima da porção petrosa do rochedo temporal. 
Ao todo são 6 imagens: 3 do lado direito, 3 esquerdo, nas 
posições de abertura máxima, topo a topo e máxima 
intercuspidação habitual (MIC). 
 
3- Técnica ântero-posterior: extrabucais 
 
4- Técnica submento vértex/axial: extrabucais. 
-Técnica panorâmica= temos a projeção do complexo 
maxilomandibular, assim como a ATM, mas nenhuma info 
sobre a posição condilar ou função é fornecida. Alterações 
ósseas podem ser mascaradas. 
 
5- Tomografia computadorizada de feixe cônico: indicada 
quando mais infos forem necessárias. As imagens fornecem 
uma informação única e valiosa sobre a anatomia, a 
extensão das fraturas e alterações patológicas, 
principalmente no exame das regiões complexas, como a 
ATM. 
 
6- Ressonância nuclear magnética: não invasivo e não faz uso 
de radiação ionizante. Porém tem alto custo e variação de 
qualidade. Explicita forma e localização do disco articular e 
estruturas moles adjacentes. Indicado para diagnosticar 
desordens internas da ATM. 
 
---Técnicas radiográficas extrabucais--- 
-Nelas o chassi é colocado forada boca do paciente e utiliza-se um 
ângulo de incidência dos raios x que permite visão mais ampla da 
região craniofacial. 
-Não apresentam detalhes e tanta precisão como as intrabucais. 
 
INDICAÇÕES: visualização ampla de áreas extensas e delimitação 
de grandes áreas patológicas; observação de simetria bilateral; 
observação por ângulos diferentes de áreas extensas; avaliação de 
pacientes que impossibilitam intrabucal (trismo, politraumatismo, 
com descontrole muscular etc); localizar, identificar e delimitar 
fraturas; avaliar deformidades faciais e calcificações em tecidos 
moles, localizar corpos estranhos, dentes inclusos e raízes 
residuais; avaliar crescimento e desenvolvimento facial; uso na 
odontopediatria (desenvolvimento dos permanentes em relação 
aos decíduos); exames com contraste para as glândulas salivares; e 
acompanhamento radiográfico pós-operatório. 
 
§ VANTAGENS: observação de áreas extensas, visualização em 
profundidade ao executar técnicas com incidência perpendicular 
entre si, radiografias em casos de trismo e reflexo de náusea 
acentuado, além de casos de arcada dentária estreita ou assoalho 
da boca raso, é possível também verificar toda a extensão de 
anomalias/lesões patológicas extensas. 
§ DESVANTAGENS: muita sobreposição de imagem e pouco 
detalhe nas imagens em relação as intraorais. 
 
FUNDAMENTOS DAS TÉCNICAS: 
-É necessário padronização, às vezes são necessárias pelo menos 
2 radiografias em ângulos retos uma em relação a outra. 
-Existem planos de referência para execução da técnica= PSM, 
axial, coronal, linha canto-meatal (ponto central do canal 
auditivo externo ao canto externo do olho), e plano de Frankfurt 
(ponto mais alto do tragus ao mais baixo da margem orbitária). 
-Os filmes variam de acordo com a imagem. Existem os formatos 
13x18, 13x30, 15x30, 18x24 e 24x20cm. 
-É necessário o uso de equipamentos especiais, como o Chassi 
(caixa metálica lacrada contra a entrada de luz, o qual mantem o 
filme e as placas intensificadores em contato). Além do uso de 
écrans ou placas intensificadoras (parecidas com os filmes, 
contem emulsão de cristais fluorescentes que quando atingidos 
pelos raios X intensificam o efeito radiográfico nos filmes pela 
emissão de luz. 
-Cefalostato= posiciona, imobiliza e padroniza a posição da 
cabeça do paciente. 
-É necessária a identificação do paciente na imagem, assim como 
a identificação dos lados da radiografia- R para o direito e L para 
o esquerdo. 
 
EQUIPAMENTOS DE RAIOS X: 
-Norma lateral= lateral de crânio (lateral verdadeira) e 
radiografia cefalométrica lateral (telerradiografia). 
 
-Norma frontal= incidência Pôstero-anterior (a radiação incide 
na porção posterior e sai na porção anterior); e a incidência 
Ântero-posterior (na qual a radiação incide na porção anterior e 
sai na porcao posterior). PA de crânio, PA de mandíbula, PA de 
Towne Reversa, PA de Waters (variações de PA de Caldwell) e 
AP de Towne. 
-Norma axial= Hirtz. 
 
1-LATERAL DE CRÂNIO 
Qualidade de imagem ideal: imagem com melhor definição 
possível, densidade de grau médio e baixo contraste. Deve-se 
retirar objetos metálicos do paciente ou quaisquer outros sobre a 
região pois há formação de projeções. 
 
-Sinonímia: perfil duro de crânio, lateral de crânio verdadeira, 
lateral sem cefalostato, lateral da cabeça. 
 
-INDICAÇÕES: fratura do crânio ou de base; fraturas do terço 
médio da face em suspeitas de deslocamento do maxilar para 
baixo ou para parte posterior; exame do seio maxilar, esfenoidal 
e frontal; condições que afetam a calota craniana (como doença 
de Paget). 
 
-Distância focal: 80 cm 
 
-Posição do receptor de imagem/chassi: em um suporte vertical 
estático, perpendicular ao plano horizontal. 
 
-Posição da cabeça do paciente: PSM paralelo ao chassi e 
perpendicular ao plano horizontal, de modo que o lado a ser 
estudado esteja voltado para o chassi. Plano de Frankfurt 
paralelo ao horizontal. 
 
-Ponto de incidência: região do arco zigomático do lado oposto, a 
meio caminho entre o canto externo e meato acústico externo. 
 
-Direção dos feixes de raios X: ângulo horizontal= 90º em relação 
ao PSM; ângulo vertical= oº. 
 
2-RADIOGRAFIA CEFALOMÉTRICA LATERAL 
É uma lateral de crânio padronizada para fazer mensurações, 
lineares e angulares. 
-Sinonímia: telerradiografia, projeção lateral do crânio. 
-Vantagem: padronização para efeito de comparações e estudos. 
 
-INDICAÇÕES: ortodontia, ortopedia facial e cirurgia 
bucomaxilofacial/ortognática. 
 
-São feitas com uso de cefalostato que mantem uma relação 
constante entre crânio, filme e feixe de raios X. 
-Distância focal: 1,5 a 2 m. 
 
-Receptor de imagem: perpendicular ao plano horizontal 
colocado no cefalostato. 
 
-Posição do paciente: posicionado no cefalostato, PSM 
perpendicular ao solo e paralelo ao receptor de imagem, plano 
de Frankfurt paralelo ao horizontal. Dentes em MIH e lábios 
relaxados. 
 
-Posição do feixe central: perpendicular ao PSM do paciente e 
plano do filme. 
 
-Ponto de incidência: região do meato acústico externo, ou no 
ponto tragus, do lado oposto ao examinado. 
 
-Direção dos feixes de raio X: ângulo vertical= 0º em relação ao 
plano de Frankfurt e ângulo horizontal= 90º em relação ao PSM. 
 
3-PROJEÇÃO PÓSTERO-ANTERIOR DE CRÂNIO (PA DE 
CRÂNIO) 
-Segunda mais comum na odonto 
-Sinonímia: incidência de Caldwell, occiptofrontal, PA 
verdadeira, cefalométrica frontal (quando utiliza cefalostato). 
 
-INDICAÇÕES: avaliação do crescimento facial e o 
desenvolvimento, trauma, patologias, anormalidade de 
crescimento (análise de Ricketts), análise do seio frontal e 
etmoidal, órbitas, cavidade nasal, avaliação das assimetrias 
faciais, avaliação dos resultados de cirurgias ortignáticas. 
 
-Distância focal: 80 cm. Quando usado cefalostato será utilizada 
a distância de 1,5 m. 
 
-Posicionamento do receptor de imagem: em um suporte 
vertical, em frente ao paciente, perpendicular ao PSM, e paralelo 
ao plano coronal. 
 
-Posição do paciente: paciente fica de frente para o receptor. O 
PSM perpendicular ao filme/receptor, tocando o nariz no chassi 
(apoio násio). Plano de Frankfurt paralela ao plano horizontal ou 
perpendicular ao chassi. 
 
-Ponto de incidência: protuberância occipital externa. Ângulo 
vertical= 0º e horizontal= 0º. 
 
-Direção dos feixes de raios X: paralelamente a linha infra-
orbitomeatal (liga a parte inferior da órbita ao meato acústico 
externo), feixe da protuberância occipital externa à fossa 
orbitária. 
 
4-PÓSTERO-ANTERIOR DE MANDÍBULA (PA DE 
MANDÍBULA) 
 
-INDICAÇÕES: fraturas de mandíbula na região do ângulo, do 
ramo ascendente, do pescoço do côndilo e do terço posterior do 
corpo; lesões císticas ou tumorais dessas regiões para observação 
de expansões chamadas látero-laterais; hipo-hiperplasias 
mandibulares e outras deformidades maxilofaciais. 
 
-Distância focal: 80 cm 
 
-Posição do receptor: em suporte vertical, em frente ao paciente. 
 
-Posição da cabeça do paciente: de frente para o receptor, PSM 
perpendicular ao filme, tocando a fronte e o nariz no receptor 
(apoio fronto-naso); linha canto-meatal paralela ao plano 
horizontal ou perpendicular do chassi. 
 
-Ponto de incidência principal: 2cm abaixo da protuberância 
occipital externa. 
 
-Direção do feixe de raios X: ângulo horizontal de 0º e paralelo 
ao PSM do paciente, e ângulo vertical também de 0º paralelo a 
linha canto-meatal. 
 
5-PROJEÇÃO DE TOWNE REVERSA (PA DE MANDÍBULA 
COM BOCA ABERTA) 
-Nesta o paciente deve abrir a boca, para que seja retirada toda a 
sobreposição da região. 
 
-INDICAÇÃO: estudo de ângulo e parte do ramo da mandíbula, 
localização, direção de fraturas, localização de dentes inclusos. 
 
-Receptor de imagem e posicionamento do paciente: é colocado 
em frente ao paciente perpendicular ao PSM e paralelo ao plano 
coronal. A cabeça do paciente é inclinada para baixo formando 
um ângulo de 25-30º entre a linha cantomeatal e o receptor, com 
a boca aberta. 
 
-Posição do feixe central de raios x: feixecentral perpendicular 
ao filme radiográfico, paralelo ao PSM e centralizado ao nível 
das cabeças da mandíbula. Ângulo vertical= 0º e horizontal= 0º. 
 
-Imagem resultante: PSM divide o crânio em duas metades 
simétricas. A parte petrosa do osso temporal pode ser sobreposta 
à parte inferior do osso occipital e as cabeças da mandíbula, 
inferiormente à eminência articular. 
 
6-PÓSTERO-ANTERIOR PARA SEIOS MAXILARES 
-Sinonímia: PA de Waters (mais conhecido), occipitomentual, 
mento-naso-placa, occipitonasal. 
 
-INDICAÇÕES: exame do seio maxilar, fraturas do terço médio 
da face (Lefort 1,2 e 3), do complexo zigomático, do complexo 
nasoetmoidal e exame do seio esfenoidal. 
 
-Posição do receptor: em suporte vertical, em frente ao paciente, 
perpendicular ao plano horizontal. 
 
-Posição da cabeça do paciente: de frente para o receptor, PSM 
perpendicular ao receptor. Cabeça inclinada para cima, 
mantendo região do mento apoiada no receptor e a região do 
ápice nasal afastado cerca de 3 cm, formando ângulo de 45º entre 
a linha cantomeatal e o receptor (ou linha mento-meatal 
perpendicular ao receptor). Se quiser ver o seio esfenoidal, pede 
para o paciente abrir a boca, e será visto sobreposto ao palato (a 
modificação tem nome de Waters-Waldron). 
 
-Feixe de raios x: perpendicular ao filme e centralizado na área 
dos seios maxilares. Ângulo vertical= 0º e horizontal= 0º. 
-Imagem resultante: PSM divide a imagem do crânio em duas 
imagens simétricas. A parte petrosa do temporal pode ser 
projetada abaixo do assoalho do seio maxilar. 
 
7-PROJEÇÃO ÂNTERO-POSTERIOR DE CRÂNIO (AP DE 
CRÂNIO) 
-Sinonímia: técnica de Towne 
 
-INDICAÇÕES: avaliação da cabeça da mandíbula em sentido 
látero-lateral, fraturas do colo, deslocamentos, hipo e 
hiperplasias, avaliação do processo estiloide e ligamento 
estilohióideo. 
 
-A diferença da Towne reversa é que o paciente fica de costas 
para o receptor e a incidência é ântero-posterior. Face do 
paciente fica voltada para fonte de raios X. 
 
-Distância focal: 80cm. 
 
-Receptor de imagem e posicionamento do paciente: o receptor é 
colocado atrás do paciente, perpendicular ao PSM e paralelo ao 
coronal. A cabeça do paciente é inclinada para baixo, plano de 
Frankfurt inclinado a 30º com a boca aberta. 
 
-Ponto de incidência: feixe central perpendicular ao filme, 
paralelo ao PSM e centralizado ao nível da glabela. Ângulo 
vertical= 0º e horizontal= 0º. 
 
8-PROJEÇÃO SUBMENTONIANA 
-Sinonímia: axial direta, submentovértice e Hirtz. 
 
-INDICAÇÕES: exames do seio esfenoidal, lesões osteolíticas ou 
expansivas que afetam a região do palato, região pterigoide e 
base do crânio, pesquisa de fraturas do arco zigomático em 
rádios obtidas com redução da quilovoltagem. 
 
-Receptor de imagem e posicionamento do paciente: receptor 
apoiado ao vértice, perpendicular ao PSM e ao plano coronal. 
Para conseguir a posição, o paciente é hiperextendido tão 
posteriormente quanto possível, com a linha canto-metal 
formando um ângulo de 10º em relação ao receptor. PSM 
perpendicular ao horizontal e plano de Frankfurt perpendicular 
ao horizontal. 
 
-Posição do feixe central de raios X: centro da mandíbula, 
inferior à sínfise. O feixe central é perpendicular ao receptor.

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