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aula04 A IMPORTANCIA DA FORMULAÇÃO DE ESTRATEGIAS NO EMPREENDEDORISMO

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Curso Livre/EAD - Leandro Rennê Camilo - UNIGRAN | 2018
Alunos (as):
Chegamos ao último módulo. Aprenderemos 
nos tópicos abaixo sobre a importância da 
formulação de estratégias no empreendedorismo.
Boa aula!
A Importância da Formulação de 
Estratégias no Empreendedorismo
4Módulo
Empreendedorismo no Mundo dos Negócios
30
1 - Contextualização
Na área da gestão de empresas, a palavra 
estratégia foi utilizada pela primeira vez em 
1947, mas foi na década de 1970 que os conceitos 
relacionados às estratégias ganharam maior ênfase. 
Hoje, a formulação de estratégias é reconhecida por 
empreendedores e dirigentes como um fator crucial 
para o sucesso das organizações.
Uma vez que existe uma vasta gama de definições 
para o termo e porque não são universalmente 
aceitos, surgiram diversas escolas de pensamentos 
estratégicos.
Mintzberg identificou dez escolas de pensamento 
no campo da administração estratégica. Três 
escolas, de natureza prescritiva, têm tratado 
estratégia como tentativas conscientemente 
deliberadas de alinhar a organização com seu 
ambiente e veem a formulação de estratégia como 
um processo que envolve o desenho conceitual 
(escola do design), planejamento formal (escola 
do planejamento), e posicionamento competitivo 
(escola do posicionamento). Existe, ainda, 
um grupo composto de seis escolas chamadas 
descritivas: a escola empreendedora, que trata 
a formação de estratégias como um processo 
visionário; a cognitiva que apresenta estratégia 
como um processo mental; a de aprendizagem, 
que considera a estratégia como resultado de um 
processo de conflito e disputa por poder; a cultural, 
que vê a estratégia como um processo passivo. 
Existe ainda a escola de configuração que procura 
delinear os estágios e consequências do processo de 
formação de estratégias como um todo integrado 
(MINTZBERG et al, 2000, apud FIALHO et al, 
2007 p. 71).
Veremos mais adiante as premissas das escolas 
empreendedora e cognitiva que são as que possuem 
relevância dentro do empreendedorismo. Antes 
veremos o que vem a ser estratégia. 
2 - Estratégia 
Entre as diversas definições de estratégia 
existentes, destaco a definição de Ansoff (1977) 
apud Fialho et al (2007), o qual defende que a 
estratégia consiste em uma regra para tomar decisões 
determinadas pelo escopo produto/mercado, vetor 
de crescimento, vantagem competitiva e sinergia.
A palavra vem do grego antigo stratègós (de 
stratos, “exército”, e ago, “liderança” ou “comando” 
tendo signifi cado inicialmente “a arte do general”) 
e designava o comandante militar, à época de 
democracia ateniense. O idioma grego apresenta 
diversas variações, como strategicós, ou próprio 
do general chefe; stratégema, ou estratagema, ardil 
de guerra; stratiá, ou expedição militar; stráutema, 
ou exército em campanha; stratégion, ou tenda do 
general, dentre outras.
Atualmente, o conceito de estratégia é uma das 
palavras mais utilizadas na vida empresarial e 
encontra-se abundantemente na literatura da 
especialidade. À primeira vista parece tratar-se de 
um conceito estabilizado, de sentido consensual e 
único, de tal modo que, na maior parte das vezes, 
entende-se ser escusada a sua definição.
Contudo, um pouco de atenção ao sentido em que 
a palavra é usada permite, desde logo, perceber 
que não existe qualquer uniformidade, podendo 
o mesmo termo referir se a situações muito 
diversas. Se para uma leitura apressada esse facto 
não traz transtornos, para o estudante destas 
matérias e mesmo para os gestores têm por função 
definir ou redefinir estratégias e implantá-las nas 
organizações, a definição rigorosa do conceito que 
têm de levar a cabo é o primeiro passo para o êxito 
dos seus esforços (WIKIPÉDIA, 2013).
Quanto ao processo de formulação de 
estratégias, ela pode ser dividida em duas etapas:
• etapa política – quando se define o que 
fazer, tendo-se como produto os objetivos;
• etapa estratégica – quando se define como 
fazer, tendo-se como produto as estratégias.
O processo de formulação estratégica dentro das 
organizações pode ser considerado um procedimento 
de adaptação das empresas às variações do ambiente 
no qual estão inseridas, alocando e realocando seus 
recursos às unidades estratégicas de negócios.
Porter (1987) classifica as estratégias em três 
níveis hierárquicos:
• Corporativos – define o ramo de atuação e 
como administrar o negócio como um todo;
• Empresarias – define o que fazer para que 
os clientes prefiram seus produtos;
• Funcionais – apoio às demais estratégias 
da empresa para alcançar os objetivos 
empresariais.
De maneira geral, as estratégias em qualquer 
nível visam à adaptação da empresa ao ambiente 
externo.
A maioria das empresas enfrenta dificuldades 
em readaptar suas estratégias de ação diante de 
novas circunstâncias. Adiam as mudanças até o 
momento em que a crise chega, quando, na maioria 
das vezes, já é tarde demais, ou então já tenha 
passado o melhor momento para a implantação da 
nova estratégia.
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Curso Livre/EAD - Leandro Rennê Camilo - UNIGRAN | 2018
2.1 - Escolha Estratégica 
Outro ponto relevante, desafiador ao 
empreendedor, é saber qual estratégia adotar 
mediante inúmeras possibilidades com relação à 
estratégia que a empresa usa em suas interações 
com o ambiente.
O poder é um fator chave da escolha de estratégias, 
uma vez que é aquele que detém o poder que 
decidirá o que será ou não feito. Esse centro de 
poder é chamado coalizão dominante (o grupo que 
exerce as escolhas estratégicas).
Toda organização tem uma coalizão dominante 
e esta, por sua vez, tem autonomia para tomar 
decisões. Assim, as decisões estratégicas acerca do 
ambiente podem ser feitas com base em percepções 
individuais, portanto avaliando de forma diferente 
por diferentes pessoas. (FIALHO et al, 2007, p. 75).
O quadro a seguir mostra o Modelo de 
Categorias Estratégicas proposto por Miles e Snow 
(1978). Por meio deste modelo pode-se perceber 
melhor como as escolhas estratégias ocorrem.
Conforme o modelo, as empresas desenvolvem 
padrões de comportamento estáveis sem mudanças 
radicais, em busca de uma estabilidade com o 
mercado. O modelo propõe a existência de quatro 
tipos de estratégias: defensiva, prospectora, analítica 
e reativa.
A importância da abordagem da escolha 
estratégica está no fato de que as mudanças 
estratégicas das organizações são realizadas por 
meio da escolha estratégica de seus dirigentes 
principais, segundo as percepções do ambiente.
2.2 - Formulação de estratégias a partir de 
aspectos cognitivos do empreendedor
Cognição é o ato ou processo de conhecer, que 
envolve atenção, percepção, memória, raciocínio, 
juízo, imaginação, pensamento e linguagem, 
a palavra tem origem nos escritos de Platão e 
Aristóteles (WIKIPÉDIA, 2013).
Dessa forma, a palavra cognitivo(a) pode ser 
visto(a) como um processo mental, a absorção, base 
de conhecimento de um indivíduo.
A tendência empreendedora surge com o 
reconhecimento da possível importância da 
influência do comportamento individual sobre o 
processo de formação e implantação de estratégias 
organizacionais.
Em muitas organizações, as decisões são 
tomadas essencialmente a partir da visão que seus 
dirigentes têm do ambiente em que as empresas 
estão inseridas. Assim sendo, o perfil cognitivo do 
Empreendedorismo no Mundo dos Negócios
32
dirigente passa a ser o fator chave na tomada de 
decisões em muitas empresas.
Muitos empreendedores acham desnecessária 
a implementação de procedimentos formais de 
planejamento estratégico. Outros, têm tido sucesso 
por meio de métodos diferentes dos convencionais 
da prática da administração mercadológica, como 
por exemplo, a intuição e a improvisação.
Mesmo os empreendedores que dispõem de 
planos concretos, acabam sendo influenciados por 
suas características psicológicas. Com base no que 
vimos, percebemos que muitas empresas agem 
dessa forma. Quantas empresas conhecemos que 
não possuem a conduta de planejar suas ações, 
quantas tiveram que fecharsuas portas, na grande 
maioria em decorrência de estratégias errôneas.
Mintzberg et al (2000) apud Fialho et al 
(2007) ressalta ainda que o empreendedor, quando 
motivado por suas características pessoais, toma 
decisões arriscadas em ambientes extremamente 
instáveis.
3 - Premissas da escola empreende-
dora e cognitiva
De acordo com as premissas dessa escola, as 
decisões estratégicas tomadas por um empreendedor 
são baseadas em uma visão deliberada e em 
ações incrementais. Isto posto, a partir da visão 
que o empreendedor possui do ambiente e dos 
acontecimentos que o cercam é que as novas 
decisões são tomadas.
A visão é promovida de forma decidida, de 
forma que assuma o controle da implementação 
dos aspectos que são necessários. A visão para esta 
escola é o instrumento de orientação, o guia do 
empreendedor.
Mintzberg et al (2000) apud Fialho et al (2007) 
definiu as principais características da abordagem da 
visão empreendedora para a geração de estratégias, 
são elas:
• no critério empreendedor, a geração de 
estratégias é dominada pela busca de novas 
oportunidades;
• em uma organização empreendedora, o 
poder é centralizado nas mãos do executivo 
principal. A visão substitui os planos 
formais.
• a geração de estratégias na empresa 
empreendedora é caracterizada por grandes 
saltos para frente, porém, em um campo de 
incertezas, pois há riscos.
• como os objetivos da organização são 
simplesmente uma continuidade dos 
objetivos do empreendedor, o objetivo 
principal passa a ser o crescimento da 
organização.
3.1 - Formulação da estratégia
É o curso de ação com vistas a garantir que 
a organização alcance seus objetivos. Formular 
estratégias é, então, projetar e selecionar aquelas que 
levem à realização dos objetivos organizacionais.
3.2 - Implementação da estratégia
Envolve colocar em ação as estratégias 
desenvolvidas para obter os benefícios da realização 
da análise organizacional e da formulação da 
estratégia.
3.3 - Controle estratégico
Consiste na monitoração e avaliação do 
processo de administração estratégica para melhorá-
lo e assegurar um funcionamento adequado.
Segundo Michael Porter, da Universidade 
de Harvard, a administração precisa selecionar 
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Curso Livre/EAD - Leandro Rennê Camilo - UNIGRAN | 2018
uma estratégia que confira à sua organização uma 
vantagem competitiva. A vantagem competitiva 
é uma capacidade ou circunstância que propicia à 
organização uma margem competitiva sobre seus 
concorrentes.
Porter (1986; 1990) identificou três estratégias 
que a organização pode escolher:
• estratégia de liderança de custo: o sucesso 
com essa estratégia requer que a organização 
seja líder de custos nos produtos e/ou serviços 
que ela oferece ao mercado. Além disso, o 
produto e/ou serviço deve ser comparável 
ao oferecido pelos concorrentes ou, pelo 
menos, aceitável pelos compradores. Como 
obtê-la? Aqui, deve-se atentar para:
• eficiência nas operações;
• economias de escala;
• inovações tecnológicas;
• baixo custo de mão de obra;
• acesso preferencial às matérias-primas.
• stratégia de diferenciação: a organização 
pode diferenciar-se por alta qualidade, 
velocidade, projeto avançado, capacidade 
tecnológica, assessoria especializada, 
conveniência, margem de escolha, 
serviço excepcional ou uma imagem de 
marca extraordinariamente positiva. O 
fundamental é que o atributo escolhido seja 
diferente dos oferecidos pelo concorrente;
• estratégia de foco: as duas primeiras 
estratégias buscavam uma vantagem 
competitiva em uma ampla gama de 
segmentos.
No caso da estratégia de foco, a administração 
seleciona um segmento ou um grupo de segmentos 
em determinado setor, tais como a variedade 
dos produtos, o tipo de consumidor final, o canal 
de distribuição ou a localização geográfica dos 
compradores.
São os benefícios potenciais de uma ênfase em 
administração estratégica em uma organização: 
• indica os problemas que podem surgir antes 
que ocorram;
• alerta a organização para as mudanças e 
permite ações em resposta a mudanças;
• identifica qualquer necessidade de 
redefinição na natureza do negócio;
• melhora a canalização de esforços para a 
realização de objetivos predeterminados;
• permite que os administradores tenham 
uma visão clara do negócio;
• facilita a identificação e exploração de 
futuras oportunidades de mercado;
• oferece uma visão objetiva dos problemas 
de administração;
• torna mais efetiva a locação de tempo 
e recursos para a identificação de 
oportunidades;
• permite ordenar as prioridades dentro do 
cronograma do plano;
• dá a empresa uma vantagem sobre os 
concorrentes.
Estratégia Empresarial - é a maneira como a 
empresa irá se comportar; é “a determinação da 
futura postura da empresa, com especial referência à 
sua postura quanto aos seus produtos-mercado, sua 
lucratividade, seu tamanho, seu grau de inovação e 
suas relações com seus executivos, seus empregados 
e instituições externas” (FABIANO, 2013).
Caríssimos Alunos (as),
As ideias que foram apresentadas nesse curso têm 
efeito maiores quando impulsionadas pelo espírito 
empreendedor de quem idealiza novos caminhos. 
Portanto, o empreendedor deve ser visto como o 
indivíduo que detecta uma oportunidade e cria um 
negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos 
calculados.
Agradecemos pela oportunidade de poder 
proporcionar conhecimento a cada um de vocês e espero 
nos encontrarmos em outros cursos. 
Sucesso!
Minhas anotações

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