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ONU - Organização das Nações Unidas

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ORIGEM 
Reunidos em São Francisco (EUA), 51 Estados aprovaram a Carta das 
Nações Unidas em 25 de junho de 1945. 
A vitória contra o Eixo era iminente e tornava-se imprescindível 
institucionalizar as relações internacionais. 
Durante a formação da coalizão contra o nazismo articulado desde o 
início da 2°GM, o Reino Unido e os EUA – seus primeiros expoentes – 
estabeleceram os princípios que deveriam orientar as relações 
internacionais após o conflito. 
A Carta do Atlântico, firmada por Londres e Washington em 14 de 
agosto de 1941, enumera os seguintes princípios: 
- Direito dos povos de escolher sua organização política; 
- Proibição do uso da força nas relações exteriores; 
- Obrigação de consulta às populações em caso de modificações 
territoriais; 
- Acesso aos mercados e matérias-primas; 
- Liberdade de navegação nos mares; 
- Segurança coletiva. 
 
Conferência de Washington, 1942 
Contudo, no dia 1 de janeiro de 1942, após a entrada efetiva na guerra 
da URSS X EUA, uma Conferência é realizada em Washington reunindo 
26 países. Ao reiterar os princípios contidos na Carta do Atlântico, a 
Conferência de Washington, anuncia a necessidade de uma 
solidariedade destas nações para fazer frente a Eixo. 
Desta forma, surge o embrião de uma nova organização que deverá 
coordenar as relações entre os Estados e que aporta como grande 
novidade uma marcante coesão sistêmica. 
 
 
 
 
Conferência de Moscou, 1943 
A Conferência de Moscou, em outubro de 1943, reuniu EUA, Reino 
Unido e a URSS. Em sua declaração final, Aliados insistem na criação 
de uma “organização internacional baseada no princípio da igual 
soberania de todos os Estados pacíficos, pequenos ou grandes, com o 
objetivo de manter a paz e a segurança internacionais”. Por 
conseguinte, a ONU nasce da guerra e será construída para combate-
la. 
 
Conferência de Bretton Woods, 1944 
A Conferência tinha como objetivo principal estabelecer a paz entre as 
nações depois de crises e disputas (GM’s, Grande Depressão, etc). 
Na visão dos responsáveis pelo debate, o imperialismo era o grande 
causador dos conflitos internacionais e apenas o livre mercado e 
comércio seria capaz de resolver as desavenças entre os países. 
Os economistas que lá estavam definiam tal sistema como falho e 
destacavam a importância de reformular a economia a nível global 
para evitar outro conflito. Os desdobramentos de Bretton Woods 
deram espaço para que a política do Monetarismo de Milton 
Friedman se instalasse no cenário macroeconômico mundial, 
acompanhada do liberalismo, e para a consolidação de instituições 
financeiras mundiais. 
 
Conferência de Dumbarton Oaks, 1944 
Ao mesmo tempo em que as potências aliadas se esforçavam para 
organizar as relações econômicas internacionais (Bretton Woods), 
representantes da China, EUA, Reino Unido e URSS encontraram-se 
nos arredores de Washington para definir os contornos da 
organização política das relações internacionais pós-guerra. 
Nesta ocasião, foi submetido um texto preparado pelo Departamento 
de Estado, contendo os principais dispositivos da futura OI. 
Tornava-se evidente que o novo organismo seria eficaz caso contasse 
com a aprovação das grandes potências. No entanto, ela não poderia 
restringir-se tão somente aos grandes Estados, pois seria o oposto ao 
espírito universalista apresentado. 
 
 
 
 
 UNIVERSALIDADE x PODER 
Tal contradição entre o universal e a capacidade efetiva de lutar para a 
manutenção da paz (a qual somente as potências com capacidade 
militar desfrutavam) explicita tanto os debates em torno da nova 
organização, quanto o balanço de sua atuação. 
Além das condições objetivas das quais as grandes potências 
desfrutavam para sustentar a segurança internacional, devemos 
adicionar que a vontade de marcar uma posição diferenciada na futura 
organização é uma decorrência natural do desenlace da guerra. 
Contrariamente à experiência das Nações Unidas – espaço de 
encontros e discussões entre Estados colocados em um mesmo plano 
jurídico – a nova organização deverá permitir o acesso às instâncias 
decisórias somente a um pequeno e seleto grupo de países. 
 
 DIREITO E ONU 
O Direito é inerente ao sistema ONUsiano. 
Do ponto de vista institucional, a organização contará com 2 Câmaras: 
uma geral e desprovida de poder real (AG – Assembleia Geral), onde 
todos os Estados estarão representados em pé de igualdade. A maioria 
dos Estados possui um interesse limitado pelas questões 
internacionais. 
Outro órgão é restrito e em sua composição (CS – Conselho de 
Segurança), onde as grandes potências vencedoras da guerra, capazes 
militarmente e com interesses generalizados, serão representados de 
forma permanente. 
As potências vencedoras da guerra corriam o risco de serem 
compelidas a acatar iniciativas coletivas para a manutenção da paz, 
mesmo contra a sua vontade, caso as decisões fossem tomadas 
baseando-se em qualquer cálculo majoritário ou proporcional, no 
âmbito do órgão restrito. 
Neste ínterim, não bastava tão somente fazer parte de um órgão 
decisório restrito, haja vista que as potências (de maneira individual ou 
coletiva) pudessem controlar o rumo de suas decisões. A solução foi 
adotada na Conferência de Yalta. 
 
Conferência de Yalta, 1945 
Em janeiro de 1945, a Conferência reuniu Churchill (Ex Primeiro 
Ministro do Reino Unido), Roosevelt (32° Presidente dos EUA) e Stalin 
(Ex Primeiro Ministro da URSS). 
 Tratou de diferenciar os países-membros do Conselho em 
permanentes e decisórios, ou seja, qualquer decisão emanada deste 
órgão não deveria sofrer oposição de um membro permanente. 
Portanto, os membros permanentes deveriam agir de forma unânime 
para que uma decisão viesse a ser adotada, surge assim o poder de 
veto. 
A adoção da ideia do poder de veto no Conselho sofreu forte oposição 
dos pequenos e dos médios Estados, como por exemplo latino-
americanos e Austrália. A contestação repousa nos princípios, pois não 
é admissível estabelecer parâmetros diferenciados numa organização 
que apresenta como democrática. 
 
 ORGANIZAÇÃO DA ONU 
A ONU está dividida em seis órgãos, que são entidades segmentadas 
que atuam em diferentes frentes, conforme os objetivos e os interesses 
da organização, sendo eles: 
✓ Assembleia Geral; 
✓ Conselho de Segurança; 
✓ Conselho Econômico e Social; 
✓ Conselho de Tutela; 
✓ Corte Internacional de Justiça; 
✓ Secretariado. 
 
Assembleia Geral 
A Assembleia Geral é formada por todos os países-membros da 
instituição. Anualmente, ocorre uma reunião, no mês de setembro, na 
sede da ONU, onde os países que compõem a organização colocam em 
discussão pautas voltadas para a paz, a segurança e a qualidade de 
vida da população mundial. 
A Assembleia Geral tem uma função consultiva e é uma oportunidade 
para os governos nacionais discutirem seus pontos de vista sobre as 
principais questões mundiais. 
 
Conselho de Segurança 
O Conselho de Segurança é formado por um número reduzido de 
países. Tem como objetivo realizar discussões sobre as ameaças à paz 
mundial, assim como propor soluções para possíveis conflitos 
existentes no globo. 
O Conselho de Segurança possui caráter deliberativo, ou seja, pode 
instituir sanções aos países-membros. É formado por um conjunto 15 
países: cinco permanentes e 10 não permanentes. 
 
Conselho Econômico e Social 
Por sua vez, o Conselho Econômico e Social possui como função auxiliar 
na proposição e na concretização de políticas que vislumbram a 
melhoria da qualidade de vida da população do globo, com destaque para 
as áreas econômicas e sociais, além da área ambiental. 
Fazem parte desse órgão importantes instituições, sendo as principais: 
✓ Comissão Econômica para a América Latina (Cepal) 
✓ Fundo Monetário Internacional (FMI) 
✓ Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura 
(FAO) 
✓ Organizaçãodas Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a 
Cultura (Unesco) 
✓ Organização Mundial do Trabalho (OIT) 
✓ Organização Mundial da Saúde (OMS) 
 
Conselho de Tutela 
Direcionava-se a proteger povos e territórios que não possuíam um 
governo específico, sendo muitos deles originados de disputas 
geopolíticas pelo globo, em especial a partir do resultado dos conflitos 
bélicos da primeira metade do século XX. 
Na atualidade, todos esses territórios que estavam sob tutela da ONU já 
se tornaram independentes ou integraram-se ao território de outras 
nações. Desta forma, o Conselho de Tutela foi suspenso no ano de 1994. 
Contudo, é um órgão que continua existindo e que compõe a ONU, e 
ainda pode voltar a reunir-se, caso haja uma indicação da Assembleia 
Geral ou do Conselho de Segurança. 
 
Corte Internacional de Justiça 
A Corte Internacional de Justiça, sediada em Haia (Países Baixos), é o 
órgão jurídico da ONU. O seu objetivo é solucionar conflitos jurídicos 
entre os países-membros, conforme as legislações internacionais 
vigentes. 
 
Secretariado 
Órgão administrativo da ONU que é chefiado por um Secretário-Geral, 
eleito pela Assembleia Geral, por meio da sanção do Conselho de 
Segurança, para um mandato de cinco anos. 
 
 PAÍSES MEMBROS 
A ONU possui um total de 193 membros permanentes, além de dois 
membros observadores, sendo eles a Palestina e o Vaticano. 
O último país a ingressar na ONU foi o Sudão do Sul, a partir da sua 
independência, em 2011. 
O Brasil é um membro fundador da ONU, ou seja, faz parte da 
organização desde o ano de 1945. 
A ONU possui uma grande diversidade países que estão distribuídos 
pelos cinco continentes (América, África, Ásia, Europa e Oceania). Suas 
línguas oficiais são: 
✓ árabe 
✓ chinês 
✓ espanhol 
✓ francês 
✓ inglês 
✓ russo

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