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1 PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E CIDADANIA SUBSECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO PERMANENTE 2018-2021 Belo Horizonte Abril de 2019 2 EXPEDIENTE Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania Secretária Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania | Maíra da Cunha Pinto Colares Subsecretário de Assistência Social | José Ferreira da Crus Subsecretário de Direito e Cidadania | Thiago Alves da Silva Costa Subsecretária de Segurança Alimentar | Darklane Rodrigues Subsecretaria de Assistência Social Diretora de Gestão do SUAS | Isabela de Vasconcelos Teixeira Diretora de Proteção Social Básica | Eliete Cristina Rezende Costa Diretora de Proteção Social Especial | Régis Spíndola Diretoria de Relação com o Sistema de Garantia de Direitos | Simone Albuquerque Diretores Regionais de Assistência Social Diretoria Regional de Assistência Social Barreiro | Ângela Maria de Souza Oliveira Diretoria Regional de Assistência Social Centro-Sul | Célio Augusto Raydan Diretoria Regional de Assistência Social Leste | Ricardo Marcelo Fait Gorchacov Diretoria Regional de Assistência Social Nordeste | Sandra Silar Lopes dos Santos Diretoria Regional de Assistência Social Noroeste | Alessandra de Souza Figueiredo Diretoria Regional de Assistência Social Norte | Soraia Pereira de Souza Diretoria Regional de Assistência Social Oeste | Maria Angélica Barros Menezes Diretoria Regional de Assistência Social Pampulha | Claudia de Melo Machado de Melo Diretoria Regional de Assistência Social Venda Nova | Valéria Andrade Martins 3 FICHA TÉCNICA Coordenação Isabela de Vasconcelos Teixeira Diretoria de Gestão do SUAS – DGAS da Subsecretaria de Assistência Social Maria Aline Gomes Barboza Gerência de Gestão do Trabalho e Educação Permanente - GGTEP/DGAS Equipe Técnica da Gerência de Gestão do Trabalho e Educação Permanente Carlos Eduardo Firmino Eliane Rodrigues Silva Ewerton Herald Pinto Silva Érika Brandão Viana Lúcia de Fátima Alves Rocha Paula Dias Moreira Penna Lílian Rocha da Silva Barros Lucinea de Almeida Amorim Colaboração Grupo de Trabalho PMEP (Portaria SMASAC nº 027/2018) Adriana Silva Basílio (SUASS – Diretoria de Proteção Social Especial) Alessandra Figueiredo (SUASS- Diretoria Regional de Assistência Social/DRAS) Célio Raydan (SUASS- Diretoria Regional de Assistência Social/DRAS) Cristiane Márcia Diniz Oliveira (SMASAC-Diretoria de Planejamento, Gestão e Finanças) Daniele Rodrigues Souza Carmona (Fórum Municipal de Trabalhadoras (es) do SUAS-BH) Denise Viana Fernandes (Fórum Municipal de Trabalhadoras (es) do SUAS-BH) Douglas Alves (SUASS – Diretoria de Proteção Social Especial) Fabiana Meijon Fadul (SUASS – Diretoria de Proteção Social Básica) Guilherme Lanna Alves Faria (SMASAC-Diretoria de Planejamento, Gestão e Finanças) Karina de Menezes Domingues Victor (SUASS – Diretoria de Gestão do SUAS) Liziane Vasconcelos Teixeira Lima (Fórum Permanente de Entidades e Organizações de Assistência Social) 4 Mara Rúbia de S.Albano Félix (SUASS – Diretoria de Proteção Social Básica) Maria do Carmo Rezende e Silva (Fórum Permanente de Entidades e Organizações de Assistência Social) Maria Thereza Nunes Martins (Assessoria da Subsecretaria de Assistência Social) Marilia Soares Nascimento (Fórum Municipal de Trabalhadoras (es) do SUAS-BH) Miriam Aparecida Mendes (SMASAC –Subsecretaria de Direito e Cidadania/SUDC) Priscila Franzini Pereira (SUASS – Diretoria de Gestão do SUAS) Ralise Cássia (Conselho Municipal de Assistência Social de Belo Horizonte/CMAS-BH) Núcleo Municipal de Educação Permanente/NUMEP Adriana Moreira O. Lanza (SUASS – Diretoria de Gestão do SUAS) Alba Maria Barbosa Coura (Fórum Municipal de Trabalhadoras (es) do SUAS BH –Rede Governamental) Alexandre Luiz Duarte dos Santos Costa (OAB MG- Conselho da Ordem dos Advogados de Minas Gerais) Aline Rabelo de Assis ((Fórum Municipal de Trabalhadoras (es) do SUAS BH –Rede Governamental) Carla Bronzo Ladeira Carneiro (Fundação João Pinheiro) Cleile Marie Camilo (Conselho Municipal de Assistência Social de Belo Horizonte/CMAS-BH) Cléssio Cunha Mendes (Fórum Municipal de Trabalhadoras (es) do SUAS BH-Rede Governamental) Cristiane Isabel Felipe (Fórum Permanente de Entidades e Organizações de Assistência Social) Cristiano da Costa Carvalho (UNA) Denise Viana Fernandes (Fórum Municipal de Trabalhadoras (es) do SUAS BH – Rede Privada) Diogo Quirino Queiroga (SMASAC – Diretoria de Planejamento, Gestão e Finanças) Douglas Alves (SUASS – Diretoria de Proteção Social Especial) Edvaldo Anastácio (Fórum Municipal de Trabalhadoras (es) do SUAS BH – Rede Privada) Evelin Lopes da Silva (Fórum Municipal de Usuários do SUAS BH) Fabiana Meijon Fadul (SUASS – Diretoria de Proteção Social Básica) 5 Fernanda Passos de Sá Nogueira (SMASAC – Diretoria de Planejamento, Gestão e Finanças) Flávia Zarattini Amorim (Conselho Regional de Psicologia/CRP MG) Francielly Ferreira Caetano (Conselho Regional de Serviço Social/CRESS MG) Geralda Luíza de Miranda (UFMG) Jacqueline Wanderley Matias Silva (Fórum Permanente de Entidades e Organizações de Assistência Social) Joaquim Calixto Filho (Fórum Municipal de Usuários do SUAS BH) Juliana Daviti Fernandino (Fórum Municipal de Trabalhadoras (es) do SUAS BH-Rede Governamental) Juliano Aparecido de Almeida (Unihorizontes) Lúcio Luiz Tolentino (SUASS – Diretoria de Gestão do SUAS) Mara Rúbia de S. Albano Félix (SUASS – Diretoria de Proteção Social Básica) Márcia Mansur Saadallah (PUC MG) Marcos Arcanjo de Assis (Fundação João Pinheiro) Maria do Carmo Rezende e Silva (Fórum Permanente de Entidades e Organizações de Assistência Social) Maria Júlia Andrade Vale (Conselho Regional de Psicologia/CRP MG) Natália Guimarães Duarte Sátyro (UFMG) Niselma da Soledade Caroba (Conselho Municipal de Assistência Social de Belo Horizonte/CMAS-BH) Regina Coeli de Oliveira (PUC MG) Roberto Rocha Tross (OAB MG- Conselho dos Advogados de Minas Gerais) Rosane Pilar Diegues Silva (UNA) Sandra Regina Ferreira (SUASS – Diretoria de Proteção Social Especial) Suênya Thatiane Souza de Almeida (Unihorizontes) Vinicius Quiroga Mendoza (Fórum Municipal de Trabalhadoras (es) do SUAS BH-Rede Governamental) 6 LISTA DE SIGLAS APP Analista de Políticas Públicas BH Belo Horizonte BPC Benefício de Prestação Continuada CCG Câmara de Coordenação Geral CENTRO-POP Centro de Referência Especializado da Assistência Social para atendimento à população adulta em situação de rua CLAS Comissões Locais de Assistência Social CMAS Conselho Municipal de Assistência Social CNAS Conselho Nacional de Assistência Social CORAS Conselhos Regionais de Assistência Social CRAS Centro de Referência de Assistência Social CREAS Centro de Referência Especializado de Assistência Social DGAS Diretoria de Gestão do SUAS DIAD-ASAC Diretoria Administrativa da Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania DPES Diretoria de Proteção Social Especial DPGF-ASAC Diretoria de Gestão, Planejamento e Finanças da Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania 7 DPSO Diretoria de Proteção Social Básica DRAS Diretoria Regional de Assistência Social DRSGD Diretoria de Relação com o Sistema de Garantia de Direitos ECA Estatuto da Criança e do Adolescente FMAS Fundo Municipal de Assistência Social FNAS Fundo Nacional de Assistência Social GERHU-ASAC Gerência de Recursos Humanos da SMASAC GGSMC Gerência de Gestão dos Serviços de Média Complexidade GGTEPGerência de Gestão do Trabalho e Educação Permanente GT Grupo de Trabalho GVISO Gerência de Vigilância Socioassistencial IGD-SUAS Índice de Gestão Descentralizada do Sistema Único de Assistência Social ILPI Instituição de Longa Permanência para Idosos LA Liberdade Assistida LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias LOA Lei Orçamentária Anual LOAS Lei Orgânica de Assistência Social 8 MDS Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome MGT Mesa de Gestão do Trabalho NOB-SUAS Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social NOB RH SUAS Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS NUMEP Núcleo Municipal de Educação Permanente do SUAS BH OSC Organizações da Sociedade Civil PAC Planos Anuais de Capacitação PACA Plano de Ação da Capacitação de Atualização PACI Plano de Ação da Capacitação Introdutória PAFO Plano de Ação de Formação PAEFI Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos PAIF Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família PAST Plano de Ação da Supervisão Técnica PBH Prefeitura de Belo Horizonte 9 PMAS Plano Municipal de Assistência Social PMEP Plano Municipal de Educação Permanente PNAS PNEP Política Nacional de Assistência Social Política Nacional de Educação Permanente PPAG Plano Plurianual de Ação Governamental PSB Proteção Social Básica PSC Prestação de Serviço à Comunidade RENEP/SUAS Rede Nacional de Educação Permanente do SUAS ROT Recursos Oriundos do Tesouro SCFV Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos SEAS Serviço Especializado em Abordagem Social SOF Sistema Orçamentário e Financeiro SMASAC Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania SMAAS Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social SPSPD Serviço de Proteção Social para Pessoas com Deficiências SUAS Sistema Único de Assistência Social SUAS/BH Sistema Único de Assistência Social de Belo Horizonte SUASS Subsecretaria de Assistência Social 10 SUDC Subsecretaria de Direito e Cidadania SUPLOR Subsecretaria de Planejamento e Orçamento 11 LISTA DE TABELAS Tabela 1- Escolaridade das (os) trabalhadoras (es) do PAIF/CRAS Tabela 2- Trabalhadoras (es) dos CREAS distribuídos por Formação e Serviço Tabela 3- Formação e escolaridade das (os) coordenadoras (es) de CREAS Tabela 4-Formação das (os) técnicas (os) de nível superior - Família Acolhedora Tabela 5- Distribuição das (os) trabalhadoras (es) de nível superior do órgão gestor nível central por formação Tabela 6- Distribuição das (os) trabalhadoras (es) das equipes de gestão das DRAS por formação Tabela 7-Distribuição das (os) trabalhadoras (es) da rede governamental que atuam na provisão de serviços, programas e benefícios por escolaridade e lotação Tabela 8- Distribuição das (os) trabalhadoras (es) da rede governamental que atuam na gestão por escolaridade e lotação Tabela 09-Distribuição das (os) conselheiras (os) municipais representantes da sociedade civil por escolaridade Tabela 10- Distribuição das (os) conselheiras (os) municipais representantes do governo por escolaridade Tabela 11- Metas orçamentárias para o quadriênio 2018-2021 Tabela 12 -Valor Reprogramado para 2019 Tabela 13-Metas físicas para o quadriênio 2018-2021 Tabela 14-Gestão do Trabalho e Educação Permanente do SUAS: LOA, Limite Orçamentário, Programação e Execução - 2018 Tabela 15-Planejamento das ações de Educação Permanente - quadriênio 2018-2021 12 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1- Trabalhadoras (es) de nível superior por formação/PAIF Gráfico 2- Modalidades de Pós-Graduação das (os) trabalhadoras (es) da equipe PAIF/CRAS Gráfico 3- Trabalhadoras (es) dos Centros de Convivência/SCFV de nível superior por formação Gráfico 4- Trabalhadoras (es) dos Centros de Convivência/SCFV de nível médio por função Gráfico 5- Trabalhadoras (es) dos Centros de Convivência/SCFV de nível fundamental por função Gráfico 6- Distribuição das (os) trabalhadoras (es) de nível superior da PSBR por formação Gráfico 7- Modalidades de Pós-Graduação das (os) trabalhadoras (es) da PSB Regional Gráfico 8 - Distribuição das (os) trabalhadoras (es) dos CREAS por nível de escolaridade Gráfico 9- Modalidade de pós-graduação das (os) trabalhadoras (es) do CREAS Gráfico 10-Trabalhadoras (es) do SEAS por escolaridade Gráfico 11- Trabalhadoras (es) de nível superior do SEAS por formação Gráfico 12-Trabalhadoras (es) do Centro Dia de nível superior por formação Gráfico 13-Trabalhadoras (es) de nível médio do Centro Dia por função Gráfico 14-Distribuição das (os) trabalhadoras (es) de nível médio do Serviço de Acolhimento Institucional por função Gráfico 15- Distribuição das (os) trabalhadoras (es) de nível fundamental do Serviço de Acolhimento Institucional por função Gráfico 16-Distribuição das (os) trabalhadoras (es) de nível superior do Serviço de Acolhimento Institucional por formação Gráfico 17- Escolaridade das (os) trabalhadoras (es) da SUASS (nível central) Gráfico 18- Trabalhadoras (es) da gestão lotados na DRAS por escolaridade Gráfico 19- Estagiárias (os) remuneradas (os) da PBH lotados nas unidades da SUASS Gráfico 20-Trabalhadoras (es) do SUAS BH por vínculo Gráfico 21-Escolaridade das (os) trabalhadoras (es) do SUAS-BH Gráfico 22- Distribuição das (os) trabalhadoras(es) da rede socioassistencial não governamental por escolaridade 13 Gráfico 23-Distribuição das (os) trabalhadoras (es) da rede socioassistencial governamental por escolaridade Gráfico 24-Proporção sexo/gênero das(os) trabalhadoras(es) do SUAS-BH Gráfico 25- Distribuição das (os) conselheiras (os) municipais por nível de escolaridade Gráfico 26- Valores programados e executados nas ações de Gestão do Trabalho e Capacitação no FMAS-BH no período de 2014 a 2017 Gráfico 27-Execução orçamentária das ações de Gestão do Trabalho e Capacitação do FMAS-BH, por fonte de recursos, do período de 2014 de 2017 (vs. 2018) LISTA DE MAPAS Mapa 1- Localização dos Centros de Referência de Assistência Social - CRAS e Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) Mapa 2-Localização dos equipamentos da Proteção Social Especial Média Complexidade – 2017 LISTA DE QUADROS Quadro 1- Organização do CMAS-BH LISTA DE FIGURAS Figura 1-Modelo de organização do PMEP e dos Planos Anuais de Capacitação e Formação Figura 2- Estratégias complementares de Supervisão Técnica 14 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ........................................................... Erro! Indicador não definido. 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 17 2 FUNDAMENTAÇÃO ................................................................................................ 21 2.1 Perspectiva político pedagógica da Educação Permanente no SUAS ........................... 24 2.2 Capacidades e competências requeridas para a atuação no SUAS ............................... 26 3 OBJETIVOS .............................................................................................................. 29 3.1 Objetivo Geral ..................................................................................................... 29 3.2 Objetivos Específicos ............................................................................................ 29 4 CONTEXTUALIZAÇÃO DA GESTÃO DO TRABALHO E EDUCAÇÃO PERMANENTE DO SUAS-BH .............................................................................................................. 30 5 LEVANTAMENTO DO PERFIL DAS (DOS) TRABALHADORAS (ES), GESTORAS (ES) E CONSELHEIRAS (OS) DO SUAS-BH ........................................................................36 5.1 Perfil das (os) trabalhadoras (es) da provisão da Proteção Social Básica ..................... 37 5.2 Perfil das (os) trabalhadoras (es) do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF/CRAS ........................................................................................................... 40 5.3 Perfil das(os) trabalhadoras(es) do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – SCFV ....................................................................................................... 42 5.4 Perfil das(os) trabalhadoras(es) da Proteção Social Básica Regional ...................... 45 5.5 Perfil das(os) trabalhadoras(es) da provisão da Proteção Social Especial .................... 49 5.5.1 Perfil das(os) trabalhadoras(es) dos CREAS ................................................. 40 5.5.2 Perfil das(os) trabalhadoras(es) do Serviço Especializado em Abordagem Social – SEAS ......................................................................................................... 53 5.5.3 Perfil das(os) trabalhadoras(es) do Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência adultas e suas famílias .................................................... 55 5.6 Perfil das(os) trabalhadoras(es) da provisão da Proteção Social Especial de Alta Complexidade ........................................................................................................... 57 5.7 Perfil das(os) trabalhadoras(es) da gestão do SUAS ............................................. 68 5.8 Quantitativo das (os) estagiárias(os) remunerados das equipes da SUASS ................... 66 5.9 Total das(os) trabalhadoras(es) do SUAS-BH ..................................................... 66 6 PERFIL DAS (OS) CONSELHEIRAS(OS) MUNICIPAIS DE ASSISTÊNCIASOCIAL71 7 LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES DE CAPACITAÇÃO E FORMAÇÃO ........... 77 8 DEFINIÇÃO DAS AÇÕES DE FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO .......................... 79 9. DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DOS PLANOS ANUAIS DE CAPACITAÇÃO (PAC) .......................................................................................................................... 83 9.1 Plano de Ação de Capacitação Introdutória (PACI) ................................................... 83 9.2 Plano de Ação de Capacitação de Atualização (PACA) ............................................. 84 9.3 Plano de Ação de Supervisão Técnica (PAST) ......................................................... 85 10 DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO DE FORMAÇÃO (PAFO) ........................................................................................................................ 91 11 CERTIFICAÇÃO .................................................................................................. 92 12 ORÇAMENTO......................................................................................................... 93 13 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO .................................................................... 999 REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 93 15 APRESENTAÇÃO O Plano Municipal de Educação Permanente é um dos instrumentos de gestão necessários à operacionalização da Política de Educação Permanente do SUAS, caracterizando-se como ferramenta para a estruturação e para o planejamento técnico e financeiro das ações de Educação Permanente no município de Belo Horizonte. O presente Plano foi construído visando à estruturação das ações de Educação Permanente, bem como a formulação de diretrizes para a elaboração dos planos anuais de capacitação e seus planos de ação e do plano de ação da formação. A Educação Permanente no SUAS se configura como estratégia precípua de formação ético-política dos atores do SUAS, visando aperfeiçoar não apenas a função de proteção da política de Assistência Social, mas, especialmente, as funções de vigilância socioassistencial e de defesa de direitos, tão necessárias em tempos de retrocessos em curso. Urge afirmar, defender e fazer avançar a Política de Assistência Social como política pública do campo da garantia e defesa de direitos, da universalização dos acessos e da responsabilidade estatal, em contraponto à concepção do Estado Mínimo, da filantropia social e empresarial que excetua a construção democrática com a sociedade através do reconhecimento dos dispositivos legais de controle social. Na contramão do contexto nacional de retrocessos, o presente Plano direciona esforços institucionais que complementam a ampliação e qualificação do SUAS-BH, aposta traduzida no Plano Municipal de Assistência Social 2018-2021, através do planejamento de ações de manutenção, reordenamentos, ampliação e qualificação do provimento dos serviços e benefícios; de aprimoramento da gestão do SUAS e de ampliação e potencialização das instâncias de participação e controle social. O Plano Municipal de Educação Permanente compõe um conjunto de instrumentos de gestão que visam superar o desafio da oferta com qualidade de serviços e benefícios socioassistenciais do SUAS no município de Belo Horizonte, aprimorando aqueles já existentes e potencializando o processo de implementação de novos serviços. O Plano Municipal de Educação Permanente 2018-2021 foi construído de forma coletiva, com o envolvimento efetivo de trabalhadoras (es), gestoras (es), usuárias (os) e conselheiras (os) participantes do Núcleo Municipal de Educação Permanente (NUMEP), e também do Grupo de Trabalho constituído com o objetivo específico de elaboração do Plano. A portaria SMASAC 027/2018 de 02/03/2018, publicada no DOM em 06/03/2018 instituiu o Grupo de Trabalho para formulação do Plano Municipal de Educação 16 Permanente do SUAS, referente ao período 2018/2021. Este grupo composto por diferentes atores do SUAS, coordenado pela Gerente de Gestão do Trabalho e Educação Permanente, realizou 13 reuniões no período dos meses de abril a julho de 2018, sendo duas reuniões com convite extensivo aos membros do NUMEP. Foram criados subgrupos de forma a aperfeiçoar a discussão e formulação do texto, a saber: a) Orçamento; b) Levantamento de Necessidades de Capacitação e Formação e Diagnóstico; c) Monitoramento, avaliação e Certificação; d) Relatoria. Todo o material utilizado, registros das reuniões e as versões parciais foram disponibilizados, em meio eletrônico (Google Drive) para conhecimento, leitura e contribuições das (os) participantes do Grupo de Trabalho. Para concluir o trabalho do GT, foram realizadas duas reuniões, mediadas com a metodologia do Word Café para a revisão e contribuições finais no texto. Após o encerramento do Grupo de Trabalho, a finalização do texto, a partir dos consensos estabelecidos com as (os) participantes, foi apresentado e qualificado pelo NUMEP, instância colegiada consultiva e de assessoramento à Subsecretaria de Assistência Social para implementação das ações de Educação Permanente no SUAS- BH. O NUMEP foi instituído por meio da Portaria SMAAS nº 17 de 22 de julho de 2017. Por fim, é necessário ressaltar que este Plano é um instrumento público, que afirma compromissos e instrumentaliza a sociedade para o controle e o fortalecimento da Política de Assistência social no Município. Os objetivos que nele constam devem ser monitorados e avaliados de forma sistemática e continuada, de modo a garantir a estruturação e a instituição da cultura de Educação Permanente no SUAS-BH. 17 1 INTRODUÇÃO De acordo com a Política Nacional de Educação Permanente do Sistema Único de Assistência Social – PNEP SUAS (Brasil, 2013), a Educação Permanente, em um sentido mais amplo, diz respeito à formação de trabalhadoras(es), gestoras(es) e conselheiras(os) visando desenvolver perspectivas críticas de compreensão dos contextos nos quais estão inseridas(os) e fenômenos com os quais atuam,assim como ferramentas para a análise ético-política e técnico-metodológica que subsidiarão condutas, procedimentos e meios de ação à resolução dos problemas nos diferentes contextos de vida e de trabalho. Nesta perspectiva, as ações de Educação Permanente não devem se restringir a processos de educação formal, pautados apenas na transmissão de conhecimentos e treinamento de habilidades. Entende-se por Educação Permanente o processo contínuo de atualização e renovação de conceitos, práticas e atitudes profissionais das equipes de trabalho e diferentes agrupamentos, a partir do movimento histórico, da afirmação de valores e princípios e do contato com novos aportes teóricos, metodológicos, científicos e tecnológicos disponíveis. Processo esse mediado pela problematização e reflexão quanto às experiências, saberes, práticas e valores pré-existentes e que orientam a ação desses sujeitos no contexto organizacional ou da própria vida em sociedade. (Brasil, 2013, p. 34) De acordo com a PNEP SUAS (Brasil, 2013), é de responsabilidade da gestão dos municípios realizar os três tipos de ações de capacitação – Introdutória, Atualização e Supervisão Técnica, além dos cursos de aperfeiçoamento, que é uma modalidade de ação de formação. Com relação ao planejamento e a oferta das ações de formação e capacitação, cabe ao município: A) Elaborar diagnósticos de necessidades; B) Capacitar os integrantes da rede socioassistencial; C) Desenhar planos de cursos e matrizes de conteúdos; 18 D) Pactuar e validar conteúdos para as ações de Educação Permanente; E) Disseminar os conteúdos produzidos e sistematizados. O Plano Municipal de Educação Permanente constitui-se como instrumento de gestão que tem por objetivo central definir as diretrizes e orientar a organização das ações de Educação Permanente a serem ofertadas no âmbito de responsabilidade do ente federado. No caso deste plano, no âmbito do SUAS-BH. No âmbito do município de Belo Horizonte, a gestão da política de assistência social é atribuição da Subsecretaria de Assistência Social, que integra a Secretaria de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania (SMASAC). A Secretaria instituiu por meio da Portaria SMASAC nº 27, de 06 de março de 2018, um grupo de trabalho para formulação do Plano Municipal de Educação referente ao período dos anos de 2018 a 2021. Esse Grupo de Trabalho – GT PMEP - foi coordenado pela Gerência de Gestão do Trabalho e Educação Permanente- GGTEP e foi composto por representantes das seguintes unidades de gestão e organizações: ● Diretoria de Gestão, Planejamento e Finanças da Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania – DPGF-ASAC/SMASAC; ● Diretoria Administrativa da Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania – DIAD-ASAC/SMASAC ● Diretoria de Gestão do SUAS – DGAS da Subsecretaria de Assistência Social; ● Diretoria de Proteção Social Especial – DPES da Subsecretaria de Assistência Social; ● Diretoria de Proteção Social Básica – DPSO da Subsecretaria de Assistência Social; ● Diretoria Regional de Assistência Social – DRAS da Subsecretaria de Assistência Social; ● Assessoria da Subsecretaria de Assistência Social; ● Subsecretaria de Direito e Cidadania – SUDC/SMASAC; ● Conselho Municipal de Assistência Social de Belo Horizonte – CMAS/BH; ● Fórum Municipal de Trabalhadoras (es) do SUAS-BH; ● Fórum Permanente das Entidades e Organizações de Assistência Social; ● Fórum Municipal dos Usuários do SUAS. 19 O GT trabalhou durante os meses de maio a julho de 2018 no estabelecimento de consensos entre os diferentes atores do SUAS com relação às diretrizes fundamentais para a realização das ações de Educação Permanente a serem desenvolvidas no SUAS-BH. Uma dessas diretrizes foi a necessidade de realizar um levantamento atualizado e aprofundado dos dados referentes ao conjunto de trabalhadoras (es) (as), gestoras (es) (as) e conselheiras (os) (as) da política de Assistência Social em Belo Horizonte. Esta solicitação requereu alterações no cronograma interno à SUASS de envio do PMEP ao Conselho Municipal de Assistência Social, instância do controle social responsável pela aprovação do PMEP, devido a insuficiência e desatualização dos dados disponíveis referentes à construção do perfil do trabalhador do SUAS-BH, fornecidos pelos sistemas do Ministério de Desenvolvimento Social e da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. No caso da rede governamental, esta passou por uma mudança significativa recente do quadro de lotação das (os) trabalhadoras (es) em razão do processo de nomeação e posse das novas (os) coordenadoras (es) de CRAS e CREAS, habilitadas (os) pelo processo de seleção interna SMASAC nº 01/2018. Além disso, informações como raça/cor, identidade de gênero, perfil sócio profissional, dentre outros, pactuados no GT PMEP, precisaram ser solicitados a todas (os) as (os) trabalhadoras (es) e gestoras (es) da rede governamental, uma vez que estes dados atualizados não estão disponíveis no sistema de gestão de recursos humanos da PBH (ArteRH) que, por sua vez, fornece informações apenas das (os) trabalhadoras (es) que são servidoras (es) públicas (os). Com relação à atualização dos dados da rede não-governamental, utilizou-se a base anual do CensoSuas/MDS. O levantamento de dados com relação ao perfil das (os) conselheiras (os) municipais de Assistência Social, público das ações de Educação Permanente do SUAS, foi obtido por meio do Conselho Municipal de Assistência Social, com referência no mês de agosto e setembro de 2018. A implantação da Educação Permanente no município é uma ação estratégica de gestão do SUAS/BH, que visa, sobretudo, a qualificação das ofertas da proteção social da política de assistência social, resultando na entrega de serviços de qualidade, na ativa implicação do exercício do controle social e no aprimoramento da gestão. Além disso, este Plano visa ao rompimento com o histórico e a cultura organizacional de ofertas pontuais e fragmentadas de capacitação. É importante destacar que este é o primeiro Plano de Educação Permanente que o município elabora de forma a contemplar quatro anos de execução das ações. Sendo este um instrumento de suma importância para a gestão da Educação Permanente no município, optamos pela apresentação de um diagnóstico que 20 de fato represente a realidade dos atores deste sistema, buscando que as ações de capacitação e formação planejadas a partir dele sejam convergentes com as necessidades e a realidade vivenciada pelas (os) trabalhadoras (es), conselheiras (os) e gestoras (es). Como produto do GT foi elaborado o texto do PMEP que, conforme determinação da Portaria SMASAC 027/2018, foi apresentado nas reuniões dos meses de junho, agosto e outubro de 2018 do Núcleo Municipal de Educação Permanente, instância colegiada de assessoramento ao órgão gestor no que se refere ao planejamento, execução, monitoramento e avaliação das ações de Educação Permanente, por meio de reuniões conjuntas e compartilhamento do texto para contribuições. A sua aprovação é feita pelo Conselho Municipal de Assistência Social. As diretrizes para o planejamento, execução e avaliação das ações de Educação Permanente, conteúdo do PMEP, bem como a oferta de outros tipos de ações de qualificação pela Subsecretaria de Assistência Social, instituem no SUAS-BH espaços contínuos para o aprimoramento do trabalho interdisciplinar, intersetorial e colaborativo necessários para a gestão, provimento e controle social no SUAS. Destaca-se que o plano contempla uma lógica sistemática de apresentação da organização estrutural das ações a serem propostas pelo SUAS-BH, visando possibilitar a manifestação e participação das (os) trabalhadoras (es), gestoras (es) e conselheiras (os). É importante, ainda, lembrar que este Plano visa organizaras ações de Educação Permanente conforme o disposto na PNEP, não desconsiderando outras possíveis ações de qualificação contidas nos Planos de Apoio Técnico (PAT). 21 2 FUNDAMENTAÇÃO A Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS - NOB RH SUAS – e sua versão comentada (Brasil, 2006a; Ferreira, 2011) dispõe que a gestão do trabalho deve ser tratada como área estratégica da gestão do SUAS. De acordo com essa normativa, a qualidade dos serviços socioassistenciais ofertados à população está diretamente relacionada à estruturação do trabalho, à qualificação e à valorização das (os) trabalhadoras (es) atuantes no SUAS. Esta disposição é reafirmada pela Norma Operacional Básica do SUAS – NOB SUAS (Brasil, 2012), norma que disciplina a gestão pública da Política de Assistência Social. Dentre os avanços da gestão do SUAS apontados pela NOB SUAS, destacam-se a Gestão do Trabalho e a Educação Permanente como objetivos do SUAS e potenciais propulsores da qualidade na gestão e na prestação de serviços, projetos, programas e benefícios socioassistenciais. A implementação da Gestão do Trabalho e da Educação Permanente na Assistência Social é um dos objetivos da gestão e da organização municipal do SUAS em BH, conforme determina a Lei Municipal nº 10.836, de 29 de julho de 2015 que instituiu o Sistema Único de Assistência Social de Belo Horizonte - SUAS BH (Belo Horizonte, 2015). É competência do município e do órgão gestor da Política de Assistência Social a formulação e a execução de uma Política Municipal de Educação Permanente para trabalhadoras (es), gestoras (es) e conselheiras (os) que integram o SUAS-BH, a qual deve ser aprovada pelo Conselho Municipal de Assistência Social. A gestão da Política de Assistência Social deve ser exercida de forma cooperada entre os entes federados. Para que as ações de Gestão do Trabalho e Educação Permanente se efetivem, é necessário que os entes federados reúnam esforços para organizar ofertas para a qualificação do trabalho na execução, gestão e controle social dos serviços, programas, projetos e benefícios do SUAS, por meio de planos que respeitem as diversidades e as especificidades territoriais na proposição das ações de capacitação e formação, e a dinamicidade dos fenômenos e desafios do cotidiano de trabalho. Em um contexto de contínuas transformações, planejar/executar/avaliar supõe conciliar a capacidade criativa, inovadora e intuitiva, com força da racionalidade, do amplo conhecimento da realidade, do domínio do conhecimento especializado e da experiência acumulada. É preciso 22 compor utopias, mas dimensionar condições de factibilidade, viabilidade e exequibilidade. (Brasil, 2008, p. 48) A Política Nacional de Educação Permanente do SUAS - PNEP SUAS (Brasil, 2013) tem como objetivo geral “institucionalizar a perspectiva político-pedagógica e a cultura da Educação Permanente, estabelecendo suas diretrizes e princípios, e definindo os meios, mecanismos, instrumentos e arranjos institucionais necessários à sua operacionalização e efetivação (Brasil, 2013, p. 27). A PNEP (Brasil, 2013) define como objetivos específicos, em resumo: ● Desenvolver competências e capacidades específicas e compartilhadas, junto às (os) trabalhadoras (es), gestoras (es) e conselheiras (os), requeridas para a melhoria e qualidade continuada da gestão, da oferta e provimento dos serviços e benefícios socioassistenciais e do controle social e gestão participativa; ● Desenvolver junto às (os) trabalhadoras (es) e conselheiras (os) condições para que possam distinguir e fortalecer a centralidade dos direitos socioassistenciais do cidadão no processo de gestão e no desenvolvimento das atenções em benefícios e serviços; ● Ofertar às (aos) trabalhadoras (es), gestoras (es) e conselheiras (os) de Assistência Social percursos formativos e ações de Educação Permanente adequados às qualificações requeridas para sua atuação, por meio de mecanismos de ensino e processos de aprendizagem que permitam o aprendizado contínuo que considerem as experiências de trabalho; ● Criar mecanismos que gerem aproximações entre as manifestações dos usuários e o conteúdo das ações de capacitação e formação; ● Instituir mecanismos institucionais que permitam a participação das (os) trabalhadoras (es) e das (os) usuárias (os) do SUAS, das (os) conselheiras (os) da Assistência Social e das instituições de ensino, as quais formam a Rede Nacional de Capacitação e Educação Permanente do SUAS, nos processos de formulação de diagnósticos de necessidades, planejamento e implementação das ações de formação e capacitação; ● Criar meios e mecanismos institucionais que permitam articular o ensino, a pesquisa e a extensão à gestão e ao provimento dos serviços e benefícios socioassistenciais, assim como para integrar e ampliar os espaços de 23 debates entre as instâncias de gestão, controle social, instituições educacionais e movimentos sociais, de forma a contribuir para o desenvolvimento das competências necessárias à contínua e permanente melhoria da qualidade do SUAS; ● Consolidar referências teóricas, técnicas e ético-políticas na Assistência Social a partir da aproximação entre a gestão do SUAS, o provimento dos serviços e benefícios e instituições de ensino, pesquisa e extensão, potencializando a produção, sistematização e disseminação de conhecimentos; ● Instituir mecanismos institucionais que permitam descentralizar para estados, municípios e Distrito Federal atribuições relacionadas ao planejamento, oferta e implementação de ações de formação e capacitação. Os objetivos da PNEP reafirmam as diretrizes da NOB RH SUAS que têm como eixo central a valorização das (os) trabalhadoras (es) do SUAS e a qualificação das ofertas socioassistenciais. Portanto, as ações de gestão do trabalho e Educação Permanente devem ser orientadas por esta perspectiva e possibilitar a sistematização de conhecimentos direcionados ao desenvolvimento de competências e capacidades técnicas e gerenciais, ao efetivo exercício do controle social e do protagonismo das (os) usuárias (os). O conhecimento produzido e sistematizado deve ser disseminado adotando instrumentos criativos e inovadores, adequando-os aos diferentes públicos da Política de Assistência Social e garantindo a acessibilidade. Dessa forma, dá-se dinamicidade ao processo de atualização e qualificação do trabalho, valorizando a produção contextualizada de conhecimento pelos atores do SUAS, permitindo também a sua coprodução e compartilhamento com as instituições de ensino, movimentos sociais, dentre outros. Para o alcance desses objetivos, duas ações de gestão se destacam, a saber: a) institucionalização da perspectiva político-pedagógica da Educação Permanente no SUAS como norteadora das ações de capacitação e formação; b) configuração organizacional necessária para essa implementação. Nesse sentido, a formalização de um Plano Municipal de Educação Permanente fortalece essas ações de gestão, contribuindo, juntamente com outras estratégias de gestão participativa, para mudanças necessárias em nossa cultura organizacional, de modo a instituir a Educação Permanente como valor institucional e processo de trabalho. 24 2.1 Perspectiva político pedagógica da Educação Permanente no SUAS Este Plano Municipal de Educação Permanente orienta-se pela perspectiva político-pedagógica da PNEP SUAS que está baseada nos seguintes princípios: a) a centralidade dos processos de trabalho e das práticas profissionais; b) a interdisciplinaridade; c) a aprendizagem significativa; d) a historicidade; e e) o desenvolvimento de capacidades e competências requeridas pelo SUAS. O planejamento das ações de Educação Permanente requer uma orientação voltada para as questões cotidianas do trabalho ofertado no SUAS, articulando os impasses e as potencialidadesdas práticas profissionais, da gestão e do exercício do controle social. Estas ações devem contribuir nas respostas às questões, demandas, problemas e dificuldades que emergem dos processos de trabalho e das práticas profissionais. Os processos de trabalho e as práticas profissionais são os principais mediadores da gestão descentralizada e participativa do SUAS e da concretização dos serviços e benefícios ofertados. Considerando este princípio, o planejamento, a oferta e a implementação de ações são condições para a realização de duas das principais finalidades da PNEP: o desenvolvimento das competências necessárias e essenciais à melhoria contínua da qualidade da gestão do SUAS e do provimento dos serviços e benefícios socioassistenciais; e a modificação dos processos de trabalho e práticas profissionais inadequados ao atual paradigma da Assistência Social, entendida enquanto política de direito não contributiva (Brasil, 2013). A compreensão de fenômenos e situações que compõem o objeto de intervenção do SUAS exige leituras das diferentes disciplinas, o que requer a realização do trabalho e a construção de conhecimento interdisciplinar. De acordo com a perspectiva político pedagógica da Educação Permanente no SUAS: A interdisciplinaridade permite a ampliação do foco na visão profissional, favorecendo maior aproximação das equipes profissionais à integralidade das situações experimentadas por beneficiários do Sistema, podendo, por isso mesmo, contribuir na formulação de respostas às questões, demandas, problemas e dificuldades que emergem dos processos de trabalho e das práticas profissionais (Brasil, 2013, p. 36). 25 Faz-se necessário, nesta perspectiva, instituir processos de ensino e aprendizagem, investigação e construção de saberes e conhecimento pautados pela valorização da interdisciplinaridade, no reconhecimento dos saberes específicos e da complementaridade das áreas e na possibilidade de construção de novos saberes e práticas (Brasil, 2013). O princípio de aprendizagem significativa versa sobre ações de capacitação e de formação que precisam fazer sentido para as (os) trabalhadoras (es) do SUAS. Duas condições são necessárias para que a aprendizagem significativa ocorra. A primeira é o envolvimento e cuidado do participante com sua própria aprendizagem, que requer mobilização individual e subjetiva. E, a segunda, está diretamente relacionada à percepção quanto à relevância dos conteúdos e objetivos das ações de Educação Permanente. É fundamental a utilização de recursos pedagógicos interativos, dialógicos e que estimulem a reflexão crítica para que o processo de aprendizagem promova a interiorização e ressignificação de conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades e atitudes a partir da mobilização dos saberes e experiências prévias dos participantes. As metodologias de ensino devem valorizar o compartilhamento das experiências e saberes dos participantes, a diversidade e especificidade dos territórios e o contexto social e histórico (Brasil, 2013). O princípio da historicidade da Educação Permanente do SUAS provoca a problematização das práticas centradas na primazia da técnica, da lógica instrumental, sem a necessária mediação reflexiva e crítica de seu contexto e efeitos no trabalho socioassistencial. Este princípio orienta que as categorias e conceitos não são eternos e independentes das transformações do mundo real. Sendo assim, o princípio da historicidade consiste em recusar Abordagens pragmáticas, fixadas estritamente na transmissão técnica, instrumental, dogmática, do conhecimento. Diversamente disso, exige que as ações de formação e a capacitação para o SUAS abarquem questões filosófico-científicas e ético-políticas relacionadas aos princípios e fundamentos da análise do ser social e do projeto social que lhe confere tal identidade, fazendo a mediação dessas questões com as de caráter técnico e operativo (Brasil, 2013, p. 39) 26 No que diz respeito ao desenvolvimento de capacidades e competências requeridas pelo sistema, a PNEP SUAS recomenda o desenvolvimento de habilidades, conhecimento e atitudes, compreendendo as dimensões técnica, ética e política. 2.2 Capacidades e competências requeridas para a atuação no SUAS Muniz (2011) propõe a seguinte definição de competência profissional: O ato de assumir responsabilidades frente a situações de trabalho complexas, o que exige um conjunto de conhecimentos e habilidades profissionais, porém, mais do que isto, postura ética, pois impõe aos trabalhadores da assistência social que superem a atuação como simples executores de programas para a de viabilizadores de direitos (...). Esta concepção de competência busca a construção e a mobilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores não apenas na dimensão técnico-operativa referenciada nas Normas Operacionais e Guias de Orientação Técnica do SUAS, mas na dimensão ético-política. Não se restringe a uma perspectiva individualista, pois considera que as competências profissionais são construídas ao longo da trajetória da vida profissional do trabalhador, o qual partilha experiências e práticas coletivas. (Muniz, 2011, p. 36) Muniz (2011) discute as principais competências e habilidades que devem ser desenvolvidas nas ações de gestão do trabalho e de qualificação das (os) trabalhadoras (es) e gestoras (es), a saber: a) Compreensão do contexto sócio histórico em que se situa a intervenção profissional; b) Exercício dos princípios da matricialidade sociofamiliar e da territorialização; c) Conhecimento das metodologias de trabalho social com famílias; d) Conhecimentos, habilidades e atitudes que permitam identificar e respeitar as diversidades; e) Habilidades específicas de análise de contextos; 27 f) Habilidades para apreender e analisar criticamente o cotidiano de vida dos usuários, das famílias e suas representações; g) Domínio dos conceitos de vulnerabilidade, risco social e território; h) Conhecimentos, habilidades e atitudes específicas no gerenciamento e na operação dos benefícios, transferência de renda e serviços, programas, projetos e Cadastro Único, de forma a garantir a complementaridade e a integração; i) Conhecimentos, habilidades e atitudes para o desenvolvimento e fomento da intersetorialidade; j) Compreensão das concepções de multi e interdisciplinaridade; k) Competência de elaboração de amplos e consistentes diagnósticos; l) Identificação de territórios vulneráveis; m) Capacidades e meios técnicos sobre sistemas de informação; n) Conhecimentos sobre os principais instrumentos que possibilitam monitoramento e avaliação do SUAS; o) Arcabouço teórico-técnico-operativo para habilidade de construção de estratégias de participação dos indivíduos e famílias. O desenvolvimento das competências profissionais deve estar fundamentado nos princípios éticos para a oferta da proteção socioassistencial no SUAS, elencados no art. 6º da NOB SUAS (Brasil, 2012), e nos princípios éticos para as (os) trabalhadoras (es) do SUAS, definidos no capítulo 3 da NOB RH SUAS (Brasil, 2006a; 2011). Os princípios éticos das respectivas profissões atuantes no SUAS também devem ser considerados ao se “elaborar, implantar e implementar padrões, rotinas e protocolos específicos, para normatizar e regulamentar a atuação profissional por tipo de serviço socioassistencial” (Brasil, 2011, p. 19). Especificamente em relação às (aos) conselheiras (os) de Assistência Social, no que diz respeito ao desenvolvimento de capacidades e competências requeridas para o exercício do controle social, torna-se imprescindível que as ações de capacitação alcancem o desenvolvimento das capacidades éticas e políticas, além da aquisição do conhecimento normativo sobre o SUAS, garantindo assim maior efetividade e postura crítica no exercíciodo controle social. Sendo assim, as capacitações para o percurso formativo de controle social buscam propiciar às(aos) conselheiras(os) a compreensão dos princípios e diretrizes do SUAS por meio da discussão e reflexão sobre conceitos e concepções essenciais da política de Assistência Social, com foco na estrutura de 28 financiamento da política, nas funções e responsabilidades dos entes federados e das(os) conselheiras(os), no fortalecimento do Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) e nos dispositivos e meios disponíveis e necessários para o efetivo exercício do controle social. Vale lembrar que para o fortalecimento dos conselhos, a Secretaria Executiva necessita de uma formação específica, no que tange a importância de seu papel político e operacional do mesmo. É importante ressaltar que novas competências podem ser requeridas visto a dinamicidade dos fenômenos e do trabalho social a ser ofertado pela Política de Assistência Social, reconhecendo assim que os conhecimentos e habilidades necessárias para conferir qualidade aos serviços, projetos, programas e benefícios do SUAS, e para o fortalecimento da participação e do controle social do sistema, estão em constante processo de construção (Muniz, 2011). 29 3 OBJETIVOS 3.1 Objetivo Geral Definir diretrizes para as ações de capacitação e formação no âmbito do SUAS/BH, para o período dos anos de 2018 a 2021, de acordo com as diretrizes e parâmetros da Política Nacional de Educação Permanente e demais normativas vigentes referentes à Educação Permanente no SUAS. 3.2 Objetivos Específicos a) Definir diretrizes para a elaboração, o monitoramento e a avaliação dos Planos Anuais de Capacitação (PAC) e do Plano de Ação de Formação (PAFO), visando ofertar às (os) trabalhadoras (es), gestoras (es) e conselheiras (os), percursos formativos e ações de formação e capacitação que promovam o desenvolvimento de competências requeridas pelo SUAS; b) Estabelecer ações para o levantamento contínuo de necessidades de capacitação junto às (aos) trabalhadoras (es), gestoras (es) e conselheiras (os) da Assistência Social; c) Contribuir para a qualificação dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais ofertados aos cidadãos e cidadãs de Belo Horizonte. 30 4 CONTEXTUALIZAÇÃO DA GESTÃO DO TRABALHO E EDUCAÇÃO PERMANENTE DO SUAS-BH De acordo com a NOB SUAS (Brasil, 2012), a gestão do trabalho no SUAS compreende o planejamento, a organização e a execução das ações relativas à valorização da (o) trabalhadora (or) e à estruturação do processo de trabalho institucional, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. As ações de Gestão do Trabalho e de Educação Permanente ressignificam a gestão dos recursos humanos da Política de Assistência social no âmbito da gestão pública, estabelecendo o compromisso técnico, ético e político com a oferta de qualidade dos serviços, programas, projetos e benefícios do SUAS. A reforma administrativa realizada pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte no ano de 2017 institucionalizou a Gerência de Gestão do Trabalho e Educação Permanente do SUAS (GGTEP), dentro da Diretoria de Gestão do SUAS (DGAS) para operacionalizar a função da gestão do trabalho no SUAS-BH, fomentar ações de fortalecimento e valorização das (dos) trabalhadoras (es) do SUAS e de qualificação da oferta dos serviços, programas, projetos, benefícios, transferência de renda e Cadastro Único. Esse esforço se deu em resposta à luta histórica das (os) trabalhadoras (es) e usuários da Política de Assistência Social em prol da oferta qualificada dos serviços e benefícios do SUAS e da valorização daqueles que executam e realizam a gestão do trabalho socioassistencial. Destacamos, ainda, que a instituição de uma unidade técnico- administrativa específica de gestão do trabalho na SUASS cumpriu meta de estruturação da Secretaria com a formalização de áreas essenciais, determinada pelo Pacto de Aprimoramento de Gestão do SUAS (2014-2017). No que se refere à Educação Permanente, a GGTEP tem como atribuições o planejamento, coordenação e desenvolvimento de ações visando à integração e ao aperfeiçoamento dos planos de formação, qualificação e distribuição das ofertas de educação e trabalho; o fomento à produção de conhecimento, disseminação e publicação de estudos e pesquisas acerca da política pública de Assistência Social; a promoção da articulação com Instituições de Ensino, escolas de governo, entidades sindicais e de fiscalização do exercício profissional, movimentos sociais e entidades representativas da educação profissional, com vistas à formação, desenvolvimento e trabalho no âmbito da Assistência Social. 31 Além da institucionalização da GGTEP, destaca-se ainda a criação de outros dois dispositivos participativos cuja atuação tem relação direta com a temática da Educação Permanente no SUAS: A Mesa de Gestão do Trabalho do SUAS e o Núcleo Municipal de Educação Permanente (NUMEP). Estas instâncias visam ao fortalecimento da gestão participativa e o fortalecimento da Educação Permanente no município. A Mesa de Gestão do Trabalho do SUAS foi instituída em 22 de julho de 2017, por meio da Portaria SMAAS n° 16/2017, alterada pela Portaria SMAAS nº 24/2017, de 29 de novembro de 2017, como um espaço permanente de diálogo e de negociação entre gestoras(es), trabalhadoras(es) e usuárias(os) do SUAS/BH, no que concerne à Gestão do Trabalho, na perspectiva da qualificação dos serviços, programas, projetos, benefícios socioassistenciais e transferência de renda, da valorização das(os) trabalhadoras(es) e da organização institucional do trabalho no SUAS-BH. Sua composição é colegiada, com representantes da gestão do SUAS – órgão gestor e direção das Organizações da Sociedade Civil (OSC) com atuação no SUAS –, representantes das (os) trabalhadoras (es) do setor público e privado e das (os) usuárias (os). Dentre os objetivos da Mesa de Gestão do Trabalho do SUAS-BH destacam-se a proposição de diretrizes para a implementação das ações de Educação Permanente em consonância com as normativas vigentes da política pública de Assistência Social; a proposição de normativas referentes à Gestão do Trabalho e à Educação Permanente do SUAS; e o estabelecimento de diálogo e agenda conjunta com o NUMEP SUAS-BH (Belo Horizonte, 2017). O NUMEP foi instituído por meio da Portaria SMAAS n° 17/2017, de 22 de julho de 2017, como uma instância colegiada consultiva e de assessoramento à Subsecretaria de Assistência Social na implementação das ações de Educação Permanente no SUAS- BH. Este Núcleo é composto por representações das (os) usuárias (os), das (os) trabalhadoras (es), do órgão gestor, das organizações da sociedade civil com atuação no SUAS, do CMAS, das Instituições de Ensino Superior, Escolas de Governo e Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, integrantes da Rede Nacional de Educação Permanente do SUAS – RENEP/SUAS e dos conselhos das categorias profissionais, conforme normativas do SUAS. O NUMEP tem como objetivos: I. Contribuir no planejamento das ações de capacitação e formação, de forma a garantir seu caráter continuado e permanente e seu alinhamento com as reais 32 necessidades dos trabalhadores, gestores e conselheiros, em consonância com as responsabilidades e prioridades pactuadas para o município; II. Propor meios, instrumentos e procedimentos de operacionalização das diretrizes da Política Nacional de Educação Permanente do SUAS, e de produção, sistematização e disseminação de conhecimentos; III. Promover interlocução e troca constante de conhecimentos com instituições de ensino, pesquisa e extensão, com foco no aperfeiçoamento das ações de Educação Permanente; IV. Promover a interlocução, o diálogo ea cooperação entre os diferentes atores implicados na implementação da Educação Permanente no SUAS/BH (Belo Horizonte, 2017). Outras estratégias importantes de valorização das (os) trabalhadoras (es) e de qualificação das ofertas socioassistenciais foram iniciadas no ano de 2017, gerando transformações importantes no quadro de recursos humanos do provimento dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais. Dentre essas estratégias, destacam- se, sobretudo, aquelas relacionadas à execução direta dos serviços, a saber: o processo de seleção para movimentação interna de servidoras(es) da carreira da Administração Geral, ocupantes do cargo de Analista de Políticas Públicas (APP), especialidades Psicologia e Serviço Social; a implantação da jornada de 30 horas para APPs com habilitação profissional em Psicologia e Serviço Social em efetivo exercício, nas unidades de atendimento aos usuários da Política de Assistência Social; a posse de 53 candidatos aprovados no concurso realizado por meio do Edital nº 03/2015, da carreira de APP, especialidade Psicologia; e a realização da seleção interna, edital SMASAC nº 01/2018, para o provimento de cargos em comissão de coordenação de CRAS e CREAS. O detalhamento destas ações está apresentado no Plano Municipal de Assistência Social 2018-2021, visto a importância destas ações para a gestão local da Política de Assistência Social como um todo (Belo Horizonte, 2018). Além dessas estratégias, está em curso o fortalecimento e qualificação da gestão do SUAS no município por meio de inserção de servidoras (es) com experiência de atuação na Política de Assistência Social em cargos em comissão e funções gratificadas, o que interrompe com a prática histórica de ocupação destes cargos por meio de recrutamento amplo ou com servidoras (es) de outros setores. Para o SUAS, a concepção de gestão é composta pela associação entre o domínio de conhecimentos técnicos e a 33 capacidade de inovação, alinhada aos princípios democráticos da gestão pública. É importante esclarecer que as funções de gestão são exercidas não apenas por quem encontra-se empossado em cargo em comissão ou funções gratificadas, mas por um coletivo de trabalhadoras (es): gestoras (es), técnicos de diferentes níveis de escolaridade e formações e estagiárias (os). A SUASS passou a contar, após a última Reforma Administrativa da PBH, com novas institucionalidades responsáveis pelo cumprimento das funções essenciais do órgão gestor da Política Municipal de Assistência Social. Desse modo, tornou-se necessário iniciar um processo de reordenamento interno às Diretorias que compõem a SUASS com objetivo de constituir e rever os objetos específicos de cada Diretoria e, consequentemente o repertório de ações, atividades e campo de atuação das equipes técnicas que compõem o órgão gestor da política. Com o objetivo de qualificar, dar institucionalidade e padronizar as atribuições básicas das equipes de gestão, conforme normativas do SUAS e da PBH, a SUASS iniciou a realização de ações de apoio técnico às (aos) gestoras (es) e equipes técnicas de gestão. Exercer a função de apoio técnico, além das atividades técnico-administrativas, é uma das atribuições permanentes das equipes de gestão, conforme seus objetos específicos. As ações de apoio técnico têm por finalidade a oferta de suporte técnico a trabalhadoras (es) e gestoras (es), de forma sistemática, planejada e continuada, no tocante às funções essenciais de gestão e à execução de serviços, benefícios e transferência de renda. O apoio técnico pode produzir efeitos de capacitação, no entanto, diferentemente das ações de Educação Permanente, é de natureza técnico-operacional. Estas ações visam instrumentalizar trabalhadoras(es) e gestoras(es), da rede governamental e não- governamental, para a resolução de situações cotidianas referentes à execução das metodologias dos serviços, à concessão e operacionalização dos benefícios e transferência de renda, à gestão dos serviços, entre outras questões que se relacionam ao modo de fazer, aos processos de trabalho social e de gestão propriamente ditos, e tem por foco o alinhamento das ofertas locais aos parâmetros nacionais e da SUASS. As ações de apoio técnico devem ser planejadas e organizadas por meio do Plano de Apoio Técnico (PAT), instrumento de gestão no qual constarão as diferentes estratégias que cada Diretoria e suas respectivas Gerências e Coordenações desenvolverão ao longo de cada ano para instrumentalizar as (os) trabalhadoras (es) e gestoras (es) do SUAS-BH. Dentre as estratégias possíveis de apoio técnico, destacam- 34 se: treinamentos, seminários e/ou oficinas temáticas, orientações e/ou atendimentos técnicos, visitas técnicas e elaboração de documentos técnicos. Embora os Planos de Apoio Técnico estejam em fase de elaboração e aprovação, ações de apoio técnico já estão sendo executadas pelas Diretorias de Gestão, Proteção Social Especial e Proteção Social Básica. Cabe destacar que a construção de estratégias de valorização das (os) trabalhadoras (es) da rede privada se constitui como um desafio para a gestão do SUAS- BH. Faz-se necessário a produção de diagnósticos relativos à composição das equipes, aos processos de trabalho, às necessidades de capacitação, entre outros aspectos. Por outro lado, a participação de trabalhadoras (es) e gestoras (es) privados na Mesa de Gestão do Trabalho do SUAS-BH e no NUMEP tem se mostrado como um importante recurso para que o desafio exposto acima seja superado. A recente criação das comissões temporárias “Condições de trabalho no SUAS-BH” e “Regulamentação da participação de trabalhadoras (es) nas instâncias de participação e controle social”, ambas vinculadas à Mesa de Gestão do Trabalho, contribuirão para o aprofundamento das discussões acerca do cenário das (os) trabalhadoras (es) atuantes na rede socioassistencial não- governamental. Com relação ao contexto atual da Educação Permanente no SUAS-BH, as ações em curso estão sendo desenvolvidas em consonância com as diretrizes da PNEP SUAS. Estas ações tiveram início antes da finalização da elaboração e aprovação no PMEP 2018- 2021 e deram continuidade a propostas de capacitação previstas no Plano Municipal de Educação Permanente do SUAS-BH 2016-2017. A organização dessas ações está disposta no formato de um Plano Anual de Capacitação, conforme orientações do item “Definição das ações de Capacitação e Formação” do presente Plano, de forma a adequar o planejamento das ações às diretrizes municipais para a Educação Permanente pactuadas com os demais atores do SUAS-BH por meio do GT PMEP (Anexo I). É importante destacar que as ações em curso estão sendo ofertadas para as (os) trabalhadoras (es) do SUAS da rede governamental e das OSC parceiras1, considerando o perfil de público de cada ação. Um dos objetivos específicos da PNEP (Brasil, 2013, p. 29) é “consolidar referências teóricas, técnicas e ético-políticas na Assistência Social a partir da aproximação entre a gestão do SUAS, o provimento dos serviços e benefícios e 1 As organizações da sociedade civil parceiras são instituições privadas conveniadas com a Prefeitura de Belo Horizonte que executam diversos serviços no âmbito do SUAS-BH. 35 instituições de ensino, pesquisa e extensão, potencializando a produção, sistematização e disseminação de conhecimentos”. Para atender a este objetivo, e também valorizar o trabalho desenvolvido por trabalhadoras (es) e gestoras (es) do SUAS-BH, está em processo de implementação uma revista virtual, proposta que visa estimular a reflexão, sistematização das experiências práticas e produção de conhecimento sobre o trabalho realizado nos diferentes níveis de complexidade do SUAS, na gestão e no controle social. Além disso, este dispositivo visa também publicitare difundir a produção das pesquisas acadêmicas realizadas nos serviços socioassistenciais do município. A circulação da experiência prática e de estudos sobre a oferta do SUAS, a partir de uma perspectiva crítica, amplia o conhecimento e valoriza a experiência de trabalho na medida em que faz refletir sobre práticas inovadoras, impasses e desafios do trabalho socioassistencial, considerando as particularidades do contexto belo-horizontino. Assim, acredita-se que essa produção fomente novos debates e a qualificação da política pública de Assistência Social. Além da revista, outras estratégias têm sido planejadas no sentido da produção e disseminação de conhecimento no SUAS-BH, a saber: revisão do fluxo de submissão e acompanhamento das pesquisas acadêmicas; proposição do evento “Diálogos de pesquisa” que visa a apresentação e discussão ampliada dos resultados das pesquisas realizadas no âmbito do SUAS-BH; atualização do plano de atividades da Biblioteca, em conjunto com a SMASAC, de forma a qualificar o acervo disponível e de promover a utilização mais cotidiana deste dispositivo pelas(os) trabalhadoras(es); dentre outras. A seguir, apresentaremos o levantamento dos dados relativos ao perfil das (os) trabalhadoras (es), gestoras (es) e conselheiras (os) municipais da Assistência Social que subsidiará o planejamento das ações de Educação Permanente do SUAS-BH. 36 5 LEVANTAMENTO DO PERFIL DAS (DOS) TRABALHADORAS (ES), GESTORAS (ES) E CONSELHEIRAS (OS) DO SUAS-BH O levantamento a seguir tem por objetivo apresentar o perfil das (os) trabalhadoras (es), gestoras (es) e conselheiras (os) municipais do SUAS-BH. Assim, torna-se possível subsidiar o planejamento das ações de Educação Permanente, considerando as análises geradas por meio deste perfil, que podem esclarecer, por exemplo, quais são os públicos prioritários das ações de capacitação e formação a serem desenvolvidas no SUAS-BH, bem como subsidiar o levantamento contínuo de necessidades de capacitação e formação. Possibilita ainda, de forma complementar à Educação Permanente, auxiliar na definição de diferentes estratégias de apoio técnico a serem executadas pelas Diretorias da SUASS, suas Gerências e Coordenações. As informações que se seguem foram produzidas a partir de dados do Sistema ArteRH da PBH, cuja gestão das informações dos recursos humanos da SMASAC é realizada pela Gerência de Recursos Humanos (GERHU-ASAC); pelos dados do Censo Suas 2017, disponibilizados pelo MDS; pelos dados fornecidos por cada Diretoria da SUASS, compilados e analisados pela GGTEP/DGAS; e pelos dados levantados pelo CMAS, também compilados e analisados pela GGTEP/DGAS. O período de apuração destes dados foram os meses de agosto e setembro de 2018. Conforme informações da Gerência de Gestão de Parcerias da SUASS, atualmente, tendo como base dados relativos a abril de 2019, 58(cinquenta e oito) OSC executam serviços, programas, projetos e benefícios através de parceria com o município de Belo Horizonte, sendo que algumas delas executam mais de uma modalidade das ofertas de Assistência Social. O total de 112(cento e doze) parcerias com a SUASS é assim distribuído: a) 16(dezesseis) se referem à execução de serviços da Proteção Social Básica; b) 7 (sete) à execução da Proteção Social Especial de Média Complexidade e; c) 89 (oitenta e nove) são relativas à Proteção Social Especial de Alta Complexidade2. As equipes que executam estes serviços devem seguir as orientações normativas da NOB RH SUAS (Brasil, 2006a) e resoluções do CNAS (Brasil, 2011; 2014), de forma a atender às demandas de perfis profissionais conforme especificidades dos serviços. 2 Ressalta-se que as parcerias relativas aos grupos de convivência, que antes pertenciam à SUASS, atualmente estão alocadas na Subsecretaria de Direito de Cidadania. 37 Com relação às (aos) servidoras (es) públicas (os) que atuam no SUAS-BH, a carreira vigente é da Administração Geral. Não há uma carreira com cargos específicos para a atuação na Política de Assistência Social. A maioria das (os) servidoras (es) que atuam na política de assistência social é da carreira de Analista de Políticas Públicas (APP), seguida por Assistente Administrativo, Educador Social, com a participação ainda de servidoras (es) de outras carreiras, tais como de Engenheiro, Auxiliar Administrativo, dentre outros. Destaca-se que, apesar de ser da carreira da Administração Geral, no caso do cargo de Analista de Políticas Públicas, especialidades Psicologia e Serviço Social, existem atribuições que contemplam as especificidades demandadas para o atendimento ao público e desenvolvimento do trabalho social da Assistência Social (Belo Horizonte, 2005; 2012). Há ainda um conjunto de atribuições previstas para todas as especialidades deste cargo que possibilitam a realização das atividades técnicas e administrativas necessárias para a atuação, em especial, nas funções essenciais de gestão do SUAS. Os cargos de assistente administrativo e educador social também compõe essa carreira, contribuindo na provisão e, principalmente, na gestão da Política. É importante ressaltar que o profissional de direito, profissão obrigatória na composição da equipe de referência do CREAS, é contratado com o cargo de orientador jurídico por meio de parceria com organização da sociedade civil, uma vez que não há carreira geral de operador do direito para atuação no quadro da Administração Geral da PBH. 5.1 Perfil das (os) trabalhadoras (es) da provisão da Proteção Social Básica No âmbito da Proteção Social Básica, as ações destinam-se à população que vive em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, ausência de renda, privações, acesso precário ou nulo aos serviços e fragilização de vínculos afetivos relacionais e de pertencimento. Seu objetivo é a prevenção de situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. O município de Belo Horizonte conta atualmente com 34 (trinta e quatro) CRAS, 09 (nove) equipes de Proteção Social Básica Regional, 9 (nove) equipes do Serviço de Proteção Social à Pessoa com Deficiência e 9 (nove) equipes regionais responsáveis pela operacionalização do CadÚnico e Transferência de Renda, em especial o Programa Bolsa-Família. 38 O serviço essencial executado diretamente pelos CRAS é o PAIF - Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família, e a ele está referenciado o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos - SCFV. O SCFV é executado por meio da parceria com entidades que compõem a rede socioassistencial do município. Destaca-se, ainda, a oferta do Programa Maior Cuidado em vinte e seis territórios de CRAS que, em articulação com os Centros de Saúde, promovem cuidado no domicílio para famílias com pessoas idosas com quadro de semidependência e dependência em contextos de vulnerabilidade social. O mapa abaixo apresenta a localização dos CRAS nas nove regionais administrativas de Belo Horizonte, bem como aponta a localização de 114 unidades3 de oferta do SCFV que integram a rede socioassistencial do município. 3 Dados do CensoSuas 2016. 39 Mapa 1- Localização dos Centros de Referência de Assistência Social - CRAS e Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) Fonte: PRODABEL/CENSO SUAS. Elaborado por GVISO/DGAS/SUASS. 40 5.2 Perfil das (os) trabalhadoras (es) do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF/CRAS Atualmente, existem 239 trabalhadoras (es) do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF – que atuam nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), incluindo as (os) coordenadoras (es). A escolaridade dessas (es) trabalhadoras(es) está assim distribuída: 162 trabalhadoras (es) de nível superior (68%), 67 (28%) de nível médio e 10(4%) de nível fundamental. Em relação à formação, 52%(84) trabalhadoras (es) de nível superior dos CRAS são Assistentes Sociais; 48%(78) são Psicólogas (os). Tabela 1- Escolaridade das (os) trabalhadoras (es) do PAIF/CRAS SUPERIOR 162 MÉDIO 67 FUNDAMENTAL 10 TOTAL 239 Fonte: Diretorias Regionais de Assistência Social/DRAS. Setembro de 2018. Elaborado por GGTEP/DGAS/SUASS. 41 Gráfico 1- Trabalhadoras (es) de nível superior por formação/PAIF4 Fonte: Diretorias Regionais de Assistência Social/DRAS. Setembro de 2018. Elaborado por GGTEP/DGAS/SUASS. Dentre as (os) 162 trabalhadoras (es) de nível superior do PAIF, 62,5%(101) possuem pós-graduação completa. Deste montante, a grande maioria (87%/88) concluíram a Especialização, 8% (8) o Mestrado e 5%(5) o Aperfeiçoamento. Foram contabilizados neste montante das (os) 34(trinta e quatro) coordenadoras (es) dos equipamentos. Gráfico 2- Modalidades de Pós-Graduação das (os) trabalhadoras (es) da equipe PAIF/CRAS 4 De acordo com a NOB-RH, a equipe mínima dos CRAS para municípios de grande porte e metrópoles deve ser de 4 técnicos de nível superior, sendo dois profissionais assistentes sociais, um psicólogo e um profissional que compõe o SUAS, 4 técnicos de nível médio para cada 5.000 famílias referenciadas. Psicologia 48%Serviço Social 52% 42 Fonte: Diretorias Regionais de Assistência Social/DRAS. Setembro de 2018. Elaborado por GGTEP/DGAS/SUASS. Há 23 (vinte e três) Assistentes Sociais e 11(onze) psicólogas (os) entre as (os) 34 coordenadoras (es) empossadas (os) no mês de agosto de 2018. Destes, 25 (73%) possuem pós-graduação: 22 concluíram Especialização e 3 finalizaram o Mestrado. 5.3 Perfil das (os) trabalhadoras(es) do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – SCFV Executado por meio de parceria com Organizações da Sociedade Civil (OSC) e por meio de entidades socioassistenciais inscritas no CMAS, atualmente o SCFV possui o quantitativo de 867 trabalhadoras(es). Deste conjunto, 368(trezentos e sessenta e oito) são de nível superior, 361(trezentos e sessenta e um) de nível médio e 138(cento e trinta e oito) possuem nível fundamental. Conforme informações da Diretoria de Proteção Social Básica (DPSO), o município de Belo Horizonte oferta o SCFV para todos os públicos previstos na Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais. Conforme informações do Censo Suas 2017 sobre os Centros de Convivência que executam o SCFV, o que mais se destaca é a diversidade de formações profissionais das(os) trabalhadoras(es) de nível superior. Em razão de limitações no levantamento de Aperfeiçoamento 5% Especialização 87% Mestrado 8% 43 dados do Censo Suas, não foi possível descriminar quais formações compõe o bloco “outras formações de nível superior” que corresponde a 36% das(os) trabalhadoras(es) de nível superior deste serviço. Outro dado que se destaca é o quantitativo de profissionais com formação em pedagogia (23%¨), seguido do Serviço Social (19%) e Psicologia (11%). Gráfico 3- Trabalhadoras(es) dos Centros de Convivência/SCFV de nível superior por formação Fonte: Censo SUAS 2017. Elaborado por GGTEP/DGAS/SUASS. Com relação às(aos) trabalhadoras(es) de nível médio, quase metade desse grupo de trabalhadoras(es) (44%) são educadoras(es) sociais, seguido do bloco “outros” (29%) sobre o qual não é possível descrever os cargos em razão das limitações da apresentação dos dados do Censo Suas. Do total de trabalhadoras(es) de nível médio, (17%) exercem atividades de apoio administrativo e (9%) serviços gerais. Gráfico 4- Trabalhadoras(es) dos Centros de Convivência/SCFV de nível médio por função Psicologia 11% Serviço Social 19% Direito 1% Pedagogia 23% Administração 4% Antropologia 0% Sociologia 0% Fisioterapeuta 1% Terapia Ocupacional 2% Enfermagem 0% Sistemas de Informação 2% Programação 1% Outras formações de nível superior 36% 44 Fonte: Censo SUAS 2017. Elaborado por GGTEP/DGAS/SUASS. Gráfico 5-Trabalhadoras(es) dos Centros de Convivência/SCFV de nível fundamental por função Apoio Administrativo 17% Educador Social 44% Outros 29% Serviços Gerais 9% Coordenação 1% 45 Fonte: Censo SUAS 2017. Elaborado por GGTEP/DGAS/SUASS. Com relação às(aos) trabalhadoras(es) de nível fundamental, quase metade desse grupo (46%) são profissionais de Serviços Gerais, seguido do bloco “outros” (43%) sobre o qual, também, não é possível descrever os cargos em razão das limitações da apresentação dos dados do Censo Suas. Do total de trabalhadoras(es) de nível fundamental, identifica-se ainda, um percentual de (9%) que exercem a função de Educadora(r) Social. 5.4 Perfil das(os) trabalhadoras(es) da Proteção Social Básica Regional Destaca-se que o município possui uma especificidade de cobertura de proteção social básica, para além dos serviços tipificados nacionalmente. Essa oferta se encontra estruturada nas nove regionais por meio da atenção socioassistencial ao público prioritário da política de Assistência Social realizada por 9 equipes de Proteção Social Básica Regional e 9 equipes de Transferência de Renda e Cadastro Único. Ainda a execução do Serviço de Proteção Social para Pessoas com Deficiência – SPSPD, o qual objetiva a prevenção de situações de exclusão e isolamento social por meio do fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários com vistas à inclusão social, equiparação de oportunidades e participação por meio do desenvolvimento da autonomia Apoio Administrativo 1% Serviços Gerais 46% Educador Social 9% Outros 43% Coordenação 1% 46 mediante acompanhamento sociofamiliar e articulação com a rede socioassistencial e demais políticas públicas. Como estratégia de qualificação da atenção desse serviço, é realizado o Programa Mala Lúdica em parceria com a rede socioassistencial. A equipe do Programa Mala Lúdica é composta por dois educadores sociais vinculados a cada uma das equipes do Serviço de Proteção Social para Pessoas com Deficiências (SPSPD). As(os) servidoras(es) que atuam nas equipes da Proteção Social Básica Regional estão lotadas(os) nas Diretorias Regionais de Assistência Social e serão apresentadas(os) nos gráficos a seguir. Do total de 128 técnicas(os) de nível superior da Proteção Social Básica Regional (inclui a Equipe de Proteção Social Básica Regional, o Serviço de Proteção Social à Pessoa com Deficiência e as(os) técnicas(os) que atuam na operacionalização da Transferência de Renda), 88% (113) são assistentes sociais e 12% (15) são psicólogas(os). Nota-se a significativa presença de assistentes sociais que atuam nestas ações estratégicas da gestão da Proteção Social Básica. É importante ressaltar que no processo de seleção para movimentação das(os) servidoras(es) psicólogas(os) e assistentes sociais do ano de 2017, as vagas abertas para estas equipes foram, em quase 100%, para profissionais do serviço social. A composição destas equipes será objeto de discussão e definição no processo de reordenamento destas ofertas. Gráfico 6- Distribuição das(os) Trabalhadoras(es) de nível superior da PSBR por formação 47 Fonte: Diretorias Regionais de Assistência Social/DRAS. Setembro de 2018. Elaborado por GGTEP/DGAS/SUASS. Entre as(os) 128 trabalhadoras(es) da Proteção Social Básica Regional, 62% (80) possuem pós-graduação completa. Deste montante, 90% (72) concluiu a Especialização, 7% (6) o Mestrado e 3% (2) concluiu a modalidade Aperfeiçoamento. Gráfico
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