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PLANO DE EDDUCAÇÃO PERMANENTE DO SUAS - PBH

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1 
PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE 
SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA 
ALIMENTAR E CIDADANIA 
SUBSECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO PERMANENTE 
2018-2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
Abril de 2019 
2 
EXPEDIENTE 
Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania 
Secretária Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania | 
Maíra da Cunha Pinto Colares 
Subsecretário de Assistência Social | José Ferreira da Crus 
Subsecretário de Direito e Cidadania | Thiago Alves da Silva Costa 
Subsecretária de Segurança Alimentar | Darklane Rodrigues 
 
Subsecretaria de Assistência Social 
Diretora de Gestão do SUAS | Isabela de Vasconcelos Teixeira 
Diretora de Proteção Social Básica | Eliete Cristina Rezende Costa 
Diretora de Proteção Social Especial | Régis Spíndola 
Diretoria de Relação com o Sistema de Garantia de Direitos | Simone Albuquerque 
 
Diretores Regionais de Assistência Social 
Diretoria Regional de Assistência Social Barreiro | Ângela Maria de Souza Oliveira 
Diretoria Regional de Assistência Social Centro-Sul | Célio Augusto Raydan 
Diretoria Regional de Assistência Social Leste | Ricardo Marcelo Fait Gorchacov 
Diretoria Regional de Assistência Social Nordeste | Sandra Silar Lopes dos Santos 
Diretoria Regional de Assistência Social Noroeste | Alessandra de Souza Figueiredo 
Diretoria Regional de Assistência Social Norte | Soraia Pereira de Souza 
Diretoria Regional de Assistência Social Oeste | Maria Angélica Barros Menezes 
Diretoria Regional de Assistência Social Pampulha | Claudia de Melo Machado de 
Melo 
Diretoria Regional de Assistência Social Venda Nova | Valéria Andrade Martins 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
FICHA TÉCNICA 
 
 
Coordenação 
Isabela de Vasconcelos Teixeira 
Diretoria de Gestão do SUAS – DGAS da Subsecretaria de Assistência Social 
Maria Aline Gomes Barboza 
Gerência de Gestão do Trabalho e Educação Permanente - GGTEP/DGAS 
 
Equipe Técnica da Gerência de Gestão do Trabalho e Educação Permanente 
 
Carlos Eduardo Firmino 
Eliane Rodrigues Silva 
Ewerton Herald Pinto Silva 
Érika Brandão Viana 
Lúcia de Fátima Alves Rocha 
Paula Dias Moreira Penna 
Lílian Rocha da Silva Barros 
Lucinea de Almeida Amorim 
 
Colaboração 
 
Grupo de Trabalho PMEP (Portaria SMASAC nº 027/2018) 
Adriana Silva Basílio (SUASS – Diretoria de Proteção Social Especial) 
Alessandra Figueiredo (SUASS- Diretoria Regional de Assistência Social/DRAS) 
Célio Raydan (SUASS- Diretoria Regional de Assistência Social/DRAS) 
Cristiane Márcia Diniz Oliveira (SMASAC-Diretoria de Planejamento, Gestão e Finanças) 
Daniele Rodrigues Souza Carmona (Fórum Municipal de Trabalhadoras (es) do SUAS-BH) 
Denise Viana Fernandes (Fórum Municipal de Trabalhadoras (es) do SUAS-BH) 
Douglas Alves (SUASS – Diretoria de Proteção Social Especial) 
Fabiana Meijon Fadul (SUASS – Diretoria de Proteção Social Básica) 
Guilherme Lanna Alves Faria (SMASAC-Diretoria de Planejamento, Gestão e Finanças) 
Karina de Menezes Domingues Victor (SUASS – Diretoria de Gestão do SUAS) 
Liziane Vasconcelos Teixeira Lima (Fórum Permanente de Entidades e Organizações de 
Assistência Social) 
4 
Mara Rúbia de S.Albano Félix (SUASS – Diretoria de Proteção Social Básica) 
Maria do Carmo Rezende e Silva (Fórum Permanente de Entidades e Organizações de 
Assistência Social) 
Maria Thereza Nunes Martins (Assessoria da Subsecretaria de Assistência Social) 
Marilia Soares Nascimento (Fórum Municipal de Trabalhadoras (es) do SUAS-BH) 
Miriam Aparecida Mendes (SMASAC –Subsecretaria de Direito e Cidadania/SUDC) 
Priscila Franzini Pereira (SUASS – Diretoria de Gestão do SUAS) 
Ralise Cássia (Conselho Municipal de Assistência Social de Belo Horizonte/CMAS-BH) 
 
Núcleo Municipal de Educação Permanente/NUMEP 
Adriana Moreira O. Lanza (SUASS – Diretoria de Gestão do SUAS) 
Alba Maria Barbosa Coura (Fórum Municipal de Trabalhadoras (es) do SUAS BH –Rede 
Governamental) 
Alexandre Luiz Duarte dos Santos Costa (OAB MG- Conselho da Ordem dos Advogados 
de Minas Gerais) 
Aline Rabelo de Assis ((Fórum Municipal de Trabalhadoras (es) do SUAS BH –Rede 
Governamental) 
Carla Bronzo Ladeira Carneiro (Fundação João Pinheiro) 
Cleile Marie Camilo (Conselho Municipal de Assistência Social de Belo 
Horizonte/CMAS-BH) 
Cléssio Cunha Mendes (Fórum Municipal de Trabalhadoras (es) do SUAS BH-Rede 
Governamental) 
Cristiane Isabel Felipe (Fórum Permanente de Entidades e Organizações de Assistência 
Social) 
Cristiano da Costa Carvalho (UNA) 
Denise Viana Fernandes (Fórum Municipal de Trabalhadoras (es) do SUAS BH – Rede 
Privada) 
Diogo Quirino Queiroga (SMASAC – Diretoria de Planejamento, Gestão e Finanças) 
Douglas Alves (SUASS – Diretoria de Proteção Social Especial) 
Edvaldo Anastácio (Fórum Municipal de Trabalhadoras (es) do SUAS BH – Rede 
Privada) 
Evelin Lopes da Silva (Fórum Municipal de Usuários do SUAS BH) 
Fabiana Meijon Fadul (SUASS – Diretoria de Proteção Social Básica) 
5 
Fernanda Passos de Sá Nogueira (SMASAC – Diretoria de Planejamento, Gestão e 
Finanças) 
Flávia Zarattini Amorim (Conselho Regional de Psicologia/CRP MG) 
Francielly Ferreira Caetano (Conselho Regional de Serviço Social/CRESS MG) 
Geralda Luíza de Miranda (UFMG) 
Jacqueline Wanderley Matias Silva (Fórum Permanente de Entidades e Organizações de 
Assistência Social) 
Joaquim Calixto Filho (Fórum Municipal de Usuários do SUAS BH) 
Juliana Daviti Fernandino (Fórum Municipal de Trabalhadoras (es) do SUAS BH-Rede 
Governamental) 
Juliano Aparecido de Almeida (Unihorizontes) 
Lúcio Luiz Tolentino (SUASS – Diretoria de Gestão do SUAS) 
Mara Rúbia de S. Albano Félix (SUASS – Diretoria de Proteção Social Básica) 
Márcia Mansur Saadallah (PUC MG) 
Marcos Arcanjo de Assis (Fundação João Pinheiro) 
Maria do Carmo Rezende e Silva (Fórum Permanente de Entidades e Organizações de 
Assistência Social) 
Maria Júlia Andrade Vale (Conselho Regional de Psicologia/CRP MG) 
Natália Guimarães Duarte Sátyro (UFMG) 
Niselma da Soledade Caroba (Conselho Municipal de Assistência Social de Belo 
Horizonte/CMAS-BH) 
Regina Coeli de Oliveira (PUC MG) 
Roberto Rocha Tross (OAB MG- Conselho dos Advogados de Minas Gerais) 
Rosane Pilar Diegues Silva (UNA) 
Sandra Regina Ferreira (SUASS – Diretoria de Proteção Social Especial) 
Suênya Thatiane Souza de Almeida (Unihorizontes) 
Vinicius Quiroga Mendoza (Fórum Municipal de Trabalhadoras (es) do SUAS BH-Rede 
Governamental) 
 
 
 
 
 
6 
LISTA DE SIGLAS 
 
APP Analista de Políticas Públicas 
BH Belo Horizonte 
 
BPC Benefício de Prestação Continuada 
CCG Câmara de Coordenação Geral 
CENTRO-POP Centro de Referência Especializado da Assistência Social para 
atendimento à população adulta em situação de rua 
CLAS Comissões Locais de Assistência Social 
CMAS Conselho Municipal de Assistência Social 
CNAS Conselho Nacional de Assistência Social 
CORAS Conselhos Regionais de Assistência Social 
CRAS Centro de Referência de Assistência Social 
CREAS Centro de Referência Especializado de Assistência Social 
DGAS Diretoria de Gestão do SUAS 
DIAD-ASAC Diretoria Administrativa da Secretaria Municipal de 
Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania 
DPES Diretoria de Proteção Social Especial 
DPGF-ASAC Diretoria de Gestão, Planejamento e Finanças da Secretaria 
Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e 
Cidadania 
7 
DPSO Diretoria de Proteção Social Básica 
DRAS Diretoria Regional de Assistência Social 
DRSGD Diretoria de Relação com o Sistema de Garantia de Direitos 
ECA Estatuto da Criança e do Adolescente 
FMAS Fundo Municipal de Assistência Social 
FNAS Fundo Nacional de Assistência Social 
GERHU-ASAC Gerência de Recursos Humanos da SMASAC 
 
GGSMC Gerência de Gestão dos Serviços de Média Complexidade 
GGTEPGerência de Gestão do Trabalho e Educação Permanente 
GT Grupo de Trabalho 
GVISO Gerência de Vigilância Socioassistencial 
IGD-SUAS Índice de Gestão Descentralizada do Sistema Único de 
Assistência Social 
ILPI Instituição de Longa Permanência para Idosos 
LA Liberdade Assistida 
LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias 
LOA Lei Orçamentária Anual 
LOAS Lei Orgânica de Assistência Social 
8 
MDS Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome 
MGT Mesa de Gestão do Trabalho 
NOB-SUAS Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência 
Social 
NOB RH SUAS Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS 
NUMEP Núcleo Municipal de Educação Permanente do SUAS BH 
OSC Organizações da Sociedade Civil 
PAC Planos Anuais de Capacitação 
PACA Plano de Ação da Capacitação de Atualização 
PACI Plano de Ação da Capacitação Introdutória 
PAFO Plano de Ação de Formação 
PAEFI Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e 
Indivíduos 
PAIF Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família 
PAST Plano de Ação da Supervisão Técnica 
PBH 
 
Prefeitura de Belo Horizonte 
9 
PMAS Plano Municipal de Assistência Social 
PMEP Plano Municipal de Educação Permanente 
PNAS 
PNEP 
 
Política Nacional de Assistência Social 
Política Nacional de Educação Permanente 
PPAG Plano Plurianual de Ação Governamental 
PSB Proteção Social Básica 
PSC Prestação de Serviço à Comunidade 
RENEP/SUAS Rede Nacional de Educação Permanente do SUAS 
ROT Recursos Oriundos do Tesouro 
SCFV Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos 
SEAS Serviço Especializado em Abordagem Social 
SOF Sistema Orçamentário e Financeiro 
SMASAC Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança 
Alimentar e Cidadania 
SMAAS Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social 
SPSPD Serviço de Proteção Social para Pessoas com Deficiências 
SUAS Sistema Único de Assistência Social 
SUAS/BH Sistema Único de Assistência Social de Belo Horizonte 
SUASS Subsecretaria de Assistência Social 
10 
SUDC Subsecretaria de Direito e Cidadania 
SUPLOR Subsecretaria de Planejamento e Orçamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1- Escolaridade das (os) trabalhadoras (es) do PAIF/CRAS 
Tabela 2- Trabalhadoras (es) dos CREAS distribuídos por Formação e Serviço 
Tabela 3- Formação e escolaridade das (os) coordenadoras (es) de CREAS 
Tabela 4-Formação das (os) técnicas (os) de nível superior - Família Acolhedora 
Tabela 5- Distribuição das (os) trabalhadoras (es) de nível superior do órgão gestor nível 
central por formação 
Tabela 6- Distribuição das (os) trabalhadoras (es) das equipes de gestão das DRAS por 
formação 
Tabela 7-Distribuição das (os) trabalhadoras (es) da rede governamental que atuam na 
provisão de serviços, programas e benefícios por escolaridade e lotação 
Tabela 8- Distribuição das (os) trabalhadoras (es) da rede governamental que atuam na 
gestão por escolaridade e lotação 
Tabela 09-Distribuição das (os) conselheiras (os) municipais representantes da sociedade 
civil por escolaridade 
Tabela 10- Distribuição das (os) conselheiras (os) municipais representantes do governo 
por escolaridade 
Tabela 11- Metas orçamentárias para o quadriênio 2018-2021 
Tabela 12 -Valor Reprogramado para 2019 
Tabela 13-Metas físicas para o quadriênio 2018-2021 
Tabela 14-Gestão do Trabalho e Educação Permanente do SUAS: LOA, Limite 
Orçamentário, Programação e Execução - 2018 
Tabela 15-Planejamento das ações de Educação Permanente - quadriênio 2018-2021 
 
 
12 
LISTA DE GRÁFICOS 
Gráfico 1- Trabalhadoras (es) de nível superior por formação/PAIF 
Gráfico 2- Modalidades de Pós-Graduação das (os) trabalhadoras (es) da equipe 
PAIF/CRAS 
Gráfico 3- Trabalhadoras (es) dos Centros de Convivência/SCFV de nível superior por 
formação 
Gráfico 4- Trabalhadoras (es) dos Centros de Convivência/SCFV de nível médio por 
função 
Gráfico 5- Trabalhadoras (es) dos Centros de Convivência/SCFV de nível fundamental 
por função 
Gráfico 6- Distribuição das (os) trabalhadoras (es) de nível superior da PSBR por 
formação 
Gráfico 7- Modalidades de Pós-Graduação das (os) trabalhadoras (es) da PSB Regional 
Gráfico 8 - Distribuição das (os) trabalhadoras (es) dos CREAS por nível de escolaridade 
Gráfico 9- Modalidade de pós-graduação das (os) trabalhadoras (es) do CREAS 
Gráfico 10-Trabalhadoras (es) do SEAS por escolaridade 
Gráfico 11- Trabalhadoras (es) de nível superior do SEAS por formação 
Gráfico 12-Trabalhadoras (es) do Centro Dia de nível superior por formação 
Gráfico 13-Trabalhadoras (es) de nível médio do Centro Dia por função 
Gráfico 14-Distribuição das (os) trabalhadoras (es) de nível médio do Serviço de 
Acolhimento Institucional por função 
Gráfico 15- Distribuição das (os) trabalhadoras (es) de nível fundamental do Serviço de 
Acolhimento Institucional por função 
Gráfico 16-Distribuição das (os) trabalhadoras (es) de nível superior do Serviço de 
Acolhimento Institucional por formação 
Gráfico 17- Escolaridade das (os) trabalhadoras (es) da SUASS (nível central) 
Gráfico 18- Trabalhadoras (es) da gestão lotados na DRAS por escolaridade 
Gráfico 19- Estagiárias (os) remuneradas (os) da PBH lotados nas unidades da SUASS 
Gráfico 20-Trabalhadoras (es) do SUAS BH por vínculo 
Gráfico 21-Escolaridade das (os) trabalhadoras (es) do SUAS-BH 
Gráfico 22- Distribuição das (os) trabalhadoras(es) da rede socioassistencial não 
governamental por escolaridade 
13 
Gráfico 23-Distribuição das (os) trabalhadoras (es) da rede socioassistencial 
governamental por escolaridade 
Gráfico 24-Proporção sexo/gênero das(os) trabalhadoras(es) do SUAS-BH 
Gráfico 25- Distribuição das (os) conselheiras (os) municipais por nível de escolaridade 
Gráfico 26- Valores programados e executados nas ações de Gestão do Trabalho e 
Capacitação no FMAS-BH no período de 2014 a 2017 
Gráfico 27-Execução orçamentária das ações de Gestão do Trabalho e Capacitação do 
FMAS-BH, por fonte de recursos, do período de 2014 de 2017 (vs. 2018) 
 
LISTA DE MAPAS 
Mapa 1- Localização dos Centros de Referência de Assistência Social - CRAS e Serviço 
de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) 
Mapa 2-Localização dos equipamentos da Proteção Social Especial Média Complexidade 
– 2017 
 
LISTA DE QUADROS 
Quadro 1- Organização do CMAS-BH 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1-Modelo de organização do PMEP e dos Planos Anuais de Capacitação e 
Formação 
Figura 2- Estratégias complementares de Supervisão Técnica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO ........................................................... Erro! Indicador não definido. 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 17 
2 FUNDAMENTAÇÃO ................................................................................................ 21 
2.1 Perspectiva político pedagógica da Educação Permanente no SUAS ........................... 24 
2.2 Capacidades e competências requeridas para a atuação no SUAS ............................... 26 
3 OBJETIVOS .............................................................................................................. 29 
3.1 Objetivo Geral ..................................................................................................... 29 
3.2 Objetivos Específicos ............................................................................................ 29 
4 CONTEXTUALIZAÇÃO DA GESTÃO DO TRABALHO E EDUCAÇÃO PERMANENTE 
DO SUAS-BH .............................................................................................................. 30 
5 LEVANTAMENTO DO PERFIL DAS (DOS) TRABALHADORAS (ES), GESTORAS (ES) 
E CONSELHEIRAS (OS) DO SUAS-BH ........................................................................36 
5.1 Perfil das (os) trabalhadoras (es) da provisão da Proteção Social Básica ..................... 37 
5.2 Perfil das (os) trabalhadoras (es) do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família 
– PAIF/CRAS ........................................................................................................... 40 
5.3 Perfil das(os) trabalhadoras(es) do Serviço de Convivência e Fortalecimento de 
Vínculos – SCFV ....................................................................................................... 42 
5.4 Perfil das(os) trabalhadoras(es) da Proteção Social Básica Regional ...................... 45 
5.5 Perfil das(os) trabalhadoras(es) da provisão da Proteção Social Especial .................... 49 
5.5.1 Perfil das(os) trabalhadoras(es) dos CREAS ................................................. 40 
5.5.2 Perfil das(os) trabalhadoras(es) do Serviço Especializado em Abordagem 
Social – SEAS ......................................................................................................... 53 
5.5.3 Perfil das(os) trabalhadoras(es) do Serviço de Proteção Social Especial para 
Pessoas com Deficiência adultas e suas famílias .................................................... 55 
5.6 Perfil das(os) trabalhadoras(es) da provisão da Proteção Social Especial de Alta 
Complexidade ........................................................................................................... 57 
5.7 Perfil das(os) trabalhadoras(es) da gestão do SUAS ............................................. 68 
5.8 Quantitativo das (os) estagiárias(os) remunerados das equipes da SUASS ................... 66 
5.9 Total das(os) trabalhadoras(es) do SUAS-BH ..................................................... 66 
6 PERFIL DAS (OS) CONSELHEIRAS(OS) MUNICIPAIS DE ASSISTÊNCIASOCIAL71 
7 LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES DE CAPACITAÇÃO E FORMAÇÃO ........... 77 
8 DEFINIÇÃO DAS AÇÕES DE FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO .......................... 79 
9. DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DOS PLANOS ANUAIS DE CAPACITAÇÃO 
(PAC) .......................................................................................................................... 83 
9.1 Plano de Ação de Capacitação Introdutória (PACI) ................................................... 83 
9.2 Plano de Ação de Capacitação de Atualização (PACA) ............................................. 84 
9.3 Plano de Ação de Supervisão Técnica (PAST) ......................................................... 85 
10 DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO DE FORMAÇÃO 
(PAFO) ........................................................................................................................ 91 
11 CERTIFICAÇÃO .................................................................................................. 92 
12 ORÇAMENTO......................................................................................................... 93 
13 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO .................................................................... 999 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 93 
15 
APRESENTAÇÃO 
 
O Plano Municipal de Educação Permanente é um dos instrumentos de gestão 
necessários à operacionalização da Política de Educação Permanente do SUAS, 
caracterizando-se como ferramenta para a estruturação e para o planejamento técnico e 
financeiro das ações de Educação Permanente no município de Belo Horizonte. O 
presente Plano foi construído visando à estruturação das ações de Educação Permanente, 
bem como a formulação de diretrizes para a elaboração dos planos anuais de capacitação 
e seus planos de ação e do plano de ação da formação. 
 A Educação Permanente no SUAS se configura como estratégia precípua de 
formação ético-política dos atores do SUAS, visando aperfeiçoar não apenas a função de 
proteção da política de Assistência Social, mas, especialmente, as funções de vigilância 
socioassistencial e de defesa de direitos, tão necessárias em tempos de retrocessos em 
curso. Urge afirmar, defender e fazer avançar a Política de Assistência Social como 
política pública do campo da garantia e defesa de direitos, da universalização dos acessos 
e da responsabilidade estatal, em contraponto à concepção do Estado Mínimo, da 
filantropia social e empresarial que excetua a construção democrática com a sociedade 
através do reconhecimento dos dispositivos legais de controle social. 
Na contramão do contexto nacional de retrocessos, o presente Plano direciona 
esforços institucionais que complementam a ampliação e qualificação do SUAS-BH, 
aposta traduzida no Plano Municipal de Assistência Social 2018-2021, através do 
planejamento de ações de manutenção, reordenamentos, ampliação e qualificação do 
provimento dos serviços e benefícios; de aprimoramento da gestão do SUAS e de 
ampliação e potencialização das instâncias de participação e controle social. O Plano 
Municipal de Educação Permanente compõe um conjunto de instrumentos de gestão que 
visam superar o desafio da oferta com qualidade de serviços e benefícios 
socioassistenciais do SUAS no município de Belo Horizonte, aprimorando aqueles já 
existentes e potencializando o processo de implementação de novos serviços. 
O Plano Municipal de Educação Permanente 2018-2021 foi construído de forma 
coletiva, com o envolvimento efetivo de trabalhadoras (es), gestoras (es), usuárias (os) e 
conselheiras (os) participantes do Núcleo Municipal de Educação Permanente (NUMEP), 
e também do Grupo de Trabalho constituído com o objetivo específico de elaboração do 
Plano. A portaria SMASAC 027/2018 de 02/03/2018, publicada no DOM em 06/03/2018 
instituiu o Grupo de Trabalho para formulação do Plano Municipal de Educação 
16 
Permanente do SUAS, referente ao período 2018/2021. Este grupo composto por 
diferentes atores do SUAS, coordenado pela Gerente de Gestão do Trabalho e Educação 
Permanente, realizou 13 reuniões no período dos meses de abril a julho de 2018, sendo 
duas reuniões com convite extensivo aos membros do NUMEP. Foram criados subgrupos 
de forma a aperfeiçoar a discussão e formulação do texto, a saber: a) Orçamento; b) 
Levantamento de Necessidades de Capacitação e Formação e Diagnóstico; c) 
Monitoramento, avaliação e Certificação; d) Relatoria. Todo o material utilizado, 
registros das reuniões e as versões parciais foram disponibilizados, em meio eletrônico 
(Google Drive) para conhecimento, leitura e contribuições das (os) participantes do 
Grupo de Trabalho. Para concluir o trabalho do GT, foram realizadas duas reuniões, 
mediadas com a metodologia do Word Café para a revisão e contribuições finais no texto. 
Após o encerramento do Grupo de Trabalho, a finalização do texto, a partir dos 
consensos estabelecidos com as (os) participantes, foi apresentado e qualificado pelo 
NUMEP, instância colegiada consultiva e de assessoramento à Subsecretaria de 
Assistência Social para implementação das ações de Educação Permanente no SUAS-
BH. O NUMEP foi instituído por meio da Portaria SMAAS nº 17 de 22 de julho de 2017. 
Por fim, é necessário ressaltar que este Plano é um instrumento público, que 
afirma compromissos e instrumentaliza a sociedade para o controle e o fortalecimento da 
Política de Assistência social no Município. Os objetivos que nele constam devem ser 
monitorados e avaliados de forma sistemática e continuada, de modo a garantir a 
estruturação e a instituição da cultura de Educação Permanente no SUAS-BH. 
 
 
17 
1 INTRODUÇÃO 
 
De acordo com a Política Nacional de Educação Permanente do Sistema Único de 
Assistência Social – PNEP SUAS (Brasil, 2013), a Educação Permanente, em um sentido 
mais amplo, diz respeito à formação de trabalhadoras(es), gestoras(es) e conselheiras(os) 
visando desenvolver perspectivas críticas de compreensão dos contextos nos quais estão 
inseridas(os) e fenômenos com os quais atuam,assim como ferramentas para a análise 
ético-política e técnico-metodológica que subsidiarão condutas, procedimentos e meios 
de ação à resolução dos problemas nos diferentes contextos de vida e de trabalho. Nesta 
perspectiva, as ações de Educação Permanente não devem se restringir a processos de 
educação formal, pautados apenas na transmissão de conhecimentos e treinamento de 
habilidades. 
 
Entende-se por Educação Permanente o processo contínuo de 
atualização e renovação de conceitos, práticas e atitudes 
profissionais das equipes de trabalho e diferentes agrupamentos, 
a partir do movimento histórico, da afirmação de valores e 
princípios e do contato com novos aportes teóricos, 
metodológicos, científicos e tecnológicos disponíveis. Processo 
esse mediado pela problematização e reflexão quanto às 
experiências, saberes, práticas e valores pré-existentes e que 
orientam a ação desses sujeitos no contexto organizacional ou da 
própria vida em sociedade. (Brasil, 2013, p. 34) 
 
De acordo com a PNEP SUAS (Brasil, 2013), é de responsabilidade da gestão dos 
municípios realizar os três tipos de ações de capacitação – Introdutória, Atualização e 
Supervisão Técnica, além dos cursos de aperfeiçoamento, que é uma modalidade de ação 
de formação. Com relação ao planejamento e a oferta das ações de formação e 
capacitação, cabe ao município: 
A) Elaborar diagnósticos de necessidades; 
B) Capacitar os integrantes da rede socioassistencial; 
C) Desenhar planos de cursos e matrizes de conteúdos; 
18 
D) Pactuar e validar conteúdos para as ações de Educação Permanente; 
E) Disseminar os conteúdos produzidos e sistematizados. 
O Plano Municipal de Educação Permanente constitui-se como instrumento de 
gestão que tem por objetivo central definir as diretrizes e orientar a organização das ações 
de Educação Permanente a serem ofertadas no âmbito de responsabilidade do ente 
federado. No caso deste plano, no âmbito do SUAS-BH. 
No âmbito do município de Belo Horizonte, a gestão da política de assistência 
social é atribuição da Subsecretaria de Assistência Social, que integra a Secretaria de 
Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania (SMASAC). A Secretaria instituiu 
por meio da Portaria SMASAC nº 27, de 06 de março de 2018, um grupo de trabalho para 
formulação do Plano Municipal de Educação referente ao período dos anos de 2018 a 
2021. Esse Grupo de Trabalho – GT PMEP - foi coordenado pela Gerência de Gestão do 
Trabalho e Educação Permanente- GGTEP e foi composto por representantes das 
seguintes unidades de gestão e organizações: 
● Diretoria de Gestão, Planejamento e Finanças da Secretaria Municipal de 
Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania – DPGF-ASAC/SMASAC; 
● Diretoria Administrativa da Secretaria Municipal de Assistência Social, 
Segurança Alimentar e Cidadania – DIAD-ASAC/SMASAC 
● Diretoria de Gestão do SUAS – DGAS da Subsecretaria de Assistência Social; 
● Diretoria de Proteção Social Especial – DPES da Subsecretaria de Assistência 
Social; 
● Diretoria de Proteção Social Básica – DPSO da Subsecretaria de Assistência 
Social; 
● Diretoria Regional de Assistência Social – DRAS da Subsecretaria de Assistência 
Social; 
● Assessoria da Subsecretaria de Assistência Social; 
● Subsecretaria de Direito e Cidadania – SUDC/SMASAC; 
● Conselho Municipal de Assistência Social de Belo Horizonte – CMAS/BH; 
● Fórum Municipal de Trabalhadoras (es) do SUAS-BH; 
● Fórum Permanente das Entidades e Organizações de Assistência Social; 
● Fórum Municipal dos Usuários do SUAS. 
 
19 
O GT trabalhou durante os meses de maio a julho de 2018 no estabelecimento de 
consensos entre os diferentes atores do SUAS com relação às diretrizes fundamentais para 
a realização das ações de Educação Permanente a serem desenvolvidas no SUAS-BH. 
Uma dessas diretrizes foi a necessidade de realizar um levantamento atualizado e 
aprofundado dos dados referentes ao conjunto de trabalhadoras (es) (as), gestoras (es) (as) 
e conselheiras (os) (as) da política de Assistência Social em Belo Horizonte. Esta 
solicitação requereu alterações no cronograma interno à SUASS de envio do PMEP ao 
Conselho Municipal de Assistência Social, instância do controle social responsável pela 
aprovação do PMEP, devido a insuficiência e desatualização dos dados disponíveis 
referentes à construção do perfil do trabalhador do SUAS-BH, fornecidos pelos sistemas 
do Ministério de Desenvolvimento Social e da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. 
No caso da rede governamental, esta passou por uma mudança significativa 
recente do quadro de lotação das (os) trabalhadoras (es) em razão do processo de 
nomeação e posse das novas (os) coordenadoras (es) de CRAS e CREAS, habilitadas (os) 
pelo processo de seleção interna SMASAC nº 01/2018. Além disso, informações como 
raça/cor, identidade de gênero, perfil sócio profissional, dentre outros, pactuados no GT 
PMEP, precisaram ser solicitados a todas (os) as (os) trabalhadoras (es) e gestoras (es) da 
rede governamental, uma vez que estes dados atualizados não estão disponíveis no 
sistema de gestão de recursos humanos da PBH (ArteRH) que, por sua vez, fornece 
informações apenas das (os) trabalhadoras (es) que são servidoras (es) públicas (os). 
Com relação à atualização dos dados da rede não-governamental, utilizou-se a 
base anual do CensoSuas/MDS. O levantamento de dados com relação ao perfil das (os) 
conselheiras (os) municipais de Assistência Social, público das ações de Educação 
Permanente do SUAS, foi obtido por meio do Conselho Municipal de Assistência Social, 
com referência no mês de agosto e setembro de 2018. 
A implantação da Educação Permanente no município é uma ação estratégica de 
gestão do SUAS/BH, que visa, sobretudo, a qualificação das ofertas da proteção social da 
política de assistência social, resultando na entrega de serviços de qualidade, na ativa 
implicação do exercício do controle social e no aprimoramento da gestão. Além disso, 
este Plano visa ao rompimento com o histórico e a cultura organizacional de ofertas 
pontuais e fragmentadas de capacitação. É importante destacar que este é o primeiro Plano 
de Educação Permanente que o município elabora de forma a contemplar quatro anos de 
execução das ações. Sendo este um instrumento de suma importância para a gestão da 
Educação Permanente no município, optamos pela apresentação de um diagnóstico que 
20 
de fato represente a realidade dos atores deste sistema, buscando que as ações de 
capacitação e formação planejadas a partir dele sejam convergentes com as necessidades 
e a realidade vivenciada pelas (os) trabalhadoras (es), conselheiras (os) e gestoras (es). 
Como produto do GT foi elaborado o texto do PMEP que, conforme determinação 
da Portaria SMASAC 027/2018, foi apresentado nas reuniões dos meses de junho, agosto 
e outubro de 2018 do Núcleo Municipal de Educação Permanente, instância colegiada de 
assessoramento ao órgão gestor no que se refere ao planejamento, execução, 
monitoramento e avaliação das ações de Educação Permanente, por meio de reuniões 
conjuntas e compartilhamento do texto para contribuições. A sua aprovação é feita pelo 
Conselho Municipal de Assistência Social. 
As diretrizes para o planejamento, execução e avaliação das ações de Educação 
Permanente, conteúdo do PMEP, bem como a oferta de outros tipos de ações de 
qualificação pela Subsecretaria de Assistência Social, instituem no SUAS-BH espaços 
contínuos para o aprimoramento do trabalho interdisciplinar, intersetorial e colaborativo 
necessários para a gestão, provimento e controle social no SUAS. Destaca-se que o plano 
contempla uma lógica sistemática de apresentação da organização estrutural das ações a 
serem propostas pelo SUAS-BH, visando possibilitar a manifestação e participação das 
(os) trabalhadoras (es), gestoras (es) e conselheiras (os). É importante, ainda, lembrar que 
este Plano visa organizaras ações de Educação Permanente conforme o disposto na 
PNEP, não desconsiderando outras possíveis ações de qualificação contidas nos Planos 
de Apoio Técnico (PAT). 
 
21 
2 FUNDAMENTAÇÃO 
 
A Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS - NOB RH SUAS 
– e sua versão comentada (Brasil, 2006a; Ferreira, 2011) dispõe que a gestão do trabalho 
deve ser tratada como área estratégica da gestão do SUAS. De acordo com essa 
normativa, a qualidade dos serviços socioassistenciais ofertados à população está 
diretamente relacionada à estruturação do trabalho, à qualificação e à valorização das (os) 
trabalhadoras (es) atuantes no SUAS. Esta disposição é reafirmada pela Norma 
Operacional Básica do SUAS – NOB SUAS (Brasil, 2012), norma que disciplina a gestão 
pública da Política de Assistência Social. Dentre os avanços da gestão do SUAS 
apontados pela NOB SUAS, destacam-se a Gestão do Trabalho e a Educação Permanente 
como objetivos do SUAS e potenciais propulsores da qualidade na gestão e na prestação 
de serviços, projetos, programas e benefícios socioassistenciais. 
A implementação da Gestão do Trabalho e da Educação Permanente na 
Assistência Social é um dos objetivos da gestão e da organização municipal do SUAS em 
BH, conforme determina a Lei Municipal nº 10.836, de 29 de julho de 2015 que instituiu 
o Sistema Único de Assistência Social de Belo Horizonte - SUAS BH (Belo Horizonte, 
2015). É competência do município e do órgão gestor da Política de Assistência Social a 
formulação e a execução de uma Política Municipal de Educação Permanente para 
trabalhadoras (es), gestoras (es) e conselheiras (os) que integram o SUAS-BH, a qual deve 
ser aprovada pelo Conselho Municipal de Assistência Social. 
A gestão da Política de Assistência Social deve ser exercida de forma cooperada 
entre os entes federados. Para que as ações de Gestão do Trabalho e Educação Permanente 
se efetivem, é necessário que os entes federados reúnam esforços para organizar ofertas 
para a qualificação do trabalho na execução, gestão e controle social dos serviços, 
programas, projetos e benefícios do SUAS, por meio de planos que respeitem as 
diversidades e as especificidades territoriais na proposição das ações de capacitação e 
formação, e a dinamicidade dos fenômenos e desafios do cotidiano de trabalho. 
 
Em um contexto de contínuas transformações, planejar/executar/avaliar 
supõe conciliar a capacidade criativa, inovadora e intuitiva, com força da 
racionalidade, do amplo conhecimento da realidade, do domínio do 
conhecimento especializado e da experiência acumulada. É preciso 
22 
compor utopias, mas dimensionar condições de factibilidade, viabilidade 
e exequibilidade. (Brasil, 2008, p. 48) 
 
A Política Nacional de Educação Permanente do SUAS - PNEP SUAS (Brasil, 
2013) tem como objetivo geral “institucionalizar a perspectiva político-pedagógica e a 
cultura da Educação Permanente, estabelecendo suas diretrizes e princípios, e definindo 
os meios, mecanismos, instrumentos e arranjos institucionais necessários à sua 
operacionalização e efetivação (Brasil, 2013, p. 27). 
A PNEP (Brasil, 2013) define como objetivos específicos, em resumo: 
● Desenvolver competências e capacidades específicas e compartilhadas, 
junto às (os) trabalhadoras (es), gestoras (es) e conselheiras (os), 
requeridas para a melhoria e qualidade continuada da gestão, da oferta e 
provimento dos serviços e benefícios socioassistenciais e do controle 
social e gestão participativa; 
● Desenvolver junto às (os) trabalhadoras (es) e conselheiras (os) condições 
para que possam distinguir e fortalecer a centralidade dos direitos 
socioassistenciais do cidadão no processo de gestão e no desenvolvimento 
das atenções em benefícios e serviços; 
● Ofertar às (aos) trabalhadoras (es), gestoras (es) e conselheiras (os) de 
Assistência Social percursos formativos e ações de Educação Permanente 
adequados às qualificações requeridas para sua atuação, por meio de 
mecanismos de ensino e processos de aprendizagem que permitam o 
aprendizado contínuo que considerem as experiências de trabalho; 
● Criar mecanismos que gerem aproximações entre as manifestações dos 
usuários e o conteúdo das ações de capacitação e formação; 
● Instituir mecanismos institucionais que permitam a participação das (os) 
trabalhadoras (es) e das (os) usuárias (os) do SUAS, das (os) conselheiras 
(os) da Assistência Social e das instituições de ensino, as quais formam a 
Rede Nacional de Capacitação e Educação Permanente do SUAS, nos 
processos de formulação de diagnósticos de necessidades, planejamento e 
implementação das ações de formação e capacitação; 
● Criar meios e mecanismos institucionais que permitam articular o ensino, 
a pesquisa e a extensão à gestão e ao provimento dos serviços e benefícios 
socioassistenciais, assim como para integrar e ampliar os espaços de 
23 
debates entre as instâncias de gestão, controle social, instituições 
educacionais e movimentos sociais, de forma a contribuir para o 
desenvolvimento das competências necessárias à contínua e permanente 
melhoria da qualidade do SUAS; 
● Consolidar referências teóricas, técnicas e ético-políticas na Assistência 
Social a partir da aproximação entre a gestão do SUAS, o provimento dos 
serviços e benefícios e instituições de ensino, pesquisa e extensão, 
potencializando a produção, sistematização e disseminação de 
conhecimentos; 
● Instituir mecanismos institucionais que permitam descentralizar para 
estados, municípios e Distrito Federal atribuições relacionadas ao 
planejamento, oferta e implementação de ações de formação e capacitação. 
 
Os objetivos da PNEP reafirmam as diretrizes da NOB RH SUAS que têm como 
eixo central a valorização das (os) trabalhadoras (es) do SUAS e a qualificação das ofertas 
socioassistenciais. Portanto, as ações de gestão do trabalho e Educação Permanente 
devem ser orientadas por esta perspectiva e possibilitar a sistematização de 
conhecimentos direcionados ao desenvolvimento de competências e capacidades técnicas 
e gerenciais, ao efetivo exercício do controle social e do protagonismo das (os) usuárias 
(os). O conhecimento produzido e sistematizado deve ser disseminado adotando 
instrumentos criativos e inovadores, adequando-os aos diferentes públicos da Política de 
Assistência Social e garantindo a acessibilidade. Dessa forma, dá-se dinamicidade ao 
processo de atualização e qualificação do trabalho, valorizando a produção 
contextualizada de conhecimento pelos atores do SUAS, permitindo também a sua 
coprodução e compartilhamento com as instituições de ensino, movimentos sociais, 
dentre outros. 
Para o alcance desses objetivos, duas ações de gestão se destacam, a saber: a) 
institucionalização da perspectiva político-pedagógica da Educação Permanente no 
SUAS como norteadora das ações de capacitação e formação; b) configuração 
organizacional necessária para essa implementação. Nesse sentido, a formalização de um 
Plano Municipal de Educação Permanente fortalece essas ações de gestão, contribuindo, 
juntamente com outras estratégias de gestão participativa, para mudanças necessárias em 
nossa cultura organizacional, de modo a instituir a Educação Permanente como valor 
institucional e processo de trabalho. 
24 
 
2.1 Perspectiva político pedagógica da Educação Permanente no SUAS 
 
Este Plano Municipal de Educação Permanente orienta-se pela perspectiva 
político-pedagógica da PNEP SUAS que está baseada nos seguintes princípios: a) a 
centralidade dos processos de trabalho e das práticas profissionais; b) a 
interdisciplinaridade; c) a aprendizagem significativa; d) a historicidade; e e) o 
desenvolvimento de capacidades e competências requeridas pelo SUAS. 
O planejamento das ações de Educação Permanente requer uma orientação voltada 
para as questões cotidianas do trabalho ofertado no SUAS, articulando os impasses e as 
potencialidadesdas práticas profissionais, da gestão e do exercício do controle social. 
Estas ações devem contribuir nas respostas às questões, demandas, problemas e 
dificuldades que emergem dos processos de trabalho e das práticas profissionais. 
Os processos de trabalho e as práticas profissionais são os principais mediadores 
da gestão descentralizada e participativa do SUAS e da concretização dos serviços e 
benefícios ofertados. Considerando este princípio, o planejamento, a oferta e a 
implementação de ações são condições para a realização de duas das principais 
finalidades da PNEP: o desenvolvimento das competências necessárias e essenciais à 
melhoria contínua da qualidade da gestão do SUAS e do provimento dos serviços e 
benefícios socioassistenciais; e a modificação dos processos de trabalho e práticas 
profissionais inadequados ao atual paradigma da Assistência Social, entendida enquanto 
política de direito não contributiva (Brasil, 2013). 
A compreensão de fenômenos e situações que compõem o objeto de intervenção 
do SUAS exige leituras das diferentes disciplinas, o que requer a realização do trabalho 
e a construção de conhecimento interdisciplinar. De acordo com a perspectiva político 
pedagógica da Educação Permanente no SUAS: 
 
A interdisciplinaridade permite a ampliação do foco na visão profissional, 
favorecendo maior aproximação das equipes profissionais à integralidade 
das situações experimentadas por beneficiários do Sistema, podendo, por 
isso mesmo, contribuir na formulação de respostas às questões, demandas, 
problemas e dificuldades que emergem dos processos de trabalho e das 
práticas profissionais (Brasil, 2013, p. 36). 
25 
 
 Faz-se necessário, nesta perspectiva, instituir processos de ensino e aprendizagem, 
investigação e construção de saberes e conhecimento pautados pela valorização da 
interdisciplinaridade, no reconhecimento dos saberes específicos e da complementaridade 
das áreas e na possibilidade de construção de novos saberes e práticas (Brasil, 2013). 
 O princípio de aprendizagem significativa versa sobre ações de capacitação e de 
formação que precisam fazer sentido para as (os) trabalhadoras (es) do SUAS. Duas 
condições são necessárias para que a aprendizagem significativa ocorra. A primeira é o 
envolvimento e cuidado do participante com sua própria aprendizagem, que requer 
mobilização individual e subjetiva. E, a segunda, está diretamente relacionada à 
percepção quanto à relevância dos conteúdos e objetivos das ações de Educação 
Permanente. É fundamental a utilização de recursos pedagógicos interativos, dialógicos 
e que estimulem a reflexão crítica para que o processo de aprendizagem promova a 
interiorização e ressignificação de conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades e 
atitudes a partir da mobilização dos saberes e experiências prévias dos participantes. As 
metodologias de ensino devem valorizar o compartilhamento das experiências e saberes 
dos participantes, a diversidade e especificidade dos territórios e o contexto social e 
histórico (Brasil, 2013). 
 O princípio da historicidade da Educação Permanente do SUAS provoca a 
problematização das práticas centradas na primazia da técnica, da lógica instrumental, 
sem a necessária mediação reflexiva e crítica de seu contexto e efeitos no trabalho 
socioassistencial. Este princípio orienta que as categorias e conceitos não são eternos e 
independentes das transformações do mundo real. Sendo assim, o princípio da 
historicidade consiste em recusar 
 
Abordagens pragmáticas, fixadas estritamente na transmissão técnica, 
instrumental, dogmática, do conhecimento. Diversamente disso, exige que 
as ações de formação e a capacitação para o SUAS abarquem questões 
filosófico-científicas e ético-políticas relacionadas aos princípios e 
fundamentos da análise do ser social e do projeto social que lhe confere tal 
identidade, fazendo a mediação dessas questões com as de caráter técnico 
e operativo (Brasil, 2013, p. 39) 
 
26 
No que diz respeito ao desenvolvimento de capacidades e competências 
requeridas pelo sistema, a PNEP SUAS recomenda o desenvolvimento de habilidades, 
conhecimento e atitudes, compreendendo as dimensões técnica, ética e política. 
 
2.2 Capacidades e competências requeridas para a atuação no SUAS 
 
Muniz (2011) propõe a seguinte definição de competência profissional: 
 
O ato de assumir responsabilidades frente a situações de trabalho 
complexas, o que exige um conjunto de conhecimentos e habilidades 
profissionais, porém, mais do que isto, postura ética, pois impõe aos 
trabalhadores da assistência social que superem a atuação como simples 
executores de programas para a de viabilizadores de direitos (...). Esta 
concepção de competência busca a construção e a mobilização de 
conhecimentos, habilidades, atitudes e valores não apenas na dimensão 
técnico-operativa referenciada nas Normas Operacionais e Guias de 
Orientação Técnica do SUAS, mas na dimensão ético-política. Não se 
restringe a uma perspectiva individualista, pois considera que as 
competências profissionais são construídas ao longo da trajetória da vida 
profissional do trabalhador, o qual partilha experiências e práticas 
coletivas. (Muniz, 2011, p. 36) 
 
Muniz (2011) discute as principais competências e habilidades que devem ser 
desenvolvidas nas ações de gestão do trabalho e de qualificação das (os) trabalhadoras 
(es) e gestoras (es), a saber: 
 
a) Compreensão do contexto sócio histórico em que se situa a intervenção profissional; 
b) Exercício dos princípios da matricialidade sociofamiliar e da territorialização; 
c) Conhecimento das metodologias de trabalho social com famílias; 
d) Conhecimentos, habilidades e atitudes que permitam identificar e respeitar as 
diversidades; 
e) Habilidades específicas de análise de contextos; 
27 
f) Habilidades para apreender e analisar criticamente o cotidiano de vida dos usuários, 
das famílias e suas representações; 
g) Domínio dos conceitos de vulnerabilidade, risco social e território; 
h) Conhecimentos, habilidades e atitudes específicas no gerenciamento e na operação dos 
benefícios, transferência de renda e serviços, programas, projetos e Cadastro Único, de 
forma a garantir a complementaridade e a integração; 
i) Conhecimentos, habilidades e atitudes para o desenvolvimento e fomento da 
intersetorialidade; 
j) Compreensão das concepções de multi e interdisciplinaridade; 
k) Competência de elaboração de amplos e consistentes diagnósticos; 
l) Identificação de territórios vulneráveis; 
m) Capacidades e meios técnicos sobre sistemas de informação; 
n) Conhecimentos sobre os principais instrumentos que possibilitam monitoramento e 
avaliação do SUAS; 
o) Arcabouço teórico-técnico-operativo para habilidade de construção de estratégias de 
participação dos indivíduos e famílias. 
 
O desenvolvimento das competências profissionais deve estar fundamentado nos 
princípios éticos para a oferta da proteção socioassistencial no SUAS, elencados no art. 
6º da NOB SUAS (Brasil, 2012), e nos princípios éticos para as (os) trabalhadoras (es) 
do SUAS, definidos no capítulo 3 da NOB RH SUAS (Brasil, 2006a; 2011). Os 
princípios éticos das respectivas profissões atuantes no SUAS também devem ser 
considerados ao se “elaborar, implantar e implementar padrões, rotinas e protocolos 
específicos, para normatizar e regulamentar a atuação profissional por tipo de serviço 
socioassistencial” (Brasil, 2011, p. 19). 
Especificamente em relação às (aos) conselheiras (os) de Assistência Social, no que 
diz respeito ao desenvolvimento de capacidades e competências requeridas para o 
exercício do controle social, torna-se imprescindível que as ações de capacitação 
alcancem o desenvolvimento das capacidades éticas e políticas, além da aquisição do 
conhecimento normativo sobre o SUAS, garantindo assim maior efetividade e postura 
crítica no exercíciodo controle social. Sendo assim, as capacitações para o percurso 
formativo de controle social buscam propiciar às(aos) conselheiras(os) a compreensão 
dos princípios e diretrizes do SUAS por meio da discussão e reflexão sobre conceitos e 
concepções essenciais da política de Assistência Social, com foco na estrutura de 
28 
financiamento da política, nas funções e responsabilidades dos entes federados e das(os) 
conselheiras(os), no fortalecimento do Conselho Municipal de Assistência Social 
(CMAS) e nos dispositivos e meios disponíveis e necessários para o efetivo exercício do 
controle social. Vale lembrar que para o fortalecimento dos conselhos, a Secretaria 
Executiva necessita de uma formação específica, no que tange a importância de seu papel 
político e operacional do mesmo. 
É importante ressaltar que novas competências podem ser requeridas visto a 
dinamicidade dos fenômenos e do trabalho social a ser ofertado pela Política de 
Assistência Social, reconhecendo assim que os conhecimentos e habilidades necessárias 
para conferir qualidade aos serviços, projetos, programas e benefícios do SUAS, e para o 
fortalecimento da participação e do controle social do sistema, estão em constante 
processo de construção (Muniz, 2011). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
3 OBJETIVOS 
3.1 Objetivo Geral 
 
Definir diretrizes para as ações de capacitação e formação no âmbito do SUAS/BH, para 
o período dos anos de 2018 a 2021, de acordo com as diretrizes e parâmetros da Política 
Nacional de Educação Permanente e demais normativas vigentes referentes à Educação 
Permanente no SUAS. 
3.2 Objetivos Específicos 
 
a) Definir diretrizes para a elaboração, o monitoramento e a avaliação dos Planos Anuais 
de Capacitação (PAC) e do Plano de Ação de Formação (PAFO), visando ofertar às (os) 
trabalhadoras (es), gestoras (es) e conselheiras (os), percursos formativos e ações de 
formação e capacitação que promovam o desenvolvimento de competências requeridas 
pelo SUAS; 
 
b) Estabelecer ações para o levantamento contínuo de necessidades de capacitação junto 
às (aos) trabalhadoras (es), gestoras (es) e conselheiras (os) da Assistência Social; 
 
c) Contribuir para a qualificação dos serviços, programas, projetos e benefícios 
socioassistenciais ofertados aos cidadãos e cidadãs de Belo Horizonte. 
 
 
 
30 
4 CONTEXTUALIZAÇÃO DA GESTÃO DO TRABALHO E EDUCAÇÃO 
PERMANENTE DO SUAS-BH 
 
De acordo com a NOB SUAS (Brasil, 2012), a gestão do trabalho no SUAS 
compreende o planejamento, a organização e a execução das ações relativas à valorização 
da (o) trabalhadora (or) e à estruturação do processo de trabalho institucional, no âmbito 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. As ações de Gestão do 
Trabalho e de Educação Permanente ressignificam a gestão dos recursos humanos da 
Política de Assistência social no âmbito da gestão pública, estabelecendo o compromisso 
técnico, ético e político com a oferta de qualidade dos serviços, programas, projetos e 
benefícios do SUAS. 
A reforma administrativa realizada pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte 
no ano de 2017 institucionalizou a Gerência de Gestão do Trabalho e Educação 
Permanente do SUAS (GGTEP), dentro da Diretoria de Gestão do SUAS (DGAS) para 
operacionalizar a função da gestão do trabalho no SUAS-BH, fomentar ações de 
fortalecimento e valorização das (dos) trabalhadoras (es) do SUAS e de qualificação da 
oferta dos serviços, programas, projetos, benefícios, transferência de renda e Cadastro 
Único. 
Esse esforço se deu em resposta à luta histórica das (os) trabalhadoras (es) e 
usuários da Política de Assistência Social em prol da oferta qualificada dos serviços e 
benefícios do SUAS e da valorização daqueles que executam e realizam a gestão do 
trabalho socioassistencial. Destacamos, ainda, que a instituição de uma unidade técnico-
administrativa específica de gestão do trabalho na SUASS cumpriu meta de estruturação 
da Secretaria com a formalização de áreas essenciais, determinada pelo Pacto de 
Aprimoramento de Gestão do SUAS (2014-2017). 
 No que se refere à Educação Permanente, a GGTEP tem como atribuições o 
planejamento, coordenação e desenvolvimento de ações visando à integração e ao 
aperfeiçoamento dos planos de formação, qualificação e distribuição das ofertas de 
educação e trabalho; o fomento à produção de conhecimento, disseminação e publicação 
de estudos e pesquisas acerca da política pública de Assistência Social; a promoção da 
articulação com Instituições de Ensino, escolas de governo, entidades sindicais e de 
fiscalização do exercício profissional, movimentos sociais e entidades representativas da 
educação profissional, com vistas à formação, desenvolvimento e trabalho no âmbito da 
Assistência Social. 
31 
Além da institucionalização da GGTEP, destaca-se ainda a criação de outros dois 
dispositivos participativos cuja atuação tem relação direta com a temática da Educação 
Permanente no SUAS: A Mesa de Gestão do Trabalho do SUAS e o Núcleo Municipal 
de Educação Permanente (NUMEP). Estas instâncias visam ao fortalecimento da gestão 
participativa e o fortalecimento da Educação Permanente no município. 
A Mesa de Gestão do Trabalho do SUAS foi instituída em 22 de julho de 2017, 
por meio da Portaria SMAAS n° 16/2017, alterada pela Portaria SMAAS nº 24/2017, de 
29 de novembro de 2017, como um espaço permanente de diálogo e de negociação entre 
gestoras(es), trabalhadoras(es) e usuárias(os) do SUAS/BH, no que concerne à Gestão do 
Trabalho, na perspectiva da qualificação dos serviços, programas, projetos, benefícios 
socioassistenciais e transferência de renda, da valorização das(os) trabalhadoras(es) e da 
organização institucional do trabalho no SUAS-BH. Sua composição é colegiada, com 
representantes da gestão do SUAS – órgão gestor e direção das Organizações da 
Sociedade Civil (OSC) com atuação no SUAS –, representantes das (os) trabalhadoras 
(es) do setor público e privado e das (os) usuárias (os). Dentre os objetivos da Mesa de 
Gestão do Trabalho do SUAS-BH destacam-se a proposição de diretrizes para a 
implementação das ações de Educação Permanente em consonância com as normativas 
vigentes da política pública de Assistência Social; a proposição de normativas referentes 
à Gestão do Trabalho e à Educação Permanente do SUAS; e o estabelecimento de diálogo 
e agenda conjunta com o NUMEP SUAS-BH (Belo Horizonte, 2017). 
O NUMEP foi instituído por meio da Portaria SMAAS n° 17/2017, de 22 de julho 
de 2017, como uma instância colegiada consultiva e de assessoramento à Subsecretaria 
de Assistência Social na implementação das ações de Educação Permanente no SUAS-
BH. Este Núcleo é composto por representações das (os) usuárias (os), das (os) 
trabalhadoras (es), do órgão gestor, das organizações da sociedade civil com atuação no 
SUAS, do CMAS, das Instituições de Ensino Superior, Escolas de Governo e Institutos 
Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, integrantes da Rede Nacional de Educação 
Permanente do SUAS – RENEP/SUAS e dos conselhos das categorias profissionais, 
conforme normativas do SUAS. 
 
O NUMEP tem como objetivos: 
I. Contribuir no planejamento das ações de capacitação e formação, de forma a 
garantir seu caráter continuado e permanente e seu alinhamento com as reais 
32 
necessidades dos trabalhadores, gestores e conselheiros, em consonância com 
as responsabilidades e prioridades pactuadas para o município; 
II. Propor meios, instrumentos e procedimentos de operacionalização das 
diretrizes da Política Nacional de Educação Permanente do SUAS, e de 
produção, sistematização e disseminação de conhecimentos; 
III. Promover interlocução e troca constante de conhecimentos com instituições 
de ensino, pesquisa e extensão, com foco no aperfeiçoamento das ações de 
Educação Permanente; 
IV. Promover a interlocução, o diálogo ea cooperação entre os diferentes atores 
implicados na implementação da Educação Permanente no SUAS/BH (Belo 
Horizonte, 2017). 
 
Outras estratégias importantes de valorização das (os) trabalhadoras (es) e de 
qualificação das ofertas socioassistenciais foram iniciadas no ano de 2017, gerando 
transformações importantes no quadro de recursos humanos do provimento dos serviços, 
programas, projetos e benefícios socioassistenciais. Dentre essas estratégias, destacam-
se, sobretudo, aquelas relacionadas à execução direta dos serviços, a saber: o processo de 
seleção para movimentação interna de servidoras(es) da carreira da Administração Geral, 
ocupantes do cargo de Analista de Políticas Públicas (APP), especialidades Psicologia e 
Serviço Social; a implantação da jornada de 30 horas para APPs com habilitação 
profissional em Psicologia e Serviço Social em efetivo exercício, nas unidades de 
atendimento aos usuários da Política de Assistência Social; a posse de 53 candidatos 
aprovados no concurso realizado por meio do Edital nº 03/2015, da carreira de APP, 
especialidade Psicologia; e a realização da seleção interna, edital SMASAC nº 01/2018, 
para o provimento de cargos em comissão de coordenação de CRAS e CREAS. O 
detalhamento destas ações está apresentado no Plano Municipal de Assistência Social 
2018-2021, visto a importância destas ações para a gestão local da Política de Assistência 
Social como um todo (Belo Horizonte, 2018). 
Além dessas estratégias, está em curso o fortalecimento e qualificação da gestão 
do SUAS no município por meio de inserção de servidoras (es) com experiência de 
atuação na Política de Assistência Social em cargos em comissão e funções gratificadas, 
o que interrompe com a prática histórica de ocupação destes cargos por meio de 
recrutamento amplo ou com servidoras (es) de outros setores. Para o SUAS, a concepção 
de gestão é composta pela associação entre o domínio de conhecimentos técnicos e a 
33 
capacidade de inovação, alinhada aos princípios democráticos da gestão pública. É 
importante esclarecer que as funções de gestão são exercidas não apenas por quem 
encontra-se empossado em cargo em comissão ou funções gratificadas, mas por um 
coletivo de trabalhadoras (es): gestoras (es), técnicos de diferentes níveis de escolaridade 
e formações e estagiárias (os). 
 A SUASS passou a contar, após a última Reforma Administrativa da PBH, com 
novas institucionalidades responsáveis pelo cumprimento das funções essenciais do órgão 
gestor da Política Municipal de Assistência Social. Desse modo, tornou-se necessário 
iniciar um processo de reordenamento interno às Diretorias que compõem a SUASS com 
objetivo de constituir e rever os objetos específicos de cada Diretoria e, consequentemente 
o repertório de ações, atividades e campo de atuação das equipes técnicas que compõem 
o órgão gestor da política. Com o objetivo de qualificar, dar institucionalidade e 
padronizar as atribuições básicas das equipes de gestão, conforme normativas do SUAS 
e da PBH, a SUASS iniciou a realização de ações de apoio técnico às (aos) gestoras (es) 
e equipes técnicas de gestão. 
 Exercer a função de apoio técnico, além das atividades técnico-administrativas, é 
uma das atribuições permanentes das equipes de gestão, conforme seus objetos 
específicos. As ações de apoio técnico têm por finalidade a oferta de suporte técnico a 
trabalhadoras (es) e gestoras (es), de forma sistemática, planejada e continuada, no tocante 
às funções essenciais de gestão e à execução de serviços, benefícios e transferência de 
renda. 
O apoio técnico pode produzir efeitos de capacitação, no entanto, diferentemente 
das ações de Educação Permanente, é de natureza técnico-operacional. Estas ações visam 
instrumentalizar trabalhadoras(es) e gestoras(es), da rede governamental e não-
governamental, para a resolução de situações cotidianas referentes à execução das 
metodologias dos serviços, à concessão e operacionalização dos benefícios e 
transferência de renda, à gestão dos serviços, entre outras questões que se relacionam ao 
modo de fazer, aos processos de trabalho social e de gestão propriamente ditos, e tem por 
foco o alinhamento das ofertas locais aos parâmetros nacionais e da SUASS. 
As ações de apoio técnico devem ser planejadas e organizadas por meio do Plano 
de Apoio Técnico (PAT), instrumento de gestão no qual constarão as diferentes 
estratégias que cada Diretoria e suas respectivas Gerências e Coordenações 
desenvolverão ao longo de cada ano para instrumentalizar as (os) trabalhadoras (es) e 
gestoras (es) do SUAS-BH. Dentre as estratégias possíveis de apoio técnico, destacam-
34 
se: treinamentos, seminários e/ou oficinas temáticas, orientações e/ou atendimentos 
técnicos, visitas técnicas e elaboração de documentos técnicos. Embora os Planos de 
Apoio Técnico estejam em fase de elaboração e aprovação, ações de apoio técnico já estão 
sendo executadas pelas Diretorias de Gestão, Proteção Social Especial e Proteção Social 
Básica. 
Cabe destacar que a construção de estratégias de valorização das (os) 
trabalhadoras (es) da rede privada se constitui como um desafio para a gestão do SUAS-
BH. Faz-se necessário a produção de diagnósticos relativos à composição das equipes, 
aos processos de trabalho, às necessidades de capacitação, entre outros aspectos. Por outro 
lado, a participação de trabalhadoras (es) e gestoras (es) privados na Mesa de Gestão do 
Trabalho do SUAS-BH e no NUMEP tem se mostrado como um importante recurso para 
que o desafio exposto acima seja superado. A recente criação das comissões temporárias 
“Condições de trabalho no SUAS-BH” e “Regulamentação da participação de 
trabalhadoras (es) nas instâncias de participação e controle social”, ambas vinculadas à 
Mesa de Gestão do Trabalho, contribuirão para o aprofundamento das discussões acerca 
do cenário das (os) trabalhadoras (es) atuantes na rede socioassistencial não-
governamental. 
Com relação ao contexto atual da Educação Permanente no SUAS-BH, as ações 
em curso estão sendo desenvolvidas em consonância com as diretrizes da PNEP SUAS. 
Estas ações tiveram início antes da finalização da elaboração e aprovação no PMEP 2018-
2021 e deram continuidade a propostas de capacitação previstas no Plano Municipal de 
Educação Permanente do SUAS-BH 2016-2017. A organização dessas ações está 
disposta no formato de um Plano Anual de Capacitação, conforme orientações do item 
“Definição das ações de Capacitação e Formação” do presente Plano, de forma a adequar 
o planejamento das ações às diretrizes municipais para a Educação Permanente pactuadas 
com os demais atores do SUAS-BH por meio do GT PMEP (Anexo I). É importante 
destacar que as ações em curso estão sendo ofertadas para as (os) trabalhadoras (es) do 
SUAS da rede governamental e das OSC parceiras1, considerando o perfil de público de 
cada ação. 
Um dos objetivos específicos da PNEP (Brasil, 2013, p. 29) é “consolidar 
referências teóricas, técnicas e ético-políticas na Assistência Social a partir da 
aproximação entre a gestão do SUAS, o provimento dos serviços e benefícios e 
 
1 As organizações da sociedade civil parceiras são instituições privadas conveniadas com a Prefeitura de 
Belo Horizonte que executam diversos serviços no âmbito do SUAS-BH. 
35 
instituições de ensino, pesquisa e extensão, potencializando a produção, sistematização e 
disseminação de conhecimentos”. Para atender a este objetivo, e também valorizar o 
trabalho desenvolvido por trabalhadoras (es) e gestoras (es) do SUAS-BH, está em 
processo de implementação uma revista virtual, proposta que visa estimular a reflexão, 
sistematização das experiências práticas e produção de conhecimento sobre o trabalho 
realizado nos diferentes níveis de complexidade do SUAS, na gestão e no controle social. 
Além disso, este dispositivo visa também publicitare difundir a produção das pesquisas 
acadêmicas realizadas nos serviços socioassistenciais do município. A circulação da 
experiência prática e de estudos sobre a oferta do SUAS, a partir de uma perspectiva 
crítica, amplia o conhecimento e valoriza a experiência de trabalho na medida em que faz 
refletir sobre práticas inovadoras, impasses e desafios do trabalho socioassistencial, 
considerando as particularidades do contexto belo-horizontino. Assim, acredita-se que 
essa produção fomente novos debates e a qualificação da política pública de Assistência 
Social. 
Além da revista, outras estratégias têm sido planejadas no sentido da produção e 
disseminação de conhecimento no SUAS-BH, a saber: revisão do fluxo de submissão e 
acompanhamento das pesquisas acadêmicas; proposição do evento “Diálogos de 
pesquisa” que visa a apresentação e discussão ampliada dos resultados das pesquisas 
realizadas no âmbito do SUAS-BH; atualização do plano de atividades da Biblioteca, em 
conjunto com a SMASAC, de forma a qualificar o acervo disponível e de promover a 
utilização mais cotidiana deste dispositivo pelas(os) trabalhadoras(es); dentre outras. 
A seguir, apresentaremos o levantamento dos dados relativos ao perfil das (os) 
trabalhadoras (es), gestoras (es) e conselheiras (os) municipais da Assistência Social que 
subsidiará o planejamento das ações de Educação Permanente do SUAS-BH. 
 
 
 
 
36 
 
5 LEVANTAMENTO DO PERFIL DAS (DOS) TRABALHADORAS (ES), 
GESTORAS (ES) E CONSELHEIRAS (OS) DO SUAS-BH 
 
O levantamento a seguir tem por objetivo apresentar o perfil das (os) trabalhadoras 
(es), gestoras (es) e conselheiras (os) municipais do SUAS-BH. Assim, torna-se possível 
subsidiar o planejamento das ações de Educação Permanente, considerando as análises 
geradas por meio deste perfil, que podem esclarecer, por exemplo, quais são os públicos 
prioritários das ações de capacitação e formação a serem desenvolvidas no SUAS-BH, 
bem como subsidiar o levantamento contínuo de necessidades de capacitação e formação. 
Possibilita ainda, de forma complementar à Educação Permanente, auxiliar na definição 
de diferentes estratégias de apoio técnico a serem executadas pelas Diretorias da SUASS, 
suas Gerências e Coordenações. 
As informações que se seguem foram produzidas a partir de dados do Sistema 
ArteRH da PBH, cuja gestão das informações dos recursos humanos da SMASAC é 
realizada pela Gerência de Recursos Humanos (GERHU-ASAC); pelos dados do Censo 
Suas 2017, disponibilizados pelo MDS; pelos dados fornecidos por cada Diretoria da 
SUASS, compilados e analisados pela GGTEP/DGAS; e pelos dados levantados pelo 
CMAS, também compilados e analisados pela GGTEP/DGAS. O período de apuração 
destes dados foram os meses de agosto e setembro de 2018. 
Conforme informações da Gerência de Gestão de Parcerias da SUASS, 
atualmente, tendo como base dados relativos a abril de 2019, 58(cinquenta e oito) OSC 
executam serviços, programas, projetos e benefícios através de parceria com o município 
de Belo Horizonte, sendo que algumas delas executam mais de uma modalidade das 
ofertas de Assistência Social. O total de 112(cento e doze) parcerias com a SUASS é 
assim distribuído: a) 16(dezesseis) se referem à execução de serviços da Proteção Social 
Básica; b) 7 (sete) à execução da Proteção Social Especial de Média Complexidade e; c) 
89 (oitenta e nove) são relativas à Proteção Social Especial de Alta Complexidade2. As 
equipes que executam estes serviços devem seguir as orientações normativas da NOB RH 
SUAS (Brasil, 2006a) e resoluções do CNAS (Brasil, 2011; 2014), de forma a atender às 
demandas de perfis profissionais conforme especificidades dos serviços. 
 
2 Ressalta-se que as parcerias relativas aos grupos de convivência, que antes pertenciam à SUASS, 
atualmente estão alocadas na Subsecretaria de Direito de Cidadania. 
37 
Com relação às (aos) servidoras (es) públicas (os) que atuam no SUAS-BH, a 
carreira vigente é da Administração Geral. Não há uma carreira com cargos específicos 
para a atuação na Política de Assistência Social. A maioria das (os) servidoras (es) que 
atuam na política de assistência social é da carreira de Analista de Políticas Públicas 
(APP), seguida por Assistente Administrativo, Educador Social, com a participação ainda 
de servidoras (es) de outras carreiras, tais como de Engenheiro, Auxiliar Administrativo, 
dentre outros. Destaca-se que, apesar de ser da carreira da Administração Geral, no caso 
do cargo de Analista de Políticas Públicas, especialidades Psicologia e Serviço Social, 
existem atribuições que contemplam as especificidades demandadas para o atendimento 
ao público e desenvolvimento do trabalho social da Assistência Social (Belo Horizonte, 
2005; 2012). Há ainda um conjunto de atribuições previstas para todas as especialidades 
deste cargo que possibilitam a realização das atividades técnicas e administrativas 
necessárias para a atuação, em especial, nas funções essenciais de gestão do SUAS. Os 
cargos de assistente administrativo e educador social também compõe essa carreira, 
contribuindo na provisão e, principalmente, na gestão da Política. É importante ressaltar 
que o profissional de direito, profissão obrigatória na composição da equipe de referência 
do CREAS, é contratado com o cargo de orientador jurídico por meio de parceria com 
organização da sociedade civil, uma vez que não há carreira geral de operador do direito 
para atuação no quadro da Administração Geral da PBH. 
 
5.1 Perfil das (os) trabalhadoras (es) da provisão da Proteção Social Básica 
 
No âmbito da Proteção Social Básica, as ações destinam-se à população que vive 
em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, ausência de renda, 
privações, acesso precário ou nulo aos serviços e fragilização de vínculos afetivos 
relacionais e de pertencimento. Seu objetivo é a prevenção de situações de risco por meio 
do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e o fortalecimento de vínculos 
familiares e comunitários. 
O município de Belo Horizonte conta atualmente com 34 (trinta e quatro) CRAS, 
09 (nove) equipes de Proteção Social Básica Regional, 9 (nove) equipes do Serviço de 
Proteção Social à Pessoa com Deficiência e 9 (nove) equipes regionais responsáveis pela 
operacionalização do CadÚnico e Transferência de Renda, em especial o Programa 
Bolsa-Família. 
38 
O serviço essencial executado diretamente pelos CRAS é o PAIF - Serviço de 
Proteção e Atendimento Integral à Família, e a ele está referenciado o Serviço de 
Convivência e Fortalecimento de Vínculos - SCFV. O SCFV é executado por meio da 
parceria com entidades que compõem a rede socioassistencial do município. Destaca-se, 
ainda, a oferta do Programa Maior Cuidado em vinte e seis territórios de CRAS que, em 
articulação com os Centros de Saúde, promovem cuidado no domicílio para famílias com 
pessoas idosas com quadro de semidependência e dependência em contextos de 
vulnerabilidade social. 
O mapa abaixo apresenta a localização dos CRAS nas nove regionais 
administrativas de Belo Horizonte, bem como aponta a localização de 114 unidades3 de 
oferta do SCFV que integram a rede socioassistencial do município. 
 
 
3 Dados do CensoSuas 2016. 
39 
Mapa 1- Localização dos Centros de Referência de Assistência Social - CRAS e Serviço de 
Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) 
 
 
Fonte: PRODABEL/CENSO SUAS. Elaborado por GVISO/DGAS/SUASS. 
 
 
40 
5.2 Perfil das (os) trabalhadoras (es) do Serviço de Proteção e Atendimento 
Integral à Família – PAIF/CRAS 
 
Atualmente, existem 239 trabalhadoras (es) do Serviço de Proteção e Atendimento 
Integral à Família – PAIF – que atuam nos Centros de Referência de Assistência Social 
(CRAS), incluindo as (os) coordenadoras (es). A escolaridade dessas (es) trabalhadoras(es) está assim distribuída: 162 trabalhadoras (es) de nível superior (68%), 67 (28%) de 
nível médio e 10(4%) de nível fundamental. Em relação à formação, 52%(84) 
trabalhadoras (es) de nível superior dos CRAS são Assistentes Sociais; 48%(78) são 
Psicólogas (os). 
 
Tabela 1- Escolaridade das (os) trabalhadoras (es) do PAIF/CRAS 
 
SUPERIOR 162 
MÉDIO 67 
FUNDAMENTAL 10 
TOTAL 239 
Fonte: Diretorias Regionais de Assistência Social/DRAS. Setembro de 2018. Elaborado por 
GGTEP/DGAS/SUASS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 Gráfico 1- Trabalhadoras (es) de nível superior por formação/PAIF4 
 
Fonte: Diretorias Regionais de Assistência Social/DRAS. Setembro de 2018. Elaborado por 
GGTEP/DGAS/SUASS. 
 
Dentre as (os) 162 trabalhadoras (es) de nível superior do PAIF, 62,5%(101) 
possuem pós-graduação completa. Deste montante, a grande maioria (87%/88) 
concluíram a Especialização, 8% (8) o Mestrado e 5%(5) o Aperfeiçoamento. Foram 
contabilizados neste montante das (os) 34(trinta e quatro) coordenadoras (es) dos 
equipamentos. 
 
Gráfico 2- Modalidades de Pós-Graduação das (os) trabalhadoras (es) da equipe 
PAIF/CRAS 
 
 
4 De acordo com a NOB-RH, a equipe mínima dos CRAS para municípios de grande porte e metrópoles 
deve ser de 4 técnicos de nível superior, sendo dois profissionais assistentes sociais, um psicólogo e um 
profissional que compõe o SUAS, 4 técnicos de nível médio para cada 5.000 famílias referenciadas. 
Psicologia 
48%Serviço 
Social
52%
42 
 
Fonte: Diretorias Regionais de Assistência Social/DRAS. Setembro de 2018. Elaborado por 
GGTEP/DGAS/SUASS. 
 
 
Há 23 (vinte e três) Assistentes Sociais e 11(onze) psicólogas (os) entre as (os) 34 
coordenadoras (es) empossadas (os) no mês de agosto de 2018. Destes, 25 (73%) possuem 
pós-graduação: 22 concluíram Especialização e 3 finalizaram o Mestrado. 
 
5.3 Perfil das (os) trabalhadoras(es) do Serviço de Convivência e Fortalecimento de 
Vínculos – SCFV 
 
Executado por meio de parceria com Organizações da Sociedade Civil (OSC) e 
por meio de entidades socioassistenciais inscritas no CMAS, atualmente o SCFV possui 
o quantitativo de 867 trabalhadoras(es). Deste conjunto, 368(trezentos e sessenta e oito) 
são de nível superior, 361(trezentos e sessenta e um) de nível médio e 138(cento e trinta 
e oito) possuem nível fundamental. Conforme informações da Diretoria de Proteção 
Social Básica (DPSO), o município de Belo Horizonte oferta o SCFV para todos os 
públicos previstos na Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais. 
Conforme informações do Censo Suas 2017 sobre os Centros de Convivência que 
executam o SCFV, o que mais se destaca é a diversidade de formações profissionais 
das(os) trabalhadoras(es) de nível superior. Em razão de limitações no levantamento de 
Aperfeiçoamento 
5%
Especialização 
87%
Mestrado
8%
43 
dados do Censo Suas, não foi possível descriminar quais formações compõe o bloco 
“outras formações de nível superior” que corresponde a 36% das(os) trabalhadoras(es) de 
nível superior deste serviço. Outro dado que se destaca é o quantitativo de profissionais 
com formação em pedagogia (23%¨), seguido do Serviço Social (19%) e Psicologia 
(11%). 
Gráfico 3- Trabalhadoras(es) dos Centros de Convivência/SCFV de nível superior 
por formação
Fonte: Censo SUAS 2017. Elaborado por GGTEP/DGAS/SUASS. 
 
Com relação às(aos) trabalhadoras(es) de nível médio, quase metade desse grupo 
de trabalhadoras(es) (44%) são educadoras(es) sociais, seguido do bloco “outros” (29%) 
sobre o qual não é possível descrever os cargos em razão das limitações da apresentação 
dos dados do Censo Suas. Do total de trabalhadoras(es) de nível médio, (17%) exercem 
atividades de apoio administrativo e (9%) serviços gerais. 
 
Gráfico 4- Trabalhadoras(es) dos Centros de Convivência/SCFV de nível 
médio por função 
Psicologia 
11%
Serviço Social
19%
Direito
1%
Pedagogia
23%
Administração
4%
Antropologia
0%
Sociologia
0%
Fisioterapeuta
1%
Terapia 
Ocupacional
2%
Enfermagem
0%
Sistemas de 
Informação 
2%
Programação 
1%
Outras formações 
de nível superior 
36%
44 
 
Fonte: Censo SUAS 2017. Elaborado por GGTEP/DGAS/SUASS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gráfico 5-Trabalhadoras(es) dos Centros de Convivência/SCFV de nível 
fundamental por função 
Apoio 
Administrativo 
17%
Educador Social
44%
Outros
29%
Serviços 
Gerais
9%
Coordenação
1%
45 
 
Fonte: Censo SUAS 2017. Elaborado por GGTEP/DGAS/SUASS. 
 
Com relação às(aos) trabalhadoras(es) de nível fundamental, quase metade desse 
grupo (46%) são profissionais de Serviços Gerais, seguido do bloco “outros” (43%) sobre 
o qual, também, não é possível descrever os cargos em razão das limitações da 
apresentação dos dados do Censo Suas. Do total de trabalhadoras(es) de nível 
fundamental, identifica-se ainda, um percentual de (9%) que exercem a função de 
Educadora(r) Social. 
 
5.4 Perfil das(os) trabalhadoras(es) da Proteção Social Básica Regional 
Destaca-se que o município possui uma especificidade de cobertura de proteção 
social básica, para além dos serviços tipificados nacionalmente. Essa oferta se encontra 
estruturada nas nove regionais por meio da atenção socioassistencial ao público 
prioritário da política de Assistência Social realizada por 9 equipes de Proteção Social 
Básica Regional e 9 equipes de Transferência de Renda e Cadastro Único. Ainda a 
execução do Serviço de Proteção Social para Pessoas com Deficiência – SPSPD, o qual 
objetiva a prevenção de situações de exclusão e isolamento social por meio do 
fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários com vistas à inclusão social, 
equiparação de oportunidades e participação por meio do desenvolvimento da autonomia 
Apoio 
Administrativo 
1%
Serviços Gerais
46%
Educador 
Social
9%
Outros 
43%
Coordenação
1%
46 
mediante acompanhamento sociofamiliar e articulação com a rede socioassistencial e 
demais políticas públicas. Como estratégia de qualificação da atenção desse serviço, é 
realizado o Programa Mala Lúdica em parceria com a rede socioassistencial. A equipe do 
Programa Mala Lúdica é composta por dois educadores sociais vinculados a cada uma 
das equipes do Serviço de Proteção Social para Pessoas com Deficiências (SPSPD). 
As(os) servidoras(es) que atuam nas equipes da Proteção Social Básica Regional 
estão lotadas(os) nas Diretorias Regionais de Assistência Social e serão apresentadas(os) 
nos gráficos a seguir. 
Do total de 128 técnicas(os) de nível superior da Proteção Social Básica Regional 
(inclui a Equipe de Proteção Social Básica Regional, o Serviço de Proteção Social à 
Pessoa com Deficiência e as(os) técnicas(os) que atuam na operacionalização da 
Transferência de Renda), 88% (113) são assistentes sociais e 12% (15) são psicólogas(os). 
Nota-se a significativa presença de assistentes sociais que atuam nestas ações estratégicas 
da gestão da Proteção Social Básica. É importante ressaltar que no processo de seleção 
para movimentação das(os) servidoras(es) psicólogas(os) e assistentes sociais do ano de 
2017, as vagas abertas para estas equipes foram, em quase 100%, para profissionais do 
serviço social. A composição destas equipes será objeto de discussão e definição no 
processo de reordenamento destas ofertas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gráfico 6- Distribuição das(os) Trabalhadoras(es) de nível superior da PSBR por 
formação 
47 
 
Fonte: 
Diretorias Regionais de Assistência Social/DRAS. Setembro de 2018. Elaborado por 
GGTEP/DGAS/SUASS. 
 
 
 
Entre as(os) 128 trabalhadoras(es) da Proteção Social Básica Regional, 62% (80) 
possuem pós-graduação completa. Deste montante, 90% (72) concluiu a Especialização, 
7% (6) o Mestrado e 3% (2) concluiu a modalidade Aperfeiçoamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gráfico

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