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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO NUTRIÇÃO MATERNA E INFANTIL ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA Eduardo Augusto Torrão Modestino RA: 21386812 Fabio Hideki Nakajo Waku RA: 21463148 Iago de Toledo Nascimento RA: 21426997 Ryan Bellini RA: 20349392 ATIVIDADE 1 Vantagens da amamentação A amamentação traz inúmeros benefícios, tanto para a mãe, quanto para o bebê. O leite materno é a melhor opção para atender a todas as necessidades nutricionais do recém-nascido, tanto em quantidade, como em qualidade. Além da questão da nutrição, o AM (aleitamento materno) traz inúmeros benefícios ao bebê, como redução do risco de DCNT (doenças crônicas não transmissíveis), infecções, internações, problemas dentários, risco de morte prematura e morte súbita, além de auxiliar no desenvolvimento cognitivo. É claro que, tudo isso depende dos hábitos alimentares (tipo, quantidade, qualidade) e não alimentares (tabagismo, etilismo, prática de atividade física) da mãe. Portanto, uma alimentação saudável com bons hábitos de vida num geral, são fatores essenciais para a saúde do RN. Quanto aos benefícios para a mãe, o período de amamentação pode trazer uma melhora do bem-estar por conta da liberação de ocitocina. Ademais, muitos estudos apontam a importância da amamentação para a prevenção de neoplasias (como câncer de mama e ovário), redução do risco de hemorragia pós-parto, depressão, Diabete Mellitus, risco de osteoporose, redução do peso corporal, entre outros. Essa fase também é essencial para criar o vínculo, uma conexão entre a mãe e o bebê, que perpetuará para a vida toda, influenciando em uma série de fatores, comportamentais por exemplo, do bebê. Meu leite é fraco? Na verdade, não é o leite que está ralo, mas o problema pode estar na posição em que você amamenta o bebê. Podemos observar alguns aspectos da posição em que você amamenta que podem estar interferindo na amamentação do bebê, sendo eles: 1. Levar as mamas ao recém-nascido. O correto é apenas colocar as mamas em contato com o lábio inferior do bebê, para que ele mesmo vá até as mamas. 2. A Pega demonstrada na figura também não está correta. O recomendado é colocar, não só o mamilo, mas sim toda a aréola, fazendo o bebê abocanhá-la por completo. 3. Mão em formato de tesoura. É recomendado que a mãe segure os seios com a mão em posição de “bailarina”, para não esconder as aréolas e proporcionar ao bebê toda a região que deve ser mamada. 4. Recém-nascido com a cabeça virada para o lado e com a barriga longe da barriga da mãe. O correto é que o corpo todo do bebê esteja voltado para a mãe, e sua cabeça apoiada sobre o seu antebraço. O abdômen do bebê também deve estar colado com o da mãe (barriga com barriga). Além disso, a mãe deve se posicionar de forma ereta e confortável, pois a amamentação demora um certo tempo, tornando desconfortável se ela estiver numa pose ruim. 5. Tempo da mamada de 15 minutos. Na verdade, a lactante não deve ficar presa a questão do tempo de amamentação ou à horário, uma vez que o bebê consigo por si só regular seu horário com o tempo, criando uma rotina. Além do mais, o bebê tem de estimular seus sistemas de fome e saciedade, caso a mãe restrinja o tempo de amamentação, haverá dificuldades e deficiências na formação desses sistemas. 6. Quanto a questão do leite ralo, além do fato da posição não estar correta (como citado anteriormente), por estar no segundo dia de aleitamento, o leite ainda está na fase chamada de Colostro, fase na qual possuí uma aparência amarelada ou até mesmo transparente, fazendo parecer que o leite é ralo ou fraco. A questão é que esse leite é de extrema importância, sendo rico em minerais, vitaminas, e, principalmente, Imunoglobulinas (uma das primeiras formas de contato com o Sistema Imune do organismo do RN). Por isso, recomenda-se que não pare de amamentar o bebê, não faça uso de fórmulas a não ser que seja recomendado e observado pela equipe multidisciplinar. ATIVIDADE 2 Ingestão de bebidas alcoólicas em lactantes atendidas em Hospital Universitário Foi feito um estudo para verificar a frequência do consumo de bebidas alcoólicas e o risco do hábito do consumo de álcool em lactantes atendidas no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Para isso, foi feito um estudo transversal com 157 mães lactantes, utilizando-se de questionários com informações sobre variáveis demográficas, socioeconômicas, tipo e tempo de aleitamento materno, hábito de tabagismo e consumo de alimentos considerados petiscos. A avaliação do consumo de álcool nos últimos 12 meses foi realizada pelo questionário "teste de identificação de distúrbios causados pelo uso de álcool. Aplicaram-se os testes do qui-quadrado de Pearson e exato de Fisher, e com isso foi possível verificar que 12% das lactantes consumiam bebidas alcoólicas; dentre estas, 100% apresentaram baixo risco para transtornos causados pelo uso do álcool e 95% destas que consumiram álcool, também consumiram petiscos. Conclusão As usuárias exibiram um consumo considerado de baixo risco. Sobre o consumo de álcool em lactantes Segundo o Ministério da Saúde, a ingestão de doses iguais ou maiores que 0,3g/kg de peso podem reduzir a produção láctea, modificar o odor e o sabor do leite materno, levando à recusa do mesmo pelo lactente. Há ainda a crença de que o álcool durante a gravidez é galactogênico, porém a ingestão de álcool é contraindicada no período de aleitamento, pois os supostos benefícios advindos dessa prática, como aumento da produção de leite e efeito tranquilizante nos bebês, não são efetivos. Ainda são escassos os dados da literatura que relacionam o consumo de alimentos durante a ingestão de bebidas alcoólicas no período da lactação. Nas lactantes estudadas, a ingestão de álcool associada a alimentos reduz a absorção alcoólica. O álcool é uma substância de rápida absorção e seu pico no sangue coincide com o no LM, em torno de 30 minutos a 1 hora. O consumo de álcool com alimentos pode retardar em até 90 minutos o pico do leite materno, com diferenças individuais consideráveis entre as mulheres. Recomendações O uso de bebidas alcoólicas, embora não tenha apresentado problemas na população estudada, deve continuar sendo desencorajado durante a amamentação, e as mulheres com esse hábito precisam ser orientadas ao consumo esporádico, em pequena quantidade, combinado com a ingestão de alimentos. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA NASCIMENTO, Ana Luisa V.; SOUZA, Amanda Fernandes O. de; AMORIM, Ana Carolina R. de; LEITÃO, Mayara Brasil de S.; MAIO, Regiane; BURGOS, Maria Goretti P. A.. Ingestão de bebidas alcoólicas em lactantes atendidas em Hospital Universitário. 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rpp/a/fdtTbt89tXDtm3FRk46dCdQ/?lang=pt. Acesso em: 20 out. 2021.
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