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UNINASSAU FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO AULA: CONCEITOS FUNDAMENTAIS 1 Professor: Alessandro Gomes, Dr. Eng. Email: eng.mec.alegomes@gmail.com mailto:eng.mec.alegomes@gmail.com DEFINIÇÃO A manutenção nas grandes empresas é vista como uma atividade organizada pode ser prestada utilizando seus conceitos básicos, estes conceitos são aplicados na forma corretiva, preventiva e preditiva e serve como instrumento para que as metas finais sejam atingidas: o aumento da produção, redução do tempo perdido e a redução de custos. 2 • O histórico da manutenção acompanha o desenvolvimento técnico-indústria. Até a primeira guerra mundial - 1914 - a manutenção tinha importância secundaria e era executada com o próprio pessoal que operava os equipamentos. • A partir de então, com o aumento na demanda de equipamentos bélicos e a implantação da produção em série, instituída por Ford, as fábricas passaram a estabelecer programas mínimos de produção e, em consequência, sentiram necessidade de criar equipes que pudessem efetuar reparos em suas máquinas e instalações no menor tempo possível. 3 INTRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO • Assim surgiu um órgão subordinado a operação, cujo objetivo básico era de corrigir as falhas e tornar os equipamentos aptos a operação, era a execução da manutenção, hoje conhecida como corretiva. • A partir da década de 30, quando, durante a segunda guerra mundial e da necessidade de aumento de rapidez de produção, a alta administração industrial passou a se preocupar, não só em corrigir as falhas, mas evitar que elas ocorressem, e o pessoal técnico de manutenção. 4 INTRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO • Durante muito tempo as indústrias funcionaram com sistema de manutenção corretiva e acredita-se que uma boa parte dessas empresas, nem manutenção corretiva tem, vive ainda na era do “quebra conserta”. • Com isso, ocorrem desperdícios, retrabalhos, perda de tempo, custos excessivos e de esforços humanos, além de prejuízos financeiros indiretos para a nação. • Na economia globalizada dos dias de hoje, a sobrevivência das organizações depende de sua habilidade e rapidez de inovar e efetuar melhorias continuas. 5 • Como resultado, as organizações vêm buscando incessantemente novas ferramentas de gerenciamento e organização, que as direcionem para uma maior competitividade através da qualidade, confiabilidade e produtividade. • Uma dessas bases de organização da manutenção está o poder de planejamentos das atividades, a busca do “zero defeito” e o tempo de máquina parada igual a zero, considerando esta a principal justificativa para o investimento em atividade de planejamento no departamento de manutenção. 6 INTRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO • Equipamentos parados em picos de produção programada ou perda de produção decorrente de manutenção inadequada podem significar perdas de cliente para a concorrência, além de afetar a qualidade. • Diante deste quadro, a manutenção reverte seu passado e atualmente é considerada fator de qualidade e produtividade, enfim, de um centro de negócios com competitividade. 7 INTRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO • Passou a desenvolver o processo de prevenção das falhas que, juntamente com a correção, complementavam o quadro geral de manutenção, formando uma estrutura tão importante quanto a estrutura de operação. • Com o desenvolvimento da indústria do pós-guerra, a evolução da aviação comercial e da indústria eletrônica, observou-se a necessidade de diagnosticar as falhas e selecionaram equipes de especialistas para compor um órgão de assessoramento a produção que se chamou “Engenharia de Manutenção”. 8 INTRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO • Esta recebeu os encargos de planejar, programar e controlar as atividades de manutenção preventiva e avaliar causas e efeitos das avarias. • A evolução dos métodos e meios de inspeção, nos anos 60, proporcionou a engenharia de manutenção o desenvolvimento de critérios e técnicas de predição ou previsão de falhas, visando a otimização da atuação das equipes de execução da manutenção. 9 INTRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO • Com isso tem-se o aparecimento de uma nova técnica de manutenção, chamada de Manutenção Preditiva, isto é, a ação só ocorre quando os sintomas indicarem a proximidade da ocorrência de falhas. • O avanço exorbitante da tecnologia nos equipamentos, as exigências de especializações e pós-graduações dos profissionais e as exigências de qualidade, produtividade e ganho de competitividade econômica internacional. 10 INTRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO • A função manutenção, realmente deixou de ser considerada um centro de custos, sendo agora posicionada como centro de negócios, com características de gerador de lucros para empresas nos países do chamado primeiro mundo. • Entramos na era da qualidade total, da manutenção proativa, da proatividade profissional, da nanotecnologia e da terotecnologia, da manutenção produtiva total, manutenção baseada na confiabilidade ou centrada na confiabilidade, na gestão do meio ambiente e da gestão participativa, disponibilidade, mantenabilidade e confiabilidade. 11 INTRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO Visão arcaica • A manutenção existe para consertar os problemas que ocorrem na fabrica! (manutenção “consertativa!”) • A manutenção é um mal necessário. • A manutenção não agrega nada ao produto. • A manutenção é somente custo. • A manutenção é um problema do departamento (coordenação de manutenção) eu preciso me preocupar com meu equipamento/ processo! 12 INTRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO Visão moderna • O processo manutenção faz parte do processo produtivo • A manutenção bem gerida agrega qualidade ao produto final • Com a boa gestão de manutenção é possível melhorar os custos operacionais • A manutenção bem gerida melhora a disponibilidade do parque fabril/processo 13 INTRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO CONCEITOS Manutenção • São todas as ações necessárias para que um item seja conservado ou restaurado de modo a poder permanecer de acordo com as condições especificadas. Falha: Cessação da habilidade de um elemento desempenhar a função requerida (Norma PETROBRAS N-2484). São ocorrências que impedem o funcionamento do equipamento. 14 • Defeito: Não atendimento de um requisito relacionado a um uso pretendido ou especificado (Norma PETROBRAS N-2484). Ocorrência no equipamento que não impedem seu funcionamento, todavia pode, a curto ou longo prazo, acarretar sua disponibilidade. • Prioridade: É o intervalo de tempo que deve decorrer entre a constatação da necessidade de manutenção e o inicio dessa atividade. É um assunto polêmico, sendo seu conceito genérico “qualidade do que está em primeiro lugar ou do que aparece primeiro”. 15 CONCEITOS • Prioridade 1 – Emergência, manutenção que deve ser feita imediatamente depois de detectada sua necessidade. • Prioridade 2 – Urgência, manutenção que deve ser feita o mais breve possível, de preferência sem ultrapassar 24 h, depois de detectada a falha. • Prioridade 3 – Necessária, manutenção que pode ser adiada por alguns dias, porém sua execução não deve ultrapassar uma semana. • Prioridade 4 – Desejável, manutenção que pode ser adiada por alguns semanas, porém não deve ser omitida. 16 CONCEITOS • Backlog: É o tempo que a equipe de Manutenção deverá trabalhar para executar os serviços pendentes, supondo que não cheguem novos pedidos ou Ordens de Serviços durante a execução dessas pendências. • Confiabilidade: Probabilidade de um sistema desempenhar com sucesso suas funções especifica, numa missão (tempo ou espaço), dentro de condições normais de utilização e operação. Ex: Avião decolar de Santos Dumont-RJ, as 17:00 e chegar em Congonhas-SP as 17:40. Cumpriu sua missão. 17 CONCEITOS • Disponibilidade: Capacidade de um componente estar em condições de executar um certa função no momento que for acionado, durante um intervalo de tempo determinado. • Mantenabilidade: Probabilidadede reparo em particular possa ser efetuado em um período determinado. • Mean Time Between failure (MTBF): Tempo médio de exposição entre duas falhas consecutivas de um componente reparável/ sistema. 18 CONCEITOS • Mean time to failure (MTTF): Tempo médio de exposição no qual o componente/sistema estará em funcionamento e sujeito a falhas. • Mean time to repair (MTTR): Tempo médio de reparo ou substituição de componente avariado. 19 CONCEITOS • Manutenção Centrada em Confiabilidade (MCC): Técnica desenvolvida pela indústria aeronáutica americana (Boeing) para a manutenção do Boeing 747. Baseia-se nas informações de taxa de falhas dos componente e tipo de impacto para definir a estratégia de manutenção de cada sistema. • Total Productive Maintenance (TPM): Manutenção produtiva total, utiliza o conceito que cada operador pode executar reparos nos seus equipamentos. Ele melhor que ninguém conhece seus equipamentos. • Failure Mode and Effect Analysis (FMEA): Analise dos modos de falhas e efeitos, com isto cria-se mecanismos de bloqueios das causas das falhas. 20 CONCEITOS • Manutenção corretiva: Manutenção baseada somente em consertar o equipamento quando o mesmo apresenta falha. • Quando um equipamento falha, esta falha pode causar uma perda total ou parcial da capacidade operacional do equipamento, nesta correção da falha é chamada de Manutenção Corretiva. • A Manutenção Corretiva é aquela que mantém em operação o equipamento ou unidade produtiva, quando surge uma falha ela se preocupa com o fato de que os serviços sejam prestados no menor prazo possível a fim de permitir a imediata retomada das operações, dentro dos níveis de qualidade e segurança exigidos. 21 CONCEITOS • Manutenção Corretiva não Planejada: A ocorrência de uma falha nem sempre nos dá a possibilidade de uma preparação ou planejamento prévio, ocorre de forma súbita e imprevisível, acarretando uma ação de emergência ou de urgência para a equipe de manutenção. • Identificamos como emergência uma atividade que deve ser executada imediatamente, a equipe de manutenção deve parar suas atividade e atender a ocorrência. 22 CONCEITOS • Manutenção Corretiva Planejada: A Manutenção Corretiva planejada é efetuada após a constatação de uma anomalia ou falha num componente que já apresentou esta falha em uma inspeção ou durante a operação normal do equipamento. • Apesar de ser uma falha, esta não afeta a operação, não causa danos ao meio ambiente nem coloca em risco a segurança do operador, neste caso, podemos planejar a troca do componente ou o reparo num momento ótimo. 23 CONCEITOS • Manutenção Preventiva: Manutenção baseada em critérios estatístico para efetuar a intervenção no equipamento de modo a evitar uma falha ou defeito. Utiliza-se o conceito de tempo médio entre falhas parar definir a periodicidade. • Manutenção Preventiva: É aquela que auxilia a corretiva, através de aplicação de uma técnica que envolve o conhecimento dos equipamentos e suas instalações é ainda responsável pela intervenção no processo que poderá interromper ou não a produção de forma planejada e programada. 24 CONCEITOS • Não há uma padronização rígida de atividade de manutenção preventiva em um sistema que se possa considerar como padrão e possa ser adaptado em qualquer fábrica, pelo simples fato de que os equipamentos serão diferentes, as operações diferentes, os processos diferentes e etc. • Com isso, cada empresa deverá desenvolver seu próprio sistema de Manutenção Preventiva com suas particularidades, pode-se observar que um equipamento semelhante, em uma mesma empresa, pode ter um plano de preventiva diferente. 25 CONCEITOS • É comum um Gerente de Manutenção ou Chefe de Manutenção ser contratado para preparar uma estratégia para facilitar e justificar a ideia da Manutenção Preventiva. • Estes argumentos deverão ser adotados com base nas ações que envolvem menor custo para a empresa. 26 CONCEITOS • Manutenção Preventiva não Periódica: A Manutenção Preventiva não periódica ocorre a partir de uma identificação de uma degeneração do equipamento quando ainda não ocorreu a falha. • Manutenção Preventiva Sistemática: As ações de manutenção preventiva sistemática desencadeiam-se periodicamente, com base no conhecimento da lei de degeneração aplicável ao caso do componente particular e de um risco de falha assumido. 27 CONCEITOS • Manutenção Preditiva: É conceituada como a que tem a finalidade de acompanhar os parâmetros de funcionamento dos equipamentos e prever suas falhas, para intervenção no momento adequado. Pode também ser considerada como uma evolução da preventiva, analisada de uma forma global. 28 CONCEITOS • Manutenção Preditiva Sistemática: As atividades de controle e acompanhamento das condições de funcionamento nos permitem uma avaliação da vida útil dos componentes, momento em que é possível predizer, medindo as tendências dos parâmetros que refletem a sua degeneração através das técnicas de controle da condição, a taxa de degeneração do componente até a eventual data de falha. 29 CONCEITOS • Manutenção Preditiva Medição e Análise: Algumas destas atividades de controle necessitam de instrumentos de alta tecnologia e profissionais técnicos especializados, que não só uma simples medição pontual. • Neste caso podemos recorrer ao mercado e buscar empresas especializadas neste tipo de análise de forma não sistemática. 30 CONCEITOS
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