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Inicialmente, vale destacar que a mediação é uma forma de negociação de conflito na qual as partes, por meio da livre vontade aceitam que um terceiro imparcial ajude a resolver uma situação litigiosa. Esse terceiro recebe o nome de mediador e tem como objetivo facilitar a comunicação entre as partes utilizando diversas técnicas argumentativas, levando os litigantes a solucionar suas divergências pondo fim, pelo acordo, ao litígio apresentado. Nos termos da Lei de Mediação 13.140/2015, a mediação pode ser extrajudicial e judicial. A mediação extrajudicial é buscada espontaneamente pelas partes que estão envolvidas no problema e que não conseguem resolvê-lo, sendo que o mediador é escolhido pelas partes. A mediação judicial, por sua vez, ocorre no âmbito judicial, as audiências são realizadas por um mediador indicado pelo o juiz. Nesse caso, o magistrado designará a audiência de mediação quando receber a petição inicial, numa tentativa pré-processual de solução do litígio. Caso contrário, o processo seguirá em curso normal. O novo código de processo civil, Lei nº 13.105/2015, determina que os tribunais criem centros de solução consensual de conflitos (CEJUS), para a realização de audiências de conciliação e mediação (art. 165 a 175, do CPC), sendo estes autores responsáveis pela confecção de sessões e audiências de conciliação ou mediação, bem como direcionados a realizar, estimular e orientar o acordo. No artigo 3º, § 3º, da lei em comento, há a determinação de que a conciliação e a mediação fossem aplicadas por todos os patrocinadores da justiça, como por exemplo, os magistrados, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público. As audiências de conciliação ou mediação devem acontecer antes da apresentação da contestação pelo réu, e na audiência as partes deverão estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos, artigo 334, § 9ª; do CPC, sendo que quando acompanhada de advogado a procuração deverá ser especifica, com poderes para negociar e transigir. Com a finalidade de tornar o processo mais ágil, mais amigável e menos formal, foi criada a mediação on line, realizada com o auxílio da tecnologia. Tal modalidade, torna a solução mais célere, tendo em vista que possibilita uma maior facilidade no diálogo entre os envolvidos, contribuindo para possíveis acordos e redução das demandas levadas para o judiciário. Registre-se, por fim, que a mediação pode ser utilizada tanto em processos que envolvem pessoas jurídicas, que buscam aprimorar a experiência dos seus clientes em relação ao gerenciamento de conflitos, quanto por pessoas físicas que procuram resolver problemas em diferentes áreas. Importante frisar, ainda, que pode ser realizada a qualquer momento, até mesmo depois do conflito ser judicializado ou em fase de execução.
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