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Exame físico do abdome

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Alice Iris MedUfma TXV 
 
1 
 
 
 
 
• O abdome está localizado entre o diafragma 
torácico, que forma o teto da cavidade 
abdominal, e a pelve, sendo a linha que liga 
o promontório sacral à sínfise púbica o seu 
limite inferior 
• Inferiormente, é contínuo à cavidade pélvica 
visto não existir assoalho anatômico. 
• A cavidade abdominal se estende 
superiormente para a caixa torácica até 
aproximadamente o quinto espaço 
intercostal anterior quando uma pessoa 
está em decúbito dorsal, 
consequentemente partes do fígado, 
estômago e baço são protegidas pela caixa 
torácica. 
REGIÃO ANTERIOR 
• Anteriormente, o abdome pode ser dividido 
em quatro quadrantes formados por duas 
linhas perpendiculares que passam pela 
cicatriz umbilical, ou em nove regiões, com 
planos passando horizontalmente pelo 
rebordo costal e pelas cristas ilíacas, e 
sagitalmente pelas linhas hemiclaviculares. 
Região posterior 
• Posteriormente, o abdome é delimitado 
pelo rebordo costal superiormente e pelas 
cristas ilíacas inferiormente, sendo dividido 
pelo plano mediano em regiões lombares 
direita e esquerda. 
 
 
 
 
 
• Inspeção 
• Ausculta 
• Percussão 
• Palpação 
Há quem prefira a palpação antes da percussão, 
contudo, ao se percutir antes de palpar, podem-se 
localizar massas ou visceromegalias em áreas a 
serem examinadas com mais cuidado na palpação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXAME FÍSICO DO 
ABDÔMEN 
ANATOMIA Sequência do 
exame 
Alice Iris MedUfma TXV 
 
2 
 
 
• -Notas o tipo de abdome, a movimentação 
respiratória, a presença de cicatrizes, 
abaulamentos na parede ou herniações, 
alterações na pele, presença de circulação 
colateral, depressões e movimentos 
peristálticos. 
TIPOS 
1. Abdome normal ou atípico: plano, 
simétrico e sem aumento ou diminuição do 
volume abdominal 
2. Abdome globoso: aumentado globalmente 
com predomínio do diâmetro 
anteroposterior. 
3. Abdome em ventre de batráquio: ocorre 
predomínio do diâmetro transversal sobre o 
anteroposterior 
4. Abdome em avental: aparece em pessoas 
muito obesas devido ao acúmulo de tecido 
gorduroso na parede abdominal que cai 
como um avental sobre a raiz das coxas 
5. Abdome pendular/prótico: uma variante do 
abdome em avental; resulta de uma 
fraqueza da musculatura do andar inferior 
do abdome, não necessariamente 
associada à obesidade. A sua causa mais 
comum é a flacidez abdominal do puerpério. 
6. Abdome escavado: a parede abdominal se 
mostra retraída. Aparece em pessoas 
emagrecidas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Circulação colateral 
1. Portal: obstrução ao fluxo venoso 
proveniente das tributárias da veia porta 
(veias esplênica e mesentérica superior), 
em direção ao fígado, o que leva à formação 
de vasos colaterais e recanalização da veia 
umbilical, culminando com um fluxo 
centrífugo com relação ao umbigo (cabeça 
de medusa) 
2. Cava Inferior: causada por uma obstrução 
ao nível da veia cava inferior o que leva ao 
aumento do fluxo venoso em vasos 
colaterais na parede abdominal em direção 
ascendente. 
3. Cava superior: causada como a da cava 
inferior por uma obstrução ou compressão 
da veia cava superior levando ao aumento 
do fluxo em vasos colaterais com direção 
descendente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alterações na pele 
 
• Telangiectasias/aranhas vasculares: são 
formadas por uma arteríola central que 
emite ramos, cujo fluxo desaparece à 
compressão central. 
Inspeção 
Alice Iris MedUfma TXV 
 
3 
 
• Equimose: denota extravasamento de 
sangue na derme. Encontrada em locais de 
trauma e pontos de injeção subcutânea de 
heparina 
• Sinal de Cullen: equimose periumbilical 
encontrada quando há hemorragia no 
retroperitônio, causada no processo de 
pancreatite necrosante e também na 
prenhez ectópica rota 
 
• Sinal de Grey-Turner: equimose nos 
flancos na pancreatite necrosante e também 
em outras causas de hemorragia 
retroperitoneal. 
 
• Estrias: esbranquiçadas denotam processo 
antigo. Róseas purpúreas ou violáceas têm 
como iniciadoras a Síndrome de Cushing 
• Cicatrizes: denotam processos traumáticos 
ou cirúrgicos que pode auxiliar na 
elucidação da história patológica pregressa 
• Herniações: devem descrever sua 
localização (linha Alba, linha Semilunar -
lateral ao reto abdominal, ou de Spigel – 
abaixo da linha arqueada) e sua relação com 
cicatrizes cirúrgicas. As mais encontradas 
na linha Alba são: umbilical, epigástricas e 
incisionais 
• Abaulamentos: avaliar localização, 
pulsatibilidade e extensão. 
 
 
 
Movimentos do abdome 
 
• Movimento Respiratório: processos 
inflamatórios do peritônio com rigidez da 
parede abdominal levam à abolição destes 
movimentos, o mesmo acontecendo com 
os processos dolorosos do abdome 
superior. 
a. Mulheres: respiração torácica 
b. Homens: respiração 
toracoabdominal 
• Pulsações: visíveis em indivíduos muito 
emagrecidos, na presença de aneurismas 
ou massas próximas ao vaso arterial que 
transmitam a pulsação 
• Movimentos peristálticos visíveis: 
normalmente a visualização dos 
movimentos intestinais para impulsão do 
bolo alimentar não são visíveis, quando 
presentes são um sinal de luta contra uma 
obstrução em algum ponto do TGI, o que faz 
os movimentos se tornarem mais fortes 
para tentar vencer a obstrução. 
 
INSPEÇÃO DINÂMICA 
• Manobra de Valsalva: permite avaliar 
herniações da parede abdominal, devido ao 
aumento da pressão intra-abdominal 
gerado por esta manobra. 
i. Respirar fundo, prendendo as 
narinas com os dedos 
ii. Fechar a boca 
iii. Soprar o ar pelo nariz ainda fechado 
para equalizar a pressão 
 
Alice Iris MedUfma TXV 
 
4 
 
• Manobra de Smith Bates: pede-se para o 
paciente contrair a musculatura abdominal. 
Se a massa desaparecer, indica que está 
abaixo da parede abdominal, se permanecer 
visível e palpável indica que é massa da 
parede abdominal ou que há 
enfraquecimento ou falha na musculatura 
abdominal (hérnias) 
 
 
• Deve ser sempre realizada antes da 
palpação e percussão abdominal. 
• Avalia a motilidade intestinal e a presença 
de sopros arteriais 
• Normal: 5 a 34 ruídos do borborigmo 
intestinal por minuto ou um borborigmo a 
cada quatro a cinco incursões respiratórias 
• Aumentado/Hiperperistáltico: acima de 34 
ruídos por minuto. Pode estar presente nos 
casos de “peristalse de luta”, quando o 
intestino tenta vence uma obstrução 
intestinal e também em casos de diarreia 
• Hipoperistáltico: se menor do que 5 ruídos 
por minuto; encontrado nas fases tardias de 
obstrução intestinal 
• Ausente ou aperistáltico: não se ausculta 
ruídos (íleo metabólico) 
ONDE COLOCAR O ESTETO 
• Na região direita lateroinferiormente à 
cicatriz umbilical e lateral ao reto abdominal. 
• Ouvir por um minuto, e para dizer se há 
ausência de ruídos, deve-se ouvir no 
mínimo 5 minutos em cada quadrantes 
 
 
AUSCULTA DE SONS 
VASCULARES 
Procura-se sopros aórticos, renais, 
mesentéricos, ilíacos, femorais e sopros 
venosos. 
• Aorta: se divide nas ilíacas comuns na 
altura da cicatriz umbilical; podem ser 
ouvidos desde o apêndice xifoide até a 
cicatriz umbilical 
• Renais: emergem da aorta na altura da 
região mediana entre o apêndice xifoide e a 
cicatriz umbilical 
• Femorais: em geral sopro de “Pistol Shot” 
da insuficiência aórtica, se transmite 
simetricamente. 
• Venosos: a ausculta de um zumbido venoso 
em cima da circulação portal do tipo cabeça 
de medusa na região umbilical constitui o 
sinal de Cruveilhier-Baumgarten que denota 
hipertensão portal 
 
 
 
 
 
ausculta 
Alice Iris MedUfma TXV 
 
5 
 
 
 
 
Objetiva avaliar a distribuição de gases no abdome, 
além de identificar massas sólidas, presença de 
líquido livre na cavidade, tamanho do fígado, se há 
aumento esplênico e áreas dolorosas 
• Regiões de macicezpodem indicar massas 
ou visceromegalias 
• Causas da macicez: 
i. Vísceras maciças normais ou 
aumentadas 
ii. Tumor ovariano 
iii. Distensão da bexiga 
iv. Útero gravídico 
v. Ascite 
vi. Fezes e demais tumores 
• Deve-se percutir nove regiões, analisando a 
presença de timpanismo ou macicez, e 
também percutir o espaço de Traube 
(delimitado pelo rebordo costal, linha axilar 
anterior e 6 EI esquerdo) cujo som ficará 
maciço no caso de esplenomegalia 
 
 
percussão 
Alice Iris MedUfma TXV 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Para descobrir se o líquido é livre se faz a 
percussão e descobre o ponto entre o 
timpanismo e a macicez e pede-se que o 
paciente faça decúbito lateral, para o líquido 
escorrer e as alças serão transferidas para 
cima, fazendo com que a área 
anteriormente maciça fique timpânica 
(macicez móvel de decúbito) 
• Sinal de piparote: evidenciado através da 
sensibilidade de ondas líquidas no lado 
oposto ao que se estimula com percussões 
a parecer abdominal; tem sensibilidade 
menor que a macicez móvel de decúbito, 
pois tem necessidade um volume maior 
para sentir a onda líquida 
i. Paciente comprime com as bordas 
ulnares das mãos a região mediada 
(para impedir que haja transmissão 
via tecido celular subcutâneo) 
ii. Realiza-se a percussão em um dos 
lados e com a outra mão sente-se a 
onda líquida 
 
• Sinal da poça: na suspeita de pequeno 
volume de líquido ascético, pede-se ao 
paciente ficar na posição genupalmar e se 
inicia a percussão de baixo para cima na 
região periumbilical, havendo líquido livre 
esta região ficará maciça. É o sinal que tem 
maior sensibilidade na presença de líquido 
ascético, sendo positivo na existência de 
apenas 150mL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HEPATIMETRIA 
• Percussão de cima para baixo 
• Som atimpânico ou claro é pulmonar, 
enquanto o maciço é hepático 
• Se a flexura direita do cólon estiver por 
sobre o fígado (Sinal de Chilaiditi) a 
hepatimetria pode ser falseada, sendo 
necessário palpar para delimitar a borda 
inferior 
• Sinal de Jouber é o aparecimento de 
timpanismo em área de macicez, indicando 
perfuração de víscera oca 
(pneumoperitônio), uma vez que o ar tende 
a ocupar as porções superiores 
(infradiafragmáticas) do abdome, entre o 
fígado e o diafragma. 
Em pacientes com macicez nos 
flancos e timpanismo na região 
umbilical, deve-se pesquisar se há 
líquido na cavidade, que devido ao 
decúbito dorsal, faz o líquido 
escorrer para os flancos e as alças 
flutuarem dando o timpanismo na 
região periumbilical. 
Alice Iris MedUfma TXV 
 
7 
 
- É falseado quando a flexura hepática do 
cólon está sendo responsável pelo 
timpanismo 
• Quando a loja hepática for dolorosa (Sinal 
de Torres Homem), deve-se pensar em 
abscesso hepático amebiano como causa 
do processo inflamatório que leva a dor na 
percussão. 
 
 
• Sempre antes de palpar deve-se arguir o 
paciente quanto à dor de algum ponto e 
solicitar que ele aponte. Nesse sentido, o 
examinador deverá examinar as áreas não 
dolorosas primeiro, deixando a região 
acometida por último 
SUPERFICIAL 
• Avalia a dor, a tensão da parede, se há 
alguma alteração no tecido celular 
subcutâneo, herniações, massas e 
visceromegalias de grande monta. 
 
 
 
 
 
 
PROFUNDA 
• Pesquisa-se a presença de massas 
previamente delimitadas pela percussão, 
registrando localização, tamanho, formato, 
consistência, pulsações e mobilidade com a 
respiração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• A inervação está no peritônio parietal, logo, 
a irritação deste gera dor localizada, que 
pode ser desencadeada pela percussão. Os 
sinais de irritação peritoneal são: 
hipersensibilidade à palpação superficial, 
com o abdome rígido ou em tábua, dor ao 
mínimo toque, descompressão dolorosa 
(Sinal de Blumberg) por desaceleração 
súbita do peritônio. 
CAUSAS DA IRRITAÇÃO 
PERITONEAL 
1. Ar livre na cavidade por ruptura de alça: 
Sinal de Joubert 
2. Sangue livre na cavidade 
3. Apendicite 
• Ponto de Macburney:Traça-se uma linha 
entre a cicatriz umbilical e a espinha ilíaca 
anterossuperior, realizando a compressão 
no ponto de junção do terço lateral com os 
dois terços mediais 
 
 
 
 
 
 
 
A. Sinal de Obturador: flete-se a coxa 
e se faz seguir a rotação interna do 
quadril, estirando-se desta forma, o 
músculo obturador interno. A dor 
relatada no hipogástrico é sinal de 
irritação deste músculo, por 
provavelmente um apêndice que 
mergulha na cavidade pélvica. 
 
 
 
palpação 
Irritação peritoneal 
Alice Iris MedUfma TXV 
 
8 
 
 
 
 
 
 
 
B. Sinal de Rovsing: comprime-se o cólon 
descendente fazendo o ar se deslocar em 
direção ao ceco, que irá distender-se, o que 
será doloroso se houver inflamação do 
apêndice. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C. Sinal de Psoas: consiste em executar uma 
extensão forçada da coxa provocando um 
estiramento das fibras do músculo psoas 
ou, então, através da flexão da coxa, contra 
a resistência. 
- Este sinal positivo pode ser indicativo de 
irritação do músculo psoas (apendicite) 
- Paciente em decúbito lateral esquerdo e se 
faz uma extensão forçada da coxa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
D. Vesícula Biliar: 
a. Sinal de Murphy: durante a expiração, 
posiciona-se a mão no ponto entre a junção 
do rebordo costal com o músculo reto 
abdominal (cístico) e pede para o paciente 
que realize a inspiração. Se houve processo 
inflamatório na vesícula biliar (colecistite) 
quando esta descer, devido à inspiração, e 
tocar na mão do examinador, isso gerará 
dor e fará o paciente interrompe a 
inspiração, o que configura sua 
positividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b. Sinal ou Regra de Courvoisier-
Terrier: ao palpar-se no hipocôndrio 
direito, sente-se uma massa 
ovalada, que é a vesícula biliar 
distendida que se torna palpável por 
efeito de massa de neoplasia de vias 
biliares extra-hepáticas -tumores 
periampulares. Como a vesícula 
distende lentamente, devido à 
compressão tumoral da via biliar 
que ocorre progressivamente, não 
há dor. Logo se tem uma vesícula 
palpável e indolor constitui sinal 
positivo. Vesícula palpável e 
dolorosa indica distensão aguda, 
provavelmente por obstrução súbita 
do ducto cístico por cálculo biliar. O 
mais comum nos casos de doença 
calculosa é que a vesícula não seja 
palpável, visto ocorrer traumatismo 
na mucosa com formação de tecido 
cicatricial que leva à retração da 
vesícula. 
 
 
Alice Iris MedUfma TXV 
 
9 
 
1. Diástase do reto abdominal: separação dos 
músculos reto abdominais; gestação e 
obesidade favorecem isso; não há 
consequências; 
2. Hérnias: manobra de Valsalva evidencia 
hérnicas umbilicais, incisionais ou 
epigástricas 
i. No caso da presença de hérnica, 
deve-se tentar palpar o anel 
herniário e se certificar se a hérnia é 
redutível ou está encarcerada ou 
estrangulada 
- Redutível: examinador consegue palpar o 
anel e colocar o conteúdo da hérnica de 
volta à cavidade pela Digitopressão 
- Encarcerada: abaulamento se mostra 
irredutível; considerar possibilidade de 
obstrução intestinal ou isquemia de alça; 
caso não haja complicações, aplicar a 
Manobra de Taxe (redução do conteúdo 
herniário) com posição de Trendelenburg 
- Estrangulada: constata-se isquemia de 
conteúdo herniário, configurando 
emergência cirúrgica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Método Bimanual: põe-se a mão esquerda 
na região dorsal do paciente e se faz tração 
anterior, enquanto a mão direita é 
aprofundada na região anterior desde a 
fossa ilíaca até o rebordo costal durante a 
expiração, objetivando palpar a borda 
hepática na subida da mão direita durante a 
inspiração; No ponto de encontro da borda 
hepática é delimitada a borda inferior, 
enquanto a superior é dada por percussão. 
a) Localiza-se a borda inferior do 
fígado, a consistência, superfície,formato da borda, sensibilidade 
álgica gerada pela distensão rápida 
de Glisson e delimitação de massas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Método em Garra: palpa-se o fígado com as 
mãos apoiadas no rebordo costal, com os 
dedos tentando entrar por debaixo do 
rebordo costal 
 
 
 
 
 
 
 
Achados durante a 
palpação 
Palpação do fígado 
Alice Iris MedUfma TXV 
 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pode ser palpado na criança, mas raramente é 
palpada no adulto normal 
• Com a mão esquerda, traciona-se o rebordo 
costal e as partes moles anteriormente, 
enquanto a mão direita aprofunda-se desde 
a cicatriz umbilical em direção ao baço, 
durante a expiração indo em direção ao 
órgão durante a inspiração. 
• Inicia-se com a mão direita em torno da 
cicatriz umbilical para se pegar um baço que 
tenha tamanho aumentado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Manobra de Schuster: paciente é colocado 
em semidecúbito lateral direito, com o 
braço esquerdo sobre a cabeça. Membro 
inferior direito permanece em posição 
neutral, enquanto o esquerdo é fletido 
(flexão do joelho e quadril). Apoia-se a mão 
esquerda por sobre o rebordo costal e a 
direita é usada para palpar desde a cicatriz 
umbilical até abaixo do rebordo em 
encontro ao baço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Pode indicar a presença de um aneurisma 
ou a presença de massa que encosta no 
vaso e passa a sensação de pulsação. 
Palpação do baço 
Palpação de massas 
pulsáteis 
Alice Iris MedUfma TXV 
 
11 
 
• Deve-se avaliar a distensibilidade da massa: 
se somente pulsar para cima indica massa 
encostada na aorta, se tiver pulsação lateral 
é indicativo de um aneurisma. 
• Basta pressionar lateralmente a massa e 
sentir se há pulsação lateral 
• Manobra de Debakey: delimita 
superiormente o aneurisma por inserção da 
mão entre o rebordo costal e a margem 
superior do aneurisma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Normalmente não são palpáveis, mas podem ser 
em condições patológicas 
• Método de Guyon: com o paciente em 
decúbito dorsal, põe-se a mão esquerda na 
região dorsal tracionando para frente 
enquanto a mão direita entra abaixo do 
rebordo costal durante a inspiração ao 
encontro da mão esquerda, tentando pegar 
o rim entre as duas mãos. Para o rim 
esquerdo deve-se passar para o lado 
esquerdo e realizar a mesma manobra. 
- Pode ser confundido como baço, porém, 
se o espaço de Traube estiver livre, 
provavelmente é o rim. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Manobra de Israel: paciente em decúbito 
lateral e membros superiores por sobre a 
cabeça e rim tentando ser palpado 
anteroposteriormente com as duas mãos 
em pinça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Método de Goelet 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Teste de hipersensibilidade renal: 
pesquisado através do punho percussão 
(Manobra de percussão de Murphy) ou da 
percussão com a borda ulnar na mão 
(Manobra de Giordano), realizada na junção 
do rebordo costal com a musculatura 
Paravertebral. 
- Neste ponto, põe-se a mão espalmada e 
com a outra se percute em cima, em um 
movimento único, firme e sem chicotear 
(punho percussão) ou através da percussão 
Palpação renal 
Alice Iris MedUfma TXV 
 
12 
 
direta da borda ulnar da mão aberta neste 
ângulo costovertebral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• São oito pontos renoureteres, sendo 5 
renais e 3 ureterais 
PONTOS RENAIS 
• Ponto Costovertebral (de Guyon): localiza-
se na intersecção do bordo externo da 
coluna vertebral com a costela que 
corresponde à saída pelo forame de 
conjugação do XII nervo intercostal. 
• Ponto Costomuscular: no ângulo formado 
pelo bordo inferior da última costela e o 
bordo externo dos músculos da massa 
lombar corresponde à emergência do ramo 
perfurante posterior do XII nervo 
intercostal. 
• Ponto Suprailíaco (de Pasteu): a um 
centímetro acima da crista ilíaca sobre a 
linha medioaxilar; corresponde ao ramo 
perfurante lateral do XII nervo intercostal. 
• Ponto Supraintraespinhoso: na saída do 
nervo cutâneo lateral da coxa, através da 
aponeurose, em frente à espinha ilíaca 
anterossuperior. É pesquisado 
contornando-se a espinha ilíaca 
anterossuperior com a ponto do indicador, 
como se quisesse enganchar. 
• Ponto inguinal: ao nível do orifício externo 
do conduto inguinal há evidências de 
hiperestesia dos ramos genitais dos nervos 
genitofemoral e ilioinguinal 
PONTOS URETERAIS 
• Ponto paraumbilical (ureteral superior): na 
interseção do plano umbilical com o bordo 
externo do reto anterior abdominal 
corresponde à origem do ureter (primeira 
constrição fisiológica) 
• Ponto Ureteral Médio: no bordo externo do 
reto anterior, na altura da crista ilíaca, é o 
ponto em que o ureter cruza os vasos 
ilíacos antes de penetrar na pelve (segunda 
constrição fisiológica) 
• Ponto ureteral inferior: coincide com a 
desembocadura do ureter na bexiga, sendo 
examinado pelo toque retal ou vaginal. 
 
 
• Inicia-se com a inspeção; para isso, deve-
se afastar as nádegas do paciente 
• Em seguida, o examinador deve colocar 
luvas de procedimento (não estéreis), 
substância lubrificante no seu dedo 
indicador e colocar o paciente em posição 
adequada que poderá ser: 
a. Decúbito lateral esquerdo com os 
membros inferiores fletidos sobre o 
abdome, também denominada de 
Posição de Sims 
b. Posição genupeitoral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PONTOS RENOURETERES 
Toque retal 
Alice Iris MedUfma TXV 
 
13 
 
 
EXEMPLOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Ascite 
• Diarreia 
• Icterícia 
• Hipertensão porta 
• Insuficiência hepática 
• Hemorragia digestiva 
• Abdome agudo 
ASCITE 
• Abdome distendido (globoso ou batráquio) 
• Protrusão da cicatriz umbilical 
• Circulação colateral 
• Macicez de decúbito 
• Sinal do piparote positivo 
• Acarreta compressão da veia cava inferior e 
veias renais, distúrbios hidroeletrolíticos, 
agravamento de condições 
cardiorrespiratórias e derrame pleural 
 
diarreia 
• Quanto à localização: 
a. Altas: evacuações volumosas e em 
pequeno número (até 10/dias), 
tendo associado náuseas ou 
vômitos, podendo ter cólicas 
periumbilicais, sem urgência de 
evacuação, com a presença de 
restos alimentares nas fezes que 
são pastosas. 
b. Baixas: evacuações de pequeno 
volume e muito frequente (mais de 
10/dia), presença de tenesmo 
(vontade de evacuar, seguida de 
contração espasmódica o reto, sem 
eliminação de fezes), cólicas 
infraumbilicais com urgência de 
evacuação, presença de muco, pus 
e/ou sangue. Fezes liquefeitas 
c. Mistas: características dos dois 
tipos ocorrendo simultânea ou 
sucessivamente 
 
• Quanto ao início e duração: 
a. Agudas: início súbito em pessoa 
anteriormente sadia, com duração 
de até 14 dias 
b. Crônicas: longa duração 
 
ETIOLOGIA: 
- Altas Agudas: salmonelas, estafilococos e 
estreptococo, viral, uso de antibióticos, ingestão de 
substâncias irritantes 
- Altas Crônicas: parasitoses, síndrome de má 
absorção, insuficiência gástrica, pancreática ou 
biliar 
- Baixas Agudas: shigelose, diverticulite, amebíase 
e catárticos 
- Baixar Crônicas: funcional (cólon irritável), 
tumores do cólon, amebíase, colite ulcerativa, 
alergia alimentar, hipertireoidismo, doença de 
Addison 
icterícia 
• A etiologia é diferenciada dependendo se há 
predomínio de bilirrubina não conjugada ou 
conjugada. 
SÍNDROMES 
ABDOMINODIGESTIVAS 
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Quando há predomínio de bilirrubina não conjugada 
(geralmente acolúricas) tem como causas: 
hemólise, deficiência de captação hepatocelular e 
déficit na conjugação hepatocelular. 
• Déficit de glicuroniltransferase: icterícia 
fisiológica do recém-nascido, icterícia do 
prematuro,doença de Criegler-Najjar 
• Inibição da glicuroniltransferase: 
substâncias no soro materno e fetal, 
substâncias no leite materno, drogas 
Predomínio da bilirrubina conjugada: 
• Defeitos na excreção celular 
• Cirrose biliar primária 
• Hepatites virais 
 
Hipertensão porta 
• Pré-Sinusoidal: 
- Extra hepática: trombose porta, 
degeneração cavernomatosa 
- Intra-hepática: esquistossomose, 
enfermidades mieloproliferativas, fibrose 
hepática congênita 
• Pós-sinusoidal 
- Extra-hepática: pericardite constritiva, 
insuficiência cardíaca congestiva, trombose 
de veias hepáticas 
- Intra-hepática: cirroses e doenças 
venoclusivas 
 
Hemorragia digestiva 
• Podem ser altas quando ocorrem acima do 
ângulo de Treitz 
I. Esôfago: varizes, esofagite de 
refluxo, úlcera péptica, carcinoma 
II. Estômago: úlcera péptica, gastrite, 
erosões, tumores malignos e 
benignos, diverticulite, sífilis e 
tuberculose gástrica, AINES 
III. Duodeno: úlcera péptica, duodenite, 
tumor de papila de Vater, divertículo 
• Podem ser baixas quando abaixo do ângulo 
de Treitz; possíveis locais de sangramento: 
I. Intestino delgado 
II. Cólon 
 
Abdome agudo 
• Todo quadro abdominal de instalação súbita 
com reação inflamatória peritoneal 
• Pode ser causado por quadros de correção 
clínica ou cirúrgica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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