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�1 Saúde da mulher e da criança Políticas públicas • Estatuto da criança e do adolescente: - Pontuou de forma legal quais eram os direitos da criança e do adolescente • Marco legal da primeira infancia: - Ocorreram inovações legais para as crianças e adolescentes - Paternidade: ampliação da licença paternidade (o pai pode ficar até 20 dias com a criança, não só a mãe), inclusão do nome do pai gratuita na certidão de nascimento, faltas abonadas para pré-natal e puericultura. - Parto: direito ao parto natural cuidadoso; direito ao acompanhante de preferencia. - Aleitamento e alimentação saudável: Banco de Leite Humano em todas as UTIs neonatais para incentivar o aleitamento materno; proteção contra pressão consumista e exposição precoce a comunicação mercadológica; orientação do aleitamento em equipes de saúde. - Brincar: prioridade para políticas públicas com criação de espaços lúdicos. Cuidar da saúde da criança: - promover e garantir o seu potencial de crescimento e desenvolvimento desde a gestação, em um ambiente seguro, com afeto e sem violência - Pedir para os pais sempre levarem a caderneta da criança em toda consulta para acompanhar o seu desenvolvimento - A caderneta é dada antes da alta da paciente, junto com um resumo dos dados de alta da criança (teste do pezinho; dados pré natais, como infecções hospitalares que ele tenha tido; peso; comprimento; tipagem sangüínea; exames de triagem; informações sobre a saúde da mãe). - Prevenir doenças, vacinar e prevenção as violências - Políticas e programas de saúde de qualidade - Identificar as potencialidades e vulnerabilidades familiares e construir fortes vínculos de proteção - Identificar todos o serviços de saúde, socioassistenciais, culturais, educacionais, comunitários, protegidos, estabelecendo fluxos, protocolos integrados visando fortalecer uma rede integrada de proteção e cuidado as crianças. Rede de atenção à saúde: A criança nasce na maternidade pública, tem alta em até 48 horas de vida se não houver nenhum problema, e a primeira consulta dela já pode ser agendada, para criar um vinculo com a unidade básica de saúde e dar continuidade ao acompanhamento. - Rede cegonha - Rede da pessoa com deficiencia - Rede de urgencia e emergencia - Rede de atenção psicossocial - Rede de doenças crônicas Avanços nas ações de saúde: - redução da mortalidade na infância (até 5 anos) - Redução da mortalidade infantil (menor que 1 ano) - Redução da mortalidade neonatal (27 dias) Causas da morte nas primeiras semanas: - prematuridade �2 - Gestações que não foram bem acompanhadas - Cesáreas sem indicação Crianças que estão em risco: - crianças indidígenas, negras, quilombolas, do campo e da floresta e das águas - Crianças com deficiencia - Crianças em situação de trabalho infantil - Crianças em situação de rua, de desastres e calamidades - Crianças filhos/as de mulheres privadas de liberdade Política nacional de atenção integral à criança: - atenção humanizada a gestação, parto e ao recém nascido - Método canguru; ampliação de leitos neonatais; testes rápidos para sifilis e HIV na ABS - Aleitamento materno e alimentação complementar saudável - Desenvolvimento integral da primeira infância - Visita domiciliar e EAD para DPI; Brasil carinhoso; PSE. - Crianças com agravos prevalentes e doenças crônicas - Atenção integrada a doenças prevalentes na infância; linhas de cuidado para crianças com agravos crônicos. - Prevenção de violencias, acidentes e promoção de cultura de paz - Linha de cuidado de crianças em situações de violência - Criança com deficiencias ou em situações de vulnerabilidade - Prevenção do obtido infantil e fetal - Notificação e investigação Atenção a saúde sexual e reprodutiva: - organizar fluxos - Ofertas ações de Educacao em saúde sexual e saúde reprodutiva e planejamento reprodutivo - Insumos para contracepção com acesso facilitado na unidade - Testes rápidos: gravidez, HIV, sífilis. No pré natal: - realização do pré natal na UBS - Acolhimento as intercorrências na gestação com avaliação e classificação de risco e vulnerabilidade - Vinculação da gestante ao local em que será realizado o parto - Prevenção e tratamento das DST/HIV/ Aids e hepatites, especialmente sifilis congênita. Casos clínicos 1) MSC, 3 anos, sexo feminino, natural e procedente de SP. Sangramento vaginal há 6 meses com duração de 3 dias e apresentou novo episódio há 1 mês. Procurou o pediatra na UBS, sendo encaminhada para internação para investigação. Realizou alguns exames durante a internação, recebeu alta hospitalar sem tratamento, porém com encaminhamento para este serviço. Antecedentes pessoais (AP): a mae teve duas gestações, um parto e um aborto; a mae teve alopécia durante a gestação; a criança foi prematura, com mais de 3kg e 47 cm de comprimento; AME até 6 meses; antecedentes de broncoespasmo e rinite; mae nega que a criança tenha tido exposição a estrógenos. Antecedentes familiares (AF): mae com malformação congênita em MSE e estatura de 1,49; pai com estatura de 1,90; pais não consanguíneos. Exame físico: BEG, corada, hidratada, aaa, eupneica; peso de �3 17,2, altura de 104,6 cm, velocidade de crescimento: 2,5 cm/ 3 meses; tireoide normopalpavel; mama com 1,5 cm bilateralmente flácida; Tanner: M3P1. Exames complementares: ultrassonografia mostrando endométrio bem definido. A internação é feita para que haja a investigação sobre o caso, em suspeita de violência sexual. A criança se encontra em puberdade precoce. 2) LMM, 16 anos, sexo feminino, de são paulo. Sem desenvolvimento de mamas e puberal até o momento, e está muito baixa. Refere que a mae com 12 anos ja tinha mama e com 14 anos menstruou. Sua filha sempre foi baixa, mas como sua família não é muito alta, não se preocupou com a estatura de sua filha. Antecedentes pessoas: mae teve uma gestação e um parto, nega intercorrências; RNT, peso de 2500g, E= 48 cm, aleitamento materno até 6 meses; antecedente de dificuldades em matemática. Antecedentes familiares: mae com 1,55, telarca com 12 anos e monarca com 14 anos. Pai com 1,70. Pais não consanguíneos. Exame físico: BEG, corada, hidratada, aaa, eupneica. Peso de 40 kg, altura de 1,45. Tireoide normopalpavel. Tanner M1P1. Cinodactilia (quinto dedo). Hipoteses diagnósticas: atraso puberal + baixa estatura - síndrome de Turner Conduta: cariótipo + USG pelvica 3) IAP, 6 anos, sexo feminino, cor branca, natural e procedente de SP. Mãe refere que criança iniciou há 4 dias com dor abdominal, acompanhada de vômitos, diarreia, febre e inapetência. Nega sintomas urinarios. procurou atendimento em outro serviço dois dias atras, onde foi liberada com sintomáticos. Além da criança, outros familiares apresentaram os mesmos sintomas após um aniversário, porém sintomas esses de menor intensidade e com melhora espontânea. Antecedentes pessoais: nega internamentos anteriores, alergias a medicamentos, vacinação em dia, paciente nascida a termo, AIG, APGAR 9/10, parto normal sem intercorrências. Hábitos de vida: mora em área urbana, casa de alvenaria, saneamento básico. Antecedentes familiares: mae com 24 anos, rígida; pais com 26 anos, hígido; pais não consanguíneos. Exame físico: REG, taquipneica, hipocorada, desidratada, anictérica, comunicativa. Peso de 20 kg, T de 37,4 graus, saturação de 96%, Fc 152 bpm. Oroscopia: mucosas secas. Otoscopia: normal. Pele: turgor diminuído. AP: mv + bilateral sem RA. AC: BRNF 2T S/S. Abdome: plano, doloroso a palpação profunda, blumberg negativo, RHA+, sem visceromegalias. MMII: pulsos presentees, TEC de 5 segundos. Ausência de rigidez na nuca e sinais meníngeos. Hipóteses diagnósticas: doença diarreica aguda (DDA) + desidratação - ETEC (e. Coli) 4) PHM, 4 anos, sexo masculino, e procedente de SP. Maerefere que seu filho tem dificuldade de evacuar desde os primeiros dias de vida. Geralmente fica de 4 a 5 dias sem evacuar. Já fez de tudo em relação a alimentação de seu filho, sem melhoras. Somente consegue evacuar país supositório de glicerina ou laxante. Com 3 anos de idade começou a perceber que o abdome do seu filho começou a ficar destendido, fezes liquidas e pequenas quantidades, apenas sujavam a cueca e ocorria varias vezes ao dia. Nesta �4 ocasião procurou serviço médico na qual solicitou raio x de abdome, onde evidenciou grande quantidade de fezes e distensão de alças intestinais, sendo prescrito óleo mineral e dieta rica em fibras, porém sem melhora. Vem apresentando náusea, vômitos e anorexia. Antecedentes pessoais: mae G1P1A0, sem intercorrências. Demorou mais de 48 horas para eliminar mecônio. AP: RNT, PN= 2800g. Mãe é constipada. Exame físico: REG, descorado, hidratado, aaa, eupneico As fezes endurecidas começam a agredir o colon. Isso faz com que mais muco seja produzido. As fezes liquidas que a mae relata é escape fecal. Escala de bristol: � Hipotese diagnostica: constipação intestinal, desnutrido e anemia. Conduta: investigar causa da constipação, fazer RX de abdome. Anamnese e exame físico da mulher Anamnese: - identificação: - Nome - Idade - Estado civil - Naturalidade - Queixa principal - História pregressa da moléstia atual: ILICIPDF - Principais: dor, sangramento e corrimento - Antecedentes familiares: - Historia de cancer ginecológico: úteo, ovário, mama, colo. - Diabetes - Hipertensão - Patologia da tireóide - Antecedentes pessoais: - Doenças da infancia - Antecedentes ginecológicos - Numero de gestações - Paridade: se houve aborto, natural ou cesárea. - Desenvolvimento dos caracteres sexuais - Antecedes menstruais: data da ultima menstruação Exame físico: - Inspeção: - Estatica e dinamica - Estática: - Numero, tamanho, simetria e forma das mamas. - Hiperemia: mama avermelhada. Sinal de mastite ou câncer. - Ginecomastia - Abscesso - Ulcera - Dinamica: - Verificar se há presença de abaulamentos - Levantar os braços - Por as mãos na cintura e jogar os ombros para frente �5 - Palpação das mamas - Tecnica de Bloodgood: dedilhamento - Tecnica de Velpeaux: mão espalmada - Pedir para que a paciente deite com a cabeça apoiada nas mãos. - Palpação bimanual das mamas: palpar as duas mamas ao mesmo tempo para comparar as duas. - Achados da palpação: tamanho, localização (quadrante), consistência, limites e mobilidade. � - Palpação das axilas � - Palpação das fossas - Supraclavicular - Infraclavicular � � - Expressão mamilar: - Descargas suspeitas de câncer: presença de sangue, ou em água de rocha (como água mineral). - Para escrever no prontuário (exemplo): descarga positiva sanguinolenta com ponto de gatilho às 6 horas. - Abdome: - Genital - Inspecao estática: - Pele - Pilificação - Grandes e pequenos lábios - Clitóris - Intróito vaginal - Inspeção dinâmica: - Valsalva: fazer força para ver se há prolapso de algum órgão. - Toque vaginal: - Colo uterino: consistencia, pervivo ou impérvio - Paredes vaginais - Útero: verificar a posição. Antiversoflexão, retrovertido, medianizado. - Anexos: ovários e trompas. � �6 - Exame especular: - paredes vaginais - Conteúdo vaginal - Colo uterino Anamnese e exame físico pediátrico Anamnese: - Identificação - Queixa principal - HPMA - ISDA - Antecedentes pessoais: - Obstétricos: gestação, pré natal e neonatal - Pessoais - Alimentares - DNPM: desenvolvimento neuropsicomotor. Ele é craniocaudal. - Vacinação Boletim de Apgar: � Verifica: - freqüência cardiaca - Cor: cianótica à rósea - Irritabilidade reflexa: ausente à choro - Esforco respiratório: ausente à choro forte - Tonus muscular: flácido à ativo. - Para cada um desses sinais é dada uma nota de 0 a 2. Notas: - 8 a 10: normal - 7: anóxia leve - 4 a 6: anóxia moderada - 0 a 3: anóxia grave Classificação da idade: - recém nascido: 0-28 dias - Lactente: 1 mês - 2 anos incompletos - Pré-escolar: 2 anos - 6 anos incompleto - Escolar: 6 anos - 10 anos incompletos - Adolescente: 10 anos - 19 Classificação do RN: Idade gestacional - pré-termo: antes de 37 semanas - Maior risco de anóxia. - RN a termo: entre 37 e 41 semanas - RN pós-termo: maior ou igual a 42 semanas Peso e idade gestacional - RN GIG: grande para a idade. Percentil maior de 90. - Geralmente bebês gerados por mães diabéticas, pois a insulina estimula o crescimento. Além disso, a insulina promove a hipoglicemia no bebê. - RN AIG: adequado para a idade. Percentil entre 10 e 90. - RN PIG: pequeno para a idade. Percentil menor que 10. Peso ao nascer: - RN baixo peso: menor de 2500g - RN de muito baixo peso: menor de 1500g - RN de extremo baixo peso: menor de 1000g. Exame físico: Regras gerais: - a criança deve estar despida - Boa iluminação - Seguir sequencia do exame físico �7 - Conquistar a simpatia da criança e dos pais - Evitar imediato deitar a criança - Movimentos bruscos e voz elevada - Ouvido e garganta no final - Medidas antropométricas primeiro Iremos verificar: - aspecto geral e dados vitais - Medidas antropométricas - Avaliação de órgãos e sistemas Aspectos gerais: - Nível de consciencia - Condições de higiene - Ativo ou hipoativo - Atitude - Fala - Psiquismo Exame físico do RN: - padrão respiratório - Durante o inicio da vida os RN usam muito a respiração diafragmatica, se há uso dos músculos interpostas há alguma alteração. - Postura (flexora) - Atividade Dados vitais: - temperatura: - Oral: 35,8 a 37,2 - Retal: 36,2 a 38 - Axilar: 35,9 a 36,7 - Freqüência cardiaca - Quanto menor a criança, maior a freqüência cardíaca dela - Bebes acordados: 100-220 - Bebes dormindo: 80-200 - Freqüência respiratória - Quanto menor a criança, maior a freqüência respiratória - PA: - Quanto menor a criança, menor sua PA. - Escolher o tamanho do manguito adequado Medidas antropométricas: - Peso - Comprimento: esticar bem as pernas e deixa-las juntas. A mãe ou auxiliar podem fixar mais a cabeça para ficar certinho. - Estatura: o antropômetro tem uma base fixa e uma móvel (bebês) para quando estão deitados, ou colocamos a criança de pé quando maior. - Como saber que altura a criança irá atingir: � - Perimetro cefalico: anotar na curva para ver o desenvolvimento e verificar se está adequado. - É a maior medida logo ao nascimento - Se iguala ao perimetro torácico no segundo ou terceiro mês de vida. Avaliação dos órgãos e sistema: - Cabeça e pescoço - Fontanelas: anterior-bregmática e posterior-lambdóide. � - Orelhas, olhos, nariz, boca - Tireóide - Crânio - Linfonodos �8 - Exame das cadeias ganglionares: localização, tamanho, consistência, mobilidade, coalescência, sensibilidade dolorosa. - Cadeias perigosas: supraclavicular, infraclavicular, cubital e poplitea. Independente da característica do ganglio, sempre precisa ser investigado. - Tórax: - Inspecao: padrão respiratório - Ausculta: pesquisa de murmúrio vesicular, ruídos adventícios - Palpação: - Com dedo indicador: pesquisa- se o Ictus Cordis, extensao, intensidade, ritmo dos batimentos cardíaco - O normal é o claro pulmonar. - Mão espalmada: verifica presença de frêmitos. - Ausculta: - Frequencia cardiaca - Ritmo das bulhas cardiacas - Presenca de outros ruidos - Palpação dos pulsos - Abdomen: - Inspecao: verificar se há cicatriz, abaulamentos. Geralmente globoso. - Ausculta: verificar se há circulação colateral, ruídos hidroaéreos. Ideal de 15 segundos em cada quadrante. - Palpação: aproveitar inspiração para maior relaxamento muscular.- Genito-urinário: - Masculino: - Verificar aspecto e tamanho de penas e bolsa escrotal - Criptorquidia: não descida dos testículos. - Exposição da glande: localização do orífico uretral, presença de aderências - Palpação de testículos: tópicos, retrateis, presença de tumorações ou líquidos. - Hidrocele: presença de líquido na bolsa escrotal. Pegar uma lanterna e colocar na base da bolsa escrotal para ver se a luz reflete. Se refletir, há presença de água. - Meninas: - Simetria dos grandes lábios - Presença de pilificação ou tumoração - Coloração da mucosa da vulva e intróito vaginal - Características de clitóris, pequenos lábios e hímen - Presença de secreções - Locomotor: - Coluna - Verificar se pele cobre toda região do aparelho locomotor - Pele e anexos � - Quantidade de pigmento: - Lesões hipercrômicas - Lesões hipocrômicas - Acromia - Vascularização: �9 - Eritema: cor avermelhada consequente a vasodilatação. Desaparece à digitopressão. - Púrpura: cor avermelhada consequente de extravasamento de sangue dos vasos com infiltração de tecidos, por trauma ou distúrbio de coagulação. Não desaparece à digitopressão. - Angiomatosa: área com neoformacao, fazendo com que fique diltado. - Telangiectasia: vasos vísiveis, tortuosos e dilatados - Anêmicas: mancha branca permanente por diminuição ou ausência de vasos. - Formações sólidas: - Por tamanho - Pápula < nódulo < nodosidade ou tumor - Verrucosidade - Urtica: placas elevadas e figuradas, vermelho-róseo ou branco-porcelana. Apresentam prurido. - Formações líquidas - Vesículas < bolhas < pústulas < abscesso - Hematoma - Alterações de espessura - Cicatriz: lesão brilhante destituida de anexos cutâneos - Hiperqueratose: epitélio em constante renovação. - Liquenificacao: sulcos naturais em decorrência de coçar - Edema - Infiltração - Esclerose: pele endurecida que perde a prega natural e resiste à distensão ou enrugamento por pressão digital. - Atrofia - Perdas teciduais - Escama, erosão, ulceração, fissura, fístula, crosta e escara (ulceração necrótica). Anamnese e exame físico obstétrico Anamnese Identificação: - gestante - Para: número de partos depois da vigésima semana. - Paridade: registrada em 4 números. Número de partos a termo, número de partos prematuros, número de de abortos e número de filhos vivos. - Ex: mulher grávida e teve um parto a termo, dois abortos e dois gêmeos nascidos na 32 semana. Ela é 1-1-2-3 - Aborto Calculo da data esperada do parto: - Regra de Naegele. Soma-se 7 ao ultimo dia da menstruação e subtrai-se 3 ou 2 ao mês. - Ex: DUM 13/05/20. 13 + 7= 20, 5 - 3 = 2. 20/02/21 ela vai completar 40 semanas. - Ex: DUM 27/11/20. 27 + 7= 30 + 4, 11 - 2: 09. 04/09/2021 - Quando virou o mês tem que subtrair 2 e não 3. Calculo da idade gestacional: - Para descobrir as semanas: Ver a data da ultima menstruação, somar os meses e dividir por 7. Exemplo: 10/11/2020 Para acabar o mês de novembro faltam 20 dias. Somar aos dias dos meses. Novembro: 20 dias �10 Dezembro: 31 Janeiro: 31 Fevereiro: 22 (data do atendimento 22/02/2021) 20+31+31+22= 104 104 : 07= 14 e sobra 6 A paciente está de 14 semanas e 6 dias. - Quando você sabe a data de um exame Paciente te deu um exame de ultrassom no qual ela estava com 12 semanas no dia 02/12. O dia da consulta é 22/02/21. Precisa descobrir com quantas semanas ela está hoje. Dezembro tem 31 dias. 31-2= 29 janeiro= 31 dias Fevereiro= 22 dias 29 + 31 + 22= 82 82 : 7 = 11 e sobra 5 Se passaram 11 semanas e 5 dias desde o exame. 11 semanas + 12 semanas = 23 semanas A paciente está com 23 semanas e 5 dias de gestação. Termos: - DON: diagnóstico obstétrico de normalidade - (-GT x sem. IIG, IP FUV, cef). - Gestação tópica de X semanas, numero de gestações em número romano, numero de partos em número romano, feto único vivo (se for), cef (localizacao cefálica do feto). - Se o local fosse outro, pode colocar outro lugar escrito. Ex: pélvico. - DOPP: Diagnóstico obstétrico patológico pregresso. - DHEG (doença hipertensiva específica da gravidez), prematuridade, abortos, etc. - DOPA: diagnostico obstétrico patológico atual - DHEG, TPP, RPMA, etc. - Doença hipertensiva específica da gravidez, trabalho de parto prematuro, rotura prematura das membranas amnióticas. - DG: diagnostico ginecológico - Rotura perineal, vaginose, etc. - Se nao tiver nada, coloca DG -. - DCC: - HAS, ITU, pneumonia, etc. - Hipertensão arterial sistemica, pneumonia, infecção do trato urinário, etc. Sinais vitais: - FC, FR, PA - Exame cardio pulmonar Peso: - peso pré gestacional - Peso atual - Ganho desde a última consulta - Ganho total durante a gestação: - ideal em torno de 10 kg. - Se houver um aumento muito grande de peso é sinal pré eclampsia, doença hipertensiva da gravidez. Ela não ganhou gordura, ganhou líquido. Exame das mamas: Observar: - formação do complexo auréola-papilar - Auréola primária e secundária (sinal de Hunter) - Rede de haller, tubérculos de Montgomery - Colostro - Avaliar na primeira consulta, no final da gestação e quando houver queixas. Exame do abdome: - Manobras de Leopold-Sweifel (tecnica alemã) - 1. Delimitacao do fundo uterino: longitudinal ao corpo da mae ou atravessado �11 - 2. Determinação do dorso fetal: para direita ou esquerda - 3. Mobilidade da escava: bebê cefálico ou pélvico - 4. Grau da insinuação da apresentação: manobra pra balançar a cabeça do bebê e ver se ele está encaixado ou não. - Ausculta de BCF (frequência e foco) - Manobras de Pinard: - 1. Delimitação da escava - 2. Delimitação do fundo uterino - 3. Determinação do dorso fetal. - Ausculta de BCF, batimento cardíaco fetal. � Medida da altura uterina: - encostar a mão na barriga da mae e no púbis. - A fita métrica deve ir do púbis até o fim do útero. - A partir de 24 semanas a paciente passa a ter o mesmo numero em cm de barriga que ela tem em semanas. - Ex: 27 semanas, 27 cm. � Dinamica uterina: - Braxton hicks: durante a gravidez. Inefetivas, não dilatam o colo e não doi. - Contrações do parto: dilatam o colo e são efetivas. Aferir intensidade, freqüência (quantas contrações no período de 10 min) e duração (segundos). Exame físico Exame ginecológico: - especular: - Coleta de colpocitologia oncótica - Avaliação da anatomia dos órgãos genitais - Avaliação da secreção vaginal - Diagnóstico de amniorrexe - Toque: - Primeira consulta (avaliar competencia do colo/ volume) Sinais de gravidez: - sinal de pegar e sinal de Goodel: - Gravida: consistencia de boca - Nao grávidas: consistencia de nariz - Sinal de Piskacek: - Útero maior de um lado - Sinal de Puzzos: - Empurra com o dedo, o bebe volta e sente no seu dedo - Sinal de Nobile-Budin e Osiander: - Toque e sente o útero maior Exames complementares: - ultrassonografia - 1, 2 e 3 semestre. - 1: transvaginal. Comprimento da cabeça e nádegas. Verificar translucência nucal, que quando aumentada é sinal de deformidade do feto. - 2: morfológico - 3: avaliação do crescimento fetal, maturidade placentária, ILA e Doppler. Cardiotocografia: �12 - freqüência fetal - Atividade uterina - Movimentos fetais Amnioscopia: - enxerga a cor do líquido amniótico, que em geral é transparente. - Esverdeado: sinal de sofrimento fetal Aleitamento materno A alimentação saudável possibilita: - crescimento e desenvolvimento adequados - otimizar o funcionamento de órgãos, sistemas e aparelhos - atuar na prevenção de doenças em curto e longo prazo Primeiro semestre de vida: - Uso exclusivo de leite humano - Ele contém uma quantidade de proteína do leite e anticorpos adequada para o desenvolvimento dos sistemas digestório e neurológico.- Há passagem de microbiota materna para o bebê, o que é bom para o sistema imunológico. - Proteína do leite: prevenção da anemia ferropriva e de futuras alergias á substancias do leite - Impossibilidade de amamentação: banco de leite e uso de fórmulas lácteas infantis. A fórmula garante o aporte calórico, mas não os benefícios imunológicos. - Não é para dar chá ou água, pois leva a uma distensão gástrica e o bebê irá mamar menos. Segundo semestre de vida: - Aleitamento + alimentação complementar - Oferta de novos alimentos: na forma de papas, oferecida com a colher. - Progressão da consistência na dieta - A oferta excessiva de carboidratos e lipídeos predispõe a doenças crônicas como obesidade e diabetes tipo 2. - A introdução de alimentos alergênicos, como ovo e peixe pode ser realizada a partir desse período também, mesmo em crianças com história familiar de atopia. - Nenhuma fruta é contraindicada - Pode começar a dar água, pois pode ter uma sobrecarga renal pelos sais dos alimentos que começam a ser ofertados. Décimo e décimo segundo mês de vida: - alimentação modificada com formas de preparo e qualidade semelhantes a alimentação consumida pela família Aleitamento materno: - Aleitamento materno exclusivo: quando a criança recebe somente leite materno, diretamente da mama, ou leite humano ordenhado. - O certo: boca de peixinho, sem formar covinha. - Até o sexto mês de vida - O incentivo e o apoio ao aleitamento materno devem ocorrer no pré-natal, na sala de parto, no alojamento conjunto e após a alta hospitalar, bem como nas unidades de alto risco que atendem o recém nascido. - Aleitamento materno cruzado: proibido no Brasil. É uma forma de prevenção da passagem de HIV. 10 passos para o sucesso do aleitamento materno: 1. Ter uma norma escrita sobre aleitamento, que deveria ser rotineiramente transmitida a toda a equipe de cuidados de saúde. 2. Treinar toda a equipe, capacitando-a para implementar essa norma. �13 3. Informar as gestantes sobre as vantagens e manejo do aleitamento 4. Ajudar as mães a iniciar o aleitamento meia hora após o nascimento 5. Mostrar como amamentar e manter a lactação mesmo se vierem a ser separadas de seus filhos 6. Nao dar a recém nascidos nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que tal procedimento seja indicado pelo médico 7. Praticar o alojamento conjunto, ou seja, permitir que mães e bebês permanecem juntos - 24 horas por dia. 8. Encorajar o aleitamento sob livre demanda 9. Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas ao seio 10. Encorajar o estabelecimento de grupos de apoio ao aleitamento, aos quais as mães deverão ser encaminhadas por ocasião da alta do hospital ou ambulatório. Ao nascer, a criança é movida por reflexos que asseguram sua sobrevivência. - o reflexo de busca (procura) - Reflexo de sucção Forma correta de amamentar: - segura a mama em seu ápice e não na base, com a mão em formato de C, pois de outro jeito pode causar obstrução do leite. � Sinal de fome: - se mexer - Abrir a boca - Virar a cabeça e procurar - Se esticar - Incrementar os movimentos - Levar a mão à boca Saúde reprodutiva e acolhimento familiar Planejamento familiar: - Eficácia: indice Pearl (OMS) - Ao fim de 1 ano, 100 mulheres utilizando métodos anticoncepcionais apresentam falhas. - Para eleger o apropriado: - Eficácia - Forma de uso correto - Possíveis efeitos colaterais - Riscos e benefícios para a saúde - Sinais e sintomas que exijam retorno ao médico - Tempo de retorno à fertilidade após a interrupção Critérios de elegibilidade dos métodos anticoncepcionais (OMS): 1. Verde: Usar o método em qualquer circunstancia 2. Amarelo claro: Em geral, usar o método �14 3. Amarelo mais forte: O uso do método nao é, em geral recomendado, a menos que outros métodos mais adequados não estejam disponíveis ou não sejam aceitáveis 4. Vermelho: O método nao deve ser usado Efetividade de métodos contraceptivos: - pílula combinada - Laqueação de trompas - Implante - Vasectomia Seguros: - Injetáveis hormonais - DIU Relativamente seguro: - preservativo masculino - Preservativo feminino - Anel vaginal - Temperatura Pouco seguros: - diafragma - Espermicida - Muco cervical - Coito interrompido Métodos comportamentais: - Buscar verificar o período fértil através de sinais e sintomas, para que as relações sexuais sejam evitadas durante esse período. - Tabelinha: - Tem que ser feito o calculo do período fértil. - Considerando que ovula no décimo quarto dia do ciclo, seis dias antes e cinco dias depois ela não pode ter relação. - Temperatura basal - Após a ovulação ocorre um aumento nos níveis sérios de progesterona e o centro regulador do hipotálamo aumenta a temperatura. - O período de abstinência deve ser desde o primeiro dia do ciclo menstrual até 3 dias depois do aumento da temperatura basal. - A temperatura deve ser aferida no mesmo loca, ao mesmo horário, de preferência de manha antes de levantar da cama. - Muco cervical - Após menstruação: período de secura vaginal - Durante o ciclo: o muco se torna filante e elástico, como clara de ovo, permitindo ao espermatozóide a sobrevivência e locomoção - Depois da ovulação/ período infertil: a consistência aumenta progressivamente e se torna mais espesso e escasso. - A abstinência ocorre do primeiro dia de percepção do muco até o quarto dia de percepção máxima de umidade. - Sintotérmico - Uso da tabelinha, temperatura, muco cervical, associado a sinais e sintomas que ocorrem durante a ovulação, como sensibilidade mamária, dor pélvica e mudanças de humor. - Coito interrompido. - Retira do pênis antes da ejaculação - Baixa eficácia, pois o fluído seminal é eliminado em partes antes da ejaculação - Alteram o comportamento do casal - Depende de motivação e aprendizado - Nao previnem DST - Estimulados principalmente quando a crença religiosa do casal não permite uso de anticoncepcionais. Métodos de barreira: - Preservativo masculino: �15 - Previne DSTs. - A taxa de falha do preservativo geralmente está ligada ao uso incorreta ou quando estoura. - Preservativo feminino - Bolsa de plástico leve e frouxa que se adapta a vagina - Possui um anel flexível em cada extremidade - Diafragma: - Método vaginal que consiste num capuz macio de borracha ou silicone. - Recobre o colo do útero e geralmente é usado em associação com espermicidas. - Variam de tamanho de acordo com a paciente. - Não está claro se previne DSTs. - Dispositivo intra-uterino: - DIU de cobre - Atua impedindo a fecundação - Torna mais difícil a passagem do espermatozoide pelo aparelho reprodutor - Altera ph uterino - Pode aumentar sangramento na menstruação e causar cólicas - Aumenta chance de DIPA - Validade de 2 a 10 anos. - DIU hormonal: mirena, kyleena. - Liberador de levonorgestrel - atua no muco cervical, diminuindo sua producao e aumentando a viscosidade - Atua suprimindo ou atrofiando o endométrio - Inibe a ovulação - Efeito colateral principal: spotting (sangramento de escape) - contraindicacoes: - processos infecciosos genitais altos - Neoplasias malignas ginecológicas - Malformações anatômicas uterinas - Sangramento vaginal irregular - DST - Sangramentos menstruais aumentados Contracepção hormonal: - Características: - Bloqueiam o pico de gonadotrofina - Diminui a motilidade das tubas uterinas - Tornam o muco cervical mais espesso - Diminuem a secreção de glicogênio pelo endométrio - Principais efeitos colaterais: - Estrógeno: aumento de fatores de coagulação - Progesterona: diminuição da velocidade do sangue nos vasos - Principais formulações: - Progesterona isolada - Combinados sequenciais -Combinados contínuos - Contraindicações absolutas aos anticoncepcionais hormonais combinados: - trombose - Acima de 35 anos com fatores de risco - Neoplasia hormônio-dependente - Cancer genital e de mama - Sangramento uterino de causa indeterminada - Gravidez - Lactação < 120 dias Anel vaginal: �16 - insere na vagina perto ao colo do útero - 3 semanas com e 1 semana sem. Adesivo contraceptivo: - Adesivo transdérmico - Mesma eficacia da pílula Contracepção cirúrgica: - Esterilização feminina - Esterilização masculina - Com 25 anos, ou 2 ou mais filhos. Calendário de vacinas Ao nascimento: - vacina da BCG: - proteção contra o bacilo responsável pela tuberculose. - Importante para prevenir as formas graves de tuberculose - Formas pulmonares: protege 40% - As crianças tomam a vacina antes de sair da maternidade. - Vacina atenuada - Em indivíduos com HIV, a vacina pode ser administrada desde que o RN não apresente sinais de imunodepressão ou esteja sintomático. Alguns conceitos: - Vacina atenuada: - Vírus vivo na forma atenuada, para não causar a doença - Não pode dar a vacina para pacientes que estão tomando corticóides, pois a resposta imune não será adequada. Os corticóides possuem ação anti-inflamatória, portanto pode aumentar a chance do RN ter alguma reação ou ficar doente. - Vacinas: BCG, rotavírus, zé gotinha, tríplice viral (sarampo, cachumba e rubéola), febre amarela, catapora. - Vacina inativada - Pode ser dada independente se está imunocompetente ou imunossuprimido. - Possui o vírus inativado - Vacina combinada: - Até 5 antígenos em uma só vacina - É preciso dar uma vacina em cada membro. Caso dê alguma reação, assim iremos saber qual vacina foi a responsável de acordo com o membro afetado BCG: - A vacina que irá proteger contra o micobacterium tuberculoses - Dada ao nascimento, antes da alta hospitalar ou com 30 dias de vida - Não deve ser dada a crianças que pesam menos de 2 kg, pois a resposta imunológica não será boa - Vacina administrada de forma intradérmica - Segundo a lei: se a criança não tiver a marca da vacina no braço, não é indicado tomar a vacina de novo. - Em crianças filhas de mãe HIV positiva: pode dar a vacina, desde que não haja sinais de imunodepressão. Hepatite B: - Deve ser administrada até 24 horas após o nascimento. Preferencialmente até 12 horas. - Deve ser dada dessa forma, pois se a mãe tiver hepatite, diminui a virulência da criança. - Se a mãe for portadora do vírus: vacina + imunoglobulina para o bebê. - Via de administração: intramuscular - Esquema vacinal: até 4 doses para as crianças �17 - RN prematuro com idade gestacional menor de 33 semanas ou peso menor que 2 kg: 4 doses com esquema 0-1-2 e 6 meses. - Aos 2, 4 e 6 meses. Pentavalente: - Doenças evitadas: difteria, tétano, pertussisc (coqueluche), hepatite B e Haemophilus influenzae B. - Via de administração: intramuscular - Vacina inativada - Uma das que mais produz efeito adverso. - Composição: suspensão de células inteiras de Bordetella pertussis inativada, o que gera efeito adverso. - Efeitos adversos: - Devem ocorrer até 72 horas após a vacina. Assim sabemos que os sintomas são por conta da vacina. Se estiver fora desse período, não é por conta dela. - Crise convulsiva com ou sem febre - Febre - Episódio hipotônico-hiporresponsivo - Esquema vacinal: 3 doses - Aos 2, 4 e 6 meses. - Reforços: 1. 6 meses a 1 ano após a terceira dose. É a DTP, uma forma mais purificada. 2. Aos 5 anos (DTP). - Na rede privada tem a vacina acelular (DTP), na rede publica não. - Precauções: - Doenças agudas febris moderadas ou graves: adiar a vacinação até a resolução do quadro - Portadores de doenças neurológicas crônicas e com risco de descompensação: o Governo dá a vacina atenuada (DTP) para ele tomar gratuitamente - Recém nascidos prematuros ou com menos de 1 kg: fazer DTPa na primeira dose de tetravalente ou enquanto permanecer internado. Rotavírus: - Doença evitada: diarréia por rotavírus - Atenuada - Via de administração: oral - Esquema vacinal: 2 doses - Aos 2 e 4 meses. - Precauções: - Doença aguda febril moderada a grave - Crianças filhas de mãe soropositiva para HIV podem ser vacinas desde que não haja sinais clínicos ou laboratoriais de imunodepressão. - Vômitos a diarreia: diarreia leve sem desidratação pode ser vacinada. Com quadro de gastroenterite e vômitos devem ter a vacinação adiada. - Regurgitação: não vacinar - Não pode revacinar a criança se ela vomitar. Se ela tomou a primeira dose e vomitou, ela só deve tomar a segunda dose, para evitar uma superdosagem. - A vacina do rotavírus só pode ser dada até 7 meses de vida. - A segunda dose não pode ser dada sem que a primeira dose tenha sido dada. Poliomielite: - Doença evitada: doença viral poliomielite, gera paralisia infantil. É uma doença que afeta os nervos e leva a paralisia parcial ou total. - Contaminação: Via fecal-oral - Via de administração: oral - Contraindicações: �18 - Imunodeficiência - Alergia tipo anafilática a antibióticos contidos na vacina: neomicina, polimixina e estreptomicina. - Pólio vacinal associado à dose anterior. - Precauções: - Infecção por HIV - Não deve ser administrada quando a criança tem um imunocomprometido na família. - Gestantes - Doenças agudas febris moderadas ou graves. - Esquema vacinal: 3 doses da vacina pólio inativada (VIP), aos 2, 4 e 6 meses. - Pólio vacinal (VOP) aos 15 meses e com 4 anos. - A oral atenuada só pode ser dada quando a criança já tomou as três doses da VIP. Febre amarela: - Composição: vírus atenuado - Contraindicações: - Crianças com menos de 6 meses de idade - Imunodeficiência - Gestantes: só pode dar quando ela está em regiões endêmicas. - Precauções: - Mulheres que estão amamentando e estão em região endêmica, manter sem aleitamento durante 10 dias (menores de 6 meses). - Via de administração: subcutânea - Esquema vacinal: dose inicial aos 9 meses Tríplice viral: - Doenças evitadas: sarampo, caxumba e rubéola - Composição: vacina atenuada - Contraindicacoes: - Anafilaxia á dose anterior - Grávidas, pelo risco de causar danos ao feto - Imunodeficiência - Via de administração: subcutânea - Esquema vacinal: primeira dose ao 1 ano e segunda dose com 1 ano e três meses (combinada com a vacina da varicela). Pneumocócica 10 valente: - Doenças evitadas: pneumonia, otite, meningite e outras infecções de pneumococo contidos na vacina. - Via de administração: intramuscular - Esquema vacinal: 2 doses, ao 2 e 4 meses. Reforço com 1 ano. Meningocíca C: - Doenças evitadas: infecções graves. Meningite e septicemia. - Contraindicacoes: hipersensibilidade a componente da vacina - Via de administração: intramuscular. - Esquema vacinal: 2 doses (aos 3 e 5 meses). Reforço com 1 ano. Vacina contra o HPV: - Doença evitada: câncer de colo de útero, cervical e genital; paloma vírus humano; quadrivalente. - Esquema vacinal: 9 a 14 anos nas meninas, com intervalo de 6 meses cada. E nos meninos de 11 a 14 anos. - 0 meses, 2 meses, 6 meses Vacina contra a hepatite A: - Transmissão: fecal-oral - Vacina inativada - Esquema vacinal: - Primeira dose: 1 ano de vida até 5 anos - Após contato: vacina ou imunoglobulina (até 2 semanas). Influenza: �19 - Doença evitada: gripe, infecção viral aguda do sistema respiratórios vírus RNA, família Ortomixiviridae, formas A e B forma endêmica da doença. - Grupo de risco: - Menores de 2 anos e maiores de 65 anos - Grávidas - Pessoas com comorbidades associadas - Contraindicações: - Pessoas que apresentam reações anafiláticos a doses anteriores. - Historia anterior de Guillain-Barré - Para crianças entre 6 meses e8 anos de idade: 2 doses na primeira vez em que forem vacinadas (com intervalo de um mês) e vacinação anual - A partir de 9 anos: dose única anual. Varicela: - vírus vivo - Aplicar nos 3 ou 5 primeiros dias de após o contato - Combinada à tríplice viral: 15 meses aos 4 anos - Reforço com 4 a 6 anos Pré natal Consultas Periodicidade das consultas: - primeiro trimestre: 1 consulta - Segundo trimestre: 2 consultas - Terceiro trimestre: 3 consultas - Depois da 36 semana a consulta é semanal. O número de consultas preconizadas pela OMS para uma boa assistência pré natal: - 6 ou mais consultas. Idade gestacional: - 20 semanas: embrião - 20 semanas e 1 dia a 36 semanas e 6 dias: pré termo - 37 semanas a 39 semanas e 6 dias: a termo - 40 semanas a 42 semanas: pós data. Calcular a idade gestacional Soma os meses e divide por 7. Calcular a data do parto: DUM + 7. Do mês subtraímos 3 ou 2. 2 se virar o mês. Patologias que a paciente está sujeita: Até 20 semanas: - incompetencia istmo cervical - Hemorragias da primeira metade da gravidez: aborto - Mola hidatiforme. Após 20 semanas: - rotura prematura de membranas ovulares: rotura da membrana (âmnio e córion) antes de 37 semanas de gestação, fazendo com o líquido amniótico que envolve o feto vaze antes do trabalho de parto começar. - Parto prematuro - RCIU - Pós datismo - Pré eclampsia - Diabtes gestacional - Hemorragias da segunda metade da gravidez: placenta prévia, descolamento prematuro da placenta e rotura uterina. Anamnese e exame físico Anamnese e exame físico: - Inspeção - Ausculta - Palpação: altura uterina e toque vaginal Exame físico: - aferir pressão - Pesar a gestante: o peso que ela deve ganhar varia de acordo com o IMC da �20 grávida, mas ela deve ganhar em torno de 10 kg. - Baixo ganho de peso: retardo de crescimento intrauterino, prematuridade e baixo peso do bebê. - Ganho elevado de peso: aumento do risco de hipertensão gestacional (eclâmpsia), pré eclampsia, diabetes gestacional e hemorragia pós parto. � Exames complementares Primeira consulta: - ABO - Tipo A: antígeno A, nao pode receber o tipo B, pois tem anticorpo anti B - Tipo B: antígeno B, nao pode receber o tipo A, pois tem anticorpo anti A - AB: antígeno AB, nao tem anticorpo, pode receber qualquer tipo. Receptor universal. - O: nao tem antígeno. Tem anticorpo anti A e anti B. Doador universal. - Rh: - Coombs indireto - Hemograma - Sorologia HIV - Urina 1 e urocultura: - Com ou sem sintomas: cefalexina 500mg de 6/6 horas por 7 dias e nitrofurantoína mg de 6/6 horas por 7 dias. - Pesquisa de streptococcus B: - Exame do cotonete - Mucosa vaginal e mucosa anal - Identifica a presença da bactéria para dar um antibiótico (penicilina) para o bebê na hora do parto. Previne sepse neonatal, uma infecção grave. - Glicemia em jejum - Verifica diabetes gestacional Doenças do pré natal HIV: - Manifestação primária, secundária e terciária. - Primária: lesão unica, indolor, bordas limpas, fundo limpo - Secundária: lesão eritematoso em palmas de maos e pele. Sintomas como febre, mal estar e gânglios. - Terciária: neurosífilis - Sífilis neonatal: - Fazer o VDLR antes do TTPA - VDRL: não treponêmico, verifica a atividade da bactéria. - Positivo: constata sífilis ou outras doenças, como lúpus. - Negativo: nao tem a doença - FTA-Abs ou TTPA: treponêmico, verifica a presença do anticorpo - Positivo: a gestante pode estar com a doença ativa ou inativa (teve a doença e já se curou). - Negativo: já teve sífilis ou está com um falso positivo do VDRL. - VDLR + e TTPA +: diagnostico de sifilis - VDLR + e TTPAS -: falso negativo do VDLR para sífilis. A pessoa tem outra doença. - VDLR - e TTPA +: sífilis em estágio inicial ou a pessoa já teve e se curou. �21 - VDLR - e TTPA -: não é sifilis - Tratamento: - Começa a partir do diagnóstico - Sífilis primária: penicilina benzatina 2.400.000 UI - Síflis secundária: penicilina benzatina 4.800.000 UI. 2 doses em intervalo de 7 dias - Síflis terciária: penicilina benzina 7.200.000 UI. 3 doses em intervalo de 7 dias. - A penicilina é a unica droga que tem capacidade de alcançar o feto e trata- lo de maneira adequada - Se a gestante tem alergia: dessensibilizar ela antes da injeção. Não pode deixar de dar. Eritroblastose: - Problema: quando a mae é RH - (hh) e o feto da primeira gravidez é RH +. - A mãe pode desenvolver anticorpos RH+, que ataca o segundo feto. - Se o marido é RH+ (Hh ou HH) é feito um tratamento de profilaxia durante a primeira gravidez. - Incompatibilidade do Rh: a mae produz o anticorpo (anti D/ anti Rh positivo) quando tem contato com o antígeno do bebê (antigeno Rh+/ antígeno D), através de sangramentos na gestação ou transfusão de sangue. - Os anticorpos da mãe provocam eritroblastose fetal - destruição de hemácias. Na tentativa de suprir as hemácias, o corpo do bebê estimula a produção de mais hemácias, que acaba gerando uma hepatoesplenomegalia, entra em mais hemólise, fica com anemia, sua oxigenação é comprometida e leva ao óbito fetal. - Como evitar: - Inibir a produção de anticorpos - É dado um anticorpo anti- antígeno D - Na gestão: dado entre 28 e 34 semanas - No parto: em até 72 horas após o nascimento - Coombs indireto - Avalia no palma materno se há anticorpo anti-D. - Em caso de mae Rh- e pai Rh+, coombs indireto a partir de 28 semanas. - No caso de ser detectado o anticorpo na gestante, fazer o coombs a cada quatro semanas, e após a 28a semana, a cada duas semanas - Valores acima de 1:16: risco aumentado de anemia fetal Toxoplasmose - Agente etiológico: toxoplasma gondi - Transmissão: oral-fecal. água e alimentos contaminados, fezes e saliva, congênita (gestação). - Manifestação clínica: sintomas inespecificos (oligotoxoplasmose), toxoplasmose ocular e auditiva, prematuridade, retardo de crescimento fetal, surdez, crise convulsiva. - IGM positivo: infecção aguda - IGG positivo: infecção crônica/ imune, pegou antes da gravidez - IGM + e IGG +: fazer um teste de avidez para verificar se ela pegou antes da gravidez ou está com toxoplasmose. - Teste de avidez: verifica quão velho é o IGG presente - Avidez baixa: pegou a pouco tempo �22 - Avidez alta: pegou antes da gravidez - Tratamento: - A partir do momento de diagnóstico - Para prevenir: espiramicina 500mg (2 comprimidos 8/8 horas até o parto) - Confirmada a infecção fetal: sulfadiazina 500mg (2 comprimidos de 8/8 horas), pirimetamina 25mg (1 comprimido de 12/12 horas), ácido folínico 15 mg (1 comprimido ao dia). Hepatite B: - Antígeno e anticorpos: - O vírus é composto na parte externa pelo antígeno HBsAg e na parte interna pelo HBcAg - Ele possui um antígeno associado, o HBeAg - Os antígenos estimulam a resposta imune na pessoa infectada resultando na circulação de 3 anticorpos: anti-HBs, anti-HBc e anti-HBe - O antígeno HBc nao circula na corrente sanguínea, por isso não é marcador da infecção - Quando há presença de DNA viral há produção de anti-HBc - Na sorologia: - Ordem de produção e circulação: HBsAg —> AntiHBc IGM: infecção aguda - O anti HBC IGG pode aparecer anos após a doença - No período agudo aparece o HBeAg, que indica replicação viral - Também pode estar elevado os níveis de alanina aminotransferase, que indica lesão no fígado. - Após o aparecimento dos antígenos, surgem os anticorpos Anti-HBe e anti-BHs - Resultados do exame: - Negativo: sem infecção e sem vacina, tem que imunizar o paciente. - AntiHBs, AntiHBc e AntiHBe positivos: já teve a doença - AntiHBs positivo: recebeu a vacina - HBsAg, AntiHBc e HbeAg positivo: está com a infecção aguda e com replicação viral - HbsAg, AntiHBc e AntiHBe: infeccao sem replicação viral.Diabetes gestacional: - Fator de risco: - Bebê macrossomico - Óbito fetal - Polidrâmico - Hipertensão arterial - Ganho de peso - Glicemia de jejum: - Abaixo ou igual a 92 mg/dl: - Se a gestante tem fator de risco: TTOG imediato - Sem fator de risco: TTOG entre 24 e 28 semanas de gestação - Acima de 92: - Diabetes gestacional - Acima de 126: - Diabetes prévia a gestação - TTOG: - Teste de tolerancia oral a glicose - Menor que 92mg em jejum, 180mg após 1 hora e 153mg após 2 horas: não tem diabetes �23 - Valores maiores que esses: tem diabetes Suplementação na gravidez - Ácido fólico: - Iniciar 3 meses antes da gestação até 12 semanas. - Previne defeito do tubo neural - 4 mg/dia para pessoas com historia do defeito e 0,4 sem história de defeito. - Sulfato ferroso - 300 mg de sulfato ferroso antes do almoço e jantar após 12 semanas - 60 mg de ferro elementar por dia. - Vitamina A - Alimento é suficiente - Dose muito alta é teratogênica - Calcio, vitamina B12 e D. - 600 mg/ dia apenas em gestantes com dietas restritivas. Vacinação na gravidez Vacinação: - Tétano, difteria, coqueluche (triplice viral) - Influenza - Hepatite B - Tomar após 12 semanas de gravidez Crescimento e desenvolvimento infantil Postura fetal do RN: - O tônus muscular inicialmente é em flexão e conforme vai crescendo, o tônus se torna em extensão para poder caminhar. - O desenvolvimento é crânio-caudal, e não pula etapas. A criança não consegue sentar e se ainda não está com o pescoço firme. Atraso no desenvolvimento: - A maior parte dos atrasos no desenvolvimento são em decorrência à falta de estímulos. - O bebê não tem como falar se ninguém fala com ele, e nem como sentar se ninguém o coloca em posição sentada. - Levantar o tórax: a criança levanta o tórax com 2 meses, mas primeiro levanta o pescoço - Senta apoiado e levanta objetos: 6 meses - Senta sozinho: 7 meses - 9 meses: fica de pé - 10 meses: engatinha - 11 meses: anda - 13 meses: sobe degraus - 14 meses: fica em pé sozinho - O normal é nascer até 40 semanas, mas consideramos a termo até 37 semanas. - Se a criança nasce prematura, não tem como esperar dela um desenvolvimento de uma criança não prematura. Ela terá que receber mais estímulos para compensar o atraso. Fatores que interferem no desenvolvimento: Fatores intrínsecos: - sistema neuroendócrino: - Energia hereditária - Etnia - Sexo Fatores extrínsecos: - dieta: calorias, proteínas, glicídios, lipídeos, água, vitaminas e saias minerais - Ambiente: condições geofísicas, socioeconômicas, urbanização, interação mãe-filho e atividade física. Períodos de crescimento: Período pré-natal: - Embrionário: primeiro trimestre - Fetal precoce: segundo trimestre - Fetal tardio: terceiro trimestre Período pós natal: - Neonatal: 0 a 28 dias - Infancia: lactente, pré escolar e escolar. �24 - No primeiro ano de vida há um crescimento e desenvolvimento muito grande. A alimentação adequada é muito importante. Tipo de crescimento: - Crescimento geral: altura e peso - Crescimento neural: SNC e sua mielinizacao - Crescimento linfoide: imunidade. Timo, gânglios linfáticos, amígdalas, adenóides e folículos linfóides intestinais. - Crescimento genital Peso: - Após nascer a criança perde cerca de 10% de seu peso. Em cerca de 10 dias, esse peso deve ser recuperado. - Nos primeros dias de vida, a criança nasce edemaciada, por conta dos hormônios da mae. Conforme os dias vão passando, o hormônio é metabolizado e ele vai desinchando. Com isso, o RN perde pouco de seu peso. - Se não ocorre o ganho de peso novamente, é preciso investigar a causa. Alimentação inadequada, mãe deprimida, etc. - Em torno do quinto mês de vida, a criança duplica seu peso de nascimento. - A partir do segundo ano de vida, o ganho médio é de 2 kg por ano até alcançar o oitavo ano de vida. Estatura: - Durante o primeiro ano de vida a criança cresce cerca de 50% do tamanho ao nascer. Cerca de 15 cm no primeiro semestre e 10 cm no segundo. - 4 anos: sua altura deve ser de 1 metro. - O pré escolar cresce, em média, cerca de 6 cm por ano. Perímetro cefálico: - No primeiro ano: cresce em torno de 12 cm - Depois diminui 1 cm no segundo trimestre e depois 0,5 cm. - Ponto de referencia: protuberância occipital e a glabela. Puberdade: - Transição entre a infancia e fase adulta - Características: desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, fertilidade e estirão de crescimento - Influenciado por: fatores genéticos, ambientes, socioeconomicos e nutricionais - Meninas: - Telarca (mamas, por estrógenos ovarianos), pubarca (andrógenos de ovário e supra-renal) e menarca. - 8 a 13 - Meninos: - Aumento do volume testicular - Pubarca e aumento do tamanho peniano - 9 a 14. Estadiamento de Tunner: Verifica se os caracteres sexuais estão de acordo com a idade. Se está havendo puberdade precoce. � Medidas: - Acima de 2 anos: mede de pé. - Até 2 anos: comprimento. Mede deitada. - Estatura alvo: altura dos pais +/- 13 : 2. �25 - Curvas de crescimento: acompanham o crescimento da criança e identificam possíveis alterações. Desenvolvimento neuropsicomotor na infância Desenvolvimento neural Cérebro humano: - 100 bilhoes de neurônios, além de células glias - Organizados em rede de conexões sinápticas - Regulados por genes específicos, mas que podem ser afetados por fatores ambientais - A primeira parte que o feto desenvolve é o tubo neural. - Posteriormente há migração neuronal e agregação seletiva - Se a mãe é infectada por alguma doença no pré natal, isso vai interferir no desenvolvimento do tubo neural - Ao nascer, o neurônio ainda não é bem formado. A bainha de mielina nao é muito desenvolvida, sem muitos dendritos, poucas sinapses e etc. - Ao estimular a criança, os neurônios sofrem um processo de maturação Avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor: - a criança evolui de uma etapa para outra. Para que ela ande, ela preciso ter sentado primeiro. - O exame neurológico deve ser adequado para cada momento evolutivo Por que é importante estudar: - Aumento do numero de crianças com atraso do desenvolvimento - Quanto mais precoce o diagnóstico, e a intervenção, menor será o impacto na vida da criança - Assistência preventiva Perímetro cefálico Exame do crânio: - da glabela à proeminência occipital. - Crescimento de 12 cm em 12 meses - Verificar o tamanho das fontanelas: anterior e posterior - Posterior: fecha em ate 30 dias - Anterior: - Realizar inspeção, palpação - Monitorar o crescimento - Ventrículos grandes levam a compressão de estruturas adjacentes (corticais) - A cabeça de meninos são maiores que a das meninas, devido a fatores hormonais. Há uma tabela para cada sexo. Maneiras de avaliar o desenvolvimento: - escalas - História - Exame neurologico - ENE Escala de Denver II: - Do nascimento aos 6 anos - Deve ser usado em crianças aparentemente normais, quando há alguma suspeita de alterações e crianças em risco - Compara a criança com outras da mesma idade - É uma escala de triagem, não de diagnóstico - Dividido em campos: motor, neural, etc. Apresenta ações do bebê e devemos marcar se ele já fez ou não. História do paciente Perguntar: - História familiar - História de gestação, do parto e do período neonatal �26 - História médica pós natal - Contexto social e familiar - Marcos do desenvolvimento Marcos do desenvolvimento Avaliar: - Atitude - Tonus - Reflexos primitivos - Equilibrio estático e dinámico - Coordenação apendicular dos membros - Funções cerebrais superiores Idades chaves: - Momentos de grande aquisição. Se não houver diagnostico precoce, a criança terá prejuízos. - 2 meses: - Observa um rosto,segue objetos, reage ao som, vocaliza (emite sons que não o choro), sorri, eleva a cabeça e a mantém a 45 graus. - 4 meses: - Observa a propria mao - Segue com o olhar - Emite sons em resposta. Ainda não fala, mas emite ruídos. - É capaz de manter um diálogo vocal com a mãe ou cuidadora - Grita - Sentado com apoio, sustentando a cabeça - Agarra um brinquedo quando colocado a mão - 6 meses: - Tenta alcançar um brinquedo - Procura objetos fora do alcance - volta-se para o som - Rola no leite - Inicia uma interação: tenta chamar a atenção da mae através do sorriso, vocalização, gestos, pedido de colo - Lalação: repetição de sílabas (bababa, lalala, mama, papa). - 9 meses: - Transfere objetos de uma mão para outra - Pinça polegar dedo - Balbucia - Senta sem apoio - Estranhamento: tem preferencia por pessoas do seu convívio - Brinca de esconde-achou. - A criança começa a se descobrir como ser humano - 12 meses: - Bate palmas, da adeus - Combina sílabas - Fica em pé - Pinça completa - Segura o copo ou a mamadeira - 15 meses: - Primeiras palavras - Primeiros passos - A criança é ativa e curiosa - 1 ano de vida: - Funções que aparecem a desaparecem com a evolução estrutural do SNC (cranio-caudal) - Funções elementares vai sendo substituídas por funções hierarquicamente superiores � - Ano de maior mortalidade infantil - Tono/reflexos semelhante ao dos adultos �27 - Reflexos primitivos: estão presentes a prensar plantar e cutâneo-plantar extensor em desaparecimento - Equilibrio estático: em pé com apoio - Equilibrio dinamico: iniciando a marcha sem apoio - Coordenação apendicular: pinça superior individualizada - Funções cerebrais superiores: localiza a fonte sonora direto para baixo e indireto para cima, usa palavras corretamente e produz jargão. - Após 7 anos: - Aperfeiçoamento de funções já existentes, constituindo o aprendizado normal - Pode-se utilizar a avaliação das funções corticais (memória, orientação, gnosias, paraxias e linguagem) e performance escolar. Manifestações neurológicas Tipos de manifestações: - Permanentes: constantes e praticamente não modificam. Ex: reflexos incondicionais e sensibilidades primitivas. - Reflexas transitórias: desaparecem com. A evolução e reaparecem em situações patológicas. Ex: Moro, Magnus de kleijn. - Evolutivas: manifestações reflexas automáticas que desaparecem com a evolução para dar lugar à mesma atividade, porém de caráter voluntário. Ex: sucção, preensão, apoio plantar, marcha reflexa. Recém nascido: - Tono/ reflexo profundos: hipertonia flexora dos 4 membros, hipotonia axial e hiper-reflexiva profunda - Reflexos primitivos: todos estão presentes no RN a termo - Funções cerebrais superiores: pode seguir o objeto com os olhos, modulação sensitivo-sensorial, iniciando c corticalização. - Hipertonia flexora dos 4 membros � Reflexos: - Reflexo tonico cervical - Reflexo de marcha - Reflexo de reptação - São os primeiros a desaparecer e dão ao RN um atitude assimétrica � - Reflexo de velocidade: qualquer coisa que toca a bochecha ou perto da boca da criança, faz com que ela vire a cabeça na direção do estímulo - Reflexo de preensão: o bebe pega forte em qualquer coisa que toca na palma dele - Reflexo plantar: a excitação leve da planta do recém nascido causa uma flexão plantar dos dedos. �28 - Os reflexos do pé são os últimos a sumir, pois o desenvolvimento é cranio-caudal, então ele foi o ultimo a aparecer. Idade corrigida: - lembrar que em bebes que nasceram prematuros, devemos utilizar a idade corrigida até os 2 anos - Faz para peso, comprimento e perímetro cefálico também - 40 semanas: IG Controle de esfíncteres - 18 meses: controle diurno iniciando - 2 anos: controle diurno em consolidação e iniciando o noturno e anal - 3 a 4 anos: controle diurno e anal consolidados, noturno em consolidação - 5 anos: controle completo vesical e anal. - Se esse processo for adiantado, pode ser danoso para a criança. A criança começa a contrair a musculatura do esfíncter e retém urina e fezes. Sinais de desenvolvimento patológico - manutenção dos reflexos arcaicos além do tempo - Alterações do perimetro cefálico - Não aquisição ou regressão dos marcos de desenvolvimento Atraso do DNPM: Etiologia: - genética: cromossomica, EIM, malformações - Pré natal: desnutrição, infecção, trauma - Perinatal: asfixia, tocotrauma - Pós natal: infecção, desnutrição, TCE Tipo: - Predomínio motor: PC, hipotonia central, doenças neuromusculares e ortopédicas - Predominio de linguagem: hipoacusia, autismo - Global: malformações, encefalopatias e cromossomopatias. Trinômio: - Escola: espaço fisico, pedagógico e corpo docente atento - Familia: pais, interação pais-escola e rotina familiar. - Criança Sangramento genital � � � Útero bocelado: com alguns nódulos Limites normais da menstruação - Freqüência: 24 a 38 dias �29 - Regularidade: variação de 7 dias ou menos a 9 dias - Duração: igual ou menor a 8 dias - Volume: igual ou menor que 80 ml Diagnóstico Menacme: - Período entre a primeira e ultima menstruação da mulher Causas: - Disfunção ovularia - Gravidez - Cancer - Polipo, mioma e adenomiose - O pólipo nao aumenta o volume do útero como o mioma - Infecção - SOP, tireoideopatia e hiperprolactinemia - Coagulopatia - Medicamentosa Investigar: - Origem do sangramento - Útero, vagina, vulva. - Fazer o exame com o espéculo - Sangramento genital é diferente de sangramento uterino. O sangramento uterino provoca um sangramento genital, e o sangramento genital nem sempre é de origem uterina. - O sangramento genital pode ter origem do trato genital superior ou inferior. - TGS: orificio interno no colo do utero pra cima, cavidade endometrial e trompas. - TGI: do orifício interno do colo do útero para baixo, colo do útero, vagina e vulva. - Gravidez - Idade da paciente: - Cada idade possui causas mais prováveis Causas de sangramento uterino anormal Isso só vai ser pensado depois de fazer o teste de gravidez. Oriundo de causas estruturais e não estruturais. Causas estruturais: - PALM - pólipo: crescimento de células endometriais, formando um pólipo. - Adenomiose: espessamento da parede uterina. O endométrio se estende para o miométrio. Utero com contorno regular, superficie lisa e consistencia amolecida - Leiomioma: neoplasia benigna do músculo liso. É um tumor sólido formado por tecido muscular e fibroso. Útero bocelado, com superficie nodular - Malignidade e hiperplasia: cancer de endométrio Causas nao estruturais: - COEin - Coagulopatia - Ovulatório - Endometrial - Iatrogênica: - Remédio, pílula, DIU. - Não classificada *Causas acima vão cair na prova Leiomioma uterino Neoplasia benigna de células musculares lisas do miométrio, responsiva a hormônios. Se o mioma receber estrógeno ou progesterona, ele pode aumentar. Tipos: - Parido: sai do útero para a região externa. �30 - Submucoso - Subseroso Classificação do mioma: - 0: Intracavitário, pediculado - 1: submucoso, menos de 50% intramural - 2: submucoso, acima de 50% intramural - 3: intramural, tanfenciando o endométrio - 4: intramural - 5: subseroso, acima de 50% intramural - 6: subseroso, abaixo de 50% intramural - 7: subseroso, pediculado - 8: outros, ex cervical parasita � Sinais e sintomas: - A maioria dos pacientes com mioma é assintomático - Mioma submucoso: metrorragia, sangra o mês inteiro - Mioma intramural: hipermenorragia, menstruacao aumentada - Mioma subseroso: dor pélvica, quando muito grande Epidemiologia: - Mais comum em negros - História familiar - Menarca precoce - Quanto mais filhos, menor o risco. - Vai ter menos menstruações - Quanto mais menstruações,maior o risco - Infertilidade - Aumento do IMC - Produção de estrógeno na gordura periférica através da enzima aromatase - Dieta: ingestão de carne vermelha - ACO: diminui fluxo sanguíneo, mas pode aumentar o volume do tumor - TRH Quadro clínico: - Assintomático: 80% - Nao precisa dar nenhum medicamento - Sintomático: - Excesso menstrual, neovascularização, aumento da superfície - Tumor pélvico - Dor pélvica - Infertilidade depende da localização. Mais comum em mioma submucoso. - Sintomas urinários: polaciúria, retenção urinária e hidronefrose - Sintomas retais: tenesmo e hemorróidas - Sintomas sistêmicos: febre e mal estar. Diagnóstico: - USG pélvico - Histerossalpingografia - Ressonância nuclear magnética: só em casos de útero muito aumentado - Crescimento rápido sugere malignidade Tratamento: - Medicamentoso: - Anti-inflamatórios nao esteroides - Progestágenos: acetato de medroxiprogesterona 150mg de 3 em 3 meses. - Análogos do GnRH: - Amenorréia - Fogacho, secura vaginal e aumento do risco de osteoporose. �31 - Não pode ser dado acima de 6 meses - Cirúrgico - Retirada total ou parcial do útero - Parcial: só é feito quando a cirurgia está muito difícil, com aderências, paciente com obesidade mórbida. - Em pacientes sem nenhum filho, evitar a retirada do útero. Sempre optar por outros métodos, a não ser que seja um sarcoma. Triagem neonatal Triagem neonatal integrada - Triagem auditiva - Feito pela fonoaudióloga nos primeiros dias de vida - Rubéola costuma gerar surdez - A criança passa a não falar porque ela não escuta - Triagem oftalmológica - Feito pela oftalmologista antes da alta hospitalar - Verifica se a retina é vasculada - Triagem para doenças cardiacas - Provavelmente decorrente de uma má formação congênita - Feito através da colocação de um oxímetro no membro superior e inferior, para verificar a oxigenação - Triagem biológica: papel filtro - Teste do pezinho - Se ele vem alterado, geralmente é feito mais uma vez O exame negativo não exclui a doença. Assim, se o exame der negativo e a suspeita surgir, investigar. Critério para seleção de doenças para triagem neonatal Critérios: - Fase precoce identificável - Deve existir um exame adequado - Exame aceitável para a população - História natural da doença bem conhecida - Deve haver uma política pública para tratamento - Não são todas as doenças que possuem esses critérios bem avaliados para tratamento Profissionais envolvidos: - obstetras - Enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes de saúde - Motoristas e carteiras - Bioquímicos - Serviço social e administrativo - Pediatras - Equipe multidisciplinar dos SRTNs (ambulatório): pediatras, endocrino, hemato, pneumo, nutricionista, psicólogo, serviço social Coleta do teste do pezinho Como é feita a coleta: - A coleta da primeira amostra deve ser entre o 3o e 5o dias de vida - Deve respeitar esse tempo visando a identificação de doenças como a fenilcetonuria - A fenilcetonuria é reconhecida a partir de uma proteína, então ela precisa ter sido bem amamentada primeiro - Coletada com técnica e materiais adequados - Evitar a ponta do pé - Deve ser colhido nas laterais - O círculo deve ser todo preenchido com o sangue do recém nascido �32 � - Dados cadastrais preenchidos corretamente - Secagem da amostra deve obedecer as recomendações técnicas - Material armazenado adequadamente e transportado em recipientes fechados - Atenção aos tempos: - Uma segunda coleta do exame deve ser feita até o 28o dia de vida Cobertura de RN triados: - Antes do PNTN: 50% dos RNs triados - Atualmente: 85% - Se for neonato e o exame nunca tiver sido feito, o pediatra ainda pode fazer, mas se for uma criança maior só é feito o acompanhamento Fenilcetonúria Características: - doença autossômica recessiva - Causada pela ausencia de síntese da enzima fenilalanina hidroxilase - Alguns alimentos possuem a proteina fenilalanina. Após consumida, ela é transformada em tirosina pela enzima fenilalanina hidroxilase. - Quando o bebê tem fenilcetanúria, há um acúmulo da proteína fenilalanina e diminuição da quantidade de tirosina - A fenilalanina é toxica para o organismo e causa prejuízos para o sistema nervoso central Sintomas: - Atraso do desenvolvimento - Quadro convulsivo - Quadro de espectro autista - Eczema - Pele e cabelos claros - Hiperatividade - Agitação psicomotora Diagnóstico: - Dosagem da fenilalanina sérica - Se o resultado for acima do esperado e der alterado em dois testes, confirmação da doença Tratamento: - Dieta pobre em fenilalanina e uso de fórmula isenta para o bebê - Deve ser feita por toda a vida Classificação: - Fenilcetonúria clássica: atividade enzimática abaixo de 1% - Fenilcetonúria leve: 1 a 3% - Fenilcetonúria permanente: acima de 3% Hipotireoidismo congênito Características: - 85% disgenesias, 15% defeito de síntese (autossomico recessivo) - Deficiencia do hormonal tireoidiano - A deficiência desses hormônios leva a problemas neurológicos e metabólicos. Sinais e sintomas: - Atraso do desenvolvimento, mixedema, macroglossia, rouquidão, letargia, livedo. Diagnóstico: - TSH em papel filtro - Se o exame der alterado e ainda for neonato, repetir o teste. Se não for neonato, dosar TSH e T4 livre em soro �33 - Uma das doenças em que o falso negativo é mais presente - Falso negativo: elevação tardia de TSH - Coleta com menos de 48 horas de vida Tratamento: - Levotiroxina sódica 10-15 mcg/kg/dia - Busca prevenção da deficiencia intelectual Hemoglobinopatias Características: - Doença falciforme, autossômica recessiva - Produção da molécula anormal da hemoglobina, levando a anemia, obstrução dos vasos sangüíneos, dor e isquemia - Padrão normal de evolução da hemoglobina: FA, AF, AF (A2), AA - Anormal: FS, SF e SS. Sinais e sintomas: - Crises de dor, hemólises, internações frequentes Diagnóstico: - Feito no exame do pezinho, com a presença do FS, através da coleta de dois testes. - Fazer a triagem com focalização isoelétrica e HPLC - Traço falciforme Tratamento: - Visa melhorar a qualidade de vida Fibrose cística Características: - Ausencia ou diminuido de uma proteína de membrana no transporte ionizo nas células epiteliais de vias aéreas, glândulas salivares, sudoríparas, do pâncreas, intestino e aparelho locomotor. - O pâncreas não excreta seu suco gástrico e enzimas digestórias - As glândulas não conseguem secretar suas substancias Sinais e sintomas: - Comum ser uma criança desnutrida - Muitas infecções e internações - O muco não vai ser digerido, vai ter sua quantidade aumentada e vai dificultar o batimento ciliar Diagnóstico: - Dois testes do pezinho - IRT: tripsina imunorreativa, com duas amostras acima de 70ng/dL - Teste do suor - O tratamento melhora a qualidade de vida. Hiperplasia adrenal congênita Características: - Doenças autossômica recessiva - Deficiencia de uma das enzimas responsáveis pela síntese de cortisol - Forma clássica: perdedora de sal e virilizante simples Sinais e sintomas: - Hiponatremia - Deficiência de características primárias e secundárias (sexuais). A testosterona pode até ser aumentada, mas o estrógeno é deficiente. Diagnóstico: - Dosagem da 17OH progesterona no papel filtro, que vai estar elevada - 17OH progesterona, androstenediona, cortisol, testosterona (soro). Deficiência de biotinidase Características: - doença autossômica recessiva �34 - A biotinidase realiza a clivagem da biotina a partir de proteinas advindas da dieta ou reciclagem da biotina endógena - Forma total: abaixo de 10% - Forma parcial: de 10 a 30% de atividade enzimática Sinais e sintomas: - Atraso no desenvolvimento - Letargia - Hipotonia- Convulsões - Perda de audição Diagnóstico: - Atividade da biotinidase pelo papel filtro e plasma Tratamento: - Dosagem de biotina - Previne deficiencia intelectual Dor pélvica Caso clínico Mulher, sexo feminino, branca, 34 anos, casada, funcionária de telemarketing, de SP. Paciente refere dor pélvica há 3 anos. Refere dismenorreia importante e dor nas relações sexuais (dispaneuria). Está tentando engravidar a 2 anos, sem sucesso. Desde a monarca seus ciclos são regulares subsequentes de 28 dias, com 3-4 de fluxo menstrual +/4 Nega outros sintomas. Antecedentes ginecológicos: G0 P0, menarca aos 13 anos. DUM dia 14/03/2021. MAC: preservativo. Causas de dor pelvica cronica Há causas ginecológicas e não ginecológicas. Ginecológicas: - cistos anexiais - Salpingite e endomeitrite cronica - Varizes pélvicas - As veias do trato genital ficam varicosas - A dor piora quando fica muito tempo sentada - Adenomiose - Endometriose - Leiomioma - Distopias genitais Não ginecológicas: - cistite intersticial - Síndrome do intestino irritável - Doença inflamatória intestinal - Diverticulite - Constipação cronica - Fibromialgia - Transtorno de somatização - Abuso sexual Dor pelvica crônica Dor em andar inferior do abdome, acíclica (nao relacionada ao ciclo menstrual), com duração igual ou superior a 6 meses, não causada pela gravidez e sem associação exclusiva com o ato sexual. Ciclo da dor pelvica: A dor pélvica gera estimulo de neuronios nociceptivos e sensibiliacao do SNC. A presença crônica da dor faz com que haja uma lesão constante, fazendo com que os neurônios fiquem com a sensibilidade aumentada, aumentando a possibilidade de dor. Principal hipótese diagnóstica: endometriose Resultado dos exames: USG transvaginal com preparo intestinal (toma laxante e evacua). Útero com volume de 97 cm3, ovários sem alterações, presença de espessamento no septo retovaginal/ fundo de saco posterior. HD: implante de endometriose. �35 A colonoscopia também poderia ser indicada, caso ela tivesse sintomas intestinais. E ela só pode diagnosticar endometriose quando a lesão é tão profunda que chega a acometer a mucosa intestinal. Endometriose Uma das causas mais frequentes de dor pélvica crônica. Presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina. Mais comum na cavidade pélvica, mas pode estar presente em outros locais. Ela gera dor, pois causa inflamação. Classificação: - Peritoneal: implantes peritoneais superficiais. - Ovariana: endometrioma e implantes superficiais nos ovários. - Profunda: lesões que penetram mais ou igual a 5 mm. Lesões no septo retovaginal, reto, cólon, sigmoide, bexiga, ureter, ligamentos uterinos e vagina. Locais mais frequentes de acometimento: - OBS: vai cair na prova - Mais comuns: - Ovários - Fundo de saco anterior e posterior - Ligamentos útero-sacros - Menos comuns: - Ligamentos largos posteriores - Útero - Trompas - Sigmoide, apêndice Epidemiologia: - 5 a 10% das mulheres em idade reprodutiva possuem endometriose - Pico de prevalencia: entre 25 e 35 anos de idade, mas pode ocorrer em meninas antes da menarca e pós menopausa - Cerca de 70% das pacientes com dor pélvica possuem endometriose - Cerca de 50% das pacientes com infertilidade possuem endometriose Fisiopatologia: 90% das mulheres menstruam para fora da vaginal e menstruam para dentro do útero e tuba uterina também. Há um refluxo menstrual. Teoria de Sampson: as células provenientes do fluxo menstrual, que é um descamamento do endométrio, saem de dentro do útero, migram para a cavidade pélvica, se aderem e se proliferam, formando os implantes de endometriose. Podem alcançar outras cavidades do corpo, mas isso não é explicado. O mais aceito: as mulheres nas quais esse processo ocorre podem ter uma deficiência imunológica que permite a proliferação e adesão dessas células. Estágios (ASRM): - Feito através de uma videolaparoscopia. - Estágio I: doença mínima. Implantes isolados e sem aderência significativas. - Estágio II: doença leve. Implantes superficiais, com menos de 5 cm, espalhados no peritônio e nos ovários, sem aderência significativas. - Estágio III: múltiplos implantes, aderências tubárias e ovarianas evidentes - Estágio IV: doença grave. Múltiplos implantes superficiais e profundos, incluindo endometriomas e aderências densas e espessas. Sintomas: Os sintomas não estar relacionados com o estágio da endometriose. �36 Há pacientes em estágio I que sentem muita dor e pacientes em estágio IV que sentem pouca dor. A dor está mais relacionada com o local em que as células se aderem, do que com os sintomas. As células podem estar em um local mais inervado e mais inflamado, gerando mais dor. Dói mais durante a menstruação porque é quando as células descamam. Sintomas mais comuns: - Dismenorreia progressiva - Dispaneuria - Dor pelvica cronica - Infertilidade - Menos comuns: alterações urinárias, disfunção intestinal, dor lombar e fadiga crônica. - Dor ao urinar e disfunção intestinal que pioram quando está menstruada, pode ser endometriose Sinais: - inspeção: endometrioma da parede - Especular: lesão arroxeada no colo ou fundo de saco - Lateralizado do colo do útero - Toque bimanual: dor e modularidade dos ligamentos uterossacros, anexos aumentados (endometrioma), útero retrovertido fixo ou pouco móvel, doloroso. - Toque retal: acometimento retal / septo retovaginal, ligamentos uterossacros. Fatores de risco para o desenvolvimento de endometriose: O aumento da exposição ao estrógeno aumenta o risco de desenvolver endometriose. - Menarca precoce e menopausa tardia - Mais vezes de menstruação e maior risco de desenvolver - Fluxo menstrual aumentado e menstruações mais frequentes - História familiar - Nuliparidade - Paciente que nunca engravidou tem mais menstruações - Gestação tardia - Paciente que demora mais para engravidar tem mais menstruações - Malformações uterinas (mullerianas) - Estenose cervical - raça branca ou asiática - Indice de massa córporea baixa - Consumo de gordura trans insaturada - Exposição ao dietilbestrol intra-útero - Exposição a dioxina - Exposição ao abuso físico ou sexual na infância/ adolescência Uso do anticoncepcional: O estrógeno do anticoncepcional age realizando um feedback negativo com o SNC, bloqueando função ovariano e fazendo com que o ovário não produza estrógeno. O estrógeno proporcionado pela pílula está presente em uma quantidade muito menor ao estrógeno produzido pelo ovário normalmente. Diagnóstico: Dor pélvica crônica, exame fisico compatível com endometriose e ultrassonografia compatível com endometriose. - ultrassonografia simples; endometrioma de ovário e de parede. - Ultrassonografia com preparo intestinal - Ressonância magnética - CA- 125: acompanhamento terapeutico e pesquisa de recidivas. Não é específico para diagnóstico, somente para quem você já sabe que tem endometriose e quer acompanhar e ver se está melhorando. �37 - Tomografia: somente endometriose toracica ou cerebral - Videolaparoscopia: padrão ouro Tratamento clínico: Bloqueio hormonal - Anticoncepcionais hormonais combinados - Progestágenos: provocam atrofia endometrial - SIU levonorgestrel/ implante de etonogestrel: tratamento de longo prazo - Danazol: derivado da testosterona. Bloqueia o eixo H-H-O e produz hipoestrogenismo, porém provoca um aparecimento maior de pelos. - Gestrinona: antiprogestágeno, antiestrogênico e androgênico, porém também provoca aparecimento de pelos. - Análogos agonistas e antagonistas do GnRH: inibem a produção de LH e FSH. Da um pouco de estrógeno e progesterona para que não tenha sintoma de menopausa. - Inibidores de aromatase: inibem a produção de estrona local e periférica. Da um pouco de estrógeno
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