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Síndrome Metabólica - Parte I

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SÍNDROME METABÓLICA 
Síndrome da resistência à insulina ou quarteto da morte. Uma paciente com SM, 
eleva em 2,5 vezes o risco de mortalidade cardiovascular. 
DIAGNÓSTICO 
Paciente deve ter pelo menos 3 dos 5 critérios abaixo 
Circunferência abdominal 
 Mulheres > 88 cm 
 Homens > 102 cm 
PAS ≥130 mmHg ou PAS≥85 mmHg 
Triglicerideos ≥ 150mg/dL 
HDL- colesterol 
 Mulheres< 50mg/dL 
 Homens < 40mg/dL 
Glicemia de jejum ≥ 100mg/dL 
 
Outras manifestações associadas: acantose nigricans, esteatose hepática, 
hiperandrogenismo, hiperuricemia, síndrome da apneia do sono. 
TRATAMENTO: inclui terapia não farmacológica (alimentação, cessar tabagismo, 
exercício físico, ingestão limitada de bebida alcóolica) e farmacológica (específica 
para cada doença). 
ATEROSCLEROSE: doença inflamatória crônica, de origem multifatorial, que 
acomete a camada intima das artérias de grande (aorta) e médio calibre 
(coronárias, carótidas, mesentéricas, renais e femorais). As placas de ateroma 
podem ser estáveis ou instáveis. As primeiras não se rompem, mas podem 
crescer e obstruir o lúmen da artéria causando isquemia por exemplo, induzida 
pelo exercício físico. Já as instáveis, apresentam uma atividade inflamatória 
intensa, risco de ruptura e formação de trombo, estes responsáveis pelas temidas 
SC e AVE, por exemplo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HIPERTENSÃO ARTERIAL: níveis sustentadamente elevados de PA que conferem 
maior risco de complicações cardiovasculares. Podem ser de etiologia primária ou 
essencial (90-95% dos casos) e secundária, sendo a principal causa desta última a 
doença parenquimatosa renal. 
Podemos dizer que aquele paciente que tem a média das aferições da PA, em 
duas ou mais consultas, acima do valor adotado como normal é considerado 
HIPERTENSO. O diagnóstico de HAS já dever aventado na primeira consulta 
naqueles pacientes de alto risco cardiovascular, com crises hipertensivas, ou com 
níveis extremamente elevados (PA ≥ 180x110mmHg). 
CLASSIFICAÇÃO 
DIRETRIZ BRASILEIRA 
AFERIÇÕES MÉDIAS DA 
PA NO CONSULTÓRIO 
PA SISTÓLICA 
(mmHg) 
PA DIASTÓLICA 
(mmHg) 
PA ótima < 120 < 80 
PA normal 120-129 80-84 
Pré-hipertensão 130-139 85-89 
Hipertensão estagio 1 ≥140 ≥90 
Hipertensão estagio 2 ≥160 ≥100 
Hipertensão estagio 3 ≥180 ≥110 
Hipertensão sistólica 
isolada 
≥140 <90 
 
DIRETRIZ AMERICANA 2017 
CATEGORIA PA PA SISTÓLICA 
(mmHg) 
PA DIASTÓLICA 
(mmHg) 
PA normal < 120 < 80 
PA elevada 120-129 < 80 
Hipertensão estagio 1 130-139 80-89 
Hipertensão estagio 2 ≥140 ≥90 
 
 
LESÕES DE ORGÃO ALVO 
 
 
Se resume na cardiopatia hipertensiva como 
HIPERTROFIA VENTRICULAR ESQUERDA, IC e 
DOENÇA CORONARIANA ATEROSCLERÓTICA
O AVE tem como principal fator de risco a 
HAS. Outros acometimentos importantes são 
declínio cognitivo e demência. 
Principais lesões: NEFROESCLEROSE BENIGNA 
E A MALIGNA(arterioloesclerose hiperplásica, 
aspecto em bulbo de cebola)
Lesões do tipo arterioloesclerótica e 
hipertensiva. Grau I: estreitamento arteriolar; 
Grau II cruzamento AV patologico; Grau III 
exsudatos algodonosos e hemorragia em 
chama de vela; Grau IV: papiledema
Dissecção de Aorta, Aneurisma, Claudicação 
intermitetne, Angina mesentérica
 
 
MARCADORES PRECOCES DAS LESÕES DE ORGÃO ALVO 
 
 
EXAMES DE ROTINA PARA O PACIENTE HIPERTENSO 
EAS 
Potássio plasmático 
Creatinina e TFG 
Glicemia de jejum e HbA1c 
Col total e frações 
Ácido úrico plasmático 
ECG convencional 
TSH, sódio e cálcio sérico (diretriz americana) 
 
 
FÓRMULA DE FRIEDWALD 
*COL TOTAL = LDL + HDL + VLDL 
VLDL = TG/5 
 
PRINCIPAIS EXAMES EM POPULAÇÕES INDICADAS 
Radiografia de tórax 
Ecocardiograma: indícios de HVE e IC 
Albuminúria: hipertensos diabéticos 
USG de carótidas 
Teste ergométrico: suspeita de doença coronariana estável, diabético, e 
antecedente familiar em paciente com PA controlada. 
RNM do cérebro 
VOP: avaliação de rigidez arterial, para dano vascular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parametros ecocardiográficos: remoelamento 
ventricular, função sistólica e diastólica. 
USG vascular: espessura do complexo intima-
média da carótida
MICROALBUMINÚRIA
RIGIDEZ ARTERIAL E FUNÇÃO ENDOTELIAL
INDICE TORNOZELO BRAQUIAL
 
 
TRATAMENTO: engloba a terapia não medicamentosa e medicamentosa. 
 
Medicamentoso 
 Anti hipertensivos de Primeira Linha 
I. DIURÉTICOS 
TIAZÍDICOS 
II. INIBIDORES DA ECA 
III. ANTAGONISTA DE 
ANGIOTENSINA 
IV. ANTAGONISTA DE 
CÁLCIO 
 
I. DIURÉTICOS TIAZÍDICOS (Clortalidona e HCTZ) 
São eficazes tanto em jovens quanto idosos, tanto em brancos quanto 
negros. 
VANTAGENS: baixo custo, retenção de cálcio (reduzindo risco de fraturas 
por osteoporose), redução da calciúria (benefício no tratamento da 
nefrolitíase) 
DESVANTAGENS: distúrbio metabólico, precipitação de GOTA, 
HIPOCALEMIA, HIPONATREMIA, HIPOMAGNESEMIA 
 
II. iECA 
Vasodilatação arterial e venosa. Menos eficazes em negros 
VANTAGENS: nefroprotetor, iniber remodelamento cardíaco e aumentam 
sobrevida na IC de FEr, no pós IAM com supra. 
DESVANTAGENS: podem causar IRA e hipercalemia. Contraindicado em 
gestantes, paciente com estenose bilateral. Podema causar tosse e 
angioeema. 
 
III. BRA 
Semelhante ao iECA, possuem a vantagem de não causar tosse. 
A Losartana apresenta efeito uricosúrico, interessante para pacientes 
com hiperuricemia, e efeito antiplaquetário. 
 
IV. ANTAGONISTA DE CÁLCIO 
Agem bloqueando os canais lentos de cálcio na musculatura vascular do 
tecido cardíaco. 
Efeito vasodilatador: dipina > diltiazem > verapamil 
Efeito inotrópico/ cronotrópico negativo: verapamil > diltiazem > dipina 
VANTAGENS: drogas antianginosas e bradcardizantes. Previnem a taqui 
supra. 
DESVANTAGENS: efeitos dose dependente como cefaleia, rubor, e 
tontura. Edema maleolar. Contraindicadas em pacientes com IC FEr, nas 
bradiarritimias. 
 
 Outros anti hipertensivos 
I. BETA BLOQUEADORES 
II. INIBIDOR DIRETO DA RENINA 
III. VASODILATADORES ARTERIAS DIREITO 
IV. RESERPINA 
V. INIDOR ADRENERGICO DE AÇÃO CENTRAL 
VI. ALFA 1 BLOQUEADORES 
 
I. BETABLOQUEADORES 
Eficácia é maior em pacientes com menos de 60 anos. 
VANTAGENS: são a antianginosos, aumentam a sobrevida nos pacientes 
com ICFEr (Meto, Biso, Carvedilol) 
DESVANTAGENS: podem precipitar broncoespasmo grave em asmáticos 
e alguns pacientes com DPOC. Não pode ser usado em pacientes com IC 
descompensada ou BAV 2º e 3º grau. Podem desregular o controle da 
glicemia 
II. INIBIDOR DIREITO DA RENINA (Alisquireno) 
 
III. VASDILATADORES ARTERIAIS DIRETO (Hidralazina e Minoxidil) 
 
IV. RESERPINA medicação mais antigo da história 
 
V. INIBIDOR ADRENERGICO DE AÇÃO CENTRAL (Alfa metildopa e Clonidina) 
 
 
Alfametildopa droga de escolha para gestante, fora isso é mais maléfica 
do que benéfica. Efeitos adversos: hepatite, anemia hemolítica, cirrose, 
galactorreia, 
 
VI. ALFA 1 BLOQUEADORES (Doxazosin, Prazosin, Terazosin) 
Promovem vasodilatação. Fazem hipotensão postural na primeira dose. 
São excelentes drogas para tratamento de HPB. 
 
 
ALVO GERAL DA PA É DE < 140X90 mmHg 
 
PA normal Promover hábitos saudáveis e reavaliar em 1 ano. 
PA elevada Terapia não farmacológica e reavaliar em 3-6 
meses 
HAS estágio 1 COM Doença Aterosclerótica ou risco > 10%: 
terapia não farmacológica e farmacológica. 
Reavaliar em 1 mês. Se alvo não atingido otimizar 
e avaliar aderência. 
 
 
SEM Doença Aterosclerótica ou risco > 10%: 
terapia não farmacológica. Reavaliar em 3-6 
meses. Se alvo não atingido otimizar e avaliar 
aderência. 
 
HAS estágio 2 Terapia não farmacológica e farmacológica. 
Reavaliar em 1 mês. Se alvo não atingido otimizar 
e avaliar aderência. 
 
 
HIPERTENSÃO RESISTENTE: definição para aqueles pacientes aderentes ao 
tratamento que não respondem a terapia otimizada com três drogas, incluindo 
entre elas um diurético. O uso deEspironolactona, é a estratégia de maior 
evidencia, 
 
HIPERTENSÃO ARTERIAL SECUNDÁRIA 
ACHADO SUSPEITA EXAMES 
COMPLEMENTARES 
Ronco, apneia, 
obesidade 
APNEIA OBSTRUTIVA 
DO SONO 
Polissonografia 
HA resistente ao 
tratamento, 
hipocalemia, nódulo 
adrenal 
HIPOALDOSTERONISMO 
PRIMÁRIO 
Relação aldosterona/ 
atividade renina 
plasmática 
Edema, ureia e 
creatinina elevadas 
DOENÇA RENAL 
PARENQUIMATOSA 
TFG, USG RENAL 
HA paroxística, cefaleia, 
sudorese, palpitação, 
taquicardia 
FEOCROMOCITOMA Catecolaminas e 
metabolitos de 
catecolaminas no 
sangue e urina 
Perda de peso, 
intolerância ao calor.. 
HIPERTIROIDISMO TSH e T4 livre 
Ganho de peso, 
sonolência... 
HIPOTIROIDISMO TSH e T4 livre 
Cefaleia, fadiga, 
aumento de mãos, pés e 
línguas. 
ACROMEGALIA Dosagem de GH basal, 
IGF1 
Pulsos femorais 
reduzidos ou 
assimétricos, raio X de 
tórax anormal 
COACTAÇÃO DE AORTA Doppler ou TC de aorta 
Litíase urinária, 
osteoporose, depressão 
HIPERPARATIROIDISMO Calcio sérico e PTH 
Ganho de peso, 
hisurtismo, amenorreia, 
face em lua cheia 
SÍNDROME DE CUSHING Cortisol basal e após 
teste de supressão com 
betametasona

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