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Considerando a construção do ser

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Considerando a construção do ser-ético do psicológico devemos ressaltar a importância na construção dos valores próprios que nos orientam quanto a nossas ações e julgamentos do dia a dia. Valores que podem ser pessoais ou sociais, os pessoais tendem a guiar ações do ser humano numa orientação pessoal, enquanto a social, é voltada para a coletividade, a sociedade.
Os valores podem ser ainda caracterizados como: materialistas que são as ideias práticas, voltadas para resultados imediatos. E os valores humanitários com vistas para o futuro e baseados em princípios e ideias abstratas. 
Pessoas guiadas por valores pessoais tendem a ser egocêntricos, enquanto aquelas guiadas por valores sociais priorizam a vida em sociedade. Para se ter uma conduta profissional ética, o profissional deve conhecer os conceitos e aplicá-lo na sua vida pessoal e profissional. Ele precisa ter uma atitude, um conjunto de cognições, sentimentos e predisposição para agir conforme os pressupostos morais e valores humanos. O profissional deve-se lançar ao mundo, sendo responsável pelas suas condutas. É importante ressaltar que a moral responde à pergunta: o que devo fazer e a ética, como devo vive-la. Para Cortina e Martinez (2005) “essa compreensão associa-se aos pressupostos de que a ética não pode se identificar com nenhum código moral, ainda que seja responsável pela crítica dos costumes morais, esclarecer e fundamentar a moralidade, e aplicar aos diferentes âmbitos da vida social os resultados obtidos dessas críticas. ”Para a construção de um profissional ético, ele deve responder à pergunta: O que é o ser humano? E para isso devemos conhecer as teorias Humanistas, que caracteriza a existência individual, do ser humano e a possibilidade do ser em escolher-se a si mesmo com autenticidade, construir o seu destino, num processo dinâmico de vir a ser, e ser capaz de fazer escolhas livres e intencionais. No Humanismo Clássico busca a individualidade e, singularidade e expressividade irrestrita; o Humanismo Romântico a defesa da expressão plena dos sentimentos, focando na intuição e no sentimento; o Humanismo Individual busca uma maior liberdade humana, um ser humano independente, hedonista, tolerante e com capacidade de auto expressão, em um horizonte de liberdade de expressão da convivência social, defesa da democracia e das minorias na política; o Humanismo Social se revolta contra as injustiças, desigualdades, diferenças de classe, desperta uma luta contra a alienação dos processos dominadores das forças econômicas e históricas, através da autonomia e da tomada de consciência; e por fim o Humanismo Crítico, que nega todos os humanismos, o ser humano deve cuidar-se para não ser tragado pelo mundo dos outros e isenta-se da responsabilidade individual que escolheu existir. (GOMES, HOLANDAE GAUER, 2004)
É essa discussão do Humanismo que faz os Direitos Humanos irem ganhando espaço no meio de conquistas e princípio históricos. As guerras mundiais, em especial o nazismo e o fascismo, produziram uma necessidade urgente de se pensar a respeito da dignidade humana. Efetivando os direitos humanos e a capacidade humana de realização pessoal, favorecidas pelas circunstâncias externas defendidas pelo Estado e por todos que lutam por uma sociedade mais justa. Assim a “Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade tendo sempre em mente esta Declaração, esforce-se, por meio do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Países-Membros quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.” (Declaração Universal dos Direitos Humanos, 2019) Em suma, a prática profissional ética só pode ser elaborada a partir de um conhecimento teórico de sua prática e de uma busca constante por um autoconhecimento em psicoterapia pessoal. O tripé formador do psicoterapeuta (conhecimento teórico, manejo da técnica, supervisão e autoconhecimento) é responsável pela construção do ser psicólogo como pessoa e como profissional.

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