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PETIÇAO DE PENSAO ALIMENTICIA MOABE SUBRINHO (1)


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EXCELENTÍSSIMO (A) SR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA ___ VARA 
DE FAMILIA DA COMARCA DE BOA VISTA – RORAIMA 
 
 
 
 
 
 
FULANA DE TAL, Menor impúbere, data de nascimento ..., Nacionalidade ..., 
Documento Completo ..., neste ato representado por sua genitora CICLANA DE TAL, 
Nacionalidade ..., Estado Civil ..., Profissão ..., Documento Completo ..., residente e 
domiciliado em Endereço Completo ..., Boa Vista/RR, com endereço eletrônico, 
representada por seu Advogado infra-assinado, com procuração em anexo nos autos, com 
escritório Endereço Completo, vem à presença de Vossa Excelência ajuizar: 
 
 
 
AÇÃO DE ALIMENTOS C/C PEDIDO DE FIXAÇÃO DE 
ALIMENTOS PROVISÓRIOS 
 
 
 
em face de, CICLANO DE TAL nacionalidade..., profissão..., estado civil..., inscrito nos 
documentos completos..., residente e domiciliado no endereço completo..., Boa Vista - 
RR...,com endereço eletrônico.., em razão dos fatos e fundamentos a seguir expostos: 
 
 
 
 
 
I- PRELIMINARMENTE 
 
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
Cumpre inicialmente destacar que a requerente não possui condições de arcar com os 
custos do processo sem prejuízo da do seu sustento e de sua família, conforme declaração 
de hipossuficiência em anexo, razão pela qual requer os benefícios da justiça gratuita, na 
forma do art. 98 e seguintes do Código de Processo Civil (CPC) e do inciso LXXIV do 
artigo 5º da Constituição Federal (CF). 
 
II- DOS FATOS 
 
 A alimentada é legítima filha do alimentante, conforme documento de certidão 
de nascimento em anexo, nascido em decorrência de relacionamento entre a sua genitora 
e o alimentante, que chegaram a conviver em forma de união estável. 
Acontece que o relacionamento do casal não prosperou e a convivência tornou-se 
insustentável, tendo o alimentante deixado o lar do casal e voltado a morar com os seus 
pais. 
Após a separação, a genitora da alimentada, sem condições de arcar sozinha com 
as despesas da criança e não tendo a mínima condição de prover o seu sustento do lar, já 
que não pode exercer atividade profissional em razão de não ter com quem deixar a 
criança, passa por dificuldades financeiras. 
Ressalte-se que antes da separação era o alimentante quem arcava com todas as 
despesas do lar e após a separação não tem mais contribuído com os custos necessários a 
educação e sustento da filha, mesmo após ser procurado inúmeras vezes pela genitora da 
alimentada. 
Diante de tal situação, não restou outra alternativa a alimentada, senão a 
propositura da presente ação com vistas a ver satisfeito o seu direito e como medida de 
justiça. 
 
 
 
III- DO DIREITO 
 
 
 O direito a alimentos, está expresso na nossa Constituição Federal, mais 
precisamente no seu artigo 229, que assim nos diz: 
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar 
os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de 
ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou 
 A ação de alimentos é regulada pela lei 5.478/68 e prevista no artigo 1.696 
do CC, que assim nos diz: 
Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é 
recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os 
ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos 
em grau, uns em falta de outros. 
Mais incisivo ainda é o artigo 1.695 do mesmo diploma legal: 
Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os 
pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, 
pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de 
quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque 
no necessário ao seu sustento 
ora, está claro o dever de prestação de alimentos não é exclusivo na genitora 
da alimentada, e sim também do seu pai, é óbvio que o alimentante deve cumprir com 
suas obrigações, de forma a contribuir para que o autor tenha uma qualidade de vida 
razoável. 
Diante do exposto, mostra-se necessária a fixação de alimentos provisórios 
em favor da alimentada, ante a sua necessidade urgente de obtenção de recursos 
financeiros destinados a prover uma justa qualidade de vida. 
 
 
Por outro lado, está evidente que a nossa legislação protege aquele que necessita 
de alimentos, no caso, está demonstrado a filiação do autor, a necessidade e possibilidade 
de pagamentos dos valores pleiteados, fazendo-se imperiosa a fixação de alimentos 
provisórios em favor da criança. 
Diz assim o artigo 300, caput do CPC: 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando 
houver elementos que evidenciem a probabilidade do 
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil 
do processo. 
Mais certeiro ainda é o artigo 4º da Lei 5.478/68: 
Art. 4º As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo 
alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, 
salvo se o credor expressamente declarar que deles 
não necessita. 
Logo, o autor tem plena confiança e espera serenamente que vossa excelência, 
ao analisar a presente inicial, de pronto, defira os alimentos requeridos, como medida da 
mais pura e lídima justiça. 
 
IV- DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto, requer a V. Excelência: 
 
a) a citação do requerido, acima descrito, para que compareça em audiência a 
ser designada por Vossa Excelência, sob pena de confissão quanto a matéria 
de fato, podendo contestar dentro do prazo legal sob pena de sujeitar-se aos 
efeitos da revelia; 
b) O deferimento dos benefícios da justiça gratuita por ser pobre na acepção 
jurídica da palavra, não podendo arcar com as despesas processuais sem 
privar-se do seu próprio sustento e de sua família; 
 
 
c) O arbitramento de alimentos provisórios, na proporção de xx% do salário do 
mínimo; 
d) A intimação do representante do Ministério Público para intervir no feito; 
e) a procedência da presente ação, condenando-se o requerido na prestação de 
alimentos definitivos, na proporção de porcentagem... % do salário mínimo, 
sendo estes depositados em conta bancária da representante legal do 
requerente; e 
f) Seja condenado o requerido ao pagamento das custas processuais e honorários 
advocatícios. 
 
 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em 
direito, especialmente pelos documentos que instruem essa inicial, além de novos 
documentos e outras provas que se fizerem necessárias para o deslinde da 
demanda. 
 
 
 
 
 
 Atribui-se o valor da causa em R$ 1.045,00 (um mil e quarenta e cinco reais). 
 
Termos em que, pede deferimento. 
 
 Boa Vista – RR, ... de junho de 2020. 
 
 
Advogado ... 
OAB/RR