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Feito por: Renata Jashchenko SÍNDROME DE LISE TUMORAL DEFINIÇÃO série de alterações decorrentes da maciça liberação de metabólitos intracelulares da lise de células tumorais, gerando distúrbios eletrolíticos e metabólitos (hiperuricemia, hipercalemia, hiperfosfatemia, hipocalcemia, acidose e IRA) EPIDEMIOLOGIA incidência varia com o tipo de neoplasia, de terapia utilizada e da adoção de estratégias preventivas. Mortalidade 29-79% FATORES DE RISCO/ETIOLOGIA ( Características clínicas predisponentes: Nefropatia ou exposição a nefrotoxinas previamente; Oligúria e/ou acidúria ; Desidratação durante o tratamento; Hiperuricemia ou hiperfosfatemia pré-tratamento. )Fatores tumorais intrínsecos de alto risco: · Lesão maligna com alta taxa proliferativa; · Elevada carga tumoral e/ou; · Alta sensibilidade à terapêutica instituída, principalmente com a emergência de novas terapias e combinações de drogas. Associado a tratamento: apesar de normalmente associado a quimioterapia citotóxica, o risco também se estende a outras terapêuticas, como: · Glicocorticoides; · Agentes hormonais (ex. letrozol e tamoxifeno); · Anticorpos monoclonais (ex. rituximabe e gentuzumabe); · Radioterapia. SINAIS E SINTOMAS a sintomatologia reflete a neoplasia de base e a associação com as alterações metabólicas FISIOPATOLOGIA Rápida lise de células tumorais liberação massiva do conteúdo intracelular (íons de potássio, de fosfato, ácidos nucléicos; estes sendo metabolizados via enzima xantina oxidase a ácido úrico) organismo não consegue tamponar ou excretar por via renal em tempo hábil acumulo do conteúdo extracelular alteração metabólica hipercalemia, hiperfosfatemia, hipocalcemia secundária, hiperuricemia, alteração renal e cardíaca OBS.: Altos níveis de fosfato e ácido úrico precipitação e deposição de cristais nos túbulos renais IRA Altos níveis de fosfato e ácido úrico precipitação e deposição de cristais no miocárdio arritmia DIAGNÓSTICO Solicitados imediatamente na chegada do paciente com suspeita e a fim de verificar o atendimento aos critérios de Cairo-Bishop: · Exames gerais: hemograma, bioquímica, função renal, desidrogenase lática (LDH), coagulograma, função hepática, urina tipo 1 (elementos e sedimentos anormais); · Eletrocardiograma: · Hipercalemia: ondas T apiculadas, prolongamento QRS, achatamento ou ausência de onda P; · Hipocalcemia: aumento do intervalo QT. · USG de rins e vias urinárias: avaliar a existência de outras possíveis causas de IRA (ex. obstrução por tumor etc). DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL infecção, AINES em excesso, desidratação, exposição a nefrotoxinas TRATAMENTO SLT NÃO ESTABELECIDA · MOV: monitorização, oxigênio e acesso venoso calibroso; · ECG: se achados sugestivos de hipercalemia, intervalo QT prolongado ou arritmias graves, iniciar tratamento imediato. · Hidratação agressiva: · Otimizar perfusão renal e filtração glomerular, induzindo aumento da produção de urina, minimizando probabilidade de precipitação de cristais nos túbulos. · Atentar para o risco de sobrecarga de fluidos em pacientes previamente com IRA ou IC, principalmente aqueles já mal distribuídos); · Obstrução do trato urinário: buscar corrigir antes de iniciar hidratação; · Monitorar débito urinário; · Diuréticos: considerar para manter produção de urina. · Agentes hipouricêmicos: · Alopurinol: · 1ª escolha se risco intermediário; · Análogo à hipoxantina, inibe competitivamente a enzima xantina oxidase, bloqueando o metabolismo da hipoxantina e xantina a ácido úrico; · Rasburicase: · 1ª escolha se pacientes pediátricos ou adultos com alto risco, principalmente se função renal ou cardíaca prejudicada; · Versão recombinante da enzima urato oxidase (uricase), promove uma catálise oxidativa do ácido úrico ao composto alantoína, muito mais hidrossolúvel; · Bem tolerada, rapidamente reduz os níveis séricos e efetiva em prevenir e tratar hiperuricemia; · Contudo apresenta risco de hemólise (deficiência G6PD), anafilaxia, hemoglobinúria. · Febuxostat: · Nova droga, usada se alopurinol não tolerado e rasburicase não disponível ou contraindicada; · Potente inibidor seletivo da xantina oxidase. · Exames laboratoriais (cálcio, fósforo, ácido úrico e potássio séricos): frequentes, principalmente se sintomático; SLT ESTABELECIDA · Monitoramento cardíaco contínuo; · Mensuração de eletrólitos, creatinina e ácido úrico a cada 4-6h; · Hipocalcemia sintomática? -> Gluconato de cálcio; · Hiperfosfatemia? Hidróxido de alumínio (quelante do fósforo); · Hipercalemia sintomática? Gluconato de cálcio / β2-agonista inalatório / Bic. Sódio 8,4% / Insulina regular + soro glicosado 50% · Rasburicase: repetir doses, se necessário; · Hidratação vigorosa, considerar uso de diurético de alça · Hemodiálise · Apesar de todos os esforços, alguns pacientes evoluem com IRA severa, necessitando de terapia renal substitutiva; · O uso de rasburicase precocemente demonstrou reduzir a necessidade de diálise; · Critérios que indicam a terapia: · Oligúria severa ou anúria; · Sobrecarga de volume intratável; · Hipercalemia persistente; · Hipocalcemia sintomática induzida por hiperfosfatemia; · Produto cálcio-fosfato ≥ 70mg²/dL
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