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Emergências obstétricas - Aula 3 - Mecanismo de parto

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1 
Beatriz Machado de Almeida 
Emergências obstétricas – Aula 3 
Introdução 
Trabalho é força x deslocamento (𝐹×𝑑). Então o 
útero empurra e desloca esse objeto que é o bebê 
pelo canal, através da bacia. 
 O trabalho de parto é o 
processo que resulta no 
nascimento do bebê. 
COMO ESTÁ O FETO EM RELAÇÃO AO CANAL DE PARTO? 
Relações importantes: 
• Situação, posição, apresentação e atitude: 
Para entender como o bebê vai estar dentro da 
barriga da mãe e como isso vai ocorrer ou se pode 
ocorrer, é preciso examinar. 
MANOBRAS DE LEOPOLD-ZWEIFEL 
 
PRIMEIRA MANOBRA - SITUAÇÃO 
Diz qual a relação do maior eixo do bebê com o 
maior eixo da mãe. A natureza faz com que o bebê 
adquira uma postura onde ele seja o menor possível 
– postura fetal. Então quando o feto está paralelo 
ao maior eixo do útero, trata-se de situação. 
Situação é a relação do maior eixo do feto (coluna) 
com o maior eixo da mãe 
(fundo de útero – maior 
comprimento), ou seja, 
diâmetro craniocaudal 
desse útero. 
❖ Situação longitudinal: situação paralela de 
coluna com útero. 
❖ Situação transversa: situação em que a coluna 
do bebê está na horizontal e o maior eixo da 
bacia materna está na vertical. Eles se cruzam 
e ficam perpendiculares. 
❖ Situação oblíqua: a coluna do bebê fica mais 
inclinada. É transitória, porque varia em ação, 
logo ela muda. 
Quando descemos com a mão, buscamos identificar 
o dorso. Então ao tentar apalpar, o ideal é tocar na 
escápula do bebê, mais durinha, mas isso em bebê 
maior, acima de 24 semanas. 
SEGUNDA MANOBRA - POSIÇÃO 
É a relação do dorso fetal com o lado materno (lado 
do canal de parto). Temos as posições: direita ou 
esquerda (da mãe). 
 
TERCEIRA MANOBRA – APRESENTAÇÃO 
O conceito de apresentação é a primeira parte do 
feto que adentra a bacia (estreito superior). Ou 
seja, pode ser a cabeça, ombro, bumbum – cefálico, 
córmico e pélvica. Se, ao colocar a mão nessa 
posição, e assim segurarmos a cabeça do bebê, eu 
não consigo fechar a mão, ela fica em formato de C 
(apresentação cefálica). Já quando é córmico, por 
mais que eu deixe a mão em C, ao apalpar, ela fecha. 
 
Mecanismo do parto 
 
2 
Beatriz Machado de Almeida 
Emergências obstétricas – Aula 3 
QUARTA MANOBRA – INSINUAÇÃO 
É tentar atingir a parte interna do púbis para ver 
se essa cabeça consegue se mexer. É isso que vai 
indicar a insinuação. Insinuação é o primeiro 
movimento cardial do mecanismo de parto. Se não 
tiver um bebê insinuado, não tem como dar 
sequência. 
O bebê precisa ter uma postura para caber o menos 
possível dentro da barriga e também dentro da bacia. 
Com isso, ele forma dois círculos, o círculo do 
porencefálico e o círculo do tronco. Esses dois 
círculos formam um cilindro, parecendo um projétil. 
Esse “projétil” vai passar por um cano, que é a bacia, 
com uma energia que vai empurrar que é o útero. 
Semelhante ao projétil – a bala tem que passar pelo 
cano através de uma explosão e seguir. Só que, nessa 
analogia, para que a bala possa atravessar o cano, ela 
precisa estar engatilhada. É como o nosso bebê. É 
preciso que o bebê esteja em cima, encaixado, 
“engatilhado”. Se ele não estiver, ele não segue. 
Então o primeiro movimento cardial do mecanismo 
de trabalho de parto é a insinuação. 
A insinuação, essa quarta manobra, vai ter muito mais 
validade, no momento em que estiver no termo – o 
bebê maiorzinho com medidas próprias para estar 
ali dentro. É preciso saber a medida da cabeça do 
bebê e dessa bacia. 
Lembrar que as relações são sempre feto e mãe. 
ATITUDE OU POSTURA FETAL 
Relação das diversas partes fetais entre si. 
• Fletido, bregma, fonte e face: 
O bebê tem que adotar a menor postura possível, a 
postura fetal. Isso diminui a área, inclusive, a postura 
da cabeça do bebê (na imagem) indica diâmetros 
diferentes. Então a esses movimentos temos a flexão 
(fica uma menor área, com menor objeto possível 
para passar no canal ósseo da pelve) e os momentos 
de deflexão. Para saber se ele está fletido ou 
defletido, quem dá a posição e apresentação são as 
manobras. 
O bebê vai adotar sua postura lá dentro e as 
manobras de Leopold vão nos ajudar a “enxergar” 
isso, e assim saber se esse bebê terá condições de 
vir por esse canal e fazer a trajetória do trabalho 
do parto. Ou seja, se ele vai desenvolver todas as 
partes do mecanismo de parto- movimentos 
cardiais. O primeiro é o engatilhar, o encaixar, que 
é a analogia ao projétil. Se o projétil não estiver 
devidamente engatilhado na arma, ele não tem como 
disparar. Então se o bebê não estiver devidamente 
insinuado, não tem como começar o primeiro 
movimento (insinuação) para depois dar sequência da 
descida, que seria justamente o deslocamento pelo 
canal. 
O mais comum de encontrar é o bebê com atitude 
(relação dele com ele mesmo), não envolvendo mais a 
mãe. Só é possível identificar isso através do toque 
vaginal, porque vai palpar diretamente a 
apresentação desse bebê, e com o dedo chega logo 
na cabeça, ou no bumbum, ou no cotovelo. 
A partir da cabeça, sabe-se que o bebê está fletido 
ou defletido a depender do que vai ser tocado. 
 
Conforme o mostrado acima, observa-se a linha 
exemplificando que se pode tocar a sutura sagital 
(união dos parietais). No bebê que está fletido (com 
o pescoço dobrado), onde seu queixo toca seu 
esterno, quando vai fazer o toque, acaba seguindo 
uma linha, que é a sutura sagital, chegando ao 
lambda, dizendo assim que esse bebê está fletido. 
Caso ele esteja defletido, na hora que toca na sutura 
sagital, talvez não seja possível encontrar aquele y 
(lambda), mas encontre uma sutura que tenha o 
formato losangular, que é o bregma. Se o bebê 
defletir ainda mais a cabeça, acaba-se tocando o 
nariz, e se ele deflete mais um pouco, toca-se no 
queixo. 
Resumo: Esses movimentos, dessa variação do polo 
cefálico dele, ou seja, fletido e defletido, diz se vai 
haver um ângulo maior ou menor para passar pela 
bacia. Se ele está com a cabeça fletida, na hora que 
for feito o toque, bate-se na região do lambda; se ele 
deflete, bate-se na região do bregma (flexão grau 1); 
se ele defletir mais um pouco, bate-se no nariz 
(flexão grau 2); mas se ele defletir ainda mais, acaba 
 
3 
Beatriz Machado de Almeida 
Emergências obstétricas – Aula 3 
batendo no queixo. Dessa forma, o dedo pode bater 
no queixo, no nariz, no bregma e no lambda. 
Esse movimento de flexão e deflexão vai ser chamada 
de atitude do feto, ou seja, a relação do feto com 
ele mesmo. É importante perceber que a cabeça não 
entra, então o bebê que apresenta atitude em fonte, 
quando pega o nariz, ele tem um diâmetro maior, 
então não encaixa, a não ser que a mãe tenha uma 
bacia muito grande ou seja uma coisinha pequena. 
Esse diâmetro, no termo, que é o diâmetro biparietal, 
muito medido no USG, fica em torno de 9,5 no 
momento do parto (a termo). Na bacia da mãe, esse 
diâmetro corresponde a 10. 
Para medir a parte mais proeminente do sacro e o 
púbis, não tem como ter acesso (a não ser numa 
pessoa morta), mas quando se faz o toque, pode-se 
tentar conseguir uma outra medida que é chamada 
vera diagonais. Tal medida seria feita desde o 
promontório até o púbis, formando uma linha 
diagonal, ou seja, vera diagonais. É claro que é 
praticamente impossível em um toque palpar isso, a 
não ser que ela apresentasse um diâmetro de bacia 
muito reduzido, pois além do osso, a gente tem 
cartilagem, gordura, pele, não tendo como ter acesso. 
A ideia então é que você não toque, pois, se você 
tocar no promontório de uma paciente, pelo toque 
vaginal, é porque esse diâmetro é bem reduzido 
(quanto mais reduzido, menos vai passar uma 
cabeça dentro). O bebê passa porque enquanto a 
circunferência da cabeça dele fica em torno de 
9,5, na mãe essa circunferência fica em torno de 
10,5, chamada de vera anatômica. Entretanto, se 
esse diâmetro varia alidentro, já não passa mais. 
Quando o bebê está fletido, acaba-se medindo um 
diâmetro da região sub-occiptal, até a bregmática, 
que corresponde mais ou menos a 9,5. Com base ele 
vai defletindo, já se deixa de palpar o suboccipto, 
já pegando o occipto bregmático, aumentando um 
pouco, não sendo mais 9,5. Quando o bebê deflete 
para grau II, ele acaba fazendo a medida da região 
occipto-mentoniana. O de face, mede-se do bregma 
ao mento, dando 9,5 também. 
Dessa forma, por essas medidas serem 9,5, elas 
passam tranquilamente, mas já a grau I passa 
apertado e o grau II não passa (a não ser que seja 
um feto prematuro). 
O mais comum de ser encontrado é a situação 
longitudinal com apresentação cefálica de um bebê 
fletido. 
 
Acima, observa-se uma demonstração do dito 
anteriormente, do que é mais comum de encontrar na 
vida. 
 
Acima, observa-se as medidas já mencionadas, sendo 
a roxa mais comum, vindo em sequência a vermelha, a 
azul e a verde. A verde e a roxa correspondem ao 
mesmo tamanho, no entanto, é raro ter um grau III, 
mas é importante saber que passa. 
Basicamente, a insinuação é quando o diâmetro da 
postura fetal atinge/tangencia o menor estreito da 
vera obstétrica. 
 
 
4 
Beatriz Machado de Almeida 
Emergências obstétricas – Aula 3 
 
O que auxilia na hora do toque, é buscar, por exemplo, 
o occipto. Caso queira saber se o bebê está fletido, 
seguindo a sutura sagital até buscar lamda, ou seja, 
quem orienta é a sutura sagital. Caso seja uma 
deflexão grau I, deve-se procurar o bregma, e quem 
vai auxiliar é a sutura sagitomentópica. Para o nariz, 
a sutura mentotópica vai ser o guia. Isso é 
importante saber para avaliar se o bebê está fletido 
ou defletido, pois se houver deflexão do nariz em 
grau II ele não nasce, então o médico não fica no 
trabalho de parto, pois o bebê não vai nem insinuar. 
TEORIA DE ZWEIFEL 
Ação de alavanca produz a flexão da cabeça. A 
conversão do diâmetro occiptofrontal ao 
subocciptobregmático reduz o diâmetro 
anteroposterior de 12 para quase 9,5. 
 
Antes um pouquinho do bebê insinuar, na hora que ele 
adentra a bacia, vem na postura dele, mas ele não 
está totalmente fletido. Então ele flete um pouco, 
ficando occiptobregmático, e depois quando ele entra 
mais é que ele vai fletir um pouco mais. No momento 
em que ele se encontra adentrando os mecanismos 
todos, tem uma hora que ele vai fletir ainda mais 
essa cabeça, chamado momento da flexão. 
Em relação aos movimentos cardiais do trabalho de 
parto, temos: 1º - insinuação (engatar); 2º - descida 
(nesse mesmo movimento, o útero causa uma força 
de empurrar); 3º - depois, próximo ao assoalho 
pélvico, ele já sai da parte óssea para chegar na 
parte mole, e a cabeça ajuda a fletir mais e a girar, 
sendo na sequência a flexão e a rotação interna. 
 
Medidas da bacia: a mais importante é a anatômica. 
Lembrar que é na maior protusão do púbis com a 
maior protusão do sacro que a cabeça vai passar, 
bem junto. As bacias acompanham muito umas 
médias parecidas que são diferentes, pois, por 
exemplo, a anatômica, que é parte da sínfise, da 
parte superior até o promontório, tem-se mais ou 
menos 11 cm, ou seja, meios diferentes. 
Teoricamente, o que se tem acesso em uma 
paciente in vivo seria pelo toque vaginal, pegando 
o promontório, ficando na diagonal. No entanto, o 
ideal é que não chegue até lá. 
PLANO DE LEE 
Planos de De Lee para acompanhamento da 
insinuação e da descida da apresentação fetal. 
Para que se entenda 
também o quanto o bebê 
está caminhando/descendo 
lá dentro, deve-se 
entender como se fossem 
demarcações: quando 
ocorre o deslocamento, tem como saber a localização 
do bebê, pois existem os planos de altura também 
no desenho da bacia. 
Na bacia materna, estuda-se os diâmetros para 
saber se a apresentação conseguiria migrar, mas 
agora procura-se saber onde está essa 
apresentação. Existem duas formas de medida, e 
uma delas é pegando a espinha isquiática da bacia, 
ou seja, no ponto da espinha esquerda e da espinha 
direita, formando uma reta, e a partir de um 
conjunto de retas, forma-se um plano na altura da 
espinha isquiática (imagem anterior), chamado de 
PLANO de De Lee, onde o marco zero vai ser 
justamente a espinha isquiática. Desse modo, foi 
colocado que a cada 1cm para região cranial tem-
 
5 
Beatriz Machado de Almeida 
Emergências obstétricas – Aula 3 
se -1, -2 e -3, mas caso esteja abaixo do zero, 
tem-se +1, +2 e +3, ou seja, é possível saber onde 
a cabeça vai estar em determinado local. Com o 
toque, ao chegar na espinha, sabe-se que ela está no 
plano 0, e a diferença desse plano da espinha com 
o plano da cabeça é a altura. Então se o plano 0 de 
De Lee corresponde ao zero e a cabeça está além 
dele, já passou dele, está a mais, calcula-se a 
diferença para saber a localização. 
Além disso, pode-
se trabalhar 
também os planos 
de Hodge, onde 
toca-se o púbis 
da paciente ou a 
espinha, e pode-se perceber se ele estará no plano I, 
II, III e IV de Hodge, não sendo mais ou menos. 
O plano de Hodge não é tão utilizado atualmente. 
• Do sacro até a parte superior do púbis → plano 
I de Hodge. 
• Do S2 até a parte inferior do púbis → plano II 
de Hodge. 
• Ao nível da espinha → plano III de Hodge. 
• Borda do cóccix → plano IV de Hodge. 
A outra vera é chamada de ictus e vai do cóccix até 
a parte inferior do púbis (plano IV de Hodge), que 
formam uma retropulsão, que mesmo sendo menor, 
por ser móvel garante expansibilidade, se tornando 
grande. 
É importante lembrar que o plano III de Hodge é o 
zero de De Lee e isso é importante para saber qual 
a altura do bebê, como ele está caminhando e 
realizar o partograma. Então, pelo partograma 
conseguimos identificar a altura pelo plano zero de 
De Lee ou de Hodge. 
Quando se fala 
desse deslocamento, 
o bebê está 
descendo, ou seja, se 
trata do segundo 
movimento cardial 
do mecanismo de 
parto que é a descida. 
 
 
CONJUGATAS OBSTÉTRICAS 
 
Conjugadas obstétricas: A diagonalis é a que temos 
mais acesso e a exitus é a que muda, pois o cóccix 
vai para trás quando o bebê passar empurrando-o. 
Nesse movimento de empurrar o cóccix na descida, 
ele volta para o mesmo lugar fazendo com que o bebê 
faça um movimento de deflexão, que também está 
dentro dos movimentos cardeais. 
Logo após a descida, quando ele vai 
chegando na parte na parte mole, ele 
sofre o giro da cabeça que acentua 
a flexão e quando o cóccix volta, 
ele empurra o bebê, fazendo o 
outro movimento cardial (deflexão). 
Resumindo os movimentos cardiais até então, temos: 
• Insinuação; 
• Descida; 
• Flexão com rotação interna; 
• Deflexão; 
• Rotação externa (quando a cabeça já está 
exposta). 
TIPOS DE BACIA 
 
A mais comum é a ginecóide, uma bacia mais 
circular, com mais equilíbrio na parte lateral com a 
anteroposterior (anterior=púbis / posterior=sacro). 
Existem bacias que são mais difíceis e mais raras. 
A andróide, por exemplo, parece um triângulo, é a do 
homem. A antropóide, parece um ovo (associar à 
 
6 
Beatriz Machado de Almeida 
Emergências obstétricas – Aula 3 
antropologia que estudava a origem do homem). A 
platipelóide tem parte lateral maior do que a 
anteroposterior (parece que tentaram fechar essa 
bacia). Quanto mais a bacia for 
circular, mais fácil o bebê roda na 
hora do parto. Já nas bacias com o 
diâmetro mais diferente 
(anteroposterior > laterolateral), pode ocorrer 
dificuldades e interferem na dinâmica da cabeça. 
Quando o bebê vai adentrar, 
precisamos, pela sutura, procurar 
lambda. Se estiver do lado 
esquerdo, por exemplo, ele está 
na transversa esquerda, se estiver próximo ao púbis 
ele será anterior esquerda, se estiver mais próxima 
ao sacro será posterior esquerda. No lambda 
encontramos o occipito. 
Se o lambda estiver próximo ao púbis, diz-se que ele 
é occiptopubis, por exemplo. 
A maioriados bebês entram na bacia de uma forma 
já rodada, numa forma occipto transversa esquerda, 
pra depois girar e ir para OP. 
 
Existem 8 variedades de posições. Temos na vertical 
occiptopubis ou sacro, transversa direita ou esquerda 
e as obliquas. Percebida através do toque na sutura 
sagital. 
 
Aqui temos as mesmas variações só que vistas de 
cima, sempre tendo como referência o sacro e o 
púbis, geralmente examinamos em decúbito dorsal e 
o sacro estará embaixo. Essa classificação também é 
colocada no partograma. 
 
Na hora que desenhar a variedade de posição, a 
apresentação em forma de círculo, se for cefálico, 
pode-se dizer onde está o lambda do bebê. 
Importante: movimentos cardeais de trabalho de 
parto: 
• Insinuação; 
• Descida; 
• Flexão; 
• Rotação interna; 
• Extensão; 
• Rotação externa; 
• Expulsão. 
INSINUAÇÃO 
• O mecanismo pelo qual o 
diâmetro biparietal 
atravessa a entrada 
pélvica; 
• A insinuação da cabeça 
fetal antes do início do 
trabalho de parto, não 
afeta os índices de 
trabalho de parto vaginais, fossem espontâneos 
ou induzidos. 
Nessa entrada na bacia, a cabeça pode se deslocar 
para mais próxima ao sacro ou ao púbis, como se 
estivesse descendo uma escada. Isso é identificado 
ao toque vaginal, onde se ver a sutura sagital (se 
estiver fletido), ver para onde o lambda esta 
 
7 
Beatriz Machado de Almeida 
Emergências obstétricas – Aula 3 
rodado dentro da bacia e perceber se ela se 
aproxima para o sacro ou para o púbis. 
ASSINCLITISMO 
A cabeça do feto tende a se acomodar ao eixo 
transversal da entrada pélvica, enquanto a sutura 
sagital pode não se localizar a meia distância da 
sínfise e promontório. 
 
Se estiver mais próxima do púbis, sobra espaço 
anterior. Se estiver mais próxima ao sacro, é 
posterior. 
DESCIDA 
 
A descida é contínua 
enquanto o bebê vai girando 
a cabeça até sair. 
 
FLEXÃO 
Logo que a cabeça em descida 
encontra resistência, o queixo é 
colocado em contato direto com o 
tórax. A ação de alavanca produz a 
flexão da cabeça. Passando do 
occipitofrontal ao subocciptogrebmático, reduzindo 
o diâmetro de 12 para 9,5cm. 
Na flexão da cabeça ele diminui a área de diâmetro 
e vai melhor adentrar a pelve. 
ROTAÇÃO UTERINA 
Consiste na rotação da cabeça, no sentido que o 
occipício se movimente para a sínfise púbica. 
• 5000 mulheres em trabalho de Parto; 
• 2/3 dos casos a rotação estava concluída no 
momento que a cabeça chegava ao assoalho 
pélvico; 
• 25% pouco tempo depois de chegar ao assoalho; 
• 5% a rotação não ocorreu. 
A rotação interna é justamente girar essa cabeça, 
e na hora que ela gira, a parte do occipto melhor 
encaixe no pubis. 
EXTENSÃO 
• Depois da rotação 
interna, a cabeça flexionada 
alcança a vulva e sofre 
extensão. 
ROTAÇÃO EXTERNA 
• A cabeça expulsa faz a restituição. 
EXPULSÃO 
 
No momento que a cabeça sai, ele faz novamente a 
rotação. O ombro anterior é o que toca o púbis e 
depois o posterior.

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