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PORTFÓLIO: 4º Ciclo de Aprendizagem Disciplina: CURRÍCULO, AVALIAÇÃO, GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO ESCOLAR E NÃO-ESCOLAR Professor Responsável e Tutor (a): Prof. (a) Maria Auxiliadora Bernabe de Freitas Polo Indaiatuba 2021 LIDERANÇA DO TERCEIRO SETOR Uma liderança autoritária ou centralizada não tem espaço no terceiro setor, afinal o líder deve possuir competências e habilidades para gerir os subordinados de forma engajada, tendo em mente que as relações sociais são informais com uma missão social. A liderança mais presente no Terceiro Setor é aquela mais carismática e inspiradora, que motiva todos os colaboradores, enfatizando a importância e o valor dos seus objetivos (BARROS, 2002) Embora as organizações sociais não visem lucro, elas possuem grande influência na comunidade e precisam manter sua sustentabilidade para que sua missão social continue transformando a sociedade. Como qualquer liderança, a cobrança de resultados é ponto crucial, afinal uma ONG com um desempenho efetivo, ganha maior visibilidade e respeito atraindo contribuições financeiras que serão imprescindíveis para o desenvolvimento do trabalho. A principal característica desse líder é que ele anda ao lado dos liderados, cobrando, sim, por resultados mais significativo, porém, mostrando o melhor caminho a ser trilhado e quais ferramentas podem ser utilizadas para otimizar os processos. A teoria da liderança carismática afirma que os seguidores, ao observarem determinado comportamento do líder, atribuem a ele capacidade heroica e admirável (ROBBINS, 2005). Os achados do autor indicam que colaboradores coordenados por líderes carismáticos exibiram desempenho melhor que os liderados por aqueles que não possuíam essas características. A característica do líder carismático está associada à capacidade de comunicação, sobretudo na perspectiva emocional. Esta característica permite que o grupo liderado se identifique, partilhe do sonho do líder e o vivencie tão ou mais sentidamente do que o próprio líder (FRY et al., 2017). Sem dúvida o líder democrático se encaixaria melhor neste seguimento, afinal ele valoriza as opiniões de seus colaboradores e juntos buscam soluções, planejam melhorias, porém o líder se encarrega de acompanhar as etapas de desenvolvimento para que os objetivos sejam alcançados. Em um projeto social é fundamental a equipe se sentir parte do projeto de forma efetiva. PEDAGOGIA DE ABRIGO 1- Funcionários Equipe Técnica Assistente Social- apoiar o interno, legalizar documentos, reabilitar para sociedade, encaminhar para assistência odontológica, medica, teste de Covid. Psicólogo- busca históricos familiar desde a infância, reabilitar para convivência na sociedade, indica para que atividade está habilitado. Equipe Geral Presidente – Presidir toda equipe, busca por novos apoiadores. Secretario- Auxiliar o presidente, controlando reuniões e atas Tesoureiro- Elaborar os relatórios da tesouraria; controlar os serviços da contabilidade. Monitores- Realizam todos trabalhos operacionais para que o projeto ocorra. Voluntários – Auxiliam os assistentes em todos os trabalhos operacionais. Motoristas- Conduzem os moradores de rua para os espaços do Farol. Número de funcionários: 3 Assistente social 4 psicólogos 1 coordenador 11 monitores 2 motoristas 2 administrativo Voluntários: Presidência, Secretários, Tesoureiro, Conselho fiscal, suplentes (12) Mão de obra são 4. 2- Estrutura: Cozinha equipada Refeitório Alojamentos Banheiros Sala de Palestras/ Cursos o TV o DVD Horta comunitária o Recurso didático prático Laborterapia Oficina de artesanato Oficina de padaria. 3- Atividades da Instituição: Grupos de apoio, abordando temas sócio educativos em que proporciona reflexão e debates visando despertar a cidadania; Oficinas de trabalho; Psicoterapia individual; Momentos de oração; Encaminhamentos à rede pública de saúde física e mental; Atividades de laser e culturais; Atividades sociais diversas, a fim de proporcionar integração à família e sociedade; Palestras educativas. INFORMAÇÕES ADICIONAIS Razão Social: COMUNIDADE FAROL CNPJ: 08.402.589/0001-66 Ano Fundação: 1999 Missão: Promover a capacitação, profissionalização, qualificação e requalificação profissional da população em situação de rua, que se encontra abrigada na Comunidade Farol e aos moradores da república Recomeço. Visão: Frente aos vários e novos desafios de enfrentar a questão social, as situações de vulnerabilidade e riscos pessoais e sociais, tendo como foco o cidadão em condição de rua, público alvo de nosso Programa, o qual surge com o propósito de intervir, intermediar, garantir os mínimos sociais, proteção, atenção à família, garantindo o direito de cidadania e inclusão social. Finalidade Estatutária: Tem por finalidade atuar na área de prevenção e conscientização contra hábitos nocivos à saúde, com o objetivo de promover a inclusão social de pessoas de ambos os sexos, que se encontre em situação de vulnerabilidade social. No desenvolvimento de suas atividades a Instituição prestará serviços permanentes e sem qualquer discriminação de raça, cor, condições sociais, credo político e religioso. (TERCEIRO SETOR, [s.n.]) PROJETO DE ALFABETIZAÇÃO COMUNIDADE FAROL Realizando uma análise geral do projeto Comunidade farol, ficou muito claro que se trata de uma instituição séria que busca cotidianamente meios e recursos de expandir suas capacidades como instituição. Sua equipe como um todo é comprometida e dedicada em mudar a vida dos moradores de rua da comunidade local. Com uma infraestrutura separada para homens e mulheres, a instituição consegue através dos serviços oferecidos dar uma situação digna, mesmo que momentânea, a todos que recebem em seus espaços. O principal objetivo da Comunidade farol, é proporcionar uma mudança de vida, onde sairão de um estado de miséria e iniciarão uma nova etapa em suas vidas, sendo orientados por profissionais qualificados que contribuirão se assim for o desejo da pessoa, retornar para a vida em sociedade de forma digna. A Comunidade farol realiza vários cursos, por isso, separei os mais relevantes para abordar neste relatório. Dentre os cursos os principais são: Grupos de apoio - Como todo grupo de apoio, este trabalho em específico visa o acolhimento e cuidado. Esses momentos são destinados ao compartilhamento de experiências e apoio para as pessoas que estão tentando mudar o rumo de suas vidas. O apoio recebido dos colegas e dos profissionais geram frutos positivos no processo de se reestabelecer. Oficinas de trabalhos- São realizados cursos de trabalhos manuais que permitiram adquirir uma nova habilidade como: Carpintaria, Pintura, fazer plantio, entre outros. Palestras educativas- abordando temas sócio educativos em que proporciona reflexão e debates visando despertar a cidadania; Todo curso selecionado para aplicação na instituição se encaixa perfeitamente as necessidades dos moradores de rua, que recebem além de cursos que visam prepara- los profissionalmente, mas também psicologicamente para uma retomada na direção de suas vidas. Ainda realizam atividades de lazer com o propósito de dar maior alegria e acolhimento a cada um que passa pela Comunidade Farol. Um ponto importante relevante a ser acrescentado sobre a instituição, é que atualmente eles não possuem nenhum pedagogo realizado qualquer tipo de trabalho na instituição, como se rata de uma verba justa optaram por profissionais que atendessem nos âmbitos emergenciais e orestante são voluntários que contribuem com tempo para garantir que o projeto ande. Como futura profissional da educação o projeto mais obvio que consigo considerar é o de alfabetização, já que hoje não existe nenhum curso voltado para este propósito. DESCRIÇÃO Planejamento do Projeto: Alfabetização Período: Anual (Classe regular) Dias da semana: Segunda, quarta e Sexta Horário: 19 às 20 h Número de turmas: 1 Quantidade por turma: 5 Número de Profissionais: 1 Como o analfabetismo não é maioria dentre os moradores que ingressam na assistência, um grupo pequeno não exigiria mais do que um profissional em sala de aula. Quanto ao profissional da educação, deverá ser externo, pois como informei anteriormente eles atualmente não possuem nenhum pedagogo na instituição. Recursos Materiais Sala de aula montada (já possuem) Livro didático ou apostila (definir o mais adequado diante da realidade da instituição) Cadernos Sulfites Lápis Giz branco Cartolinas A busca por doações será a melhor forma de viabilizar e agilizar este projeto de alfabetização. Pensando nisso, planejei um projeto simplificado, que usará materiais simples e de baixo custo. Quanto ao uso de livro ou apostila, o recurso que for mais simples de ser trabalhado e adquirido, será a opção mais provável dentro do projeto. Contudo, as duas opções permitiriam o início do trabalho. Cronograma pedagógico Plano de Aula Módulo: EJA Disciplina: Português Aula nº: 1 e 2 Tempo de aula: 120 minutos Tema do conhecimento: Alfabeto Maiúsculo/ Minúsculo Objetivos: A finalidade desse conjunto do plano é aprender as letras do alfabeto, sua ordem. Descrição 1ª Etapa - Apresentação do alfabeto (Maiúsculo/Minúsculo) 2ª Etapa - Alfabeto Maiúsculo e Minúsculo para EJA. Atividade com Alfabeto de letras Maiúsculas e Minúsculas com banco de palavras para alfabetização em EJA-Educação de Jovens e Adultos. 3ª Etapa – Jogo da Forca Nesta Etapa o nome dos educandos servirá de base para a execução da brincadeira, para que identifiquem as letras do alfabeto com maior facilidade. 4ª Etapa - Atividades para exercitar Atividades Extras As atividades extras serão sempre elaboradas conforme conteúdo estudado, da mesma maneira, será levado em consideração a evolução dos educandos para a aplicação de atividades complementares, sempre com o propósito de enriquecer e diversificar o método de ensino. Exemplos: Bilhetes de agradecimento; Informativos coletivos; Escrever uma receita; Etc. Avaliação O processo de avaliação, ocorrerá por meio de atividades extras, participação em sala de aula, provas escritas, pequenos trabalhos considerando a situação dos educandos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Na minha opinião no trecho abaixo o SEVERO descreve de forma resumida todo trabalho realizado no contexto não escolar. O caráter configurado nas práticas educativas a partir da ação pedagógica se remete às relações de mediação entre os sujeitos, os saberes e os contextos dessas práticas. A tônica da reflexão pedagógica estaria, nessa perspectiva, na busca pela compreensão que aporta processos de decisão teórica, metodológica e técnica acerca dos elementos que podem ser mobilizados para produzir efeitos formativos qualificados, e tal compreensão é resultante da atitude reflexiva que relaciona os sujeitos que aprendem e ensinam, os saberes que se pretende ensinar e aprender e o contexto histórico, social e institucional mais amplo que envolve a situação educativa, inserindo-a numa complexa trama de relações que carregam contradições e possibilidades de formação humana.(SERERO, 2015, p96) Todo trabalho com propósito educativo nas instituições, norteiam o processo de aprendizagem de seus educandos e produzem formação técnica. Considerando este fator, o processo de alfabetização dentro de um projeto não escolar, talvez tenha apenas um caráter motivacional, já que muitos permanecem por um tempo reduzido dentro das instituições. Contudo, tal iniciativa despertará uma consciência sobre a necessidade de uma formação, aos menos básica, por parte dos participantes, se realmente desejarem mudar de vida. Afinal, nenhuma mudança será possível se não houver desejo. Conforme orientação, o projeto de alfabetização foi apresentado para o presidente e um conselheiro da Comunidade Farol, visando um parecer crítico quanto a ideia apresentada, contudo para minha surpresa, a ideia foi muito bem recebida, afinal conforme percebi, hoje eles não possuem um programa de alfabetização na instituição. Desta forma, se colocaram à disposição para avançar com a ideia, caso seja do meu interesse. REFERÊNCIA SEVERO, J. L. R. L. Educação não-escolar como campo de práticas pedagógicas. Ver. Bras. Estud. Pedag, v. 96, n. 244, Brasília, out. /dez. 2015.
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