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Nome: Gabrielle Pugliessi dos Santos Matrícula: 202020314 Resenha “Extinção” Muito embora seja vista como algo majoritariamente negativo, as extinções são, em certa medida, essenciais para o processo da macroevolução da biodiversidade. Extinções naturais e pontuais a nível de espécie, normalmente não afetam as cadeias alimentares, reprodutivas e evolutivas de outros organismos de forma impactante. Porém, as extinções em massa vistas no histórico da macroevolução permitiram a expansão territorial e evolução de outros grupos, uma vez que com a recuperação de ambiente após os eventos catastróficos, inúmeras zonas adaptativas encontravam-se vagas. Assim, inúmeras espécies (em maioria menores e de presas, como os grupos de pequenos mamíferos sobreviventes à extinção do período KT) foram capazes de adaptar-se às novas zonas e ambientes, passando por diversos processos -entre eles a mutação- que resultaram, desta forma, em novas espécies. Entretanto, apesar de as extinções em massa naturais -por eventos planetários e/ou extraplanetários- serem fundamentais para o processo macroevolutivo, o caminho para a sexta extinção em que o globo se encontra atualmente, é extremamente preocupante, uma vez que possui alta influência de e é uma consequência de ações antrópicas. Tais ações resultam, sobretudo, em grande perda massiva de hábitat natural em uma velocidade rápida e fora do comum, não permitindo que diversas espécies consigam sobreviver por adaptação. Além disso, inúmeros registros de invasores biológicos têm sido obtidos nos últimos tempos, tais como os registros do conhecido sapo-cururu em território australiano. A inserção por meio antrópico e consequente presença definitiva da espécie exótica neste hábitat, foi capaz de causar evoluções na anatomia e fisiologia desta, causando efeitos ecológicos além do esperado -negativamente-, uma vez que não haviam predadores naturais dela e ela passou a depredar espécies além das que se estimava. Sendo assim, é evidente que muito além do que comumente já se diz a respeito das ações humanas frente aos impactos negativos no equilíbrio do meio ambiente, outros efeitos que parecem pequenos e pontuais em determinados territórios (como os de Rhinella marina na Austrália) não são raros e exclusivos. Sabe-se que ocorrem diariamente em inúmeros ecossistemas, por ação direta ou indireta do homem. Desta forma, a sexta extinção em massa para a qual estamos nos encaminhando, está longe de ser como quaisquer das outras extinções das quais já se tem conhecimento e estudo sobre, visto que ela muito provavelmente resultará em 95% de perda de espécies de maneira inicial, chegando a até 99% já que uma espécie claramente necessita de outra para manter-se presente. Além disso, sabemos que inúmeros animais são necessários para a sobrevivência humana e, extinguindo espécies animais primordiais, facilmente a raça humana também será extinta ao final desse evento, resultando assim em mínimas possibilidades de expansão e especiação de novos organismos posteriormente, uma vez que não teremos espécies abundantes animais nem vegetais, e pouquíssimas zonas adaptativas naturais por decorrência do crescente e desenfreado desenvolvimento urbano.
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