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Atividade A Saga da Humanidade - Evolução - Paleontologia - UNILASALLE

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Nome: Gabrielle Pugliessi dos Santos
Matrícula: 202020314
Resenha “A Saga da Humanidade”
Comumente alguns sites e, até mesmo, bibliografias desatualizadas tendem
a colocar a imagem de um chimpanzé “evoluindo” até tornar-se um homem humano
bípede ereto. Entretanto, hoje já se tem mais discernimento do porquê usar esta
figura como ilustração da macroevolução humana é tão errônea quanto afirmar que
somos parentes dos “macacos em geral”. Pode-se dizer, primeiramente, que um dos
fatores contribuintes para esta falsa afirmação é a precária literatura acerca da
evolução humana no Brasil, que se tinha até então, influenciando diretamente na
formação de profissionais devidamente qualificados e capacitados para atuar nesta
área, uma vez que o especialista em evolução humana deve ter formações em
várias áreas distintas. Contudo, se tratando novamente da figura que relaciona um
chimpanzé como um ancestral do humano atual sabe-se que, embora este
(juntamente aos gorilas e aos orangotangos) seja geneticamente mais próximo dos
humanos -visto que os dois compartilham de 98% de similaridades entre os
genomas-, os nossos ancestrais comuns (entre nós humanos e estes outros
primatas), não possuíam exatamente a característica facial igual à de um
chimpanzé. Na verdade, nem mesmo se sabe como era a face deste exato
ancestral comum. Porém, afirma-se que algumas características evolutivas em
forma de mosaico, ou seja, características que oscilam -somem e voltam- ao longo
do período evolutivo até a espécie humana atual, podem demonstrar que partimos
deste ancestral comum com os chimpanzés. Apesar de as duas espécies terem
evoluído ao longo dos últimos 7 milhões de anos, estas evoluções não ocorreram de
forma linear, de maneira que uma espécie viesse a substituir a outra. Acredita-se
que tenham evoluído a partir de uma característica do equilíbrio pontuado, onde um
indivíduo da mesma espécie deste ancestral foi isolado perifericamente, passando
por mutações genéticas e alterações morfofisiológicas, até que permanecesse a
espécie atual do gênero homo mesmo embora ela quase tenha se extinguido após
uma explosão vulcânica que resultou em um “inverno nuclear” que reduziu a
espécie humana a apenas 10 mil indivíduos. Isto demonstra que a variabilidade
genética da espécie humana é extremamente baixa, indicando também que nossa
espécie passou pelo fenômeno de gargalo de garrafa. Muito embora tenha ocorrido
esta quase extinção total dos seres humanos, talvez exatamente por esta baixa
variabilidade genética nós possuímos características ainda presentes que nos
assemelhem tanto aos primatas chimpanzés. Alguns exemplos, são a polidactilia de
cinco dedos com polegares oponíveis ao resto da mão, além de unhas ao invés de
garras -nos distinguindo dos demais mamíferos-, a visão tridimensional e colorida, e
características parentais de uma atenção majoritariamente materna por um longo
período, uma vez que possuímos uma fase de infância prolongada. Seguindo isso, a
verdade é que nós, seres humanos, talvez não passemos de grandes primatas.
Fatores como alongamento dos membros inferiores, encurtamento dos membros
superiores fora a perda do “encurvamento dos braços” que facilitava os hábitos de
viver em árvores, são características observadas nos fósseis de humanos,
mostrando a distinção cada vez “maior” entre os humanos e seus parentes primatas.
Além de, claro, o deslocamento do forame magno para a parte inferior do crânio
junto ao osso occipital para o ligamento da coluna vertebral, e não da parte traseira
do neurocrânio, como em chimpanzés e gorilas, demonstrando assim o adoção da
postura ereta ao caminhar e o abandono da postura encurvada, com a cabeça mais
pendurada e o apoio sobre os nódulos das mãos. Outros fatos como a separação da
necessidade de uma capacidade cerebral elevada para a produção de ferramentas
de pedra lascada, também influencia no conhecimento popular sobre a evolução
humana, demonstrando assim que são necessários mais estudos acerca dela, além
da formação de mais profissionais capacitados para atuar na área (incluindo assim a
necessidade de investimento na Educação para aprimorar os cursos superiores
para isto) e que também não se deve pressupor de imediato que dois registros
fósseis pertencem à mesma espécie somente porque foram encontrados no mesmo
extrato geológico, pois duas espécies eram capazes de coexistir.

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