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Estagio I

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AO JUÍZO DE DIREITO DO 1º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE 
BELFORD ROXO – RJ 
 
 
 
Processo nº: 9403784-75.2018.8.19.0008 
 
 
SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR ESTÁCIO DE SÁ 
LTDA., pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ sob 
o nº 34.075.739/0001-84, com sede na Rua do Bispo, n° 83, 
Rio Comprido – Cidade do Rio de Janeiro/RJ – CEP 20261-
063, vem, por intermédio da sua advogada in fine assinado, 
respeitosamente, à presença de V.Exa., na ação judicial que 
lhe move ALESSANDRA MORAES DE ANDRADE, com fulcro 
no Art.30° da L.9099/95, apresentar a sua: 
 
 
 
 
 
CONTESTAÇÃO, 
 
 
 
 
 
 
Pelos motivos de fato e direito a seguir expostos 
 
 
 
Page 2 of 9 
 
 
 
 
I. DAS ALEGAÇÕES AUTORAIS: 
 
Trata-se de ação indenizatória combinada com ação de obrigação de fazer, em que o 
autor alega ter se dirigido à Instituição, ora Ré, a fim de se matricular no último período 
da graduação de Biomedicina, entretanto, enfrentou dificuldades na inscrição de sua 
única matéria faltante. 
 
Argui, ainda, que a Universidade só liberou a matrícula do autor na referida matéria 
após a propositura de ação cível contra a Ré sob número 0800444-
39.2021.8.19.0008. 
 
Desta forma, pretende pela condenação da Ré ao pagamento de R$ 10.000,00 (dez 
mil reais) a título de danos morais. 
 
Sendo assim, conforme restará amplamente demonstrado a seguir, a pretensão 
autoral há de ser rejeitada. 
 
II. DO MÉRITO 
 
De plano, como pode-se notar na exordial do aluno, a referida demanda tem, apenas, 
o intuito do dever de indenizar. Portanto, não há o que se falar em obrigação de fazer. 
Persevera-se, ainda, que o autor não se resta claro quanto “matéria” em que não pôde 
se matricular. 
 
Dentre os documentos acostados na inicial, observa-se algumas matérias “para 
cursar”, entretanto o autor não comprova quais foram as matriculadas, vez que, a 
altura do início desta demanda, já estava cursando as disciplinas. 
 
Page 3 of 9 
 
É de suma importância esclarecer que o processo 0800444-39.2021.8.19.0008 
proposto pelo requerente em janeiro de 2021 não teve a menor influência na formação 
da turma questionada. 
 
Elucida-se, veemente, que o a referida demanda foi extinta sem resolução do mérito 
em 28 de junho de 2021, por falta de apresentação de comprovante de residência pela 
parte autora, senão, vejamos: 
 
“Cuida de ação de conhecimento pelo procedimento sumaríssimo 
da Lei 9.099/95. 
 Regularmente intimado a apresentar o comprovante de 
residência em seu nome através do despacho proferido ID. 
2197571, o autor juntou um documento ao qual não é possível 
verificar o endereço. 
 Diante do exposto, JULGO EXTINTO O PROCESSO, 
sem apreciação do mérito, com fulcro no art. 485, inciso IV da Lei 
nº 13.105/2015. Sem custas nem honorários, nos termos da lei de 
regência. P.R.I. 
 Preclusas as vias impugnativas, dê-se baixa e arquivem-
se.” 
Número do processo: 0800444-39.2021.8.19.0008 
Órgão julgador: 1º Juizado Especial Cível da Comarca de Belford 
Roxo 
 
 
 
De certo, a primeira ação proposta tinha o intuito de matricular o autor, entretanto, 
perdeu o objeto e a intenção da presente é a indenização sem justa causa, uma vez 
que não só cursada a matéria, como também concluído o curso com aprovação e 
colação de grau. 
 
Page 4 of 9 
 
Dessa maneira, afigura-se notória a inexistência de falha na prestação dos serviços 
pela Ré. 
 
Por todo o exposto, fica claro que requerer o instituto dos danos morais como figura 
indenizatória, neste caso, caracteriza-se como enriquecimento sem causa, na forma 
do art. 884 do Código Civil, na medida em que o serviço foi disponibilizado e prestado, 
pois o conteúdo pelo qual se está cobrando foi oferecido e disponibilizado 
integralmente à parte Autora. 
Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se 
enriquecer à custa de outrem, será obrigado a 
restituir o indevidamente auferido, feita a atualização 
dos valores monetários. 
Parágrafo único. Se o enriquecimento tiver por 
objeto coisa determinada, quem a recebeu é 
obrigado a restituí-la, e, se a coisa não mais 
subsistir, a restituição se fará pelo valor do bem na 
época em que foi exigido. 
 
Em última análise, não faltou a Ré com a boa-fé objetiva do art.4º, III do Código de 
Defesa do Consumidor (CDC) e da boa-fé contratual do art. 422 do Código Civil que 
preceitua os deveres de lealdade, informação, transparência e cooperação na perfeita 
execução do contrato, mantendo-se, sempre, à disposição da Reclamante para dirimir 
eventuais dúvidas, assim como apresentar soluções satisfatórias para os 
procedimentos acadêmicos adotados. 
 
Portanto, visto que as provas e indícios presentes nos autos não apontam para a 
caracterização da responsabilidade civil da parte ré, conclui-se que somente resta 
pela rejeição do pedido autoral, ante a comprovação de certeza, liquidez e 
exigibilidade dos serviços prestados pela parte ré, sendo medida que se impõe. 
 
 
 
Page 5 of 9 
 
DA EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE CIVIL 
 
Diante do anteriormente rechaçado, a Empresa Ré agiu em conformidade com a 
legislação vigente, não havendo ato que implique no dever de indenizar por parte da 
contestante. 
 
Como se sabe, o dever de indenizar pressupõe a prévia verificação de três requisitos: 
(i) a existência do dano, (ii) uma conduta culposa e (iii) o nexo de causalidade entre o 
dano sofrido e essa conduta culposa. 
 
De certo e como se restou provado, não há existência de dano, uma vez que o Autor 
não só cursou a disciplina almejada, como concluiu sua graduação e colou grau aos 
12 de julho de 2021. 
 
Elenca-se, ainda, que cabe a parte autora comprovar os fatos constitutivos de seu 
direito, em observância ao disposto no art. 373, I do CPC, confira-se: 
 
“Art. 373 – O ônus da prova incumbe: 
 
I – ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito.” 
 
Se finda a presente tese, ressaltando que só irá responder pelo dano aquele que 
concorre para sua produção, isto é, aquele que deu causa a sua existência. 
 
Assim, quando o indivíduo acaba por absorver a causalidade do dano para si, acaba 
por ser responsável pelo dano por ele mesmo produzido. Dessa forma, será 
configurada a sua culpa exclusiva, não havendo o que se falar em atitude arbitrária da 
Empresa Ré, uma vez que, não houve comprovação da responsabilidade desta no 
evento danoso. 
 
 
 
 
Page 6 of 9 
 
DO DESCABIMENTO DA CONDENAÇÃO EM DANOS MORAIS: 
 
O dano moral somente ingressará no mundo jurídico, com a subsequente obrigação 
de indenizar, em havendo alguma grandeza no ato considerado ofensivo ao direito 
personalíssimo. 
 
Se o ato tido como gerador do dano extrapatrimonial não possui virtualidade para 
lesionar sentimentos ou causar dor e padecimento íntimo, não existiu dano moral 
passível de indenização. 
 
Dentro desse contexto, inquestionável, portanto, que para que haja a obrigação de 
indenizar, faz necessária a comprovação da conduta ilícita, do dano e do nexo 
de causalidade, requisitos estes, ausentes no caso em exame. 
 
Logo, só deve ser reputado como dano moral, a dor, vexame, sofrimento ou 
humilhação que, fugindo à normalidade, interfira intensamente no comportamento 
psicológico do indivíduo, causando-lhe aflições, angústia e desequilíbrio em seu bem-
estar. 
 
Quanto à mistificação do dano moral, vale citar o professor CALMON DE PASSOS: 
 
“Nada mais suscetível de subjetivar-se que a dor, NEM NADA MAIS 
FÁCIL DE SER OBJETO DE MISTIFICAÇÃO. (....). A possibilidade, 
inclusive, de retirarmos proveitos financeiros dessa nossa dor oculta, 
fez nos atores excepcionais e meliantes extremamente hábeis, quer 
com o vítimas, quer como advogados ou magistrados. (....) Não se 
indaga se aquele que se enche de furor ético porque teve recusado 
cheque de sua emissão teve, por força disso, permissividadese 
tolerância que apelidamos de ousadia empreendedora. Quando a 
moralidade é posta debaixo do tapete, esse lixo pode ser trazido para 
fora no momento em que bem nos convier. (....)” 
 
 
Nesse sentido, significa dizer que dentro de relações jurídicas é tolerável a existência 
de eventuais desconfortos e aborrecimentos, contudo, tal fato não é caracterizador, 
em hipótese alguma, do dever de indenizar, sob pena de flagrante violação ao 
princípio que veda o enriquecimento sem justo motivo. 
Page 7 of 9 
 
 
Desta feita, o pedido de indenização por danos morais do autor deve ser julgado 
improcedente, já que, além de não ter ocorrido ato ilícito por parte da empresa 
Ré, não houve qualquer dano de natureza moral que possa redundar em 
indenização. 
 
Somente se presentes esses requisitos, impõe-se a reparação. Como já demonstrado, 
não foi cometido qualquer ato ilícito pela Estácio de Sá. A alegada lesão sofrida pela 
parte Autora não se deu em razão de ato praticado por esta Ré, que está totalmente 
alheia aos fatos ocorridos. Portanto, o alegado direito da parte Autora não se sustenta. 
 
Segundo o Desembargador Sergio Cavalieri Filho, em seu Programa de 
Responsabilidade Civil é certo que não há dano moral em razão de lesão de bem 
patrimonial, nem de mero inadimplemento contratual. 
 
Adverte, ainda, que para a configuração do dano moral cumpre ao juiz seguir a trilha 
da lógica do razoável, em busca da concepção ético-jurídica dominante na sociedade. 
Deve tomar por paradigma o cidadão que se coloca a igual distância do homem frio, 
insensível, e o homem de extremada sensibilidade e prossegue: 
 
 “Nessa linha de princípio, só deve ser reputado como dano moral a dor, 
vexame, sofrimento ou humilhação que, fugindo à normalidade, interfira 
intensamente no comportamento psicológico do indivíduo, causando-lhe 
aflições, angústia e desequilíbrio em seu bem-estar. Mero dissabor, 
aborrecimento, mágoa, irritação ou sensibilidade exacerbada estão fora 
da órbita do dano moral, porquanto, além de fazerem parte da 
normalidade do nosso dia-a-dia, no trabalho, no trânsito, entre os amigos 
e até no ambiente familiar, tais situações não são intensas e duradouras, 
a ponte de romper o equilíbrio psicológico do indivíduo. Se assim não se 
entender, acabaremos por banalizar o dano moral, ensejando ações 
judiciais em busca de indenizações pelos mais triviais aborrecimentos” 
(Malheiros Editores, 2ª edição, p. 75),. 
 
Page 8 of 9 
 
In casu, a parte Autora não suportou qualquer tipo de dano em decorrência da conduta 
da Ré, razão pela qual não apresenta qualquer indício neste sentido, ou sequer faz 
um relato de circunstâncias concretas que pudessem fazer crer que este tivesse 
suportado um abalo psicológico suficientemente sério a ensejar o dever de indenizar. 
 
Desta forma, não há como se invocar o alegado caráter punitivo do dano moral, para 
se tentar condenar esta Ré a compensar um dano para o qual esta não deu causa ou 
é inexistente. Dar ao dano moral vertente punitiva, além de violar o disposto no referido 
artigo 944 do Código Civil, configuraria enriquecimento sem causa, hipótese esta 
vedada pelo artigo 884 do mesmo diploma legal. 
 
Por todos esses fundamentos, o dano moral pleiteado pela parte Autora deve ser 
julgado improcedente. 
 
 
III. CONCLUSÃO: 
 
 Por todo o exposto, requer a Ré que: 
 
a) Diante do exposto, confia a Estácio em que serão julgados 
improcedentes os pedidos autorais, com a condenação da parte autora 
ao pagamento de custas e honorários advocatícios sucumbenciais, a 
serem fixados em percentual máximo. 
 
b) Seja afastada a condenação em danos morais, uma vez que a parte 
Autora fracassou em provar qualquer ocorrência de dano ou abalo 
psicológico em decorrência de conduta ilegítima praticada pela ré; 
 
c) Caso assim não se entenda, o que se admite apenas em atenção ao 
princípio da eventualidade, requer seja o montante a título de danos 
morais fixado de forma prudente, em patamar razoável e proporcional à 
extensão do abalo psicológico alegadamente sofrido pela parte autora. 
Page 9 of 9 
 
 
 
 
Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial a prova 
documental e prova testemunhal, a serem especificadas em momento oportuno. 
 
Outrossim, requer, finalmente, que todas as citações, intimações, publicações em 
Diário Oficial e demais atos de comunicação processual sejam efetuadas, única e 
exclusivamente, em nome do patrono Líviah Moreira, inscrito na OAB/RJ sob o nº 
365.810, com escritório na cidade do Rio de Janeiro/RJ, na rua Jorge Emilio 
Fontenelle, no Recreio dos Bandeirantes, nº 110, CEP: 22790-147, endereço 
eletrônico: moreiraaliviah@uva.br. 
 
E. Deferimento. 
Rio de Janeiro, 29 de agosto de 2021. 
 
LÍVIAH MOREIRA DAS NEVES 
OAB/RJ 365.810 
 
 
mailto:moreiraaliviah@uva.br
 
 
 
 
AO JUÍZO DE DIREITO DO 1º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE 
VILA VELHA – ES 
 
GRERJ 456789123 
 
Processo nº 1234567-85.2019.8.08.2598 
 
 
 
 
SESES - SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR 
ESTÁCIO DE SÁ LTDA., nos autos da ação que lhe 
move ALFREDO ALVES, vem, tempestivamente, 
inconformado com a respeitável sentença de f ls., 
interpor o presente RECURSO INOMINADO, 
requerendo, após cumpridas as formalidades legais, 
sua remessa à Egrégia Turma Recursal, na forma do 
que dispõe o art. 41 da Lei 9.099/95, com as inclusas 
razões, onde espera e confia no seu provimento. 
 
 
 
E. Deferimento, 
 Rio de Janeiro, 19 de agosto de 2021. 
 
 
 
 
Líviah Moreira das Neves 
OAB/RJ 365.810 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EGRÉGIA TURMA: 
 
Page 2 of 8 
 
 
I.DA SÍNTESE DA LIDE: 
 
 
Trata-se de ação de obrigação de fazer na qual a parte autora alega ter 
assinado contrato de prestação de serviços educacionais com a Ré e 
estabelecido que o pagamento se daria com 3 (três) mensalidades no 
valor de R$ 49,00 (quarenta e nove reais), e as de mais no valor 
aproximado de R$ 240,00 (duzentos e quarenta reais). 
 
Ocorre, entretanto, que a primeira mensalidade após os R$ 49,00 
totalizou o montante de R$ 240,00 (duzentos e quarenta reais). Razão 
pela qual, dias após o pagamento desse valor a autora requereu o 
cancelamento do curso. 
 
Salienta que da decorrência do pedido de rescisão contratual, foi lhe 
imposta multa de R$ 961,00 (novecentos e sessenta e um reais). 
 
Diante disso a autora requereu o cancelamento de todos os débitos, 
cancelamento do curso e abstenção por parte da Ré da inserção de seu 
nome nos cadastros restrit ivos de crédito. 
 
Contestado o feito, a Recorrente demonstrou a regularidade das 
cobranças em comento, tendo evidenciado que o valor cobrado após o 
requerimento de cancelamento da matrícula, diz respeito ao saldo do 
DIS (Diluição Solidária) a qual a autora anuiu ao se matricular na 
Instituição. 
 
Em que pese os argumentos produzidos em defesa , o i. magistrado 
sentenciante acabou julgando procedente em parte a pretensão autoral , 
nos seguintes termos: 
 
 
Page 3 of 8 
“(...)Ante o exposto, e tudo mais que dos autos 
consta, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o 
pedido da inicial, e a) DECLARAR inexistente os 
débitos assinalados nos autos. 
 
b) CONDENO a requerida SOCIEDADE DE ENSINO 
SUPERIOR ESTÁCIO DE SÁ LTDA a proceder ao 
cancelamento do contrato bem como os débitos 
decorrentes, referente a matrícula 201908678933, 
assim, sem qualquer ônus para a parte autora. 
 
c) DETERMINO que a requerida se abstenha de 
cobrar a multa no valor de 961,00 (novecentos e 
sessenta e um reais), bem como se abstenha de 
negativar o nome da autora, ALFREDO ALVES, em 
relação aos débitos discutidos nesses atos. Caso 
tenha restrição no nome da requerente, 
DETERMINO que a requerida proceda junto aos 
Órgãos de Proteção ao Crédito, SPC/SERASA, para 
que retirem de forma imediata e definitiva, o 
nome/CPF da parte requerente de seus cadastroscom relação aos débitos objetos desta demanda, sob 
pena de multa diária que arbitro em R$ 200,00, em 
caso de descumprimento. 
 
Por consequência resolvo o mérito na forma do art. 
487, I do CPC, declarando extinto o processo. (...)” 
 
Data máxima vênia , clama por reforma a respeitável sentença, uma vez 
que não tenha sido configurado nos autos qualquer ato i lícito passível 
de sanção pela Universidade, devendo ser modif icada a parte 
dispositiva no tocante a condenação em danos morais. 
 
 
II. DAS RAZÕES PARA PROVIMENTO DO PRESENTE RECURSO: 
 
➢ DA VALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO – INFORMAÇÃO 
CLARA E ADEQUADA NO ATO DE CONTRATAÇÃO – 
 
Page 4 of 8 
DILUIÇÃO DE MENSALIDADES: 
 
De início, cumpre ressaltar que ao firmar contrato de prestação de serviços com a 
Universidade o estudante tomou conhecimento sobre todos os ditames contratuais 
existentes, especialmente no que se refere a possibilidade de diluição das 
primeiras mensalidades. 
 
No caso dos autos, verifica-se que a opção pela matrícula nada mais foi do que um 
ato volitivo por parte Recorrido, no pleno exercício da sua Autonomia de Vontade, 
sendo certo que, em momento algum o Contratante foi coagido a contratar, podendo, 
plenamente responder por seus atos, por se tratar de agente plenamente capaz nos 
exatos termos da lei. 
 
Do mesmo modo, o negócio jurídico entabulado entre as partes preenche a todos os 
requisitos de validade insculpidos no Art.104 CC/02, não padecendo de qualquer 
vício de vontade ou defeito capaz de ensejar na sua nulidade ou anulabilidade. 
 
Dessa forma, ao firmar contrato de prestação de serviços com a Universidade em 
2019, como fora demonstrado, o Recorrido concordou com todas as obrigações e 
direitos inerentes a avença, sobretudo no que tange ao pagamento das mensalidades 
objeto de diluição, vez que se tratando de contraprestação intrínseca à 
disponibilização do conteúdo educacional. 
 
De acordo com a cláusula 4.1.1 o estudante poderá efetuar o pagamento do valor de 
R$49,00 (quarenta nove reais), e a diluição da diferença para o valor integral da 
mensalidade, em número de parcelas correspondente ao prazo de duração previsto 
para a matriz curricular mínima necessária para a regular conclusão do curso. 
 
 
Page 5 of 8 
 
 
Caso o Contratante venha optar pelo distrato contratual antes mesmo da liquidação 
do débito, ensejará na possibilidade do vencimento antecipado dos valores objetos 
de diluição, conforme exegese a cláusula 5 esculpida no regulamento do DIS, 
vejamos: 
 
 
 
No caso em tela, a autora requereu o trancamento do curso aos 25 de setembro de 
2019, ou seja, após o pagamento do boleto de mensalidade contendo a parcela do 
DIS. Certo é, assim como estabelecido previamente no contrato, o valor diluído foi 
antecipado. 
 
Page 6 of 8 
 
Nota-se abaixo que a autora realizou o pagamento da mensalidade de outubro de 
2019 no dia 09/10/2019 e, posteriormente, requereu o cancelamento do curso. Há de 
se salientar que, assim como determinado em juízo, o valor pendente da Diluição 
Solidária foi baixado da ficha financeira, entretanto a recorrente pleiteia pela 
consideração da devida cobrança, líquida e certa pela prestação dos serviços 
educacionais ofertados para aluna. 
 
 
 
A egrégia 3ª Turma Recursal já teve oportunidade de analisar o programa de diluição 
de mensalidades proposto pela ré, ao julgar recurso inominado interposto nos autos 
da ação 0002824-49.2019.8.19.0037: 
 
Ementa:¿Ação indenizatória proposta por ex-aluno da ré. 
Alegação de restrição indevida de crédito e cobrança indevida 
dado o desconhecimento quanto a natureza do desconto havido 
nos boletos de pagamento. Ausência de verossimilhança 
da alegação. Regras de experiência a apontar para a 
impossibilidade do engano do autor, considerando o valor 
irrisório da mensalidade que lhe fora cobrada, sua 
permanência no curso durante vários meses e a necessidade de 
adesão ao plano para desfrute do alegado ¿desconto¿. Plano de 
diluição das mensalidades que pressupõe a 
fidelização do aluno como condição ao benefício que, dada 
sua natureza, não é crível fosse inserido nas 
mensalidades do autor sem seu requerimento ou anuência. 
Conjunto da obra a indiciar a livre manifestação de 
vontade do autor para com a contratação do plano DIS. Validade 
 
Page 7 of 8 
da cláusula que visa a manutenção do aluno e a 
facilitação do pagamento das primeiras mensalidades. 
Concessões recíprocas, pois. Abandono comprovado do 
curso que caracteriza o descumprimento da condição ao 
recebimento do benefício e a falta de colaboração e 
lealdade na condução do contrato, causando inequívoco prejuízo 
à prestadora do serviço. Abandono que, portanto, 
se insere nas hipóteses das cláusulas 3.6, 3.7, 3.8 e 3.9 do 
contrato ( v. fls. 32/33 ), sendo pois legítimas as 
cobranças e restrições havidas em nome do autor. Recurso a que 
se dá provimento para reforma da sentença e 
julgamento improcedentes dos pedidos. 
 
No mesmo sentido é o entendimento da 1ª Turma Recursal, em julgamento de 
recurso inominado de nº 0047389-12.2019.8.19.0001: 
 
Narra a parte autora que se matriculou no estabelecimento de ensino 
da ré, sob a promessa de que pagaria apenas R$49,00 nas primeiras 
quatro mensalidades. Afirma que, findos os quatro meses, a ré 
começou a cobrar, junto com a mensalidade regular, a diferença que 
deixara de cobrar nos primeiros quatro meses, sem respaldo no 
contrato. A ré afirmou que a autora aderiu à promoção intitulada 
“Diluição Solidária”, que consiste em cobranças menores nos 
primeiros meses com pagamento da diferença de forma diluída ao 
longo do restante do curso. A sentença julgou parcialmente 
procedentes os pedidos determinando o refaturamento dos boletos 
com as cobranças impugnadas, a devolução da quantia de 
R$1.098,72 e pagamento de indenização por danos morais no 
importe de R$3.500,00. A sentença merece reforma. Consultando-se 
o site da ré, percebe-se que esta possui mais de 25 campanhas em 
andamento, com mais de 50 regulamentos ali disponibilizados. 
Assim, não há como se exigir que conste no contrato principal 
com cada aluno as regras específicas dos benefícios dos quais 
aquele aluno irá usufruir. A cláusula 3.4 do contrato juntado pela 
autora (fls.41/50) diz claramente que o “pagamento das 
mensalidades, seja por diluição, parcelamento ou qualquer outra 
forma de facilitação no pagamento” se dará “na forma ajustada 
entre as partes através de contrato ou por regulamento que 
regule a campanha”. Logo, a autora sabia da existência de um 
regulamento, até porque o contrato não traz todas as 
informações das quais necessita. Demais, o autor não juntou aos 
autos qualquer regulamento em que constasse informação diversa da 
sustentada pela ré. Já os trechos do regulamento trazidos pela ré, 
bem como sua íntegra, disponível no site (já que a promoção existe 
até hoje), estão em conformidade com o que foi explicado na defesa. 
Pelo exposto, voto pelo conhecimento e provimento do recurso para 
JULGAR IMPROCEDENTES os pedidos autorais. 
 
 
Page 8 of 8 
Com efeito, verifica-se com uma simples análise da inicial que não foram trazidos aos 
autos quaisquer documentos que fossem capazes de comprovar a suposta falha na 
prestação dos serviços. 
 
Registre-se que a Universidade Estácio de Sá sempre agiu de forma diligente e 
dentro dos preceitos legais no caso em comento, mantém-se à disposição da 
Reclamante para dirimir eventuais dúvidas em relação às cobranças, uma vez que 
tem interesse na manutenção de uma boa relação com os seus discentes, 
proporcionando o sonho da tão almejada graduação a milhares de estudantes. 
 
Do exposto, nota-se que o autor pretende, na verdade, se eximir do pagamento do 
valor de R$ 961,00 (novecentos e sessenta e um reais). Elucida-se, por fim, que a 
cobrança é totalmente devida. 
 
Logo, deve ser dado provimento ao presente recurso, para julgar improcedentes os 
pedidos autorais.III.EMINENTES JULGADORES 
 
São essas as razões pelas quais a Recorrente, invocando os áureos e 
doutos suplementos de Vossas Excelências, confia, espera e requer 
seja dado provimento ao presente Recurso Inominado, para que sejam 
julgados improcedentes os pedidos iniciais . 
 
 Rio de Janeiro, 19 de agosto de 2021. 
 
 
 Líviah Moreira das Neves 
 OAB/RJ 365.810 
 
 
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ANGRA 
DOS REIS – RJ 
 
 
Processo n° 0023471-16.2020.8.19.0003 
 
 
 
 
 
SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR ESTÁCIO DE SÁ 
LTDA. , vem apresentar suas CONTRARRAZÕES à 
apelação de f ls. 234/244 interposta por BERNARDO 
RUBENS DELIBERO, requerendo, após os trâmites legais, 
sejam os autos remetidos ao egrégio Tribunal de 
Justiça, onde espera seja mantida a sentença recorrida 
em sua integralidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nestes Termos, 
 E. Deferimento. 
 
 Rio de Janeiro, 06 de setembro de 2021. 
 
 
Líviah Moreira das Neves 
OAB/RJ 365.810 
 
 
 
 
Page 2 of 8 
 
EGRÉGIA TURMA RECURSAL: 
 
 
 
BREVE SÍNTESE DA LIDE 
 
 
Trata-se de ação indenizatória combinada com ação de obrigação de 
fazer, em que a Autora pleiteia por sua aprovação na disciplina “Estágio 
Supervisionado III” alegando ter cumprido com todos os requisitos 
necessários. 
 
Na exordial a Apelante informa que concluiu sua disc iplina e a Ré não 
considerou seu estágio na Secretaria de Habitação do Município de 
Angra dos Reis. 
 
Isto posto, requer a concessão de tutela de urgência para determinar a 
colação de grau da Autora e expedição do diploma, sob pena de multa 
diária de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) . Além de condenação de 
pagamento de R$ 85.000,00 (oitenta e cinco mil reais) a tí tulo de danos 
morais e verba indenizatória pela perda de chance empregatícia. 
 
A Recorrida, em defesa, demonstrou de forma inequívoca a inexistência 
de falha na prestação dos serviços e sua autonomia para avaliar a aluna. 
Certo é que não há o que se falar em desconsideração do estágio da 
apelante, mas sim, em ineficiência, vez que a autora foi reprovada por 
nota. Resta-se evidenciado, portanto, a culpa exclusiva do aluno. 
 
Neste sentido, a sentença a quo julgou parcialmente procedentes os 
pedidos autorais, nos seguintes termos: 
 
Diante do exposto, JULGO IMPROCEDENTES os pedidos 
contidos na inicial e 
condeno a parte autora ao pagamento das despesas 
processuais e honorários advocatícios, que 
 
Page 3 of 8 
f ixo em 10% do valor da causa, nos termos do artigo 85, § 
2º do Novo Código de Processo Civil, observado o disposto 
no artigo 98, § 3º do mesmo diploma legal. Após o trânsito 
em julgado, dê-se baixa e arquivem-se. P. R. I . 
 
 
Conforme passa a demonstrar a Recorrida, não merece reforma a 
respeitável sentença. 
 
 
DAS RAZÕES PARA O DESPROVIMENTO 
DO RECURSO 
 
 
Como bem pode-se observar, não merece acolhimento a apelação 
interposta pela autora, como se demonstra. 
 
Impõe-se a integral manutenção da irretocável sentença do juízo a quo 
que bem analisou a matéria suscitada nos presentes autos e pelos 
jurídicos fundamentos, julgou improcedente veiculados na inicial. 
 
Torna-se visível que o recurso em questão não passa de tentativa da 
recorrente em protelar o término do processo. Elucida -se, inclusive, que 
a aluna tanto compreende sua falha, como se matriculou em 2020 .3 na 
discipl ina objeto da presente demanda que foi reprovada por nota. 
 
 
 
De certo a hipótese apresentada pela autora não é de manifesta 
ilegalidade em sua reprovação, mas sim a reinterpretação de ato 
acadêmico prát ico dentro do âmbito da autonomia didática da instituição 
de ensino ré. 
 
 
Page 4 of 8 
Ocorre que a aluna realizou seu estágio junto à terceiros de forma 
autônoma, não tendo nenhum acompanhamento de professores ou 
coordenadores da inst ituição e nem se quer respeitando o calendário 
acadêmico. 
 
Não há qualquer prova ou indício mínimo de que a Estácio de Sá tenha cometido 
qualquer ilegalidade ou abuso ao reprovar a autora, sendo certo que o ocorrido se 
deu unicamente pelo mérito ou demérito da aluna. Salienta-se, ainda que o ato não 
pode ser revisto pelo judiciário, em respeito à autonomia didática das instituições de 
ensino. Veja-se, nesse sentido, a consolidada jurisprudência deste tribunal: 
 
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER 
C/C INDENIZATÓRIA. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE 
SERVIÇOS EDUCACIONAIS. O Autor relatou que a Ré 
lhe atribuiu nota "zero" em avaliação de disciplina no curso 
de graduação em medicina por suspeita de "cola", 
relatando que não lhe foi oportunizada a vista de prova e 
que a reprovação deu causa ao cancelamento do 
financiamento pelo FIES. Demandante se insurge contra 
a sentença de improcedência alegando cerceamento de 
defesa. Juízo que é o destinatário da prova e tem o poder 
discricionário de determinar a produção daquelas 
indispensáveis e necessárias à formação de seu livre 
convencimento, bem como de indeferir as diligências que 
considerar desnecessárias, como é o caso das provas 
pericial e oral na hipótese dos autos, na forma do disposto 
no artigo 370 do Código de Ritos. Pretensão inicial que 
implicaria na interferência do Estado, por meio do Poder 
Judiciário, na autonomia que é garantia às Universidades, 
como consta do artigo 207 da Carta Política. A conclusão 
da Ré sobre a existência ou não de similaridade entre as 
respostas que constam da avaliação do Autor e outros 
 
Page 5 of 8 
colegas está inserida dentro da autonomia didático-
científica e que não pode ser revista pelo Judiciário, não 
havendo que se falar na submissão da conclusão do corpo 
acadêmico quanto à ocorrência de "cola" à avaliação de 
perito judicial. Inexistência de garantia legal à vista de 
prova pelos alunos de Universidade, de modo que o 
Judiciário não pode determiná-la ou concluir que a 
negativa configure ato ilícito, ressaltando-se que o Autor 
não compareceu no horário da reunião marcada para tal 
fim e posteriormente logrou ter vista da prova. Autor que 
foi descredenciado do FIES mais de três Page 5 of 13 
anos antes da reprovação na disciplina em questão. 
Manutenção da sentença de improcedência. RECURSO 
DESPROVIDO. (TJ-RJ - APL: 01936536620178190001, 
Relator: Des(a). LEILA MARIA RODRIGUES PINTO DE 
CARVALHO E ALBUQUERQUE, Data de Julgamento: 
13/02/2019, VIGÉSIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL) 
APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER 
C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - 
UNIVERSIDADE - AUTONOMIA DIDÁTICO-CIENTÍFICA 
- IMPOSSIBILIDADE DE INTERVENÇÃO DO 
JUDICIÁRIO NOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO. A 
autonomia universitária, reconhecida constitucionalmente 
e regulamentada pela Lei de Diretrizes e Bases da 
Educacao Nacional, impede que o Poder Judiciário 
intervenha nas decisões envolvendo as funções precípuas 
das referidas instituições de ensino, salvo nas hipóteses 
de flagrante ilegalidade. (Apelação Cível nº 
1.0024.12.248726-7/002, Rel. Arnaldo Maciel, 18ª Câm. 
Cível, j. 17/11/2015, p. 20/11/2015). APELAÇÃO CÍVEL - 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - REPROVAÇÃO EM 
DISCIPLINA - REVISÃO DA NOTA ATRIBUÍDA A UMA 
 
Page 6 of 8 
DAS AVALIAÇÕES - IMPOSSIBILIDADE - INVERSÃO 
DO ÔNUS DA PROVA -AUSÊNCIA DOS 
PRESSUPOSTOS LEGAIS - RECURSO DESPROVIDO. 
Para que se condene alguém ao pagamento de 
indenização por dano moral, é preciso que se configurem 
os pressupostos ou requisitos da responsabilidade civil, 
que são o dano, a culpa do agente, em caso de 
responsabilização subjetiva e o nexo de causalidade entre 
a atuação deste e o prejuízo. Em que pese ser aplicável à 
hipótese dos autos os preceitos do Código de defesa do 
Consumidor, a nosso aviso, não se mostram presentes os 
pressupostosnecessários à inversão do ônus da prova. 
Mesmo que tenha sido exibido o trabalho realizado pelo 
requerente, não seria cabível a revisão da nota atribuída 
pelo professor que ministrou a matéria, por constituir 
manifesta interferência na autonomia dos critérios de 
avaliação da instituição de ensino, bem como nos 
parâmetros utilizados pelo docente para a referida 
avaliação. À hipótese dos autos, aplica-se, por analogia, a 
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, segundo a 
qual, não cabe ao judiciário, em substituição às bancas de 
concurso público rever as questões formuladas e os 
critérios de correção. (...) Recurso desprovido. (Apelação 
Cível nº 1.0433.09.312349-8/001, Rel. Des. Eduardo 
Mariné da Cunha, 17ª Câm. Cível, j. 02/02/2012, p. 
10/02/2012). 
 
Em se tratando dos pedidos de danos morais, é indispensável que seja 
o ato impugnado atentatório ao comportamento psicológico do homem 
médio, como bem ensina o Eminente Mestre e Desembargador Sérgio 
Cavalieri Fi lho, verbis : 
 
 
Page 7 of 8 
CONFIGURAÇÃO DO DANO MORAL - A gravidade do 
dano – pondera Antunes Varela - há de medir-se por 
um padrão objet ivo (conquanto a apreciação deva ter 
em l inha de conta as circunstâncias de cada caso), e 
não à luz de fatores subjet ivos (de uma sensibi l idade 
particularmente embotada ou especialmente 
requintada). Por outro lado, a grav idade apreciar-se-á 
em função da tutela do direito: o dano deve ser de tal 
modo grave que just if ique a concessão de uma 
satisfação de ordem pecuniária ao lesado' (Das 
Obrigações em Geral, 8ª ed., Coimbra, Almeida, p. 
617)Nessa l inha de princípio, só deve ser reputado 
como dano moral a dor, vexame, sofrimento ou 
humilhação que, fugindo à normalidade, interfira 
intensamente no comportamento psicológico do 
indivíduo, causando-lhe af lições, angústia e 
desequilíbrio em seu bem-estar. Mero dissabor, 
aborrecimento, mágoa, irr itação ou sensibi l idade 
exacerbada estão fora da órbita do dano moral... (in 
Ob. Citada, pág. 77 e 78) (gr ifo nosso) 
 
 
A doutrina e a lei, na forma dos arts. 186 e 927 do Código Civi l, são 
contundentes ao estabelecerem o dever de indenizar o dano moral 
apenas quando os direitos integrantes da personalidade são 
impunemente atingidos, sendo necessário a coexistê ncia de três 
 
Page 8 of 8 
pressupostos: 
 
- prát ica de ato i lícito; 
- dano, ofensa à honra ou à dignidade; 
- nexo de causalidade entre esses dois elementos. 
 
Somente se presentes esses requisitos, impõe-se a reparação. Como já 
demonstrado, não foi cometido qualquer a to ilícito pela Estácio de Sá. 
A alegada lesão sofrida pela parte Autora não se deu em razão de ato 
praticado por esta Ré, que está totalmente alheia aos fatos ocorridos. 
Portanto, o alegado direito da parte Autora não se sustenta. 
 
Não há qualquer fundamento trazido em sede de recurso que pudesse 
motivar a reforma da sentença. 
 
 
 
EMINENTES JULGADORES 
 
São essas as razões pelas quais a Recorrida, invocando os áureos e 
doutos suplementos de Vossas Excelências, f ia, espera e requer que 
seja desprovido o Recurso de Apelação, mantendo-se na íntegra a 
respeitável sentença recorrida, tudo por ser medida de Direito e 
JUSTIÇA. 
 
 
 
Rio de Janeiro, 06 de setembro de 2021. 
 
 
 Líviah Moreira das Neves 
 OAB/RJ 365.810 
 
 
AO JUÍZO DE DIREITO DA 2ª VARA DO SISTEMA DOS JUIZADOS ESPECIAIS DA 
COMARCA DE FEIRA DE SANTANA – BA 
 
 
 
 
Processo n° 1009431-10.2020.8.05.0080 
 
 
 
 
FUFS - SOCIEDADE EMPRESARIAL DE ESTUDOS 
SUPERIORES E TECNOLÓGICOS SANT'ANA LTDA., já 
devidamente quali f icada nos autos desta ação, perante 
esse MM. Juizado, que lhe move MATHEUS BARBOSA 
RIBEIRO, vem, por seu advogado abaixo assinado, 
apresentar as suas CONTRARRAZÕES ao Recurso 
inominado interposto. 
 
 
Requer, cumpridas as formalidades legais, a 
remessa dos autos à e. Turma Recursal. 
 
Nestes Termos 
E. Deferimento. 
 
Rio de Janeiro, 20 de novembro de 2021; 
 
Líviah Moreira das Neves 
OAB/RJ 365.810 
 
 
 
 
Page 2 of 8 
 
 
EGRÉGIA TURMA 
 
DAS INTIMAÇÕES: 
 
Requer que todas as citações, int imações, publicações em Diário Oficial 
e demais atos de comunicação processual sejam efetuadas, única e 
exclusivamente, em nome do patrono Líviah Moreira , inscrito na 
OAB/RJ sob o nº 365.810 , com escritório na cidade do Rio de Janeiro/RJ, 
na rua Jorge Emilio Fontenelle, no Recreio dos Bandeirantes, n° 110, 
CEP:22790-147, endereço eletrônico: moreiraaliviah@uva.br. 
 
DA SÍNTESE DA LIDE 
 
Trata se de ação em que a autora alega ser beneficiária de bolsa de 50% (cinquenta 
por cento) de desconto e o benefício do FIES no percentual de 50% (cinquenta por 
cento) do valor do curso. Acreditando, desta forma, que não arcaria com nenhum custo 
das mensalidades. 
 
Certo é que mesmo não sendo bolsista integral, não reconhece as cobranças realizadas 
e requer o cancelamento de débitos, baixa em negativação e indenização por danos 
morais no valor de R$ 10.000,00. 
 
Em sede de contestação, a Ré informou que os benefícios da autora não são somados 
50% + 50%, mas sim aplicados de forma distinta no valor da mensalidade. Restou 
esclarecido que o boleto de cobrança enviado mensalmente aos alunos esclarece que, 
sobre o valor integral da mensalidade, PRIMEIRO é calculado o desconto da bolsa 
oferecida, para apenas DEPOIS calcular a parcela que será paga por meio do FIES: 
 
mailto:moreiraaliviah@uva.br
 
Page 3 of 8 
 
 
Esclareceu-se, ainda, que a forma de aplicação dos benefícios estava expressa nas 
cláusulas contratuais. 
 
Assim, foi prolatada sentença julgando parcialmente procedentes os pedidos, nos 
seguintes termos: 
 
“Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTES OS PEDIDOS e 
extingo o feito com resolução do mérito (art. 487, inciso I, do CPC), apenas para: 
a) determinar à acionada que se abstenha de realizar cobranças quanto a 
débitos da em nome da acionante referentes a curso de nutrição; b) determinar 
à acionada que proceda à baixa dos débitos quanto ao aludido curso. 
JULGO IMPROCEDENTE o pedido de indenização por danos morais. 
Sem custas ou honorários nesta fase processual (art. 55 da Lei n.º 9.099/1995). 
Publique-se. Registre-se. Intimem-se. 
Intime-se pessoalmente a acionada da obrigação de fazer (Súmula n.º 410 do 
STJ). 
Com o trânsito em julgado, dê-se baixa e arquivem-se os autos. 
Feira de Santana, BA, 04 de junho de 2021..” 
 
Data maxima venia, não merece reforma a sentença, como ora se passa a demonstrar. 
 
 
 
DAS RAZÕES PARA DESPROVIMENTO DO PRESENTE RECURSO 
 
Page 4 of 8 
 
DA INEXISTÊNCIA DO DANO MORAL 
 
DA AUSÊNCIA DE LESÃO À DIGNIDADE OU ABALO PSICOLÓGICO 
 
Como se sabe, é indispensável que seja o ato impugnado atentatório ao 
comportamento psicológico do homem médio, como bem ensina o 
Eminente Mestre e Desembargador Sérgio Cavalieri Fi lho, verbis : 
 
 
CONFIGURAÇÃO DO DANO MORAL - A gravidade do dano – 
pondera Antunes Varela - há de medir-se por um padrão objet ivo 
(conquanto a apreciação deva ter em l inha de conta as 
circunstâncias de cada caso), e não à luz de fatores subjet ivos (de 
uma sensibil idade part icularmente embotada ou especialmente 
requintada). Por outro lado, a gravidade apreciar -se-á em função 
da tutela do direito: o dano deve ser de tal modo grave que 
just if ique a concessão de uma satisfação de ordem pecuniár ia ao 
lesado' (Das Obrigações em Geral, 8ª ed., Coimbra, Almeida, p. 
617)Nessa l inha de princípio, só deve ser reputado como dano 
moral a dor, vexame, sofr imento ou humilhação que, fugindo à 
normalidade, interfira intensamente no comportamento 
psicológico do indivíduo, causando- lhe af l ições, angústia e 
desequi líbr io em seu bem-estar. Mero dissabor, aborrecimento, 
mágoa, irr itaçãoou sensibil idade exacerbada estão fora da órbita 
do dano moral. . . ( in Ob. Citada, pág. 77 e 78) (grifo nosso) 
 
 
A doutrina e a lei, na forma dos arts. 186 e 927 do Código Civi l, são 
contundentes ao estabelecerem o dever de indenizar o dano moral apenas 
quando os direitos integrantes da personalidade são impunemente 
atingidos, sendo necessário a coexistência de três pressupostos: 
 
- prát ica de ato i lícito; 
- dano, ofensa à honra ou à dignidade; 
- nexo de causalidade entre esses dois elementos. 
 
Somente se presentes esses requisitos, impõe-se a reparação. Como já 
demonstrado, não foi cometido qualquer ato il ícito pe la Insti tuição de 
Ensino. A alegada lesão sofrida pela parte Autora não se deu em razão 
 
Page 5 of 8 
de ato praticado por esta Ré, mas sim por desconhecimento das cláusulas 
aceitas no ato da matrícula . Portanto, o alegado direito da parte Autora 
não se sustenta. 
 
Nesse sentido, insta salientar que como consta dos documentos 
acrescidos nos autos e das informações trazidas pela Contestação da Ré, 
em nenhum momento foi comprovado pela Recorrente ter ocorrido 
constrangimento, dor, humilhação ou sofrimento capazes de lh e causar 
danos de ordem extrapatrimonial. Em outros termos, não há elementos 
que demonstrem lesão à dignidade ou abalos psicológicos relacionados 
ao evento. 
 
Não se pode atribuir à Ré a prát ica de qualquer i lícito e muito menos a 
obrigação de reparar supostos danos morais experimentados pela parte 
Autora em decorrência de atos prat icados por terceiros. 
 
Portanto, é patente a inexistência de conduta ilícita prat icada pela 
Recorrida, o que exclui o dever de indenizar, mostrando-se correta a 
decisão do Juízo a quo. 
 
Desta forma, conforme ficou demonstrado, a Recorrida não realizou 
qualquer ato que gerasse dano à Recorrente, devendo a r. sentença do 
juízo a quo ser mantida neste ponto. O suposto dano sofrido foi gerado 
pela própria recorrente. 
 
DA OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E 
PROPORCIONALIDADE NO ARBITRAMENTO DO DANO MORAL 
 
 
Ultrapassada a ausência de realidade do recurso interposto, o 
Recorrente não trouxe em seu recurso qualquer alegação ou fato que 
pudesse ensejar a modificação do dano moral, apenas reitera os fatos e 
motivos expostos na inicial, devendo, também por isso, s er mantida a r. 
sentença, data vênia . 
 
Page 6 of 8 
 
No caso em tela se faz certo que a conduta da parte ré não violou os 
princípios basilares da relação consumerista como da boa -fé objetiva, 
lealdade, confiança, informação e cooperação, ao passo que a 
Recorrente se desincumbiu de apresentar meios de prova capazes de 
dar guarida as suas afirmações, não tendo vivenciado ne nhum tipo de 
situação desgastante na tentativa de solucionar o problema. 
 
Portanto, o Recorrente deixou de trazer em seu recurso o mínimo de 
alegação necessária que pudesse reformar a r. sentença e modificar 
qualquer valor a título de danos morais, mormente a instituição de ensino 
tenha se pautado exclusivamente nos termos do contrato celebrado. 
 
Além de não trazer alegações suficientes para a reforma da r. sentença, 
a parte autora se demonstra completamente desinteressada em relação 
ao contrato, visando, apenas, a condenação por danos morais desta 
recorrida. 
 
Há de se salientar que a recorrente, de forma dúbia, questiona o valor 
da bolsa e acusa de má-fé, senão vejamos: 
 
“A própria defesa apresentada pela Recorrida, ao 
afirmar que a Recorrente tinha direi to a desconto de 
75% das mensalidades, já caracteriza desrespeito a 
norma consumerista, que, em seu artigo 6º, III, 
garante que são direitos básicos do consumidor a 
informação adequada e clara sobre os tributos e 
preços dos serviços prestados, tendo a Recorrida 
agido justamente na tentativa de ludibriar a 
Recorrente quanto a este ponto de seu direito como 
consumidora” 
 
 
Page 7 of 8 
Quanto a este ponto, de forma alguma a parte ré age de forma a 
“ludibriar” algum dos seus discentes. Inclusive, é necessário evidenciar 
que a Universidade preza pelo melhor interesse de seus alunos e cumpre 
na letra do seu contrato, as cláusulas comuns acordadas no ato da 
matrícula. 
 
No tocante aos 75% (setenta e cinco por cento), há de se evidenciar que 
Ré na tentat iva de esclarecer, em juízo, de uma forma mais clara, 
comparou o somatório dos descontos da autora à uma bolsa de “cerca 
de 75%”. 
 
“Logo, para o cálculo correto da mensalidade da 
autora, era necessário 
aplicar a bolsa sobre o valor cheio da mensalidade 
e depois aplicar o FIES de 50% sobre o valor 
calculado com bolsa, o que resulta numa 
mensalidade de cerca de 75% do valor original.” 
 
Logo, por toda matéria fát ica exposta, merece ser desprovido o Recurso 
Inominado, mantendo-se a respeitável sentença por seus próprios 
fundamentos. 
 
EMINENTES JULGADORES 
 
São essas as razões pelas quais a Recorrida, invocando os áureos e 
doutos suplementos de Vossas Excelências, f ia, espera e requer seja 
negado provimento ao presente Recurso Inominado, para que seja 
mantida a sentença proferida pelo juízo a quo no tocante à ausência de 
danos morais no presente caso, julgando improcedente os pedidos. 
 
Nestes Termos 
E. Deferimento. 
 
 
Page 8 of 8 
Rio de Janeiro, 20 de novembro de 2021. 
 
 
Líviah Moreira das Neves 
OAB/RJ 365.810 
 
 
 
 
 
AO JUÍZO DE DIREITO DA 9ª UNIDADE JURISDICIONAL CÍVEL DA COMARCA 
DE BELO HORIZONTE – MG 
 
 
 
 
Processo n° 1300972-22.2021.8.13.0024 
 
 
 
 
 
 
SESES - Sociedade de Ensino Superior Estácio de Sá LTDA., 
pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ sob o nº 
34.075.739/0001-84, com sede na Rua do Bispo, nº 83, Rio 
Comprido – Cidade do Rio de Janeiro/RJ – CEP: 20.261-063, vem, 
por intermédio do seu advogado in fine assinado, mui 
respeitosamente, à presença de V.Exa., na ação judicial que 
lhe move FERNANDA RIBEIRO, apresentar a sua: 
 
 
 
 
IMPUGNAÇÃO, 
 
 
 
Pelas razões de fato e direito que passa a expor 
 
 
 
 
 
 
Page 2 of 7 
 
 
 
BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO 
 
 Trata-se de ação de obrigação de fazer combinada com ação 
indenizatória, em que a parte autora alega se estudante da Universidade com bolsa 
PROUNI e que atualmente encontra-se impedida de realizar o pedido de 
reconsideração de rendimento acadêmico. 
 
 Aduz, para tanto, que a ré informou ter realizado de forma automática 
algumas reconsiderações, sem o consentimento da aluna. O que acarretou 
estranheza e danos, visto que quando precisou ficou sabendo que não poderia mais. 
 
 Isto posto, requer, em sede de tutela antecipada, o pedido de 
reconsideração da bolsa junto ao PROUNI. Enseja, ainda, pela condenação de danos 
morais em valor a ser arbitrado em juízo. 
 
Sendo assim, conforme restará demonstrado a seguir, a pretensão autoral há de ser 
rejeitada e o pedido de tutela impugnado, desde logo. 
 
O PROUNI 
 
 Destarte, há de se salientar que o Programa Universidade para Todos 
– ProUni, instituído pela Lei nº 11.096/2005, consiste em uma medida do Governo 
Federal com o objetivo de democratizar o acesso à universidade1, possibilitando o 
ingresso de estudantes de baixa renda em instituições privadas de ensino superior. 
 
 Por meio desse programa de incentivo à educação, o Governo confere 
benefícios fiscais às instituições de ensino privada, que, em contrapartida, devem 
 
1 Na exposição de motivos para a apresentação da Medida Provisória nº 213/2004, que culminou na 
Lei nº 11.096/2005, encontra-se expressamente discriminado que “o programa reteve, sem exceção, 
todas as suas preocupações iniciais, no sentido de regular a educação superior ofertada por entidades 
beneficentes de assistência social e democratizar o acesso à universidade”. 
 
 
 
Page 3 of 7 
 
 
oferecer um número determinado de bolsas de estudo, as quais variam de 100% a 
25%, de acordo como número de alunos matriculados na instituição de ensino (Lei 
nº 11.096/2005, art. 1º). Trata-se, portanto, de uma via de mão dupla: a instituição de 
ensino obtém benefícios tributários como forma de incentivo à educação; e, de sua 
parte, garante bolsas de estudo a um determinado número de alunos, dando-lhes a 
oportunidade de obter um diploma de curso superior.2 
 
 
INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL 
 
 Considerando-se que a controvérsia envolve instituição de ensino 
superior, que integra o sistema federal de ensino, e que se cinge às normas e às 
obrigações atinentes ao ProUni, organizado e fiscalizado pelo Ministério da Educação 
(cf. art. 2º, do Decreto nº 5493/05), vinculado ao Governo Federal, é forçoso o 
reconhecimento da competência da Justiça Federal para processar e julgar a 
presente demanda, em virtude do interesse manifesto da União (Constituição 
Federal, art. 109, I). 
 
 Este, como não poderia deixar de ser, é o pacífico entendimento dos 
tribunais pátrios sobre o tema, como se confere dos exemplificativos julgados abaixo 
colacionados: 
 
APELAÇÃO – ATO ADMINISTRATIVO – PROUNI – UNIVERSIDADE 
PARTICULAR – Pleito de rematrícula como bolsista em curso 
universitário – Cancelamento da bolsa – Dirigente da entidade particular 
que age como representante do coordenador do Prouni, em exercício 
de função federal – Incompetência absoluta da Justiça Estadual – 
Recurso não conhecido, com determinação de remessa dos autos à 
Justiça Federal. 
(TJSP, AC nº 0002347-85.2010.8.26.0315, Rel. Des. Maurício Fiorito, 
3ª Câmara de Direito Público, j. 28.04.2015) 
 
22 “O tratamento fiscal diferenciado conferido às atividades relativas ao ensino superior não visa 
simplesmente a desonerar as mantenedoras de instituições de ensino superior, mas sim e 
precisamente reduzir o custo da mensalidade de cursos de graduação e seqüenciais de formação 
específica, ou seja, tem como meta desonerar o bolso do estudante, em especial, do estudante de 
baixa renda que, de outra forma, ficaria privado de formação educacional superior.” (Parágrafo 11 da 
exposição de motivos da Medida Provisória que resultou na Lei nº 11.096/2005). 
 
 
 
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Ação ordinária de obrigação de não fazer concessão de bolsa de 
estudos do programa PROUNI - Súmula 150 do Superior Tribunal de 
Justiça exclusão da União Federal do polo passivo matéria de 
competência da Justiça Federal remessa dos autos à Justiça Federal 
de Primeiro Grau incompetência da Justiça Estadual decretada. 
(TJSP, AI nº 2093437-71.2017.8.26.0000, Rel. Des. Coutinho Almeida, 
16ª Câmara de Direito Privado, j. 14.11.2017) 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. INDEFERIMENTO MATRÍCULA. 
CANCELAMENTO BOLSA PROUNI. REITOR INSTITUIÇÃO EM 
EXERCÍCIO DE FUNÇÃO DELEGADA DA UNIÃO. COMPETÊNCIA 
DA JUSTIÇA FEDERAL - A competência cível da Justiça Federal é 
definida ratione personae, ou seja; leva em consideração a natureza 
das pessoas envolvidas na relação processual. - A autoridade de 
instituição privada no exercício de função federal delegada, sujeita-se 
ao crivo da Justiça Federal. 
(TJMG, AI nº 0883319-39.2013.8.13.0000, Rel. Des. Luiz Carlos Gomes 
da Mata, 13ª CC, j. 03.04.2014) 
 
ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ENSINO 
SUPERIOR. BOLSA DE ESTUDOS. PROUNI. LEGITIMIDADE DA 
UNIÃO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. 
A jurisprudência deste Tribunal se orienta no sentido de que a União é 
parte legítima para figurar no pólo passivo de ações que envolvem a 
promoção de acesso ao ensino superior, sobretudo quando decorrente 
de programa federal. 
(TRF4, AI nº 5027711-86.2013.4.04.0000/RS, Rel. Des. Vivian Josete 
Pantaleão Caminha, j. 21.03.2014) 
 
 Tanto é assim que, mesmo em caso de eventual decisão favorável aos 
interesses da parte autora, a instituição de ensino não teria sequer autonomia para 
promover quaisquer atos no portal do ProUni (SisProUni), gerido exclusivamente pelo 
ente público. 
 
 Portanto, considerada a presença necessária da União, na figura do 
MEC no presente feito, confia a parte Ré em que será reconhecida a competência da 
Justiça Federal para processar e julgar esta demanda, com a remessa dos autos 
àquela Justiça, na forma do art. 64, §3º, do Código de Processo Civil. 
 
 
 
 
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 Isto posto, há de se impugnar o pedido da autora, vez que a concessão 
a título de tutela antecipada, sem que, ao menos, o MEC tenha conhecimento da 
demanda é um ato atentatório. 
 
 Assim como supracitado, há a necessidade do conhecimento do 
Ministério Educação tendo em vista que a responsabilidade não pode jamais ser 
imputada à Instituição de Ensino Privada que corrobora com o programa ProUni, na 
medida em que foge, por completo, de seu âmbito de atuação. 
 
 Evidencia-se, ainda, que o cancelamento da matrícula do estudante 
junto ao ProUni é ato que compete ao Ministério da Educação no uso de suas 
atribuições. A instituição de ensino, por sua vez, não possui qualquer ingerência 
sobre esse ato, tendo em vista que a sua responsabilidade se restringe, nos termos 
da lei, ao simples envio de informações ao Ministério da Educação. 
 
 De forma breve, entretanto, pode-se notar que o aluno apresenta 
insuficiência acadêmica desde 2017, sendo certo que tanto em 2017.11, como em 
2017.2 o aluno teve rendimento inferior a 75% (setenta e cinco por cento) das 
disciplinas cursadas no período. 
 
 
 
 Nesse sentido, é necessário elucidar que a Portaria Normativa 
n°19/2008 do Ministério da Educação estabelece que a bolsa deverá ser cancelada 
sempre que o bolsista não apresentar rendimento acadêmico suficiente: 
 
Art. 10: (...) 
§ 1° Para efeitos do disposto no inciso V deste artigo considera-se 
rendimento acadêmico insuficiente a aprovação em menos de 75% (setenta 
e cinco por cento) das disciplinas cursadas em cada período letivo. 
 
 
 
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Tendo, portanto, configurado a insuficiência acadêmica junto ao ProUni, a IES 
deixa de ter competência sobre o assunto para solucionar a lide de forma direta e 
indiscriminada. Como supracitado, a Universidade informa ao Ministério da Educação 
e a este compete a decisão de cancelar ou não a bolsa de estudos do discente. 
 
 
PEDIDOS 
 
1. Diante do exposto, confia a Ré que será acolhida o seu pedido de 
IMPUGNAÇÃO A TUTELA ANTECIPADA requerida pela parte autora, tendo em vista 
a necessidade de conhecimento da demanda pelo MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 
tendo em vista que as diretrizes internas do ProUni comprovam que não compete à 
Instituição de Ensino da rede Privada a autonomia sobre o cancelamento do benefício 
ou matrícula dos beneficiados. 
 
2. Requer, ainda, que seja reconhecida a competência da Justiça Federal 
para processar e julgar esta demanda, com a consequente remessa dos autos àquela 
Justiça, na forma do art. 64, §3º, do Código de Processo Civil. 
 
 
3. Protesta pela produção de todos os meios de prova admitidos em 
direito, em especial pela produção de prova documental suplementar, se necessária 
for. 
 
4. Requer, finalmente, que todas as citações, intimações, publicações em 
Diário Oficial e demais atos de comunicação processual sejam efetuadas, única e 
exclusivamente, em nome do patrono Líviah Moreira, inscrito na OAB/RJ sob o nº 
365.810, com escritório na cidade do Rio de Janeiro/RJ, na rua Jorge Emilio 
Fontenelle, no Recreio dos Bandeirantes, n° 110, CEP: 22790-147, endereço 
eletrônico: moreiraaliviah@uva.br. 
 
mailto:moreiraaliviah@uva.br
 
 
 
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E. Deferimento. 
Rio de Janeiro, 01 de setembro de 2021. 
 
Líviah Moreira das Neves 
OAB/RJ 365.810 
 
 
 
 
AO JUÍZO DE DIREITO DA 9ª UNIDADE JURISDICIONAL CÍVEL DA COMARCA 
DE BELO HORIZONTE – MG 
 
 
 
 
Processo n° 0009145-64.2021.8.13.0024 
 
 
 
 
 
 
SESES - Sociedade de Ensino Superior Estácio de Sá LTDA., 
pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ sob o nº 
34.075.739/0001-84, com sede na Rua do Bispo, nº 83, Rio 
Comprido– Cidade do Rio de Janeiro/RJ – CEP: 20.261-063, vem, 
por intermédio do seu advogado in fine assinado, mui 
respeitosamente, à presença de V.Exa., na ação judicial que 
lhe move ANTÔNIO SOUZA, apresentar a sua: 
 
 
 
 
IMPUGNAÇÃO, 
 
 
 
Pelas razões de fato e direito que passa a expor 
 
 
 
 
 
 
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BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO 
 
 Trata-se de ação de obrigação de fazer combinada com ação 
indenizatória, em que a parte autora alega se estudante da Universidade com bolsa 
PROUNI e que atualmente encontra-se impedida de realizar o pedido de 
reconsideração de rendimento acadêmico. 
 
 Aduz, para tanto, que a ré informou ter realizado de forma automática 
algumas reconsiderações, sem o consentimento da aluna. O que acarretou 
estranheza e danos, visto que quando precisou ficou sabendo que não poderia mais. 
 
 Isto posto, requer, em sede de tutela antecipada, o pedido de 
reconsideração da bolsa junto ao PROUNI. Enseja, ainda, pela condenação de danos 
morais em valor a ser arbitrado em juízo. 
 
Sendo assim, conforme restará demonstrado a seguir, a pretensão autoral há de ser 
rejeitada e o pedido de tutela impugnado, desde logo. 
 
O PROUNI 
 
 Destarte, há de se salientar que o Programa Universidade para Todos 
– ProUni, instituído pela Lei nº 11.096/2005, consiste em uma medida do Governo 
Federal com o objetivo de democratizar o acesso à universidade1, possibilitando o 
ingresso de estudantes de baixa renda em instituições privadas de ensino superior. 
 
 Por meio desse programa de incentivo à educação, o Governo confere 
benefícios fiscais às instituições de ensino privada, que, em contrapartida, devem 
 
1 Na exposição de motivos para a apresentação da Medida Provisória nº 213/2004, que culminou na 
Lei nº 11.096/2005, encontra-se expressamente discriminado que “o programa reteve, sem exceção, 
todas as suas preocupações iniciais, no sentido de regular a educação superior ofertada por entidades 
beneficentes de assistência social e democratizar o acesso à universidade”. 
 
 
 
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oferecer um número determinado de bolsas de estudo, as quais variam de 100% a 
25%, de acordo com o número de alunos matriculados na instituição de ensino (Lei 
nº 11.096/2005, art. 1º). Trata-se, portanto, de uma via de mão dupla: a instituição de 
ensino obtém benefícios tributários como forma de incentivo à educação; e, de sua 
parte, garante bolsas de estudo a um determinado número de alunos, dando-lhes a 
oportunidade de obter um diploma de curso superior.2 
 
 
INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL 
 
 Considerando-se que a controvérsia envolve instituição de ensino 
superior, que integra o sistema federal de ensino, e que se cinge às normas e às 
obrigações atinentes ao ProUni, organizado e fiscalizado pelo Ministério da Educação 
(cf. art. 2º, do Decreto nº 5493/05), vinculado ao Governo Federal, é forçoso o 
reconhecimento da competência da Justiça Federal para processar e julgar a 
presente demanda, em virtude do interesse manifesto da União (Constituição 
Federal, art. 109, I). 
 
 Este, como não poderia deixar de ser, é o pacífico entendimento dos 
tribunais pátrios sobre o tema, como se confere dos exemplificativos julgados abaixo 
colacionados: 
 
APELAÇÃO – ATO ADMINISTRATIVO – PROUNI – UNIVERSIDADE 
PARTICULAR – Pleito de rematrícula como bolsista em curso 
universitário – Cancelamento da bolsa – Dirigente da entidade particular 
que age como representante do coordenador do Prouni, em exercício 
de função federal – Incompetência absoluta da Justiça Estadual – 
Recurso não conhecido, com determinação de remessa dos autos à 
Justiça Federal. 
(TJSP, AC nº 0002347-85.2010.8.26.0315, Rel. Des. Maurício Fiorito, 
3ª Câmara de Direito Público, j. 28.04.2015) 
 
22 “O tratamento fiscal diferenciado conferido às atividades relativas ao ensino superior não visa 
simplesmente a desonerar as mantenedoras de instituições de ensino superior, mas sim e 
precisamente reduzir o custo da mensalidade de cursos de graduação e seqüenciais de formação 
específica, ou seja, tem como meta desonerar o bolso do estudante, em especial, do estudante de 
baixa renda que, de outra forma, ficaria privado de formação educacional superior.” (Parágrafo 11 da 
exposição de motivos da Medida Provisória que resultou na Lei nº 11.096/2005). 
 
 
 
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Ação ordinária de obrigação de não fazer concessão de bolsa de 
estudos do programa PROUNI - Súmula 150 do Superior Tribunal de 
Justiça exclusão da União Federal do polo passivo matéria de 
competência da Justiça Federal remessa dos autos à Justiça Federal 
de Primeiro Grau incompetência da Justiça Estadual decretada. 
(TJSP, AI nº 2093437-71.2017.8.26.0000, Rel. Des. Coutinho Almeida, 
16ª Câmara de Direito Privado, j. 14.11.2017) 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. INDEFERIMENTO MATRÍCULA. 
CANCELAMENTO BOLSA PROUNI. REITOR INSTITUIÇÃO EM 
EXERCÍCIO DE FUNÇÃO DELEGADA DA UNIÃO. COMPETÊNCIA 
DA JUSTIÇA FEDERAL - A competência cível da Justiça Federal é 
definida ratione personae, ou seja; leva em consideração a natureza 
das pessoas envolvidas na relação processual. - A autoridade de 
instituição privada no exercício de função federal delegada, sujeita-se 
ao crivo da Justiça Federal. 
(TJMG, AI nº 0883319-39.2013.8.13.0000, Rel. Des. Luiz Carlos Gomes 
da Mata, 13ª CC, j. 03.04.2014) 
 
ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ENSINO 
SUPERIOR. BOLSA DE ESTUDOS. PROUNI. LEGITIMIDADE DA 
UNIÃO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. 
A jurisprudência deste Tribunal se orienta no sentido de que a União é 
parte legítima para figurar no pólo passivo de ações que envolvem a 
promoção de acesso ao ensino superior, sobretudo quando decorrente 
de programa federal. 
(TRF4, AI nº 5027711-86.2013.4.04.0000/RS, Rel. Des. Vivian Josete 
Pantaleão Caminha, j. 21.03.2014) 
 
 Tanto é assim que, mesmo em caso de eventual decisão favorável aos 
interesses da parte autora, a instituição de ensino não teria sequer autonomia para 
promover quaisquer atos no portal do ProUni (SisProUni), gerido exclusivamente pelo 
ente público. 
 
 Portanto, considerada a presença necessária da União, na figura do 
MEC no presente feito, confia a parte Ré em que será reconhecida a competência da 
Justiça Federal para processar e julgar esta demanda, com a remessa dos autos 
àquela Justiça, na forma do art. 64, §3º, do Código de Processo Civil. 
 
 
 
 
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 Isto posto, há de se impugnar o pedido da autora, vez que a concessão 
a título de tutela antecipada, sem que, ao menos, o MEC tenha conhecimento da 
demanda é um ato atentatório. 
 
 Assim como supracitado, há a necessidade do conhecimento do 
Ministério Educação tendo em vista que a responsabilidade não pode jamais ser 
imputada à Instituição de Ensino Privada que corrobora com o programa ProUni, na 
medida em que foge, por completo, de seu âmbito de atuação. 
 
 Evidencia-se, ainda, que o cancelamento da matrícula do estudante 
junto ao ProUni é ato que compete ao Ministério da Educação no uso de suas 
atribuições. A instituição de ensino, por sua vez, não possui qualquer ingerência 
sobre esse ato, tendo em vista que a sua responsabilidade se restringe, nos termos 
da lei, ao simples envio de informações ao Ministério da Educação. 
 
 De forma breve, entretanto, pode-se notar que o aluno apresenta 
insuficiência acadêmica desde 2017, sendo certo que tanto em 2017.11, como em 
2017.2 o aluno teve rendimento inferior a 75% (setenta e cinco por cento) das 
disciplinas cursadas no período. 
 
 
 
 Nesse sentido, é necessário elucidar que a Portaria Normativa 
n°19/2008 do Ministério da Educação estabelece que a bolsa deverá ser cancelada 
sempre que o bolsista não apresentar rendimento acadêmico suficiente: 
 
Art. 10: (...) 
§ 1° Para efeitos do disposto no inciso V deste artigo considera-se 
rendimento acadêmico insuficiente a aprovação em menos de 75% (setenta 
e cinco por cento) das disciplinascursadas em cada período letivo. 
 
 
 
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Tendo, portanto, configurado a insuficiência acadêmica junto ao ProUni, a IES 
deixa de ter competência sobre o assunto para solucionar a lide de forma direta e 
indiscriminada. Como supracitado, a Universidade informa ao Ministério da Educação 
e a este compete a decisão de cancelar ou não a bolsa de estudos do discente. 
 
 
PEDIDOS 
 
1. Diante do exposto, confia a Ré que será acolhida o seu pedido de 
IMPUGNAÇÃO A TUTELA ANTECIPADA requerida pela parte autora, tendo em vista 
a necessidade de conhecimento da demanda pelo MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 
tendo em vista que as diretrizes internas do ProUni comprovam que não compete à 
Instituição de Ensino da rede Privada a autonomia sobre o cancelamento do benefício 
ou matrícula dos beneficiados. 
 
2. Requer, ainda, que seja reconhecida a competência da Justiça Federal 
para processar e julgar esta demanda, com a consequente remessa dos autos àquela 
Justiça, na forma do art. 64, §3º, do Código de Processo Civil. 
 
 
3. Protesta pela produção de todos os meios de prova admitidos em 
direito, em especial pela produção de prova documental suplementar, se necessária 
for. 
 
4. Outrossim, requer, finalmente, que todas as citações, intimações, 
publicações em Diário Oficial e demais atos de comunicação processual sejam 
efetuadas, única e exclusivamente, em nome do patrono Líviah Moreira, inscrito na 
OAB/RJ sob n° 365.810, com escritório na cidade do Rio de Janeiro/RJ, na rua Jorge 
Emilio Fontenelle, no Recreio dos Bandeirantes, n°110, CEP: 22790-147, endereço 
eletrônico: moreiraaliviah@uva.br. 
 
mailto:moreiraaliviah@uva.br
 
 
 
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E. Deferimento. 
Rio de Janeiro, 25 de setembro de 2021. 
 
Líviah Moreira das Neves 
OAB/RJ 365.810 
 
 
 
 
AO JUÍZO DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE NOVA 
FRIBURGO – RJ 
 
 
Processo nº: 7001324-28.2019.8.19.0037 
 
 
SESES - Sociedade de Ensino Superior Estácio de Sá LTDA, 
já devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe, vem, 
respeitosamente à presença de V. Exa., na ação que lhe move 
TAMIRES RODRIGUES DE ALMEIDA, requerer a dilação do prazo 
para cumprimento da sentença de fls. 138. 
 
Certo que não será possível o atendimento no prazo deferido, requer o 
prazo adicional de 15 dias (quinze dias) para comprovação do 
pagamento e garantia do juízo. 
 
Outrossim, requer, finalmente, que todas as citações, intimações, 
publicações em Diário Oficial e demais atos de comunicação processual 
sejam efetuadas, única e exclusivamente, em nome do patrono Líviah 
Moreira, inscrito na OAB/RJ sob n° 365.810, com escritório na cidade 
do Rio de Janeiro/RJ, na rua Jorge Emilio Fontenelle, no Recreio dos 
Bandeirantes, n° 110, CEP: 22790-147, endereço eletrônico: 
moreiraaliviah@uva.br. 
 
Informa, por oportuno, em cumprimento ao art. 106, I, do NCPC, a parte 
ré recebe intimações no endereço constante na lateral desta petição de 
rosto, endereço eletrônico: moreiraaliviah@uva.br. 
 
E. Deferimento. 
Rio de Janeiro, 20 de novembro de 2021. 
 
 
 
mailto:moreiraaliviah@uva.br
mailto:moreiraaliviah@uva.br
 
Page 2 of 2 
Líviah Moreira das Neves 
OAB/RJ 365.810 
 
 
 
MM. JUIZO DE DIREITO DA 8ª VARA DO SISTEMA DOS JUIZADOS DA 
COMARCA DE SALVADOR – BA 
 
 
 
GRERJ Nº 374000918 
 
 
 
Processo nº 1354970-90.2020.8.05.0001 
 
 
 
 
SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR ESTÁCIO DE 
SÁ LTDA, nos autos da AÇÃO INDENIZATÓRIA que 
lhe move FÁBIO GOUVÉIA DE MATTOS , vem, 
tempestivamente, inconformado com a respeitável 
sentença de fls., interpor o presente RECURSO 
INOMINADO, requerendo, cumpridas as 
formalidades legais, sua remessa à Egrégia Turma 
Recursal, na forma do que dispõe o art. 41 da Lei 
9.099/95, com as inclusas razões. 
 
 
 Nestes Termos, 
E. Deferimento 
 
 Rio de Janeiro, 30 de setembro de 2021. 
 
 
 Líviah Moreira das Neves 
OAB/RJ 365.810 
 
 
 
 
 
 
 
 EGRÉGIA TURMA: 
 
 
Page 2 of 19 
 
DA TEMPESTIVIDADE: 
 
 
A sentença que deu provimento aos pedidos autorais, foi publicada aos 
08.07.2021, tendo a int imação sido entregue aos 16.07.2021 (sexta -
feira), assim como consta nos autos, evento nº 44. Desse modo, o início 
do prazo recursal deu-se no primeiro dia út il subsequente, qual seja, 
19.07.2021 (segunda-feira). 
 
Assim, temos que o prazo final para interposição do presente recurso 
dar-se-á em 29.07.2021 (segunda-feira), motivo pelo qual é clara sua 
tempestividade. 
 
 
DA SÍNTESE DA LIDE: 
 
 
 
Trata-se de ação de obrigação de fazer combinada com ação 
indenizatória, em que a autora a lega o autor que realizou curso de pós-
graduação em Engenharia de Segurança de trabalho e que após a 
conclusão do seu curso foi surpreendida por não poder se registrar no 
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado da Bahia – 
CREA-BA. 
 
Ocorre que, a autora se surpreendeu ao saber que o curso não era 
cadastrado no Conselho Regional e iniciou a presente demanda de ver 
sanada a lide. 
 
 
Contestado o feito, a Recorrente sustentou a não obrigatoriedade de 
cadastro no Conselho Regional, entretanto, que o curso é reconhecido 
e aprovado pelo MEC. Certo é que o currículo do curso de 
 
Page 3 of 19 
especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho segue o 
Parecer CNE/CES nº 19/1987. 
 
Certo é que a única obrigator iedade da requerida é que o curso esteja 
cadastrado junto ao MEC e ao CREA no estado de domicílio da 
MANTENEDORA da inst ituição de ensino, qual seja, o CREA -RJ. O que 
ocorre é que os demais órgãos estaduais solicitam informações ao 
CREA-RJ e verif icam a veracidade do cadastro do curso, para que 
depois possam conferir os documentos e proceder com a anotação na 
carteira. 
 
Ato contínuo, após a fase de instrução foi prolatada sentença julgando 
parcialmente procedente o pedido autoral nos seguintes termos: 
 
“Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE EM PARTE os pedidos 
autorais para EXTINGUIR o processo, com resolução do mérito, 
com base no art. 487, I , e CONDENAR a Ré a: 
 
1. Comprovar solicitação de regularização do curso de Pós -
Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho da 
Instituição, junto ao CREA/BA, cumprindo todas as 
exigências trazidas pelo Conselho Profissional, para 
viabilizar o exercício pleno da profissão da Autora, prazo de 
10(dez) dias, sob pena de conversão em perdas e danos; 
 
2. INDENIZAR a parte autora, à t í tulo de DANOS MORAIS, no 
importe de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), acrescido de juros, de 
1% ao mês, a part ir da citação, e correção monetár ia, a part ir do 
presente arbitramento. 
 
Advirto as partes que, eventuais embargos de declaração 
interpostos sem a estr ita observância das hipóteses de cabimento 
previstas no art. 1.022 do CPC/2015, ou para rediscut ir matéria 
já apreciada, será considerado manifestamente protelatór io, a 
parte embargante será sancionada nos termos do art. 1.026, § 2º, 
do CPC/15 e a interposição de qualquer recurso f icará 
condicionada ao depósito prévio do valor da multa (§ 3º, art. 
1.026, CPC). 
 
 
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Decido, desde já, que havendo recurso hábi l, tempestivo e 
sufic ientemente preparado (se for o caso), f ica expressamente 
recebido no efeito devolut ivo (art. 43, Lei 9099/95). Neste caso, 
int ime-se a parte contrária para, querendo, apresentar 
contrarrazões no prazo legal e, decorrido o prazo, remetam -se os 
autos para distr ibuição a uma das Turmas Recursais, com as 
cautelas de praxe. 
 
Para f ins recursais, deverão ser recolhidas as custas, na forma 
legal, sob pena de deserção. E, em caso de requer imento de 
assistência judiciária gratuita, o seu defer imento f ica 
condicionado à apresentação de documentos que comprovem a 
insufic iência de recursos (contracheque, declaraçãode IR, 
dentre outros), os quais devem acompanhar a pet ição de 
interposição do recurso...” (Grifos nossos ) 
 
 
Data máxima vênia , a decisão agravada clama por reforma, ao passo 
em que (i) a justiça estadual não é competente para julgar a causa, em 
razão da necessidade do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia 
em integrar a lide; (i i) inexiste subsunção do curso fornecido pela 
Estácio de Sá à qualquer “exigência” realizada pelo CREA. 
 
DAS RAZÕES PARA PROVIMENTO DO PRESENTE RECURSO: 
 
 
Antes de adentrar no mérito da causa, se mostra necessário demonstrar 
a incompetência desta just iça comum, em razão da competência 
expressa da just iça federal para julgar causa que envolve ato de gestão 
de inst ituição de ensino superior. 
 
Apesar de a ré ser uma instituição privada de ensino, vale lembrar que 
o serviço educacional é prestado por DELEGAÇÃO constitucional, sendo 
ainda um serviço de interesse público. 
 
Desse modo, tanto a doutrina quanto a jurisprudência f ixaram o 
entendimento de que cabe à justiça comum julgar apenas as causas 
 
Page 5 of 19 
relat ivas à forma em que o serviço educacional é prestado, ou seja, 
aquelas que tenham como objeto cobranças indevidas, inscrição 
indevida em cadastro restrit ivo de crédito, etc. 
 
Já aquelas causas que envolvem atos de gestão da inst ituição de ensino 
atraem a competência da justiça federal, justamente pelo fato de o 
prestador de serviço agir por delegação da competência federal para 
fornecer o ensino de nível superior. 
 
Por atos de gestão, entende-se aqueles atinentes ao estabelecimento 
da grade curricular dos cursos, reconhecimento e renovação de 
reconhecimento de cursos, bem como colação de grau e emissão de 
diplomas e cert if icados. 
 
Como se sabe, o art. 9º, IX, da Lei de Diretr izes e Bases da Educação 
(Lei nº 9.394/96) dispõe que incumbe à União “autorizar, reconhecer, 
credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das 
inst ituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema 
de ensino”. 
 
No mesmo sentido, encontra -se a norma constante do art. 3º do Decreto 
nº 5.773/06, que atribui as funções de regulação, supervisão e avaliação 
dos cursos oferecidos pelas Instituições de Ensino Su perior ao 
“Ministério da Educação, pelo Conselho Nacional de Educação – CNE, 
pelo Inst ituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio 
Teixeira – INEP, e pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação 
Superior – CONAES”; todos órgãos sabidamente vinculados à União. 
 
Observe-se o Art igo 109, inciso I, da CRFB/88, in verbis: 
 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar 
e julgar: 
 
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I - as causas em que a União, entidade 
autárquica ou empresa pública federal forem 
interessadas na condição de autoras , rés, 
assistentes ou oponentes, exceto as de falência, 
as de acidentes de trabalho e as sujeitas à 
Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; 
 
Mais adiante, a Constituição estabelece a competência da União para 
organizar o sistema federal de ensino: 
 
Art. 211. A União, os Estados, o Distr ito Federal 
e os Municípios organizarão em regime de 
colaboração seus sistemas de ensino. 
§ 1º A União organizará o sistema federal de 
ensino e o dos Territórios, f inanciará as 
inst ituições de ensino públicas federais e 
exercerá, em matéria educacional, função 
redistr ibutiva e supletiva, de forma a garantir 
equalização de oportunidades educacionais e 
padrão mínimo de qualidade do ensino mediante 
assistência técnica e financeira aos Estados, ao 
Distr ito Federal e aos Mun icípios; (...) 
 
Por sua vez, a Lei de Diretrizes e Bases estabelece, em seu art. 16, a 
composição do sistema federal de ensino: 
 
Art. 16. O sistema federal de ensino compreende: 
I - as insti tuições de ensino mantidas pela União; 
II - as insti tuições de educação superior mantidas 
pela iniciativa privada; 
III - os órgãos federais de educação. 
 
 
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Além disso, a demanda originária envolve a análise da legalidade de ato 
administrativo prat icado por terceiro que sequer compõe a lide. 
 
Veja-se que, para julgar a demanda originária, será necessário não só 
analisar as provas produzidas e o direito alegado por autor e réu, mas 
também será imprescindível averiguar o motivo pelo qual o Conselho 
Regional de Engenharia e Agronomia não aceita o curso reconhecido 
pelo MEC o qual a ré é a prestadora do serviço. 
 
Ora, para que seja possível julgar a validade de ato administrativo, é 
preponderante que o órgão responsável pelo ato em questão integre a 
lide, o que não se vê no presente caso. 
 
Além disso, como já dito, o ato cuja validade se questiona foi emanado 
pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, órgão este que 
possui natureza autárquica federal, atraindo, portanto, a competência 
da just iça federal para julgamento da causa. 
 
Certo é, que eventual ato prat icado ou que venha a ser obrigada a 
praticar por meio de sentença da justiça comum, está intrinsicamente 
relacionado a sua autonomia universitária prat icada no exercício de 
função federal delegada pela União, estabelecendo -se, assim, a 
competência da Justiça Federal diante do notório interesse jurídico da 
União na pessoa do Ministério da Educação (MEC), a quem incumbe a 
função de fiscalização e aferição da qualidade dos cursos de ensino 
superior postos à disposição de toda a colet ividade. 
 
A propósito, observa-se que esse entendimento vem sendo observado 
em sucessivos precedentes de ambas as Turmas do Supremo Tribunal 
Federal. Nesse sentido, vale trazer à baila os seguintes precedentes 
judiciais das Cortes Excelsas, senão vejamos: 
 
 
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PROCESSUAL CIVIL. CONSELHO REGIONAL DE 
MEDICINA. SENTENÇA PROFERIDA POR JUIZ 
ESTADUAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. 
ART. 109, I, CF/88. SENTENÇA ANULADA. REMESSA 
DOS AUTOS À JUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA 
INSTÂNCIA. 1. O art. 109, I, da Constituição Federal 
atribui aos juízes federais a competência para julgar as 
causas em que entidade autárquica for parte. 2. Os 
conselhos de prof issão são entidade autárquica, por 
isso que just iça federal é competente para julgar as 
causas de que forem parte. 3. Sentença anulada, 
determinando-se a remessa dos autos à Subseção 
Judiciária de Juína/MT. 4. Prejudicado o exame do 
recurso de apelação interposto. 
(TRF-1 - AC: 00424164120154019199, Relator: 
DESEMBARGADOR FEDERAL JOSÉ AMILCAR 
MACHADO, Data de Julgamento: 06/02/2018, SÉTIMA 
TURMA, Data de Publicação: 06/04/2018) 
ADMINISTRATIVO. CONSELHO REGIONAL. 
COMPETÊNCIA . JUSTIÇA FEDERAL.MPR-1642/97. 
ART-58 DA LEI-9649/98 . ART-109 INC-1 DA CF-88.1. 
O ART-58 da LEI-9649/98, em seu PAR -8 , é expresso 
em fixar a competência da Justiça Federal, para 
apreciar as controvérsias que envolvam os conselhos 
em questão.2. Não há falar em inconstitucionalidade 
desse parágrafo, pois este é concil iável com o ART -
109 INC-1 da CF-88, ao considerar-se que o legislador 
transformou os conselhos de fiscalização de prof issões 
, de autarquias especiais, em empresas públicas.3. 
Agravo provido. 
(TRF-4 - AG: 42834 PR 1998.04.01.042834-6, Relator: 
JOSÉ LUIZ BORGES GERMANO DA SILVA, Data de 
 
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Julgamento: 13/10/1998, QUARTA TURMA, Data de 
Publicação: DJ 25/11/1998 PÁGINA: 507) 
PROCESSUAL CIVIL. CONSTITUCIONAL. MANDADO 
DE SEGURANÇA. CONSELHO REGIONAL. 
COMPETÊNCIA: JUSTIÇA FEDERAL. ARTIGO 58 DA 
LEI Nº 9.649/98. PRECEDENTE DO STF. LICITAÇÃO. 
EXIGÊNCIA DE DOCUMENTAÇÃO NÃO-PREVISTA 
NO EDITAL. DESCLASSIFICAÇÃO: ATO ILEGAL E 
ABUSIVO . 1. A Justiça Federal é competente para 
dir imir as controvérsias que envolvam os conselhos 
regionais. Precedente do STJ (AGRCC nº 25463/DF, 1ª 
Turma, Rel. Min. José Delgado, DJ 16-8-99, p. 39). 2. 
O Supremo Tribunal Federal suspendeu, até decisão 
final da respectiva

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