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Principais sinais e sintomas cardiovasculares

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Clara Rosa Muniz Martins
Principais sinais e sintomas cardiovasculares
- Anamnese - Pontos importantes -
► Observar sintomas que mais comumente levam a
suspeita de doença cardiovascular.
► Incluir dados relativos à história familiar,
antecedentes pessoais, ocupacionais, hábitos de
vida.
► Fatores de risco clássicos para as doenças
cardiovasculares :
- HAS
- Tabagismo
- Dislipidemia
- DM
- Menopausa / Uso de ACHO (devido a
diminuição do estrogênio)
- História familiar de DAC
- Uso de quimioterápico (é cardiotóxico)
- Uso de drogas ilícitas
- Epidemiologia para doença de chagas
- Antecedentes de febre reumática (perguntar sobre
amigdalite de repetição → pode causar danos às
valvas do coração devido a reação
antígeno-anticorpo).
Sintomas fundamentais de doenças cardiovasculares -
Dispneia
- Principal sintoma de um paciente que tem insuficiência
cardíaca.
- Sensação consciente e desagradável do ato de respirar.
- Manifestação subjetiva - dificuldade respiratória sentida
pelo paciente - ou objetiva - se evidencia pelo
aprofundamento ou pela aceleração dos movimentos
respiratórios e pela participação ativa da musculatura
acessória da respiração.
- Na linguagem do paciente, a dispnéia de origem
cardíaca recebe designação de “cansaço”, "canseira",
“falta de ar”, “fôlego curto”, “fadiga” ou “respiração
difícil”.
- A dispneia no cardiopata indica congestão pulmonar
decorrente da insuficiência cardíaca ventricular esquerda,
que apresenta características quanto à duração, à
evolução, à relação com o esforço e à posição adotada
pelo paciente.
- A congestão pulmonar é a causa básica da dispneia dos
cardiopatas.
- Em todos os tipos de dispneia decorrente de
insuficiência ventricular esquerda há elevação da pressão
no leito vascular pulmonar e secundário aumento da
pressão no átrio esquerdo → transmitida às veia
pulmonares → aumento de pressão no leito capilar do
pulmão → transudação de líquido dentro do pulmão.
➔ Variante
Dispneia de esforço:
- Tipo mais comum na insuficiência ventricular esquerda,
- É classificada em dispneia aos grandes, médios e
pequenos esforços, de acordo com os exercícios
realizados.
- A diferença entre uma dispneia de uma pessoa normal e
de um cardiopata está no grau de atividade física
necessária para produzir dificuldade respiratória.
- A dispneia provinda de problemas cardíacos
caracteriza-se por ser de rápida progressão, passando dos
grandes aos pequenos esforços em curto período de
tempo (dias ou semanas), enquanto as a dispneia das
enfermidades pulmonares e anemias é caracterizada por
falta de ar de agrava-se lentamente (meses ou anos) ou
permanece estável por longo tempo.
Dispneia de decúbito:
- Surge quando o paciente se põe na posição deitada.
- Para aliviá-la o paciente chega a adotar a posição
semissentada para dormir.
- A dispneia de decúbito ´explicada pelo aumento da
congestão pulmonar em virtude do maior afluxo de
sangue proveniente dos membros inferiores e da área
esplâncnica.
- Em fase mais avançada da dispneia, o paciente é
forçado a sentar-se na beira do leito, com as pernas para
fora quase sempre fletindo a cabeça para frente e
segurando com as mãos as bordas do colchão para ajudar
o trabalho da musculatura acessória da respiração →
Ortopneia.
Trepopneia:
- Ocorre principalmente quando o paciente está em
decúbito lateral.
- Ocorre principalmente em pacientes que têm derrame
pleural.
Platipneia:
- Ocorre quando o paciente se encontra em posição
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Clara Rosa Muniz Martins
ortostática, por causa do retorno venoso reduzido.
Dispneia paroxística noturna:
- Consiste no fato de o paciente poder dormir algumas
horas e logo após acordar com intensa falta de ar,
acompanhada de sufocação, tosse seca e opressão
torácica que o obriga a procurar um lugar mais arejado
para respirar.
- Durante a crise dispneica pode haver broncoespasmo,
responsável pelo aparecimento de chieira causada pela
congestão da mucosa brônquica → asma cardíaca.
- Nas crises mais graves surge tosse com expectoração
espumosa, branca ou rósea, cianose, respiração ruidosa
pela presença de sibilos e estertores finos → Edema
agudo de pulmão → Aumento da pressão no átrio
esquerdo → transmitida às veia pulmonares → aumento
de pressão no leito capilar do pulmão → transudação de
líquido dentro do pulmão.
Dispneia de repouso:
- Paciente sempre cansado mesmo sem estar fazendo
esforço.
➔ Diagnóstico diferencial
- Dispneia psicogênica → Não relacionada a doenças
orgânicas.
- Dispneia por descondicionamento
- Dispneia de origem pulmonar
➔ Abordagem do paciente com dispneia
1. Que grau de atividade é necessário para
desencadear os sintomas?
2. Apresenta falta de ar ao repouso?
3. Apresenta dor no peito concomitante?
4. Evolução dos sintomas e impacto nas atividades
habituais do paciente.
5. Pneumopatia associada?
6. Apresenta alguma doença prévia ou foi
submetido a procedimento cirúrgico?
7. Dispneia “suspirosa”
8. Achados do exame físico
➔ Fisiopatologia da dispneia do cardiopata
Ventrículo esquerdo vai ter incapacidade de mandar o
sangue de maneira adequada para o corpo → Congestão
nas veias pulmonares e consequente aumento de pressão
nessas → Ocasionamento do edema pulmonar →
Dispneia.
➔ Diagnóstico diferencial
- Pneumopatias: DPOC, bronquite crônica, enfisema,
fibrose pulmonar, fibrose pulmonar intersticial.
- Doenças crônicas: anemia, hiper ou hipotireoidismo,
obesidade, descondicionamento físico.
- Início súbito: embolia pulmonar, pneumotórax, edema
agudo de pulmão, obstrução aguda de vias aéreas.
- Ansiedade aguda.
Hemoptise
- Eliminação de sangue puro procedente da traqueia,
brônquios, ou pulmões.
- É mais relacionado a doença pulmonar.
➔ Causas frequentes
- Infecciosas
- Cardíacas
- Inflamatórias (vasculites pulmonares), fibrose cística,
sarcoidose
- Neoplásicas
- Tromboembólicas
A hemoptise e a expectoração hemoptoica podem ocorrer
nas doenças broncopulmonares e cardíacas, mas suas
características semiológicas permitem esclarecer sua
origem.
- Expectoração hemopteica cor de tijolo → Pneumonia
pneumocócicas;
- Rais de sangue recobrindo grumos de muco →
bronquites hemorragias dos tumores endobronquiais;
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Clara Rosa Muniz Martins
- Sangue escuro misturado com expectoração mucosa
com aspecto de geleia → infarto pulmonar e pneumonia
necrosante;
- Hemoptise volumosa com sangue vive → ruptura dos
brônquios, deve-se pensar em estenose mitral,
bronquiectasias, tuberculose pulmonar e carcinoma
brônquico.
➔ Como diferenciar hemoptise de hematêmese
- Hemoptise : contêm sangue vivo e vermelho brilhante ,
normalmente eliminado pela tosse
- Hematêmese: precedidas por náuseas, vômitos , sangue
expelido tem coloração vermelho-escura, misturado com
restos alimentares.
Obs: Epistaxe → Sangramento nasal. Quase nunca
associado a problemas cardíacos.
Dor torácica
- Sintoma mais frequente associado a angina pectoris;
- Inúmeras possibilidades diagnósticas;
- Propedêutica armada (racionalizar recursos diagnósticos
e terapêuticos);
- Priorizar anamnese e exame clínico
- Elementos essenciais na dor: Localização, tipo,
irradiação, duração, fatores desencadeantes, fatores
agravantes, fatores atenuantes e sintomas associados.
➔ Dor torácica típica de isquemia miocárdica:
Carácter: aperto, peso, angústia, abafamento, sufocação
Localização: precórdio, retroesternal, hemitórax
esquerdo, epigástrio.
Irradiação: MMSS, região cervical, mandíbula e arcada
dentária inferior, epigástrio, dorso (região interescapular)
Duração: geralmente menor que 5 min. Podendo
estender-se até 20 min.
Sintomas associados: dispneia , sudorese, palidez,
náuseas, vômitos, mal-estar geral
Fatores precipitantes: esforços físicos, tensão
emocional, período pós-prandial, frio.
Fatores de melhora: repouso, nitrato sublingual
(resposta em menos de 10 min.)
➔ Fisiopatologia da dor torácica por isquemia
miocárdica:
A gordura vai se depositando no endotélio das coronárias
→ Formação de placas de ateromas que diminuem o
lúmen dos vasos → Pouca oxigenação dos músculo.
➔ Diagnóstico diferencial da dor torácica
→ Causas gastrointestinais- Espasmo esofagiano
- Refluxo gastroesofágico
- Úlcera péptica
- Pancreatite aguda
- Colecistopatia
→ Doenças degenerativas da coluna cervical e torácica
- Costocondrite (Síndrome de Tietze)
→ Causas pleuropulmonares
- Pleurite
- Pneumonia
→ Herpes Zóster
→ Causas cardiovasculares:
- Angina estável
- Síndromes coronarianas agudas
- Estenose valvar aórtica
- Cardiomiopatia hipertrófica
- Prolapso de valva mitral
- Pericardite
Edema
- Acúmulo de líquido no espaço intersticial por aumento
da pressão hidrostática.
- Características: Mole, depressível , indolor, frio,
vespertino, bilateral.
- Localização:
- MMII em pacientes que deambulam;
- Sacral, glútea, perineal e parede abdominal nos
pacientes acamados e lactentes;
- Generalizado (anasarca) em pacientes com ICC
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Clara Rosa Muniz Martins
severa.
- Por influência da gravidade, o edema cardíaco aumenta
com o decorrer do dia, atingindo máxima intensa à tarde;
daí a diminuição de edema vespertino, diminuindo e
desaparecendo com o repouso noturno.
- Quando o edema é de origem cardíaca, encontram-se
outros sinais de insuficiência ventricular direita, ou seja,
ingurgitamento das jugulares, hepatomegalia e refluxo
hepatojugular.
➔ Abordagem de pacientes com edema
Anamnese – questionamentos importantes:
- Quando começou?
- Uni ou bilateral?
- Presença de dor associada?
- Remite do dia para a noite?
- História de dispneia de esforço ou ortopneia?
- História de nefropatia ou doença hepática?
- Mudança de peso, hábitos intestinais ou apetite?
- Uso de algum medicamento?
➔ Queixas frequentes
- Anel e/ou sapatos apertados;
- Ganho de peso;
- Acorda “inchado”;
- “Pernas gordas”.
➔ Reconhecimento clínico do edema:
- Intumescimento das partes atingidas
- Tendência ao arredondamento das formas
- Perda do pregueamento cutâneo
- Pele brilhante, fina
- Hiperemia e calor (infecciosos)
- Formação de cacifo
Palpitação
- Percepção incômoda dos batimentos cardíacos (
Alteração da regularidade, aumento da intensidade
dos batimentos e/ou aumento da sua frequência)
➔ Abordagem de pacientes com edema
- Frequência das crises/ fatores desencadeantes;
- Avaliar idade, atividade física e condições emocionais
do paciente;
- Há cardiopatia associada?
- Há fatores estimulantes? (fumo, distúrbio tireoidiano,
uso de estimulantes e anfetaminas, cardiotônicos)
➔ Condições Clínicas associadas:
-Ansiedade ou reações de pânico
-Hipertonia vagal
-Excesso de catecolaminas
-Taquicardias ventriculares ou supraventriculares
associadas a reflexos vasovagais
-Manifestação de insuficiência cardíaca
-Manifestação de arritmia ventricular grave – Síncope ou
pré-síncope associadas
Síncope
- Alteração importante no ritmo cardíaco (
comprometimento do sistema de condução do estímulo
cardíaco) ou oscilação transitória na pressão arterial.
➔ Abordagem do paciente com síncope
- Houve realmente alteração do nível de consciência
relacionada à queda?
- Quais circunstâncias precederam o evento? Posição/
atividade/ fatores precipitantes
- Como é o início do evento?
- Como o evento termina?
- Antecedentes: história familiar de morte súbita, doença
cardíaca estrutural, doença neurológica, doenças
metabólicas, uso de medicações, frequência dos episódios
- Síncope cardiogênica / vasovagal/neurogênica
Cianose
- Sinal ou sintoma caracterizado pela coloração azulada
da pele, leitos ungueais e mucosas por aumento na
quantidade de hemoglobina reduzida (desoxi-Hb).
- Necessita-se de pelo menos 5g de desoxiHb no leito
capilar pulmonar para haver exteriorização de cianose.
➔ TIPOS:
- Central : o sangue já chega na região capilar com 5g de
desoxi Hb.
- Periférica : secundária ao aumento de extração de O2 no
sangue periférico, causando insaturação no leito capilar.
- Mista : Doenças com prejuízo da função pulmonar
associada a algum grau de hipotensão arterial. EX: ICC
com congestão pulmonar e hipotensão.
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