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O recurso pode ser compreendido como um instrumento processual voluntário de impugnação das decisões judiciais objetivando a reforma, invalidação, a integração ou o esclarecimento da decisão judicial impugnada. O recurso depende de manifestação das partes para que possa existir. Os fundamentos para a existência dos recursos são a falibilidade humana, considerando que o juiz erre em alguma decisão, além disso, a interposição do recurso estimula o juiz a se esforçar na atividade jurisdicional. Exemplo, no caso de se ter proferido decisão interlocutória que expressamente rejeite uma arguição de existência de coisa julgada. Trata-se de decisão não impugnável por agravo de instrumento. Seria preciso, em um caso assim, a expressa impugnação da decisão interlocutória em sede de apelação ou de contrarrazões. Agravo de instrumento é o recurso interposto, em regra, contra decisões interlocutórias. Só caberá agravo de instrumento, quando se tratar de decisão susceptível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida. O Agravo Retido foi uma das modalidades de recurso de agravo no Direito Processual Civil Brasileiro, interponível contra decisões interlocutórias. Diz-se agravo retido devido ao fato de o recurso ficar "preso" aos autos do processo até que dele a instância superior tome conhecimento. Agravo regimental, também chamado de agravo interno, sendo este o nome adotado pelo novo CPC no art. 994, inciso III, é um recurso judicial que tem o intuito de fazer com que os tribunais provoquem a revisão de suas próprias decisões. O Agravo Interno é o recurso cabível para impugnar as decisões monocráticas e submetê-las ao órgão respectivo. Já o Agravo de Instrumento é o recurso que recorre contra as decisões de primeira instância ou de segunda. Os embargos de declaração são extremamente úteis para complementar as decisões judiciais conferindo maior efetividade à prestação jurisdicional. Os embargos de declaração podem ser conceituados como o recurso que visa ao esclarecimento ou à integração de uma decisão judicial. Esta deve ser compreendida como qualquer ato decisório, incluindo-se neste conceito a sentença, o acórdão e a decisão interlocutória. Como prevê o artigo 535 do CPC, os embargos de declaração são cabíveis nos caso de omissão, obscuridade e contradição nas decisões judiciais. Antes da lei 8.950/1994, havia a hipótese que cabiam embargos no caso de duvida, essa hipótese foi revogada, pelo fato da dúvida ser de extrema subjetiva e de difícil constatação, sendo abrangida nas hipóteses de contradição e obscuridade, não sendo realmente necessária. Há também quem considere cabível a interposição de embargos de declaração contra despacho, mesmo que este não tenha conteúdo decisório. Para essa corrente, é inconcebível que um despacho "viciado" fique sem remédio, de modo a comprometer até a possibilidade prática de cumpri-lo.
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