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Incisões e suturas

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CENTRO UNIVERSITÁRIO LUSÍADA 
Curso de Enfermagem 
Saúde do Adulto II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MIRIÃ CRISTINE JESUS DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Incisões e Suturas (crânio, tórax e abdome) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTOS 
2020 
 
INCISÕES CRANIANAS 
 
A evolução da tecnologia foi fundamental para a evolução também dos 
procedimentos envolvidos na neurocirurgia. Antigamente, um cirurgião não 
conseguia ter conhecimento da extensão da lesão que acometia o cérebro e 
hoje, com a neurocirurgia moderna, a segurança é maior, diminuindo danos, 
evitando sequelas e comorbidades e melhorando recuperação e qualidade de 
vida dos pacientes submetidos este tipo de cirurgia. 
Os sintomas de que algo está errado com o cérebro, que não necessariamente 
quer dizer que é presença de tumor, são intensas dores de cabeça, que 
ocorrem devido à pressão intracraniana aumentada, seguidas de vômito e 
alterações na visão. 
A Craniotomia é então definida como a abertura realizada no crânio para que o 
procedimento cirúrgico possa ser realizado. O cérebro, como bem se tem 
conhecimento, é uma estrutura delicada e é protegido, além da caixa craniana 
e vértebras, pelas meninges, três membranas chamadas dura-máter, aracnoide 
e pia-máter. Estas são responsáveis por proteger o sistema nervoso central 
contra choques mecânicos e a regulação da pressão. A dura-máter, sendo a 
mais superficial das meninges, tem sua parte mais interna voltada para a 
membrana aracnóide, enquanto a parte mais externa é aderida ao crânio e 
vértebras; sendo assim, no processo de retirada de um tumor, por exemplo, 
essa membrana fica levantada. Além da retirada do tumor, a craniotomia pode 
ser realizada para biópsia diagnóstica, remoção de grande quantidade do 
tumor ou para prevenir ou tratar possíveis complicações deste. 
A neuronavegação é uma tecnologia onde os instrumentais utilizados pelo 
cirurgião são projetados em tempo real com imagens tridimensionais, 
favorecendo o planejamento pré-operatório e durante toda a intervenção. A 
ressonância magnética mapeia o cérebro para o neuronavegador e torna 
possível maior segurança e diminui riscos de sequelas. Também é usado pelo 
neurocirurgião, um aspirador ultrassônico, que vibra em uma frequência alta e 
ajuda a remover apenas o tecido tumoral presente no tecido cerebral, pois, ao 
localizar um tecido diferente do tumoral, para de funcionar. Aliado a tudo isso, 
existe a monitorização neurofisiológica, que é fundamental quando o 
procedimento envolve regiões nobres (área motora, por exemplo) e é usado 
também no tratamento cirúrgico de epilepsias. 
Antes do procedimento ser iniciado, um microscópio é usado para localizar a 
área exata do tumor. A incisão é feita do tamanho necessário à lesão, já que os 
aparelhos são aptos para evidenciá-la, logo não são feitos cortes demasiados 
na cabeça do paciente. 
São quatro os tipos de incisões: pterional, bicoronal, incisão tipo ferradura e 
processo espinhoso C7. 
A incisão pterional, também conhecida por craniotomia 
fronto-têmporo-esfenoidal, foi descrita por Yasargil, um neurocirurgião, em 
1975 e constitui um dos marcos iniciais a microneurocirurgia. Tendo o objetivo 
de proporcionar a visão e exposição basal e ampla da fissura lateral, junto da 
via transilviana, é o acesso mais utilizado para neurocirurgia. A pterional deu 
origem a craniotomias mais ampliadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existe também a craniotomia descompressiva (CD), que é o método cirúrgico 
realizado para reduzir e forma imediata a pressão intracraniana (PIC). É 
indicada para tumefação tumoral, hematoma subdural agudo (HSDA) e para 
doenças traumáticas. Acontece a craniotomia e a dura-máter é ampliada para 
que o cérebro possa ser acomodado, ficando o osso alocado temporariamente 
no tecido subcutâneo abdominal. Quando o osso é desprezado e se faz 
cranioplastia com acrílico, o termo usado é craniectomia descompressiva. 
Durante muito tempo condutas foram aplicadas em relação a hipertensão 
intracraniana com resultados desanimadores. Estudos atuais mostram a 
eficácia da CD, principalmente quando aplicada precocemente e mostra 
resultados superiores a aplicação tardia ou a outras medidas clínicas 
específicas aos casos determinados. 
 
 
Outros cuidados são: 
✔ Abordagem da família (tirar dúvidas, explicar o procedimento, o que se 
espero no pós-operatório, se atentar para reduzir ansiedade e não 
provocar desespero); 
✔ Prevenção de contaminação pela pele (deve ser descolonizada); 
✔ Posicionamento na mesa cirúrgica; 
✔ O primeiro curativo ó deve ser feito após 24 horas, pois o curativo 
cirúrgico deve permanecer por esse tempo; 
✔ Se o paciente puder deambular, pesá-lo antes do desjejum para 
identificar se há retenção hídrica; 
✔ Utilizar a Escala de Glasgow (*) para monitorar estado do paciente; 
✔ Registrar intercorrências. 
 
A incisão neste procedimento pode ser em ponto de interrogação invertido ou 
em tipo Becker, que gera uma grande retirada óssea e torna mais propício 
necrose na pele. Por isso, aconselha-se o uso da incisão em "T" que permite 
um acesso seguro à região frontotemporoparietal e ampla descompressão 
óssea. 
Após a craniotomia, um dreno pode ser instalado para drenar o excesso de 
líquido cefalorraquidiano (LCR), assim como drenos para o sangue que pode 
acumular devido o procedimento, e são removidos após alguns dias do 
pós-operatório. Exames de imagem como ressonância magnética e tomografia 
computadorizada são feitas após alguns dias para confirmar a retirada do 
tumor e o estado geral do tecido cerebral depois da intervenção. 
As possíveis complicações são sangramento, infecção ou reações à anestesia, 
como qualquer outra cirurgia. Também pode ocorrer inchaço no cérebro, que é 
uma das principais preocupações da cirurgia cerebral, assim geralmente são 
administrados corticosteróides para diminuir esse risco. Crise convulsiva 
pós-operatória, má absorção liquórica (hidrocefalia, por exemplo), meningites, 
hematomas ao redor das órbitas e cefaléia, podem vir a acontecer. 
 
INCISÕES TORÁCICAS 
A Toracotomia é definida como abertura da parede torácica para dar acesso a 
cavidade do tórax com o objetivo de ressecção de órgãos, diagnósticos, 
biópsias, drenagens e outros procedimentos de grande porte. Através da 
incisão, o cirurgião tem acesso ao esôfago, pulmão, brônquios, traquéia, 
coração, timo, linfonodos e diafragma. 
Este procedimento é indicado para câncer de pulmão, de esôfago, cirurgia 
cardíaca ou aórtica, trauma torácico, pneumotórax persistente, empiema, 
biópsia de avaliação de massas mediastinais, cirurgia de coluna, 
bronquiectasias, sequelas de tuberculose, broncoscopia diagnosticada e 
terapêutica e ressuscitação cardíaca. Antes que seja feito, exames 
pré-operatórios são fundamentais para avaliação. 
Como a laparotomia, a toracotomia também possui classificações. São elas 
quanto a indicação, podendo ser eletiva ou de urgência; ou em relação ao 
acesso, sendo aberta ou convencional e vídeo-assistida. 
Toracotomia Simples se dá quando a incisão é feita apenas no tórax e pode ser 
unilateral ou hemitorácica, mediana ou bilateral. 
● Unilateral ou Hemitorácica: se dá quando a incisão feita atinge somenteum hemitórax (um hemisfério do tórax, podendo ser o direito ou o 
esquerdo). 
■ Anterior: região paraesternal e linha axilar média, sentido plano 
costal; 
■ Ântero-lateral: região paraesternal e linha axilar posterior ou linha 
escapular, sentido do plano costal; 
■ Axilar: longitudinal ou transversal traçada no meio da axila; 
■ Postero-lateral: região paravertebral até a linha axilar média ou 
anterior, forma circum-escapular; 
■ Postero-latero-anterior: faces posterior, lateral e anterior do 
hemitórax, circum-escapular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
● Mediana: quando a incisão atravessa de forma longitudinal o eterno, 
variando em tamanho, com o paciente em decúbito dorsal. 
■ Vertical: feita ao longo do maior eixo do esterno, pode ser total (da 
incisura jugular até o processo xifóide); 
■ Arciforme: sentido vertical, ligeiramente curvada para evitar que os 
planos de secção cutâneo e ósseo coincidam; 
■ Ômega: bilateralmente de forma submamária e um traçado 
paramediano na parte superior do manúbrio do esterno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
● Bilateral: incisão traçada horizontalmente ondulante às pregas 
mamárias, também com o paciente sempre em decúbito dorsal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Já a Toracotomia Combinada acontece quando a incisão cirúrgica, diferente do 
procedimento citado anteriormente, não se restringe ao tórax podendo ser 
toracoabdominal ou toracocervical. 
● Toracoabdominal: exposição simultânea tanto da cavidade torácica 
quanto abdominal. 
o Variedade abdominal: expõe uma das cavidades pleurais e a 
cavidade peritoneal (toracofrenolaparotomia); 
o Variedade mediana: expõe o mediastino anterior e a cavidade 
peritoneal (mediastino-laparotomia). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
● Toracocervical: abertura da cavidade torácica e planos anatômicos 
cervicais. 
■ Variedade unilateral: chamado de toraco-mediastino-cervicotomia, 
expõe uma das cavidades pleurais, o mediastino superior e o 
pescoço; 
■ Variedade mediana: chamado de mediastino-cervicotomia, expõe de 
maneira simultânea o mediastino anterior e as estruturas cervicais. 
 
 
Além destas, há a cirurgia vídeo-assistida, que iniciou na década de 90. A 
incisão utilizada nesta é menor, menos agressiva, são usados geralmente três 
portais em um posicionamento semelhante à toracotomia póstero-lateral. 
Através dela, cirurgias pulmonares, mediastinais, cardíacas e outras podem ser 
feitas. A menor agressão na incisão, gera menor reação inflamatória, 
consequentemente menor dor, menor supressão do sistema imunológico, em 
uma cascata de acontecimentos que favorecerem a recuperação mais rápida 
do paciente. 
Apesar da toracotomia ter um terço do tamanho incisional do que tinha 
antigamente, aproximadamente 25 anos atrás, e seccionar (separar, cortar) 
menos músculos, cirurgias minimamente invasivas como a vídeo-assistida vem 
substituindo as cirurgias convencionais devido todos os benefícios que trazem 
ao paciente, que volta mais rápido para suas atividades, e para o hospital, que 
acaba por ter menor gasto atrelado ao menor tempo de internação do 
indivíduo. 
A drenagem torácica é indicada quando há pneumotórax completo, 
pneumotórax com pressão positiva, hemotórax, derrame pleural volumoso, 
empiema e quilotórax. 
A broncoscopia é feita para a visualização da árvore brônquica através de 
aparelhos flexíveis ou rígidos introduzidos em uma das narinas ou pela boca, 
seguindo o mesmo caminho do ar e chegando aos pulmões. A anestesia local 
é feita para evitar reflexos de vômito e de tosse, porém em outros casos a 
sedação do paciente se faz necessária por medicação endovenosa. 
Entre as complicações estão a infecção pulmonar ou pneumonia, perda aérea 
quando em uso de dreno, fístula, insuficiência respiratória, empiema, derrame 
pleural, trombose, embolia, infarto do miocárdio, arritmias, AVE, sepses, 
sangramentos e infecção da ferida operatória. Fisioterapia respiratória pode ser 
uma maneira de prevenção de alguns fatores. 
Outros cuidados: 
 
✔ Necessário observar sinais e sintomas que o paciente apresenta; 
✔ Se houver histórico de tabagismo, perguntas como por quanto tempo o 
cliente fumou, se ainda fuma, quantos maços por dia, devem ser feitas; 
✔ Tolerância cardiorrespiratória do paciente ao fazer coisas cotidianas 
como comer, tomar banho, deambular ou mesmo em repouso; 
✔ Padrão respiratório e esforço necessário para que haja dispnéia; 
✔ Posição ao dormir (necessita de mais de dois travesseiros?); 
✔ Estado fisiológico geral; 
✔ Outras condições clínicas; 
✔ Às vezes é necessário desobstrução das vias respiratórias; 
✔ Após o procedimento e com o paciente estabilizado, pode-se elevar o 
decúbito de forma a dar conforto; 
✔ Dependendo da natureza da cirurgia, observar a ventilação mecânica 
(progresso e desmame). 
 
 
INCISÕES ABDOMINAIS 
Laparotomia vem do grego "​laparon​", que significa flanco, e "​tome​", que 
significa corte, sendo exatamente "secção do flanco". Porém é conhecida 
atualmente como "abertura cirúrgica da cavidade abdominal, sendo 
considerada sinônimo de Celiotomia, que é a incisão da parede abdominal em 
seu significado. Essa prática tornou-se rotineira a partir do século XX com a 
anestesia geral e a intubação orotraqueal, que foram fundamentais para 
facilitar o processo de abertura e fechamento da parede do indivíduo, além do 
conhecimento da anatomia e cicatrização das feridas cirúrgicas. 
A laparoscopia surgiu em 1988 e consiste em pequenas incisões pela parede 
abdominal e a introdução de aparelhos óptico-eletrônicos por estas. Devido o 
desenvolvimento, a laparotomia vem sendo substituída. As vantagens desse 
avanço é menor trauma; menos dor no pós-operatório; deambulação e 
alimentação mais precoce em relação a laparotomia; menor complicação 
pulmonar; tromboembólica ou da ferida operatória; esteticamente apresenta 
melhor resultado; reduz tempo de internação, logo de custo, para os hospitais; 
retorno rápido do paciente às suas atividades. Em contraponto, pode haver 
lesões em grandes vasos sanguíneos e viscerais; enfisema subcutâneo, 
pneumotórax e pneumomediastino; arritmias cardíacas; embolias gasosas e 
dores nos ombros. 
Acontece a abertura cirúrgica da cavidade abdominal para a exploração da 
cavidade para avaliar a patologia, a extensão dela ou identificar outras. 
Também pode proceder procedimento para realização de alguma cirurgia 
propriamente dita e previamente determinada, assim como para se certificar de 
que a cirurgia foi bem feita e que nada estranho se encontra na cavidade, 
seguida então pelo fechamento a incisão. 
Pode ser classificada: 
 
 
 
 
As incisões devem ser escolhidas de acordo com requisitos como acesso fácil 
ao que se quer visar, espaço para manobras em segurança e que possibilite a 
reconstrução de maneira ideal (anatômica, funcional e estética). Deve-se levar 
em conta a situação da cirurgia, se esta é de emergência ou eletiva), o tipo do 
procedimento, necessidade de ampliação, se haverá estomas ou necessidade 
de drenagem. 
Apesar da segurança que os avanços na medicina trouxeram, ainda há 
complicações que podem vir a acontecer, como hematomas, evisceração, 
aderências ou a hérnia incisional. As causas mais comuns para que as citadas 
complicações aconteçam é o estado baixo de nutrição do paciente cirúrgico,infecção ou a má técnica do cirurgião. Para que possam ser prevenidas, além 
da técnica adequada e asséptica da cirurgia, a vascularização deve ser 
preservada, o estado geral do paciente pode ser melhorado o máximo possível 
e a sutura deverá ser feita com pontos de reforço (já que evita infecção e 
resiste às forças tensionais). 
 
Outros cuidados: 
 
✔ Promoção de repouso e conservação de energia; 
✔ Ingestão de líquidos; 
✔ Manutenção da nutrição; 
✔ Cuidados domiciliares (orientar o cliente e seus familiares sobre a 
continuidade dos cuidados); 
✔ Fazer reavaliação dos sintomas, se atentando às potenciais 
complicações (*), como descrito na tabela acima. 
 
 
TIPOS DE SUTURA 
 
Sutura é um procedimento realizado quando há necessidade de fechar uma 
incisão causada por acidente, como em emergências, ou feitas pelo próprio 
profissional ou por outro em uma cirurgia. Podem ser feitas na pele, mucosas, 
músculos, vasos sanguíneos e órgãos. 
Os fios de sutura são divididos em dois tipos: aqueles chamados de 
absorvíveis, que sofrem ação dos líquidos orgânicos e, como o nome diz, são 
absorvidos após algum tempo; e os não absorvíveis, que mesmo sofrendo 
ação dos líquidos do organismo não são absorvidos e necessitam ser 
removidos quando externos. Estes fios cirúrgicos podem ser de origem animal 
ou sintética e animal, sintética, vegetal e mineral, respectivamente. Também 
possuem tamanhos e espessuras diferentes, o que consequentemente difere 
em sua finalidade cirúrgica. Os fios usados para sutura abdominal e torácica, 
normalmente são os que são considerados grossos, de 1 a 3 décimos de 
milímetro de diâmetro, por precisar de grande força em regiões de tensão, 
músculos, etc. (entretanto também são usados nas suturas abdominais os 
intermediários). 
Como há os materiais próprios para as mais diversas cirurgias, também há o 
chamado kit sutura, onde se encontram os materiais necessários para o 
procedimento. Entre eles, temos pinças apropriadas (como a “dente de rato”), 
tesoura para procedimentos cirúrgicos em geral, agulhas para sutura, campo 
cirúrgico (para expor somente a área a ser suturada), compressas de gaze e, 
finalmente, fios cirúrgicos com agulha circular. 
Os tipos de sutura variam de acordo com a que melhor se adéque à ocasião, 
assim como os fios possuem sua finalidade. 
● Sutura simples: os nós ficam na lateral para não machucar o ferimento 
ou prejudicar a cicatrização; 
● Sutura contínua: também conhecida como Kurchner, é indicada para 
fechar as fáscias, quando não há pontos de tensão; 
● Sutura intradérmica: não deixa os pontos de entrada e saída do fio 
visíveis, pois é feito como um ziguezague por dentro do tecido; 
● Sutura em X: pontos em formato de “x” ao longo do ferimento originaram 
o nome, é indicada principalmente para regiões que apresentam maior 
tensão ou resistência (como o caso das incisões torácicas e 
abdominais); 
● Sutura festonada: também chamada de âncora de Ford ou reverdin, 
seus pontos são ancorados no anterior e posterior, dando mais 
segurança e distribuindo melhor a tensão (indicado para aproximação de 
fáscias e hemostasia); 
● Sutura donati: realizada em duas etapas, na primeira o ponto fica a um 
centímetro da margem da ferida e depois penetra toda a pele, chegando 
ao subcutâneo (indicada para áreas de tensão, porém traz mais riscos 
de reação inflamatória ao fio usado para a sutura); 
● Sutura adesiva: filmes coaptivos, que são 
suturas apropriadas que não usam linhas ou 
agulhas e minimizam cicatrizes, indo do centro 
da ferida até as bordas. Podem ser usadas como 
complemento para outros tipos de sutura, 
ajudando no fechamento, cicatrização e 
segurança do procedimento. 
● Sutura horizontal: em “u”, chamada também de Wolff, é indicada para 
tensão moderada, sendo que o ponto atravessa a borda da ferida e volta 
no sentido inverso com uma separação de um centímetro do anterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
HINKLE, J. L.; CHEEVER, K. H. Brunner&Suddarth - Manual de Enfermagem 
Médico-Cirúrgica. 2014. 
 
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA 
UNIVERCIDADE DE SÃO PAULO. Cirurgia Torácica. Disponível em: 
http://www.hc.fm.usp.br/index.php?option=com_content&view=article&id=151:ci
rurgia-toracica&catid=70&Itemid=229 
 
Toracotomias. 2015. Disponível em: 
https://es.slideshare.net/lainskaster/toracotomias-49918063 
 
BUENO, T. Cirurgia Torácica. 2012. Disponível em: 
https://pt.slideshare.net/thiago_bueno/cirurgia-toracica 
 
Incisões na toracotomia. Disponível em: 
https://www.passeidireto.com/arquivo/5461604/incisoes-na-toracotomia 
 
ABRANTES, B. Sutura: tudo que um estudante de medicina precisa saber 
sobre esse procedimento! 2018. Disponível em: 
https://www.stoodi.com.br/blog/2018/08/29/sutura/ 
 
Fios de sutura, Notas de estudo de enfermagem. 2010. Disponível em: 
https://www.docsity.com/pt/fios-de-sutura/4731189/ 
 
LANZILLO, L. Fios de sutura e suas indicações. 2017. Disponível em: 
https://bunzlsaude.com.br/blog/hospitalar/fios-de-sutura-e-suas-indicacoes/ 
 
7 tipos de sutura que estudantes de medicina devem conhecer. 2016. 
Disponível em: 
https://projetomedicina.com.br/artigos/7-tipos-de-suturas-que-estudantes-de-me
dicina-devem-conhecer/ 
 
RIBEIRO, C. Tipos de Incisões Cirúrgicas Abdominais. 2019. Disponível em: 
https://enfermagemilustrada.com/tipos-de-incisoes-cirurgicas-abdominais/ 
 
DUTRA, F. O. Laparotomia e fechamento. 2016. Disponível em: 
https://www.slideshare.net/FernandoDutra1/laparotomia-e-fechamento 
 
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FALEIRO, R. M.; MARTINS, L. R. V. Craniotomia descompressiva: indicações 
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VAL, J. A. C.; FURTADO, L. M. CUIDADOS OPERATÓRIOS EM 
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COLÉGIO DOM FELICIANO. Curso Técnico de Enfermagem – Enfermagem 
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S-CIRURGIAS-1.pdf

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