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De acordo com os conteúdos da Unidade 1, a escola é uma instituição social que molda e normatiza o indivíduo. Contudo, o ambiente escolar não está descolado da realidade social, trazendo para o seu interior as desigualdades vistas no corpo da sociedade. Os currículos escolares também mostram esse cenário, muitas vezes privilegiando grupos sociais em detrimento de outros silenciados, emergindo assim a necessidade de ações que viabilizem um ensino mais democrático. A Lei nº 10.639/03, que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira nas instituições de ensino, surge nesse contexto em que a superação da visão tradicional eurocêntrica da cultura brasileira é tratada como um desafio. 
Deste modo, elabore um texto buscando responder: De que modo as escolas, enquanto instituições sociais, podem contribuir para o enfrentamento às desigualdades sociais? Como outras instituições, por exemplo, o Estado e a família, poderiam realizar articulações com a instituição escolar, contribuindo para o enfrentamento às desigualdades e por meio de quais ações concretas isto se realizaria.
 A sociedade vive em constante transformação, no entanto, mesmo que essa transformação exista ainda sim assume uma profunda estruturação em sua origem, o que torna a evolução de alguns aspectos dentro da própria sociedade mais complexa e ao mesmo tempo desigual. Mas como instituições sociais como a escola podem ajudar no enfrentamento às desigualdades sociais?
Para responder esse questionamento é necessário saber que a escola surgiu como uma necessidade apesar de no princípio ser considerada como uma desocupação, mas que, sobretudo a forma que conhecemos hoje, só teve inicio no século 12 através do catecismo de seus alunos como forma de disseminar a palavra de Deus (cristão). Assim entende-se que a escola era uma ferramenta, ao mesmo tempo em que não era todas as pessoas que tinham acesso a educação já que o estado não era o garantidor.
Considerando que hoje legalmente o estado dá ao direito a escola, uma mudança real na estrutura social, ainda sim, os efeitos dessa mudança não atingem todas as pessoas, pois existem fatores externos que desregulam outras instituições como família, trabalho, religião e o próprio estado, não havendo base suficiente para que algumas crianças, em suas maiorias pobres e periféricas tenham acesso à escola. Entender que esse é o primeiro agravante de exclusão social é principiar a discussão em como o estado dará a garantia a esse direito, certificando-se das condições básicas inerentes que farão com que uma criança não deixe de entrar na escola.
Depois que o individuo entra na escola, ou seja, já tem o mínimo, o segundo enfrentamento acontece pela busca do local de pertencimento, que é nada mais do que encontrar sentido na vivência escolar. Suponha que um aluno indígena entre em uma escola que esta fora de sua aldeia, lá essa criança vai ter contato com diversos círculos sociais que não são o seu, e ainda verá retratado em sala de aula pouco sobre a sua cultura, o resultado desse contato pode distanciar o individuo do conhecimento estudantil que pouco inclui sua vivencia.
Esses são só alguns pontos de reflexão, mas que revela a complexidade em solucionar a desigualdade, pois sim, a escola é um agente facilitador no combate, no entanto até para que uma pessoa chegue à escola, o processo para tal é um reforço ao sistema desequilibrado. Então, é necessário para responder essa questão desassociar a própria escola da sociedade pois de outra maneira não é possível responder esse questionamento, visto que o individuo, as instituições e o quadro de valores interagem a todo tempo.
A escola pode ajudar no combate ao racismo, a xenofobia, ao machismo, tornar o individuo crítico, melhorar entendimento sobre a política e o estado, mostrar a diversidade e inclui - lá ao dia a dia, mostrar alternativas que solucionem a situação do individuo, mas nunca conseguirá fazer isso se políticas públicas e a sociedade não se transformarem no mesmo compasso. Por isso, a busca deve ser sempre pela equidade dentro da sociedade, já que a igualdade exerce tanta exclusão quanto à própria desigualdade.
Só haverá real mudança quando existir políticas apartidárias que melhorem a vida da sociedade, enquanto a sociedade cobra, vigia e intervém quando necessário, ao mesmo tempo que a escola compartilha e incentiva idéias. Por fim, conclui-se que para que a mudança aconteça ela deverá passar-se dentro de todas as instituições, no começo como idéia e depois como transformação, e esse conjunto social irá induzir o individuo.

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