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GABRIEL S. MIRANDA – MEDICINA FTC acidente vascular cerebral isquêmico TEMPO É CÉREBRO! ✦ AVC (o acidente vascular cerebral) é definido como um déficit neurológico súbito motivado por isquemia (oclusão vascular – origem cardioembólico ou ateroembólico) ou hemorragia (ruptura vascular) no sistema nervoso central, com duração maior que 24 horas (é a duração de sintomas... o déficit que remite em menos de 24h entra no quadro de Ataques Isquêmicos Transitórios – AIT). ✦ OBS: Existe uma condição clínica que pode cursar com um quadro clínico semelhante ao de um AVC, estamos falando do AIT. Para diferenciar AIT e AVC, consideramos além da remissão dos sintomas em menos de 24 horas, a ausência de evidência de lesão na neuroimagem (este último pré- requisito é ainda mais importante que a remissão dos sintomas em menos de 24h). Então, o AIT o paciente vai ter a remissão dos sintomas em 24h + ausência de evidência de lesão cerebral na neuroimagem. Contudo, existem casos que os sintomas do AIT podem perdurar por mais de 24h, mas nesses casos a neuroimagem vai ser muito importante, pois vai evidenciar ausência de lesão cerebral. CLASSIFICAÇÃO EM DOIS TIPOS PRINCIPAIS ✦ Isquemia cerebral devido a trombose, embolia ou hipoperfusão sistêmica (80% dos casos). ✦ Hemorragia cerebral devido a hemorragia intracerebral (AVCh) ou hemorragia subaracnóidea (HSA). ✦ AVC de fronteira dos vasos (de pequenos vasos), aqueles vasos menores, ocorre por essa hipoperfusão sistêmica sustentada (IAM, TEP, derrame pericárdico, hipovolemia). EPIDEMIOLOGIA ✦ Risco em torno de 25% para adultos (1 em 4 adultos terá um episódio de AVC na vida). ✦ Segunda causa de morte no Brasil (reveza com o IAM que é a primeira causa de morte no Brasil e no Mundo). ✦ Segunda causa de morte e incapacidade no mundo. ✦ Terceira causa de perda de DALYs – disability-adjusted life years. ✦ 6 milhões de mortes ao ano por AVC – OMS. ✦ Homens > mulheres, contudo Mulheres > Homens a partir dos 75 anos. ANATOMIA DOS VASOS CEREBRAIS GABRIEL S. MIRANDA – MEDICINA FTC ✦ Polígono de willis é importante em razão da sua localização central. ✦ Lembra que a fossa posterior onde se encontra o tronco encefálico, a artéria basilar que é a responsável pela irrigação. ✦ A artéria cerebral média (famosa ACM) tem origem na carótida interna, é a principal artéria no AVCi. FISIOPATOLOGIA ✦ O AVCi ocorre por um déficit de perfusão cerebral em decorrência da quebra da auto-regulação cerebral. A cascata de hipoperfusão começa com uma queda da perfusão cerebral (PAM > 60 e < 150 mmHg) por motivos oclusivos → vasodilatação compensatória na tentativa de compensar a queda da perfusão tentando fazer chegar mais sangue no cérebro (falho) → piora da perfusão → falha na homeostase iônica, principalmente nos canais de cálcio e sódio, além do surgimento de neurotoxicidade mediado pelo glutamato → inicia o processo de sofrimento dos neurônios → infarto cerebral. ✦ Esse diagrama mostra isso... primeiro gráfico evidencia a queda da perfusão cerebral, o segundo gráfico evidencia que com a vasodilatação ocorre a queda do fluido sanguíneo, o terceiro gráfico mostra que há uma tendência do volume cerebral aumentar, porém com a vasodilatação ocorre a queda abrupta posteriormente desse volume, e o quarto gráfico mostra que as células vão consumindo cada vez mais oxigênio, produzindo radicais livres e levando a danos celulares. ✦ SITUAÇÃO 1 DA FISIOPATOLOGIA: A isquemia produz necrose ao privar os neurônios de glicose e oxigênio, o que, por sua vez, resulta em incapacidade das mitocôndrias de produzir ATP. Sem ATP, as bombas iônicas da membrana param de funcionar e os neurônios se despolarizam, permitindo que o cálcio intracelular se eleve. A despolarização celular também induz liberação de glutamato pelas terminações sinápticas; o glutamato extracelular em excesso produz neurotoxicidade por meio da ativação dos seus receptores póssinápticos, que aumentam o influxo neuronal de cálcio. Radicais livres são produzidos por degradação dos lipídeos da membrana e disfunção mitocondrial. ✦ SITUAÇÃO 2 DA FISIOPATOLOGIA: Na situação 2, o que acontece é que além do dano primário da isquemia, pode ter o dano secundário do edema cerebral por compressão das estruturas cerebrais (herniações). Se tem um edema cerebral importante, a gente sabe que esse volume de liquido não tem espaço para se acomodar no cérebro por conta da calota craniana, então a consequência é justamente a herniação. GABRIEL S. MIRANDA – MEDICINA FTC ZONA DE INFARTO X ZONA DE PENUMBRA ✦ O epicentro da necrose, do infarto, a gente chama de core! É essa região o gatilho do infarto, é a área mais afetada. A região circunvizinha do core a gente chama de área de penumbra isquêmica, onde o dano celular é menos intenso, por existir aporte arterial residual, mantendo um fluxo sanguíneo cerebral. A área de penumbra é uma área que perde parte do seu aporte energético em razão de algumas da suas tributárias terem origem na área do core, mas a área de penumbra ela não é só vascularizada por ramos que se conectam com a área necrótica, então por isso ela não morre imediatamente, mas ela é uma área em sofrimento com risco de se tornar necrótica. O nosso objetivo como médicos é justamente salvar a área de penumbra, porque a região de core já morreu, já foi, não tem volta... então a gente precisa agir rápido para salvar a área de penumbra e não deixar estender o processo necrótico. FATORES DE RISCO MODIFICÁVEIS ✦ HAS; ✦ Doenças cardíacas: fibrilação arterial; trombos intracavitários; miocardiopatia dilatada; acinesias importantes; valvas metálicas/biológicas – esses aqui têm relação com formação de trombos. ✦ Hipercolesterolemia; ✦ Obesidade (paciente de alto risco precisa perder pelo menos 10% do peso pelos próximos 6 meses); ✦ DM; ✦ Consumo de álcool; ✦ Tabagismo. NÃO MODIFICÁVEIS ✦ Idade avançada; ✦ Gênero masculino; ✦ Raça (negros são mais predispostos a ter HAS, por exemplo). ✦ História familiar. CLASSIFICAÇÃO TOAST PARA SUBTIPOS DE AVCI ✦ Classificação baseado nos processos etiológicos do AVCi: 1. Aterosclerose de grandes artérias (placas de gordura/ateroma que obstruem o fluxo sanguíneo, podendo ser nativa daquele vaso ocluído ou uma placa de ateroma que foi formada em outro local e viajou até o cérebro e ocluiu um vaso cerebral). 2. Cardioembólico (alterações cardíacas que predispõem a formação de êmbolos, como arritmias). 3. Oclusão de pequenos vasos (é o AVC lacunar, conhecido por oclusão de pequenos vasos, principalmente das artérias pontinas que tem origem na artéria basilar. São os AVC pequenos de até 20mm/2cm... ponte, cerebelo, núcleos da base, tálamo e substancia branca periventricular, são regiões geralmente irrigadas por esses pequenos vasos... a DM e HAS estão mais relacionadas esse tipo de AVC). 4. AVC de outras etiologias determinadas (quando não é cardioembolico, aterosclerótico e nem de pequenos vasos, mas tem uma causa determinada, como por exemplo, uma vasculite do SNC decorrente de LES, ou uma trombofilia, então a gente tem uma AVC de outras etiologias determinadas, mas que não se encaixa na 3 causas citadas anteriormente). 5. AVC de etiologias indeterminadas: 1) duas ou mais causas identificadas (ninguém sabe quem foi o pontapé inicial); 2) avaliação negativa (é a chamada criptogênica, a gente faz todas as avaliações e não acha a causa); 3) avaliação incompleta (é a questão do risco e benefício... vejamos um exemplo... um paciente em idade avançada, com uma neoplasia incurável, acamado já, completamente dependente... muitas vezes você nem avança na investigação do AVC porque um paciente desse pode ter mais riscos que benefícios na investigação etiológica, então acaba que fica a avaliação incompleta). NIHSS ✦ A escala de AVC do NIH (NIHSS) é um instrumento de uso sistemático que permite umaavaliação quantitativa dos déficits neurologicos relacionados com o AVC. Atualmente, a escala é utilizada na fase aguda do AVC como guia terapêutico e na previsão do prognostico do paciente (devemos sempre seriar o NIHSS). Ela vai de 0 a 42 pontos, sendo que o aumento da pontuação é diretamente proporcional a gravidade. ✦ OBS 1: O NIHSS tem uma limitação que compreende a avaliação de déficits da fossa posterior (tronco cerebral e cerebelo), visto que alterações neurológicas que compreendem essa região não são bem colocadas na escala GABRIEL S. MIRANDA – MEDICINA FTC (por exemplo, não tem avaliação de nervos cranianos). Não pontua gravemente em alterações de fossa posterior. O NIHSS é bom para déficit de circulação anterior e posterior. ✦ OBS 2: NIHSS < 4 pontos VS quadro incapacitante: um NIHSS com pontuação baixa não quer dizer necessariamente que não é um AVC grave, visto que a depender do que foi lesado, pode levar a um prejuízo funcional grave ao paciente... vejamos um exemplo... o paciente pontuou baixo no NIHSS porque fez só uma afasia, porém é um paciente que é professor e sua renda depende das aulas que ele dá, então apesar de ter pontuado pouco no NIHSS, o AVC é considerado grave porque produziu um prejuízo funcional muito importante para o paciente... Outro caso seria um paciente com déficit motora nos braços e é um pintor, porra, apesar de ter pontuado baixo no NIHSS, tem um prejuízo funcional grave porque o cara depende da movimentação dos braços para poder pintar. Então pensar nesse lado também! ✦ 1b a gente pergunta idade e mês atual. No 1c abrir a boca e mostrar a língua (abrir a boca e mostrar a língua é uma tarefa complexa, ao passo que pedir só para levantar o braço é uma tarefa simples... quando exige um movimento de sequenciado, já se torna complexo). ✦ Só pontua 3 pontos se a lesão pegar tronco encefálico. ✦ Para cada um dos membros, a gente pontua individualmente. Exemplo: 6a – 2 pontos, 6b – 4 pontos. ✦ Paciente com afasia geralmente superestima o NHISS. GABRIEL S. MIRANDA – MEDICINA FTC ✦ Não confundir afasia com disartria... esta última compreende apenas uma dificuldade na hora de articular as palavras, sem prejuízo na compreensão, escrita e outras questões da linguagem (linguagem é afasia). ✦ Lembrar que “minor” não quer dizer necessariamente que o AVC não é grave... lembra que mesmo pontuando pouco, se traz algum prejuízo funcional grave ao paciente, esse AVC se torna grave para aquele paciente em específico. NEUROIMAGEM NO AVCI ✦ A TC do AVCi agudo, não é para ver área de infarto ou penumbra, é para eu ver na TC se tem ou não o sangramento, porque a depender da presença ou não de sangramento, os protocolos de conduta são diferentes (porta-início da TC de 25 min). ✦ A primeira imagem mostra uma TC de AVCi hiperaguda, só podemos ver sinais precoces de isquemia. Já a segunda imagem mostra uma AVCi em fase tardia... se um paciente chega com essa fase tardia, já não tem muita coisa a se fazer, a gente quer na verdade o paciente na fase hiperaguda na TC da imagem 1. No caso da emergência, eu vou pedir de imediato uma TC só para constatar se tem ou não sangramento para seguir um determinado protocolo. ✦ A importância da AngioTC é para verificar o quão grave é a situação do paciente. As setas brancas estão apontando justamente para os locais de oclusão. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA ✦ Indicações: - Dúvida diagnóstica. - Melhor caracterização da lesão (pode ser utilizada em alguns serviços como protocolo inicial para tentar predizer o tempo de evolução... hiperaguda, aguda, subaguda, crônica, se teve transformação hemorrágica, etc.). - Aumentar a elegibilidade para tratamento. ✦ T1, T2 e difusão (sequência da RNM). Se na última imagem que é na janela de difusão mostra essa lesão edemaciada (essa área mais clarinha), isso significa que o AVC aconteceu nas últimas 4,5h – 6h. MISMACHT CLÍNICO-RADIOLÓGICO NA RNM ✦ O mismacht é quando a gente considera ainda o tratamento com trombólise para o paciente mesmo estando fora da janela terapêutica das 4,5h do inicio do evento isquêmico. Então assim, a trombólise e/ou trombectomia estão indicadas até 4,5h do início do evento isquêmico (AVCi), esse é o tempo da janela terapêutica. No caso do mismacht, a gente considera o paciente fora dessa janela terapêutica de 4,5h, a gente considera o paciente elegível até 24h desde o inicio do evento, porém são pacientes selecionados... são pacientes com core isquêmico pequeno na difusão (difusão é essa janela na RNM), mas com penumbra extensa na perfusão. Veja na imagem o core em vermelho e a área verde é a penumbra... aí nessa janela de difusão, mesmo passado as 4,5h, existe a possibilidade de salvar essa área extensa de penumbra. GABRIEL S. MIRANDA – MEDICINA FTC TRATAMENTO ❯❯ Geral. ❯❯ Reperfusional: trombólise venosa e/ou trombectomia mecânica. ❯❯ Não reperfusional. TRATAMENTO GERAL ✦ Assegurar estabilidade clínica – aplicar o ABC. ✦ Monitorização multiparamétrica (MOV). ✦ História rápida e exame físico objetivo + checar glicemia (hipoglicemia pode mimetizar um quadro de AVC, então entra como importante diagnóstico diferencial de fácil resolução e diagnóstico). ✦ Determinar a hora do ictus (início do processo isquêmico... a gente sabe que a janela terapêutica compreende até 4,5h do inicio da isquemia). ✦ Aplicar o NIHSS e Escala de Rankin Modificada (escala de funcionalidade do paciente). Escala de Rankin Modificada AINDA SOBRE TRATAMENTO GERAL (MAS UM POUCO ESPECÍFICO) ✦ Pensar em diagnósticos diferenciais: PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DO AVCi Hipoglicemia Enxaqueca com aura TCE Encefalites Epilepsia Síndrome vertiginosa Tumores do SNC Toxicidade ✦ Colher exames laboratoriais incluindo coagulograma (ver se o paciente tem alguma disfunção plaquetária, até porque vai ficar utilizando antiagregantes), ECG (ver arritmias principalmente), RX de tórax. ✦ TC de crânio sem contraste (faz parte do protocolo porta TC... a gente faz sem contraste porque se houver algum sangramento, vamos identificar sem a necessidade de contraste). ✦ Transferência para Unidade de AVC ou UTI. ✦ Fluído manutenção (pegar um acesso venoso). ✦ Alvo glicemia: 140 – 180 mg/dl (lembrar que glicose é substrato energético para o cérebro). ✦ Dieta zero inicialmente. ✦ PA: se trombolisar deve ficar no máximo com ≤ 185/110. Se não trombolisar: ≤ 220/120. Primeiras 24 horas após trombolítco: ≤ 180/105 mmHg. OBS: 1) nunca levar a pressão do paciente a normotensão, visto que para permitir uma perfusão mínima adequada para o cérebro que está sofrendo, eu preciso de uma PAM maior que a da normotensão... lembrar da formula de pressão de perfusão cerebral – PPC (pressão de perfusão cerebral) = PAM – PIC. ✦ Anti-hipertensivos preconizados pelos guidelines europeus – lebetalol e nicardipino. A realidade no Brasil é o nipride – nitroprussiato de sódio. É o nipride que será responsável pelo controle da pressão do paciente. ✦ Buscar causas/etiologia. TERAPIA REPERFUSIONAL AGUDA ✦ Restaurar o fluxo sanguíneo cerebral para regiões isquêmicas não infartadas, diminuindo a morbimortalidade. ✦ Os pacientes com até 4,5h de início do déficit, desde que não preencha o quadro abaixo de contraindicação, são candidatos a terapia reperfusional aguda. Consideramos 4,5h porque acredita-se que esse é o tempo máximo em que ainda não houve a formação de uma lesão completa e aí podemos salvar alguma coisa. → Trombólise venosa (aplica um trombolítico endovenoso e o paciente fica incoagulável, tentando salvar o que ainda é possível). GABRIEL S. MIRANDA – MEDICINA FTC → Trombectomia mecânica (é uma forma mais invasiva, você entra com um cateter para buscar e retirar o trombo do vaso... geralmente é feita a trombólise venosa antes para ajudar). ✦ OBS1: Os pacientes que não são elegíveis paraa terapia reperfusional, entram no protocolo de utilização de antigregantes. ✦ OBS2: Acordou com o déficit, a gente considera o início do déficit a hora que ele dormiu ou a hora que ele foi visto por ultimo bem. ✦ OBS3: A trombólise tem que ficar até 24h anticoagulado. CRITÉRIOS QUE CONTRAINDICAM A TERAPIA REPERFUSIONAL ✦ O AVCi recente contraindica a terapia reperfusional porque a área que infartou ainda está friável e aí corre o risco do paciente sangrar o cérebro. ✦ Se é visto na TC uma área de hipodensidade extensa impede de seguir o protocolo de terapia reperfusional porque essa hipodensidade significa que a área cerebral ali se tornou friável, e se a gente seguir com o protocolo, o paciente vai sangrar. Então se a gente faz uma TC no paciente que chegou na emergência com suspeita de AVCi, a TC das 3 a 4,5h desde o inicio do quadro, só pode apresentar sinal precoce de infarto, não pode aparecer hipodensidade, se aparecer hipodensidade, não segue o protocolo de terapia reperfusional, mesmo que esteja na janela... lembre-se que na TC do paciente que chega na emergência eu só quero ver sinais precoces de infarto, eu não quero ver a imagem do infarto já formada. CRITÉRIOS RELATIVOS PROFILAXIA SECUNDÁRIA ✦ Antiagregação – a primeira escolha é AAS. Existem pacientes que farão a dupla antiagregação (geralmente AAS + clopidrogal) ou tripla. Paciente com estenose de grandes vasos intracranianos ou extracranianos, 60% desses pacientes vão precisar da terapia dupla. A tripla geralmente é prescrita para pacientes que teve o evento a partir de uma causa cardíaca. ✦ Estatinas (alta potência). ✦ Controle de fatores de risco. COMPLICAÇÕES AGUDAS DO AVC ISQUÊMICO ✦ Edema cerebral: Os tratamentos classicamente utilizados, como hiperventilação, diuréticos osmóticos e manitol, são de eficácia discutível. Estudos recentes sugerem benefícios da hiponatremia induzida. Craniectomia descompressiva pode ser indicada em situações específicas. ✦ Transformação hemorrágica: Complicação observada com frequência, principalmente nos pacientes que fizeram uso da terapia fibrinolítica. Em geral, o tratamento depende da extensão do sangramento, quadro clínico e medicações utilizadas. ✦ Convulsão: Não há indicação de uso profilático de anti- convulsivantes; devem ser usados apenas no tratamento preventivo da recorrência de crises. ✦ Delirium: Fatores de risco para seu desenvolvimento são: declínio cognitivo preexistente, infecção e AVC com alta gravidade. GABRIEL S. MIRANDA – MEDICINA FTC
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