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Apostila GRA0095 CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA II unidade_2 FMU 2021

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CONTABILIDADE CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA IIINTERMEDIÁRIA II
Me. Marco Aurél io Claudiano da S i lva
IN IC IAR
introdução
Introdução
No atual momento competitivo do mercado, é muito importante que os gestores da empresa
tenham acesso a informações corretas para a melhor tomada de decisão para ajudar a ter um
diferencial competitivo.
Ao longo desta unidade, serão apresentados os processos de lançamento e informações que
possam ajudar na gestão das empresas em processos importantes, como a contabilização de
empréstimos e �nanciamentos, estoques, folha de pagamento e o Realizável a Longo Prazo e
Investimentos do grupo de Ativo Não Circulante.
Nesse sentido, a intenção é que você possa, em uma linguagem simples, entender os processos a
serem discutidos, procurando ao máximo utilizar exemplos que possam facilitar esse entendimento.
Os fatos contábeis que envolvem a conta de empréstimos e �nanciamentos devem ser entendidos
pelo contador que irá analisar cada fato, pois podem ocorrer diversas formas disponíveis no
mercado de  operações acessíveis para as empresas para essas modalidades de crédito. É possível
haver operações a curto ou longo prazo, com juros cobrados antecipadamente ou durante o prazo
da operação.
Tipos de Operações de Curto e Longo Prazo
Segundo Ribeiro (2018), os atos administrativos são acontecimentos na empresa que não geram
alterações no seu patrimônio, por exemplo a �ança em valor de terceiros e admissão de um
empregado. Os fatos administrativos ou contábeis se caracterizam por acontecimentos que
provocam modi�cações no patrimônio da empresa e devem ser contabilizadas nas contas
patrimoniais ou de resultado. Elas são classi�cadas em três grupos: permutativos ou compensativos,
modi�cativos ou mistos. Segundo Ribeiro (2018, p. 52):
a) Permutativos, qualitativos ou compensativos – representam permutas (trocas) entre
elementos ativos, passivos ou entre ambos simultaneamente, sem provocar variações
no Patrimônio Líquido;
b) Modi�cativos ou quantitativos – provocam variações (modi�cações) no Patrimônio
Líquido;
c) Mistos – envolvem, ao mesmo tempo, um fato permutativo e um modi�cativo.
Operações de Empréstimos eOperações de Empréstimos e
FinanciamentosFinanciamentos
Nesse sentido, é importante entender os conceitos relacionados no saiba mais, pois os fatos
contábeis relativos a empréstimos e �nanciamentos poderão ser classi�cadas como os três tipos
possíveis, dependendo da operação que estiverem representando, uma vez que em alguns casos
irão provocar mudança no Patrimônio Líquido, e em outras situações irão apenas fazer
compensação entre os grupos de Ativo ou Passivo. Também é possível termos operações que
poderão ser classi�cadas como fatos mistos.
Segundo Gelbcke et al. (2018), as operações de empréstimos e �nanciamentos podem envolver
várias operações, por exemplo:
Registro da operação do empréstimo ou �nanciamento, propriamente dita com a
instituição �nanceira ou fornecedor.
Encargos �nanceiros, que podem ser despesas de juros, despesas incrementais, taxas,
comissões, eventuais prêmios, elaboração de projetos etc.
Variações monetárias em moeda estrangeira (devendo ser convertido o valor da operação
em moeda corrente com a taxa de câmbio do dia da transação) ou em moeda local.
Notas explicativas que devem ser realizadas para dirimir dúvidas sobre alguma operação,
que sejam interessantes, para que os usuários do relatório contábil possam consultar.
Classi�icação das Contas Contábeis de Empréstimos e
Financiamentos de Curto Prazo
Para que �que fácil o entendimento do processo de contabilização de um empréstimo de curto
prazo, pode ser veri�cado o exemplo a seguir, envolvendo uma operação simples de empréstimo de
curto prazo, com fatos contábeis que geralmente ocorrem em situações com essas características.
Por isso, vejamos os lançamentos que deverão ser contabilizados:
1. A empresa XYZ fez uma operação de empréstimo de curto prazo, com prazo para
pagamento em 120 dias no valor de R$ 150.000,00, com cobrança de IOF de R$ 800,00 no
momento da liberação do crédito e o pagamento dos juros ao �nal do período do
empréstimo.
2. Lançamento dos juros cobrados pela instituição bancária no valor de R$ 12.000,00.
saiba mais
Saiba mais
O conceito de atos e fatos contábeis (ou administrativos) é muito importante para quem está começando a
trabalhar com a contabilidade, pois, ao entendê-los, o pro�ssional pode desenvolver os lançamentos
contábeis com um boa base teórica e saber quais serão as implicações ao efetuar a classi�cação em contas
do Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido ou Contas de Resultado. Para ver mais, acesse a matéria
Contabilidade e os seus sistemas de registros dos atos e fatos patrimoniais, de Wilson Alberto Zappa Hoog.
ACESSAR
http://zappahoog.com.br/site/index.php/contabilidade-e-os-seus-sistemas-de-registros-dos-atos-e-fatos-patrimoniais/
3. Pagamento da operação do empréstimo.
Tabela 2.1 - Contabilização de empréstimo de curto prazo com juros cobrados no pagamento
Fonte: Elaborada pelo autor.
Segundo Hoss et al. (2013), quando ocorre a cobrança antecipada dos juros utilizando-se o princípio
da competência, deve ser realizado o reconhecimento da cobrança dos juros apenas quando do seu
efetivo uso, devendo haver o lançamento mensal do reconhecimento da despesa lançada. A
empresa XYZ faz uma operação de empréstimo de R$ 50.000,00 para pagamento em 10 parcelas no
valor de R$ 5.508,24 e com a cobrança de custos adicionais de R$ 120,00, sendo cobrados
antecipadamente. A Tabela 2.2 demonstra todos os lançamentos necessários para a operação.
a)    Contabilização da operação de empréstimo
Contas Débito Crédito
Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) R$ 149.200,00
IOF s/ empréstimos R$ 800,00
Empréstimos a Pagar (Passivo Circulante) R$ 150.000,00
b)    Lançamento dos juros cobrados no pagamento do empréstimo
Contas Débito Crédito
Juros Passivos (Contas Resultado – Despesas
Financeiras)
R$ 12.000,00
Empréstimos a Pagar (Passivo Circulante) R$ 12.000,00
c)    Pagamento do empréstimo
Empréstimos a Pagar (Passivo Circulante) R$ 162.000,00
Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) R$ 162.000,00
Tabela 2.1 - Contabilização de empréstimo de curto prazo com juros cobrados no pagamento
Fonte: Elaborada pelo autor.
Conforme pode ser veri�cado nos lançamentos realizados na Tabela 2.2, os juros devem ser
lançados no Passivo Circulante na conta Juros a Transcorrer para que sejam apropriados a cada mês
quando do pagamento das parcelas, quando efetivamente serão utilizados pela empresa. As
Despesas Financeiras são lançadas nas contas de Resultado e irão aparecer no Demonstrativo de
Resultado do Exercício ao �nal do período.
1 -  Contabilização do Empréstimo
Contas Débito Crédito
Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) R$ 50.000,00
Financiamentos a Pagar (Passivo Circulante) R$ 50.000,00
2 – Contabilização dos Custos Adicionais
Contas Débito Crédito
Despesas Financeiras (Contas Resultado) R$ 120,00
Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) R$ 120,00
3 – Contabilização de Juros a Transcorrer
Juros a Transcorrer (Passivo Circulante) R$ 5.082,40
Financiamentos a Pagar (Passivo Circulante) R$ 5.082,40
4 – Contabilização do pagamento das parcelas (um a cada pagamento)
Financiamentos a Pagar (Passivo Circulante) R$ 5.508,24
Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) R$ 5.508,24
5 – Lançamento do reconhecimento das despesas dos juros (um a cada mês no
pagamento)
Despesas Financeiras (Contas Resultado) R$ 508,24
Juros a Transcorrer (Passivo Circulante) 508,24
Lançamentos Contábeis de Empréstimos de Longo
Prazo
Os empréstimos e �nanciamentos de longo prazo devem ser entendidos pelo pro�ssional de
contabilidade antes de fazer os lançamentos, pois precisa entender o contrato realizado entre a
empresa e a instituição �nanceira para traduzir o que foi contratado nos lançamentos contábeis
corretos. Vale lembrar que, normalmente, um contrato de longo prazo pode envolver lançamentos
realizados no curto prazo(Passivo Circulante) e também no longo prazo (Passivo Não Circulante).
Por exemplo, um �nanciamento em 48 parcelas irá impactar em lançamentos de uma quantidade de
parcelas de curto prazo, dependendo do momento do exercício atual em que foi contratada a
operação e o �nal do exercício social seguinte, e também o lançamento de parcelas no Passivo Não
Circulante, pois irão ultrapassar o limite do conceito de longo prazo. Segundo Gelbcke et al. (2018, p.
327):
Todos os empréstimos �rmados pela empresa, cujo prazo de pagamento seja superior
ao encerramento do exercício social seguinte, deverão ser contabilizados primeiramente
como a longo prazo. Posteriormente, quando o período a transcorrer até o vencimento
da dívida for inferior ao encerramento do exercício social seguinte, a dívida deverá ser
reclassi�cada para o Passivo Circulante.
Supondo que a empresa WYZ contraiu um empréstimo a longo prazo, no mês de dezembro de 2018,
com um valor de R$ 200.000,00, com 40 parcelas mensais de R$ 6.400,00, para serem pagas a partir
do mês de janeiro de 2019, como irá �car a contabilização desse empréstimo, lembrando que
devemos diferenciar os lançamentos de curto e longo prazo? A Tabela 2.3 demonstra a sequência de
lançamentos necessários para essa operação.
Tabela 2.3 - Contabilização de empréstimo de longo prazo 
Fonte: Elaborada pelo autor.
1 – Contabilização do Empréstimo
Contas Débito Crédito
Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) R$ 200.000,00
Encargos Financeiros Curto Prazo a Apropriar
(Passivo Circulante)
R$ 16.800,00
Encargos Financeiros Longo Prazo a Apropriar
(Passivo Não Circulante)
R$ 39.200,00
Empréstimos a Pagar Curto Prazo (Passivo
Circulante)
R$ 76.800,00
Empréstimos a Pagar Longo Prazo (Passivo Não
Circulante)
R$ 179.200,00
2 – Contabilização dos Pagamento das Parcelas (uma para cada pagamento)
Contas Débito Crédito
Empréstimos a Pagar a Curto Prazo (Passivo
Circulante)
R$ 6.400,00
Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) R$ 6.400,00
3 – Contabilização de Juros a Apropriar (mensalmente)
Despesas com Encargos Financeiros (Conta
Resultado)
R$ 1.400,00
Encargos Financeiros Curto Prazo a Apropriar
(Passivo Circulante)
R$ 1.400,00
4 – Transferência da Parcela de Longo para o Curto Prazo (mensalmente)
Empréstimos a Pagar Longo Prazo (Passivo Não
Circulante)
R$ 6.400,00
Empréstimo a Pagar Curto Prazo (Passivo Circulante) R$ 6.400,00
Balanço Patrimonial e DRE para Operações de
Empréstimos e Financiamentos
Ao entender as operações básicas e também como contabilizar os empréstimos e �nanciamentos de
curto e longo prazo, �ca mais fácil para o pro�ssional contábil ou os usuários das demonstrações
contábeis poderem ler o conteúdo do Balanço Patrimonial ou do Demonstrativo de Resultado do
Exercício e veri�carem como �cariam os saldos das contas dessas operações.
Segundo Bonho, Silva e Santos (2018), o Balanço Patrimonial irá possibilitar aos usuários uma
visualização da situação momentânea da empresa em relação à sua situação econômica e
�nanceira. Em relação às operações de empréstimo e �nanciamento, elas estão localizadas no grupo
Passivo, ou seja, como obrigações da empresa. Dependendo do prazo do pagamento da operação,
se for de curto prazo, ela estará presente no Passivo Circulante e, caso seja de longo prazo, estará
no Passivo Não Circulante.
O Passivo Circulante são obrigações com vencimento até o �nal do exercício seguinte ao balanço,
podendo ser divididas entre os Fornecedores na aquisição de produtos e/ou serviços. Empréstimos
a Pagar se caracterizam por dívidas através de operações de crédito com a obtenção de dinheiro,
Financiamentos a Pagar, que são dívidas na aquisição direta de bens móveis ou imóveis, e Salários a
Pagar por conta dos pagamentos à mão de obra que vendem ou produzem para a empresa. O
Passivo Não Circulante refere-se a operações que envolvam vencimentos posteriores ao �nal do
exercício seguinte do Balanço Patrimonial. É possível que todos os itens do Passivo Circulante
possam também fazer parte do Passivo Não Circulante, desde que as datas de seus vencimentos
sejam mais de um ano do �nal do exercício (BONHO; SILVA; SANTOS, 2018).
Em relação ao Demonstrativo de Resultado do Exercício, as contas que podem aparecer nas
operações de Empréstimos e Financiamentos, normalmente, serão encontradas no Grupo de
Despesas Financeiras das Contas de Resultado e se constituem em despesas decorrentes através
dos contratos dessas operações. Podem aparecer as seguintes contas: juros pagos pela operação
(ao longo do período ou antecipadamente), descontos concedidos, despesas de IOF, multas por
atraso de pagamento e juros por atraso de pagamento (BONHO; SILVA; SANTOS, 2018).
Quadro 2.1 - Passivo Circulante e Passivo Não Circulante no Balanço Patrimonial
Fonte: Adaptado de FIPECAFI (2013, p. 3).
praticar
Vamos Praticar
Uma empresa contraiu um empréstimo a curto prazo, para pagamento em 6 meses, sendo o valor da
operação de R$ 30.000,00, e, no momento da liberação do recurso �nanceiro para a empresa, foi
descontado da empresa o valor de R$ 2.400,00 como juros previstos no contrato de empréstimo com a
instituição �nanceira.
Tendo as informações, indique a opção correta para a contabilização do evento da liberação do empréstimo
para a empresa:
a) Débito – Bancos Conta Movimento – R$ 30.000,00 (Ativo Circulante)         Crédito – Empréstimos a
Pagar Curto Prazo – R$ 30.000,00 (Passivo Circulante)
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo + Patrimônio Líquido
Ativo Circulante Passivo Circulante
Ativo Não Circulante Fornecedores
Empréstimos a Pagar Curto Prazo
Financiamentos a Pagar Curto Prazo
Salários a Pagar
Passivo Não Circulante
Empréstimos a Pagar Longo Prazo
Financiamentos a Pagar Longo Prazo
Patrimônio Líquido
b) Débito – Bancos Conta Movimento – R$ 27.600,00 (Ativo Circulante)         Débito – Juros a Apropriar
– R$ 2.400,00 (Passivo Circulante)         Crédito – Empréstimos a Pagar Curto Prazo – R$ 30.000,00
(Passivo Circulante)
c) Débito –  Bancos Conta Movimento – R$ 27.600,00 (Ativo Circulante)        Débito –  Despesas com
Juros – R$ 2.400,00 (Conta de Resultado – Despesas)        Crédito – Empréstimos a Pagar Curto Prazo
– R$ 30.000,00 (Passivo Circulante)
d) Débito –  Bancos Conta Movimento – R$ 30.000,00 (Ativo Circulante)         Crédito – Juros a
Apropriar – R$ 2.400,00 (Passivo Circulante)         Crédito – Empréstimos a Pagar Curto Prazo – R$
27.600,00 (Passivo Circulante)
e) Débito –  Bancos Conta Movimento – R$ 30.000,00 (Ativo Circulante)         Crédito – Despesas com
Juros – R$ 2.400,00 (Conta de Resultado – Despesas)         Crédito – Empréstimos a Pagar Curto Prazo
– R$ 27.600,00 (Passivo Circulante)
Entender a importância que os estoques têm para a gestão de uma empresa, tanto do ponto de
vista administrativo quanto do ponto de vista contábil, é muito interessante para os pro�ssionais
que são responsáveis pela tomada de decisão nas empresas, e, nesse ponto, é vital para elas a
adoção de políticas de gestão de estoques assertivas, de forma que os administradores conheçam e
atuem principalmente nos custos que poderão impactar para a organização em uma estratégia certa
ou não, até mesmo afetando a continuidade da empresa, caso ocorra algum erro.
Conceito, Custos e Mensuração de Estoques
Segundo Gelbcke (2018, p. 61), “Os estoques são bens tangíveis ou intangíveis adquiridos ou
produzidos pela empresa com o objetivo de venda ou utilização própria no curso normal de suas
atividades”.
Para Hoss et al. (2013), as empresas vão necessitar de estoques para se manter no mercado. Caso
seja uma organização comercial, irá precisar comprar mercadorias para fazer a revenda; caso seja
uma indústria, necessitará de manter estoques de matérias-prima ou produtos em processo.
Atualmente, no Brasil, o Pronunciamento Técnico CPC 16 se alinha à IAS 2 (IASB – International
Accounting Standards Board), que é a o equivalente a ela nas Normas Internacionais de
Contabilidade.
Segundo o CPC 16, noseu item 6:
Estoques são ativos: 
(a) mantidos para venda no curso normal dos negócios; 
(b) em processo de produção para venda; ou
(c) na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no
processo de produção ou na prestação de serviços.
Estoques – CPC 16Estoques – CPC 16
Segundo Carvalho, Guimarães e Cruz (2019) e Hoss et al. (2013), a mensuração de estoques pode ser
realizada através do valor de custo ou do valor realizável líquido, aquele que for menor dos dois. A
partir da contabilização dos estoques, as empresas podem apurar o Custo das Mercadorias
Vendidas (CMV) ou Custo das Mercadorias Produzidas (CMP), cujos custos de aquisição
compreendem os seguintes pontos:
O preço de compra da mercadoria.
Os tributos, excetuando-se os que são recuperáveis junto ao �sco.
Custos envolvendo as atividades de transporte, seguro e manuseio do produto.
Em relação à mensuração de estoques, normalmente é realizada através do seu custo de aquisição,
descritos acima. Entretanto, caso o valor atribuído ao estoque esteja muito alto, ele pode sofrer a
 mensuração através do ajuste ao valor realizável líquido. Como relatam Carvalho, Guimarães e Cruz
(2019, p. 169):
[…] podem ocorrer situações em que o valor atribuído às mercadorias em estoque �ca
superdimensionado em relação ao valor que seria obtido pela venda das mesmas
mercadorias, diminuído dos gastos para efetivar a operação e venda.
Essa situação pode ocorrer, por exemplo, quando determinada mercadoria sofre danos,
�ca obsoleta ou quando os consumidores passam a não ter mais a preferência por
aquele determinado item. Nesses casos, a entidade deve realizar um lançamento de
ajuste, debitando uma conta de despesa (resultado), em contrapartida a uma conta
redutora dos estoques: perdas estimadas com estoques. Essa conta tem a natureza
credora.
Para facilitar o entendimento do que é o CMV (Custo de Mercadoria Vendida), que é importante no
cálculo do DRE, pode ser visualizado o Quadro 2.2, que especi�ca os itens que compõem a fórmula
apresentada.
Quadro 2.2 - Fórmula do CMV – Custo das Mercadorias Vendidas
Fonte: Adaptado de Carvalho, Guimarães e Cruz (2019, p. 159).
Para as empresas que trabalham com transformação de matérias-primas para gerar um produto
�nal que será vendido posteriormente, podem ser veri�cados quais são os custos envolvidos no
Decreto Lei Número 1.598/77 no Artigo 13 § 1º:
CMV = EI + Compras - EF
CMV -> Custo das Mercadorias Vendidas
EI -> Estoque Inicial do período
Compras -> compras realizadas no período de apuração do custo
EF -> Estoque �nal do período
§ 1º - O custo de produção dos bens ou serviços vendidos compreenderá,
obrigatoriamente:
a) o custo de aquisição de matérias-primas e quaisquer outros bens ou serviços
aplicados ou consumidos na produção, observado o disposto neste artigo;
b) o custo do pessoal aplicado na produção, inclusive de supervisão direta, manutenção
e guarda das instalações de produção;
c) os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos de depreciação dos bens
aplicados na produção;
d) os encargos de amortização diretamente relacionados com a produção;
e) os encargos de exaustão dos recursos naturais utilizados na produção.
Quadro 2.3 - Fórmula do CPV - Custo dos Produtos Vendidos
Fonte: Apuração do Custo das Vendas (on-line). Acesso em: 24 jul. 2019.
Segundo Marion (2018), os Custos de Produtos Vendidos (CPV) e Custo dos Serviços Prestados (CSP)
correspondem a uma fórmula de cálculo muito próxima do Custo de Mercadorias Vendidas, mas
referem-se ao cálculo em empresas que fazem a produção através da transformação dos insumos
ou prestação de serviços, adicionando a mão de obra e os gastos gerais de fabricação (ou prestação
de serviços), que são custos indiretos de produção ou serviço, para chegar a um cálculo que será
utilizado também no DRE.
Segundo Fontoura (2013), é importante entender a classi�cação dos custos que compõem o cálculo
do CMV e eles são classi�cados quanto ao volume de produção da seguinte forma:
1. Custo �xo: esse tipo de custo não apresenta variação, tem uma capacidade instalada de
produção e é de difícil identi�cação, sendo necessária a utilização de formas de rateio.
2. Custo variável: há uma variação dependendo da quantidade de produção veri�cada dentro
do período. É de fácil identi�cação. Por exemplo, em uma indústria de confecção, quanto
mais roupas são produzidas de um modelo especí�co, maior será gasto o tipo de tecido
necessário para produzir o produto.
CPV = EI + (INSUMOS + MOD + GGF) - EF
CPV -> Custo dos Produtos Vendidos
EI -> Estoque Inicial do período
INSUMOS -> correspondem a matéria-prima, embalagens e outros materiais.
MOD -> Mão de obra direta aplicada na produção dos produtos
GGF -> Gastos Gerais de Fabricação, que corresponde a aluguel, energia, depreciação, mão de
obra indireta, etc.
EF -> Estoque �nal do período
Quanto à forma de apropriação os custos, podem ser:
1. Custos diretos: compreendem os produtos ou serviços que são utilizados diretamente
para o processo de produção e estão ligados normalmente aos custos variáveis, sendo
fácil sua identi�cação.
2. Custos indiretos: normalmente são caracterizados pelos custos �xos dentro do processo
de produção do produto, sendo igualmente de difícil identi�cação e necessitando de
fórmulas de rateio.
Critérios de Valoração do Estoque
Segundo Chagas (2013) e Marion (2018), o cálculo do Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) está
localizado no DRE após a Receita Líquida de Vendas para que seja possível calcular  o Lucro Bruto da
empresa. No Quadro 2.4, pode ser veri�cada de forma simpli�cada a forma do cálculo do DRE e
onde está inserido o CMV.
Quadro 2.4 - Cálculo do Lucro Bruto usando CMV/CPV/CSP.                          
Fonte: Adaptado de Marion (2018, p. 102).
Segundo Chagas (2013), para conhecer o custo das mercadorias vendidas é importante que se
desenvolvam métodos de cálculos com técnicas contábeis con�áveis para se chegar ao valor dos
estoques para utilização no DRE. As três principais formas de cálculo são a PEPS, UEPS e Custo
Médio Ponderado, que são detalhadas nos próximos itens.
Demonstrativo de Resultado do Exercício
(+) Receita Bruta
(-) Deduções
       Devoluções (-)
       Abatimentos (-)
(=) Receita Líquida
(-) Custos das Vendas / Produção
      CMV (-) / CPV (-) / CSP (-)
(=) Lucro Bruto    
Método PEPS
Segundo Chagas (2013) e Carvalho, Guimarães e Cruz (2019), o método  PEPS – Primeiro que Entra
Primeiro que Sai (em inglês First In First Out – FIFO) utiliza para o custo das vendas as unidades que
foram compradas primeiro, e, seguindo essa lógica, a tendência é que o custo �nal do estoque seja
maior e, consequentemente, irá apresentar um CMV menor quando comparado com os outros
métodos de avaliação.
Para efeito de comparação entre os três métodos, será apresentado um exemplo de movimentação
de estoques e na sequência realizada a comparação dos valores que resultarão através da aplicação
de cada método.
A empresa ABCD efetuou a seguinte movimentação de estoques do produto Y, no mês de maio de
2019:
1. Estoque inicial em 2 de maio de 100 unidades a um preço de R$ 120,00.
2. Venda em 3 de maio de 50 unidades.
3. No dia 9 de maio, realizou a compra de 100 unidades a um preço de R$ 150,00.
4. No dia 12 de maio, realizou a venda de 100 unidades.
5. No dia 15 de maio, fez compra de 200 unidades a um valor de R$ 180,00.
6. No dia 20 de maio, fez uma venda 150 unidades.
7. No dia 22 de maio, fez uma compra de 100 unidades a um valor de R$ 210,00.
8. No dia 30 de maio, fez uma venda de 150 unidades.
A partir desses dados, serão calculadas as movimentações utilizando o método PEPS, conforme
pode ser visualizado na Tabela 2.4.
Tabela 2.4 - Cálculo do Método PEPS
Fonte: Elaborada pelo autor.
Conforme pode ser veri�cado na Tabela 2.4, quando há uma venda primeiramente é utilizado o
produto com o preço mais antigo, por exemplo, no dia 12/05, foram vendidas 100 unidades do
Data/Histórico
Data Histórico
EntradasQtde. x P. Unit. =
Valor
Saídas
Qtde. x P.Unit. =
Valor
Saldos
Qtde. x P. Unit. =
Saldo
02/05 Est. Inicial
100 x 120,00 =
12.000,00
-
100 x 120,00 =
12.000,00
03/05 Venda
50 x 120,00 =
6.000,00
50 x 120,00 =
6.000,00
09/05 Compra
100 x 150,00 =
15.000,00
50 x 120,00 =
6.000,00 100 x
150,00 = 15.000,00
12/05 Venda
50 x 120,00 =
6.000,00 50 x
150,00 = 7.500,00
  50 x 150,00 =
7.500,00
15/05 Compra
200 x 180,00 =
36.000,00
50 x 150,00 =
7.500,00 200 x
180,00 = 36.000,00
20/05 Venda
50 x 150,00 =
7.500,00 100 x
180,00 = 18.000,00
  100 x 180,00 =
18.000,00
22/05 Compra
100 x 210,00 =
21.000,00
100 x 180,00 =
18.000,00 100 x
210,00 = 21.000,00
30/05 Venda
100 x 180,00 =
18.000,00 50 x
210,00 = 10.500,00
  50 x 210,00 =
10.500,00
CMV = EI + Compras - EF
CMV = 12.000,00 + 72.000,00 - 10.500,00
CMV = 73.500,00
produto e primeiramente utilizam-se 50 unidades a um valor de R$ 120,00 e na sequência as outras
50 unidades com o valor de R$ 150,00. Da mesma forma, no saldo de estoque no dia 15/05 é
diferenciada a quantidade com o preço unitário de R$ 150,00, que vai ser utilizado primeiro que o
outro, adquirido posteriormente por R$ 180,00. O Estoque �nal para o PEPS �cou em R$ 10.500,00 e
o valor do CMV em R$ 73.500,00.
Método UEPS
Segundo Chagas (2013) e Carvalho, Guimarães e Cruz (2019), o método UEPS – Último que Entra
Primeiro que Sai (em inglês Last In First Out – LIFO) caracteriza-se pelo cálculo do custo da mercadoria
com a multiplicação da quantidade vendida pelo preço unitário que foi praticado na compra mais
nova. Segundo Quintana (2014, p. 92), “O UEPS não é aceito pela legislação do imposto de renda. A
empresa que optar por este método deverá apresentar a diferença para a tributação”.
Para poder fazer a comparação com os outros métodos de cálculo, a Tabela 2.5 apresenta o mesmo
exemplo da Tabela 2.4 aplicando o método UEPS.
Data/Histórico
Data   Histórico
Entradas
Qtde. x P. Unit. =
Valor
Saídas
Qtde. x P.Unit. =
Valor
Saldos
Qtde. x P. Unit. =
Saldo
02/05 Est. Inicial
100 x 120,00 =
12.000,00
-
100 x 120,00 =
12.000,00
03/05 Venda
50 x 120,00 =
6.000,00
50 x 120,00 =
6.000,00
09/05 Compra
100 x 150,00 =
15.000,00
50 x 120,00 =
6.000,00
100 x 150,00 =
15.000,00
12/05 Venda
100 x 150,00 =
15.000,00
50 x 120,00 =
6.000,00
15/05 Compra
200 x 180,00 =
36.000,00
50 x 120,00 =
6.000,00
200 x 180,00 =
36.000,00
20/05 Venda
150 x 180,00 =
27.000,00
50 x 120,00 =
6.000,00
 50 x 180,00 = 
9.000,00
22/05 Compra
100 x 210,00 =
21.000,00
50 x 120,00 =
6.000,00
50 x 180,00 =
9.000,00
100 x 210,00 =
21.000,00
Tabela 2.5 - Cálculo do Método UEPS
Fonte: Elaborada pelo autor.
Conforme pode ser veri�cado na Tabela 2.5, quando há uma venda primeiramente é utilizado o
produto com o preço comprado mais recente, por exemplo, no dia 12/05, foram vendidas 100
unidades do produto e é vendida a quantidade total que entrou por último com o valor de R$
150,00. Da mesma forma, no saldo de estoque no dia 20/05, é diferenciada a quantidade com o
preço unitário de R$ 180,00, que vai ser utilizado primeiro que o outro adquirido antes com o valor
de R$ 120,00. O Estoque �nal para o UEPS �cou em R$ 6.000,00 e o valor do CMV em R$ 78.000,00.
Método do Custo Médio Ponderado
Segundo Chagas (2013) e Carvalho, Guimarães e Cruz (2019), o método do cálculo do custo médio
ponderado é utilizado o cálculo simples de uma média ponderada.
Para o custo médio ponderado, a Tabela 2.6 apresenta o cálculo do mesmo exemplo utilizado nas
Tabelas 2.4 e 2.5.
30/05 Venda 100 x 210,00 =
21.000,00
50 x 180,00 =
9.000,00
50 x 120,00 =
6.000,00
CMV = EI + Compras - EF
CMV = 12.000,00 + 72.000,00 - 6.000,00
CMV = 78.000,00
Tabela 2.6 - Cálculo do Método do Custo Médio Ponderado
Fonte: Elaborada pelo autor.
Data/Histórico
Data   Histórico
Entradas
Qtde. x P. Unit. =
Valor
Saídas
Qtde. x P.Unit. =
Valor
Saldos
Qtde. x P. Unit. =
Saldo
02/05 Est. Inicial
100 x 120,00 =
12.000,00
-
100 x 120,00 =
12.000,00
03/05 Venda
50 x 120,00 =
6.000,00
50 x 120,00 =
6.000,00
09/05 Compra
100 x 150,00 =
15.000,00
150 x 140,00 =
21.000,00
12/05 Venda
100 x 140,00 =
14.000,00
50 x 140,00 =
7.000,00
15/05 Compra
200 x 180,00 =
36.000,00
250 x 172,00 =
43.000,00
20/05 Venda
150 x 172,00 =
25.800,00
100 x 172,00 =
17.200,00
22/05 Compra
100 x 210,00 =
21.000,00
200 x 191,00 =
38.200,00
30/05 Venda
150 x 191,00 =
28.650,00
50 x 191,00 =
9.550,00
CMV = EI + Compras - EF
CMV = 12.000,00 + 72.000,00 - 9.550,00
CMV = 74.450,00
Conforme pode ser veri�cado na Tabela 2.6, quando uma venda é realizada utiliza-se o valor do
custo médio ponderado, que é calculado quando há uma compra em que o preço unitário é
diferente do valor da entrada, somando esse ao saldo e dividindo pela quantidade de estoque,
conforme o cálculo da compra efetuada em 09/05 através dos valores (6.000 + 15.000) / (50 + 100),
com resultado unitário de R$ 140,00. O Estoque �nal para o custo médio ponderado �cou em R$
9.550,00 e o valor do CMV em R$ 74.450,00.
Comparação entre os Métodos de Cálculo de Custo
O cálculo efetuado através dos métodos PEPS, UEPS e custo médio ponderado pode ser visualizado
na Tabela 2.7, com uma comparação entre o custo �nal do estoque e o valor do CMV calculado para
cada método.
Tabela 2.7 - Comparativo dos métodos de cálculo de custos de estoque
Fonte: Elaborada pelo autor.
Ao veri�car a Tabela 2.7, pode ser visualizado que o UEPS é o que tem o menor saldo �nal de
estoque e o maior cálculo do custo do CMV. Assim, o Lucro Bruto será menor, pois irá impactar na
diminuição da Receita Líquida no DRE. Por essa razão, conforme comentado, a legislação brasileira
não aceita o UEPS para o �sco. A forma mais utilizada pelas empresas é o Custo Médio Ponderado e
mantém um valor médio, segundo Carvalho, Guimarães e Cruz (2019).
Cálculo do Valor Realizado Líquido
Segundo Carvalho, Guimarães e Cruz (2019), o cálculo dos estoques é mensurado pelo custo de
aquisição, mas podem ocorrer situações em que o estoque o valor esteja superestimado em relação
ao valor pelos quais o produto seria vendido, quando ocorrer, por exemplo, danos, obsoletismo ou
quando o consumidor diminuir a procura do produto.
Em relação ao cálculo do Valor Realizado Líquido, conforme Carvalho, Guimarães e Cruz (2019), pode
ser citado o exemplo de um Tênis da Marca C, supondo que não tenha mais o mesmo potencial de
venda, e ao invés de R$ 100,00 seja vendido a R$ 80,00 o valor unitário, conforme a Tabela 2.8:
Comparativo dos métodos de cálculo de custos de estoque
Descrição Saldo Final Cálculo do CMV
PEPS R$ 10.500,00 R$ 73.500,00
UEPS R$ 6.000,00 R$ 78.000,00
Custo Médio Ponderado R$ 9.550,00 R$ 74.450,00
Tabela 2.8 - Cálculo do Valor Realizado Líquido
Fonte: Adaptada de Carvalho, Guimarães e Cruz (2019, p. 169).
Lançamentos Contábeis de Estoque
Os lançamentos contábeis em relação à movimentação de estoque podem ser mais complexos,
tendo em vista a grande variedade de situações que podem acontecer, mas é possível se ter uma
ideia das operações básicas relativas à movimentação de estoques, que serão discutidas neste
tópico.
Segundo Carvalho, Guimarães e Cruz (2019), em uma situação de aquisição de mercadorias a prazo
em que devem ser recuperados o valor de ICMS, a venda de mercadorias, o registro de ICMS sobre
as vendas, a baixa de estoques e a apuração do ICMS a pagar podem ser visualizados na Tabela 2.9.
Quantidade
Custo
Vlr Unit.        Total
VRL
Vlr Unit.       Total
Perdas Estimadas
30 100,00 -> 3.000,00 80,00 ->  2.400,00 600,00
Lançamento Contábil
D - Perda com Estoques  / C - Perdas Estimadas com Estoques - R$ 600,00
Tabela 2.8 - Cálculo do Valor Realizado Líquido
Fonte: Adaptada de Carvalho, Guimarães e Cruz (2019, p. 169).
Há possibilidade de ocorrer a incidência de outros impostos que podem não estar diretamente
incluídos no preço da mercadoria e ainda não ser recuperáveis, como, por exemplo, o PISe o
COFINS, que têm alíquotas diferenciadas, dependendo da atividade da empresa e, nesse caso,
devem compor o custo do produto.
Em relação aos lançamentos veri�cados na Tabela 2.9, é interessante fazer algumas observações:
Lançamentos contábeis de Estoques
1 – Aquisição de Mercadorias a Prazo por R$ 1.000,00 (18% do ICMS)
D – Mercadorias para Revenda (Ativo Circulante) R$ 820,00
D – ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 180,00
C – Fornecedores (Passivo Circulante) R$ 1.000,00
2 – Vendas de Mercadorias por R$ 2.000,00 (18% do ICMS)
D – Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) R$ 2.000,00
C – Receita de Vendas (Conta de Resultado) R$ 2.000,00
3 – Registro de ICMS sobre as Vendas
D – ICMS sobre Vendas (Contas de Resultado) R$ 360,00
C - ICMS a Recolher (Passivo Circulante) R$ 360,00
4 – Baixa de Estoques e lançamento do CMV
D – CMV (Conta de Resultado) R$ 820,00
C – Mercadorias para Revenda (Ativo Circulante) R$ 820,00
5 – Apuração do ICMS a Pagar e pagamento no Banco
D – ICMS a Recolher (Passivo Circulante) R$ 360,00
C – ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 180,00
C – Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante) R$ 180,00
1. A conta ICMS a Recuperar se caracteriza por um direito da empresa de fazer a recuperação
do valor do imposto na compra.
2. O valor líquido da aquisição das mercadorias deve fazer o desconto dos impostos nos
casos em que eles estão incidindo diretamente no valor do produto.
3. Os descontos obtidos ou abatimentos no momento da compra também devem ser
descontados do valor da aquisição da mercadoria.
4. As devoluções de compra também devem ser descontadas no valor da nota �scal.
5. No caso de fretes, seguros, e valores adicionados ao valor total da nota, devem ter o
lançamento destacado.
Estoques no Balanço Patrimonial e no DRE
Em relação ao Balanço Patrimonial, pode-se fazer a evidenciação do grupo de Estoques e é
interessante entender que devem ocorrer os lançamentos. Segundo Chagas (2013), o grupo de
Estoques faz parte do Ativo Circulante e, normalmente, tem algumas contas que podem ser
utilizadas, por exemplo Produtos Acabados, Mercadorias para Revenda, Matérias-primas,
Almoxarifado e Adiantamento a Fornecedores (quando para aquisição de matérias-primas, materiais
de embalagens, mercadorias e insumos). A conta de Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado é
uma conta redutora do Ativo Circulante, e a �nalidade é eliminar prováveis perdas resultantes de
estragos, deterioração, obsoletismo ou redução no preço de venda ou reposição de estoques.
Quadro 2.5 - Grupo de Estoques dentro do Balanço Patrimonial
Fonte: Adaptado de FIPECAFI (2013, p. 3).
Em relação ao DRE, é importante que as contas que tenham ligação com o estoque sejam
reconhecidas como despesas nas Contas de Resultado. O Pronunciamento Técnico CPC 16 (R1), no
item 34, descreve os procedimentos de reconhecimento da seguinte forma:
Quando os estoques são vendidos, o custo escriturado desses itens deve ser
reconhecido como despesa do período em que a respectiva receita é reconhecida. A
quantia de qualquer redução dos estoques para o valor realizável líquido e todas as
perdas de estoques devem ser reconhecidas como despesa do período em que a
redução ou a perda ocorrerem. A quantia de toda reversão de redução de estoques,
proveniente de aumento no valor realizável líquido, deve ser registrada como redução
do item em que for reconhecida a despesa ou a perda, no período em que a reversão
ocorrer.
Balanço Patrimonial – Estoques
Ativo Passivo + Patrimônio Líquido
Ativo Circulante Passivo Circulante
Estoques Passivo Não Circulante
          Estoque de Produtos Acabados Patrimônio Líquido
          Mercadorias para Revenda
          Estoque de Matérias-primas
          Estoque de Produtos em Elaboração
          Estoque de Embalagens
          Estoque Mercadorias em Trânsito
       Provisão para Ajuste ao Valor de
Mercado (Conta Credora
Ativo Não Circulante
praticar
Vamos Praticar
2) No mês de abril de 2019, a empresa SOVENDA Ltda., que trabalha com a venda de mercadorias,
apresentou as seguintes operações:
06/04 – Compra de 200 unidades no valor de R$ 100,00
10/04 – Compra de 200 unidades no valor de R$ 120,00
15/04 – Compra de 200 unidades no valor de R$ 140,00
25/04 – Venda de 400 unidades no valor unitário de R$ 210,00
Sabendo que o Estoque inicial no dia 01/04 estava zerado, e que a empresa utiliza a valoração do estoque
através do método do Custo Médio Ponderado, ao efetuar a contabilização das operações citadas,
identi�que o valor do estoque �nal e do lucro obtido no período, respectivamente:
a) R$ 24.000,00 e R$ 24.000,00.
b) R$ 24.000,00 e R$ 20.000,00.
c) R$ 36.000,00 e R$ 36.000,00.
d) R$ 24.000,000 e R$ 48.000,00.
e) R$ 24.000,00 e R$ 36.000,00.
Toda empresa que tenha funcionários está obrigada a manter o registro da sua folha de pagamento,
na qual deverão constar os salários pagos aos seus trabalhadores e também os encargos sociais
devidos, além das provisões que devem ser realizadas para verbas que precisem desse tipo de
lançamento.
Segundo Bonho, Silva e Santos (2018, p. 191),
A folha de pagamento da empresa é um documento que deve conter os nomes dos
colaboradores, o montante das remunerações, dos descontos ou abatimentos e o valor
líquido a pagar para cada um dos empregados, juntamente com os recibos.
Operações Envolvidas na Folha de Pagamento
Conforme Schmidt, Santos e Gomes (2011), a folha de pagamento deve apresentar os dados de
identi�cação do funcionário, setor, data de admissão e outros dados do empregado. Na folha de
pagamento, também devem aparecer todas as vantagens e descontos discriminados, além dos
encargos sociais, tais como: INSS, FGTS, Imposto de Renda Retido na Fonte (IRPF).
Antes de pensar na Contabilização da Folha de Pagamento, é interessante que possam ser
entendidos os itens que a compõem. Segundo Bonho, Silva e Santos (2018), podem ser citados os
seguintes componentes:
1. Salário: é importante entender que corresponde à remuneração contraprestação pelo
serviço prestado pelo funcionário. Na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), em seu
artigo 47, além do salário também fazem parte gorjetas, grati�cações, comissões, ajuda de
custo, prêmios, abonos etc.
2. Desconto de INSS: corresponde ao desconto da Previdência Social que é obrigatório para
os funcionários, sendo que a empresa efetua o desconto e posteriormente repassa ao
INSS.
Operações com Folha de PagamentoOperações com Folha de Pagamento
3. Desconto de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF): de acordo com a tabela divulgada
pela Receita Federal do Brasil (RFB), a empresa desconta, caso o empregado não seja
isento e repassa a RFB.
4. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS): esse valor não é descontado do
funcionário e a empresa deve recolher o percentual de 8% da remuneração.
5. Adiantamento de salários: é uma antecipação do salário pago adiantado ao funcionário e
descontado no momento do pagamento.
6. Vale transporte: é um benefício ao funcionário para adiantar o valor das despesas de
deslocamento da residência para o trabalho  e vice-versa. Do valor gasto pela empresa é
descontado o limite de 6% do valor base do salário do empregado.
7. Alimentação: é descontado do funcionário o máximo de 20% do salário do custo da
refeição e a parcela correspondente a ele deverá estar lançada na folha de pagamento.
8. Horas extras: quando o funcionário trabalhar além do período contratado, ele tem direito
ao cálculo de horas extras, que não podem ser maior que duas horas por dia e podem ser
pagas com acréscimo, dependendo da quantidade de horas e do dia em que o tempo
trabalhado a mais foi realizado.
9. Férias: de acordo com os artigos 129 e 130 da CLT, todo funcionário tem direito a usufruir
as férias após o período aquisitivo de 1 ano. As férias precisam ser tiradas até 12 meses
após o �nal do período aquisitivo. O artigo 7, item XVII da Constituição Federal de 1988, dá
o direito ao empregado de receber um terço da remuneração do empregado juntocom o
valor das férias. Os descontos de INSS e IRPF sobre os valores das férias também devem
ser calculados. É importante saber que a apropriação da provisão de férias deve ser
realizada ao longo do ano e não é reconhecida no momento do pagamento das mesmas.
10. Décimo terceiro: também conhecido como grati�cação de Natal, é um direito que está
previsto na Constituição Federal, artigo 7, item VIII e é anual concedida ao empregado com
base na remuneração mensal integral. Também deve ser considerada como provisão e é
reconhecida mensalmente ao longo do ano, devendo apropriá-la quanto à competência e
não apenas no momento do pagamento dele.
Cálculo do INSS
Conforme Schmidt, Santos e Gomes (2011), para o cálculo do INSS deve ser multiplicado o
percentual da alíquota correspondente da Tabela de Cálculo do INSS, divulgada anualmente pela
Previdência Social do Brasil pelo valor da remuneração que é tributável para o INSS. A Tabela 3.1
apresenta a tabela para o ano de 2019.
Tabela 2.10 - Tabela de Cálculo do INSS para Empregado, Empregado Doméstico e Trabalhador Avulso
para 2019
Fonte: Guia Trabalhista (on-line).
O valor máximo para desconto do funcionário equivale a R$ 642,34, que corresponde ao cálculo do
teto da alíquota de 11%. Para efetuar o cálculo, basta pegar o valor tributável pelo INSS e aplicar a
alíquota da Tabela 2.10.
Podem ser veri�cados os exemplos de cálculo de salário para aplicação na tabela conforme a seguir:
1. Um funcionário com salário de R$ 1.300,00 deverá ter uma alíquota de 8%, ou seja, R$
104,00.
2. O funcionário com salário de R$ 2.500,00 terá um desconto na folha de pagamento de 9%,
o que equivale a R$ 225,00.
3. Um salário de R$ 4.500,00 com 11% de desconto equivale a R$ 495,00;
4. Um funcionário que tenha o salário de R$ 6.500,00 terá um desconto de R$ 642,34, ou
seja, o limite máximo de desconto da última faixa da tabela.
A tabela de cálculo do INSS é atualizada anualmente por ato da Previdência Social e está atrelada ao
valor do salário mínimo e da faixa máxima de desconto.
Cálculo do IRRF
O cálculo do Imposto de Renda Retido na Fonte deve ser efetuado de acordo com a tabela divulgada
pela Receita Federal do Brasil, e para o ano de 2019 pode ser visualizada na Tabela 2.11.
Tabela de Cálculo do INSS para Empregado, Empregado Doméstico e Trabalhador
Avulso para 2019
Salário de Contribuição Alíquota
Até R$ 1.751,81 8%
De R$ 1.751,82 a R$ 2.919,72 9%
De R$ 2.919,73 até R$ 5.839,45 11%
Tabela 2.11- Tabela de Cálculo do IRPF para 2019.
Fonte: Toro (on-line).
Segundo Bonho, Silva e Santos (2018), o cálculo do IRPF tem os seguintes passos:
1. Calcular o desconto do INSS que será descontado da base de cálculo do IRPF.
2. Depois deve-se encontrar a base de cálculo e deduzir a parcela por dependente.
3. Depois da base de cálculo encontrada, veri�ca-se a alíquota a ser aplicada e a parcela a
deduzir de acordo com a tabela.
4. Após o cálculo da alíquota, tem-se o valor que será descontado do IRPF, caso o valor não
seja isento.
Contas Contábeis para Folha de Pagamento
A contabilização da Folha de Pagamento pode ser bem simples de ser entendida se levarmos em
conta as operações básicas, mas pode se tornar complexa, dependendo do tipo de empresa, da
forma de contratação do funcionário e das especi�cidades que podem acontecer na relação entre
empresa e colaborador, já que a Contabilidade precisa re�etir os fatos contábeis que ocorrem com o
pagamento de cada trabalhador. Por exemplo, quando o funcionário efetua a “venda das férias” com
o abono pecuniário, a forma de contabilização deve re�etir os fatos contábeis de cada evento.
De acordo com Schmidt, Santos e Gomes (2011) e Bonho, Silva e Santos (2018), o processo de
contabilização da folha de pagamento vai envolver contas do Passivo Circulante e Contas de
Resultado que serão utilizadas para contabilizar as despesas com a folha de pagamento e para a
apropriação das provisões de férias e do décimo terceiro salário, por exemplo. No Quadro 2.6, são
apresentadas as contas mais comuns no processo de contabilização de uma folha de pagamento,
sendo que cada ocorrência de proventos e /ou descontos na folha de pagamento deve ser avaliada
pelo Contador no momento do lançamento contábil, podendo ocorrer variações na forma de
lançamento para cada situação especí�ca.
Tabela de Imposto de Renda 2019
Base de Cálculo Alíquota Parcela a Deduzir
Até R$ 1.903,98 isento -        
De R$ 1.903,99 a R$
2.826,65
7,5% R$ 142,80
De R$ 2.826,66 a R$
3.751,05
15% R$ 354,80
De R$ 3.751,06 a R$
4.664,68
22,5% R$ 636,13
Acima de R$ 4.664,69 27,5% R$ 869,36
Exemplos de Contabilização de Eventos da Folha de Pagamento
1 – Lançamento para a contabilização da Folha de Pagamento / Despesas na Conta de
Resultado
D – Despesas com folha de pagamento (Contas de Resultado)
C – Salários a Pagar (Passivo Circulante)
2 – Lançamento referente a efetivação do pagamento da FP
D – Salários a Pagar (Passivo Circulante)
C – Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)
C – IRPF a Recolher (Passivo Circulante)
C – INSS a Recolher (Passivo Circulante)
3 – Lançamentos do FGTS
D – FGTS sobre Folha de Pagamento (Conta de Resultado)
C – FGTS a Recolher (Passivo Circulante)
4 – Pagamento do FGTS
D – FGTS a Recolher (Passivo Circulante)
C – Disponibilidade de Caixa (Ativo Circulante)
5 – Lançamentos de Provisão de Décimo Terceiro Salário
D – Décimo Terceiro Salário (Conta de Resultado)
C – Provisão de Décimo Terceiro Salário (Passivo Circulante)
D – Encargos sobre Décimo Terceiro Salário (Conta de Resultado)
C – Provisão para Encargos Décimo Terceiro Salário (Passivo Circulante)
Quadro 2.6 - Lançamentos contábeis básicos para Folha de Pagamento
Fonte:Elaborado pelo autor.
O Quadro 2.6 permite a visualização de vários modelos de lançamentos contábeis que incidem sobre
uma Folha de Pagamento, e algumas observações são interessantes:
1. Nos itens 3 e 4, o modelo de lançamento efetuado para o lançamento e pagamento do
FGTS pode ser utilizado para os lançamentos referentes ao INSS e ao IRPF, pois os
processos são similares, alterando apenas o nome das contas do destino dos lançamentos.
2. Nos itens 5 e 6 quanto aos lançamentos de provisão do décimo terceiro salário podem
também ser efetuados para os lançamentos de provisão de férias que tem a mesma lógica
do processo.
Folha de Pagamento no Balanço Patrimonial e no DRE
As operações de Folha de Pagamento que envolvem os eventos da folha de pagamento mensal,
incluindo os proventos, descontos, pagamento de férias e décimo terceiro, provisões de férias e
décimo terceiro, pagamento de horas extras, pagamento de rescisões contratuais e todos os outros
eventos que fazem parte dessa operação, podem ser evidenciadas no Balanço Patrimonial e no
Demonstrativo de Resultado do Exercício.
De acordo com Gelbcke et al. (2018) em relação ao Balanço Patrimonial, os principais eventos da
Folha de Pagamento estão alocados no grupo do Passivo Circulante e podem ser visualizados no
Quadro 2.7.
6 – Baixa da Provisão de Décimo Terceiro Salário
D – Provisão para Décimo Terceiro Salário (Passivo Circulante)
C – Décimo Terceiro Salário a Pagar (Passivo Circulante)
D – Provisão para Encargos Décimo Terceiro Salário (Passivo Circulante)
C – INSS a Recolher (Passivo Circulante)
C – FGTS a Recolher (Passivo Circulante)
Quadro 2.7 - Grupo de Folha de Pagamento dentro do Balanço Patrimonial
Fonte: Adaptado de FIPECAFI (2013, p. 3).
Os custos e despesas com Folha de Pagamento estão alocadas dentro do Demonstrativo de
Resultado do Exercício (DRE) após a apuração do Lucro Bruto, no grupo de item Despesas
Administrativas, em que devem ser alocadas todas as despesas necessárias para o funcionamento
da empresa e também para a gestão dela, excluindo as despesas com vendas de produtos ou
serviços, que estão alocadas no item Despesas com Vendas. Algumas dessas despesas podem ser
citadas a seguir:
1. Folha de Pagamento.
2. FGTS sobre Folha de Pagamento.
3. INSS sobre Folha de Pagamento.4. IRPF sobre Folha de Pagamento.
5. Encargos Sociais.
6. Décimo Terceiro Salário.
7. Férias.
Balanço Patrimonial – Folha de Pagamento
Ativo Passivo + Patrimônio Líquido
Ativo Circulante Passivo Circulante
Ativo Não Circulante       Salários e ordenados a pagar
      INSS a recolher
      FGTS a recolher
      IRRF a recolher
      Encargos Sociais a Recolher
      Provisão de Décimo Terceiro
      Provisão de Férias
Passivo Não Circulante
Patrimônio Líquido
praticar
Vamos Praticar
Uma folha de pagamento deve ser elaborada de maneira que seja possível identi�car cada um dos setores
da empresa, ou centros de lucro, bem como conter no mínimo as seguintes informações: nome do
funcionário, vantagens discriminadas, descontos discriminados e valor líquido a pagar. A folha de
pagamento, além de representar as obrigações da empresa para com seus funcionários, indica os encargos
sociais que deverá suportar, tais como: INSS, FGTS, Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) etc.
Fonte: Schmidt, Santos e Gomes (2011).  
A empresa XYZ para o mês de abril de 2019 apresentou os seguintes dados de sua folha de pagamento:
Salário a pagar – R$ 1.800,00
INSS – 9%
FGTS – 8%
Com base nas informações, assinale a alternativa em que a sequência de contabilização dos eventos da
Folha de Pagamento da empresa XYZ é apresentada corretamente:
a) Débito – Despesas de Salário – R$ 1.800,00 (Conta Resultado)
Crédito – Salários e Ordenados a Pagar – R$ 1.800,00 (Passivo Circulante) 
Débito – Salários e Ordenados a Pagar – R$ 162,00  (Passivo Circulante)
Crédito  – INSS a Recolher – R$ 162,00 (Passivo Circulante)
Débito – Despesas com FGTS sobre Salário – R$ 144,00 (Conta de Resultado) 
Crédito – FGTS a Recolher – R$ 144,00 (Passivo Circulante)
b) Débito – Salários e Ordenados a Pagar – R$ 1.800,00 (Passivo Circulante)      
Crédito – Despesas de Salário – R$ 1.800,00 (Conta Resultado) 
Débito – INSS a Recolher – R$ 162,00 (Passivo Circulante)  
Crédito –Salários e Ordenados a Pagar – R$ 162,00 (Passivo Circulante)      
Débito –  FGTS a Recolher – R$ 144,00 (Passivo Circulante)       
Crédito – Despesas com FGTS sobre Salário – R$ 144,00 (Conta de Resultado)
c) Débito – Despesas de Salário – R$ 1.800,00 (Conta Resultado)       Crédito – Salários e Ordenados a
Pagar – R$ 1.800,00 (Passivo Circulante)   
Débito  – Salários e Ordenados a Pagar – R$ 144,00 (Passivo Circulante)  
Crédito  – INSS a Recolher – R$ 144,00 (Passivo Circulante)        
Débito – Despesas com FGTS sobre Salário – R$ 162,00 (Conta de Resultado)        
Crédito – FGTS a Recolher – R$ 162,00 (Passivo Circulante)
d) Débito – Despesas de Salário – R$ 1.638,00 (Conta Resultado)      Crédito – Salários e Ordenados a
Pagar (Passivo Circulante) – R$ 1.638,00
Débito – Salários e Ordenados a Pagar – R$ 162,00 (Passivo Circulante) 
Crédito – INSS a Recolher – R$ 162,00 (Passivo Circulante)     
Débito – Despesas com FGTS sobre Salário – R$ 144,00 (Conta de Resultado)      
Crédito – FGTS a Recolher – R$ 144,00 (Passivo Circulante)
e) Débito – Despesas de Salário – R$ 1.494,00 (Conta Resultado)     Crédito – Salários e Ordenados a
Pagar – R$ 1.494,00 (Passivo Circulante)     
Débito – Salários e Ordenados a Pagar – R$ 162,00  (Passivo Circulante)     
Crédito – INSS a Recolher – R$ 162,00 (Passivo Circulante)     
Débito – Despesas com FGTS sobre Salário – R$ 144,00 (Conta de Resultado)      
Crédito – FGTS a Recolher – R$ 144,00 (Passivo Circulante)
No Balanço Patrimonial, o grupo Ativo Não Circulante concentra as contas contábeis, que
correspondem aos bens e direitos da empresa que não têm a característica de poderem ser
convertidos em dinheiro no curto prazo. Ao longo deste tópico, serão discutidos dois subgrupos do
Ativo Não Circulante, sendo que o  primeiro é o Ativo Realizável a Longo Prazo, que tem as mesmas
características das contas do Ativo Circulante, mas o Realizável a Longo prazo se caracteriza pelo
 recebimento desses direitos a longo prazo. O segundo subgrupo é o de Investimentos
Permanentes, que compreendem a aplicações em outras empresas que sejam de interesse
operacional da empresa e serão melhor discutidos ao longo deste tópico.
Conceitos de Ativo Realizável a Longo Prazo e
Investimentos Permanentes
Quanto ao Ativo Realizável de Longo Prazo, segundo Padoveze (2018, p. 263):
Devem ser classi�cados no Realizável a Longo Prazo os bens e direitos que se realizarão
num prazo superior a 365 dias da data do balanço. Todos os itens do ativo circulante
eventualmente poderão ter prazos de recebimento ou realização superior a um ano e,
nesse caso, devem ser classi�cados nesse grupo. É o caso de Duplicatas a Receber de
Clientes e Aplicações Financeiras em títulos mobiliários. Caso o vencimento desses
direitos seja maior do que um ano a contar da data do balanço, eles deverão ser
classi�cados no Longo Prazo. Eventualmente, se houver Estoques, que sabidamente
serão vendidos após um ano da data do Balanço, também deverão ser classi�cados no
Longo Prazo.
Podem ser classi�cados como Ativo Não Circulante os seguintes itens, segundo Padoveze (2017, p.
293):
a) Todos os direitos cujo vencimento está além de doze meses da data do encerramento
do balanço;
Ativo Não CirculanteAtivo Não Circulante
b) Todos os direitos em que não há a intenção de transformar em dinheiro no curto
prazo (ou seja, nos próximos doze meses da data do encerramento do balanço);
c) Todos os possíveis direitos decorrentes de depósitos judiciais feitos em contenciosos
legais, tributários ou não, em que a empresa entende que deverá ganhar a causa e
reaver o dinheiro depositado;
d) Todos os bens disponíveis para venda que não sejam os decorrentes das operações
normais da empresa (mercadorias e produtos acabados);
e) Todos os bens disponíveis para venda que foram transferidos do ativo imobilizado
para o realizável a longo prazo;
f) Empréstimos (mútuos) para empresas do mesmo grupo socioeconômico ou para os
sócios ou acionistas;
g) Todas as ações ou cotas de empresas controladas ou coligadas;
h) Todos os bens e direitos do ativo imobilizado e do ativo intangível.
Segundo Rios e Marion (2019), os Investimentos são compreendidos como aplicações �nanceiras
realizadas pela empresa, que podem ser temporários ou permanentes. Para essa diferenciação,
deve-se conhecer as características de cada um deles, que serão discutidos nos próximos tópicos.
Investimentos Temporários
Segundo Rios e Marion (2019), classi�ca-se como investimento temporário quando a empresa tem
capital de giro disponível e, ao invés de deixá-lo parado, faz investimento em aplicações como
certi�cados de depósito bancário, ouro, dólar, ações ou quotas de outras empresas etc. Quando a
empresa necessitar de liquidez, ela transforma em recurso �nanceiro as aplicações temporárias. Os
critérios de avaliação dos investimentos temporários em direitos ou títulos de crédito classi�cadas
no ativo circulante ou não circulante, realizável a longo prazo, deverão ser avaliados, segundo Rios e
Marion (2019, p. 49):
a. pelo valor justo quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou
disponíveis para venda;
b. pelo valor de custo de aquisição ou pelo valor de emissão, atualizado conforme
disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor de sua provável realização, quando
este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito.
Segundo Rios e Marion (2019), como Ativo Não Circulante em Investimentos Temporários devem ser
classi�cados os Certi�cados de Depósitos Bancários (CDBs) e Recibos de Depósitos Bancários (RDBs)
pré e pós-�xados, que devem ser atualizados pelos rendimentos através do princípio da
competência.
Investimentos Permanentes
Segundo Ribeiro (2018), quando a empresa adquire participação em outras sociedades empresariais
através da compra de títulos representativos do capital das outras empresas e busca fazer com esse
investimento um complemento de suas atividades econômicas, visando receber dividendos ou
outros motivos de seu interesse, deveclassi�cá-lo no grupo de Investimentos do Ativo Não
Circulante.
Segundo Ribeiro (2018, p. 226):
As participações permanentes em outras sociedades poderão ocorrer em sociedades
coligadas, em sociedades controladas, em sociedades que façam parte de um mesmo
grupo ou que estejam sob controle comum (joint venture), ou ainda em outras
sociedades que não se enquadram nessas mencionadas.
Quanto ao conceito de Coligada, o CPC 18 (R2) determina, no item 2:
Coligada é a entidade sobre a qual a investidora mantém in�uência signi�cativa.
In�uência signi�cativa signi�ca existência do poder de participar nas decisões
�nanceiras e operacionais da investida. É presumido que exista in�uência signi�cativa
quando a entidade possui 20%, ou mais, das ações ou das quotas com direito a voto da
investida. A entidade perde a in�uência signi�cativa sobre a investida quando ela perde
o poder de participar nas decisões sobre as políticas �nanceiras e operacionais daquela
investida.
Quanto ao conceito de Controlada, o CPC 18 (R2) determina, no item 3:
Controlada é a entidade na qual a controladora, diretamente ou por meio de outra
controlada, tem poder para assegurar, de forma permanente, preponderância em suas
deliberações sociais e de eleger a maioria de seus administradores.
Fatos Contábeis do Ativo Realizável a Longo Prazo e
Investimentos Permanentes
(ii) Classi�car os fatos contábeis que envolvem empréstimos a sócios, investimentos em outras
empresas, contas a receber de longo prazo, impostos diferidos, obras de arte e imóveis para renda,
entre outros fatos contábeis que abarquem as contas constantes no Ativo Realizável a longo prazo e
Investimentos de longo prazo;
(iii) Identi�car as contas contábeis referentes aos fatos contábeis do Ativo Realizável a longo prazo e
Investimentos de longo prazo;
(iv) Efetuar lançamentos contábeis relativos ao Ativo Realizável a longo prazo e Investimentos de
longo prazo.
Os fatos contábeis em relação ao Ativo Realizável a Longo Prazo e Investimentos Permanentes vão
depender do tipo de operação que será realizada e é responsabilidade do pro�ssional da
Contabilidade conhecer a realidade da empresa e desenvolver a correta interpretação desses fatos
contábeis, ao realizar a efetivação dos lançamentos visando re�etir a realidade das operações
realizadas no patrimônio da empresa.
Alguns exemplos de fatos contábeis com a consequente classi�cação das contas contábeis serão
desenvolvidos ao longo deste tópico, mas respeitando as características de cada um dos exemplos,
podendo acontecer variações nos tipos de lançamentos contábeis em situações similares, porém
dependendo das peculiaridades do negócio da empresa e da operação que está sendo objeto do
lançamento contábil.
Alguns exemplos de fatos contábeis que podem acontecer são citados, segundo Padoveze (2018),
Padoveze (2017) e Rios e Marion (2019):
1. Depósitos Judiciais: quando a empresa efetuar depósitos judiciais em processos de
natureza trabalhista, tributária ou cível, mas com a perspectiva de ganho da causa jurídica,
devendo ser lançados os valores correspondentes aos depósitos judiciais no Ativo
Realizável a Longo Prazo.
2. Empréstimos a Sócios: as empresas podem efetuar empréstimos a um dos seus sócios,
desde que seja feito um contrato de mútuo, que irá especi�car as questões referentes a
como o empréstimo foi realizado, prazo de pagamento, juros etc.
3. Contas a Receber de Longo Prazo: quando ocorre uma venda para um cliente e o
recebimento está previsto para o longo prazo, por exemplo, uma venda em 36 parcelas, irá
ocasionar que uma parte delas será classi�cada como Duplicatas a Receber de Longo
Prazo no Ativo Não Circulante.
4. Investimentos em Outras Empresas: são as participações que as empresas podem fazer
em outras empresas, conforme já citado, podendo ser um interesse da empresa em
investimentos, empresa coligada ou controlada pela entidade que está investindo no
capital da outra sociedade.
5. Obras de Arte: se a empresa adquire uma obra de arte com escritura que ateste a sua
originalidade, ela deverá ser lançada no Ativo Não Circulante no grupo de Investimentos.
6. Investimento em Imóveis para geração de renda: quando a empresa adquire um imóvel
com o objetivo de mantê-lo para que ocorra sua valorização ou então para gerar renda
através de uma locação, por exemplo ele deverá ser classi�cado como Investimento no
Ativo Não Circulante, já que a empresa  terá sua propriedade em caráter permanente.
Lançamentos Contábeis do Ativo Realizável a Longo
Prazo e Investimentos Permanentes
Neste tópico, serão apresentados alguns exemplos de lançamentos contábeis envolvendo contas do
Ativo Realizável a Longo Prazo e Investimentos Permanentes, conforme alguns fatos contábeis
citados anteriormente para facilitar o entendimento.
Segundo Padoveze (2017), a empresa XYZ efetuou um depósito judicial em um auto de infração
tributária no valor de R$ 80.000,00 atualizado mensalmente pela evolução da SELIC, que no período
apresentou uma variação percentual de 7,5% e após o ganho da causa fez um saque de R$ 86.000,00
com os lançamentos contábeis, conforme apresentado:
Lançamento do depósito judicial
D – Depósitos Judiciais – R$ 80.000,00 (Ativo Realizável a Longo Prazo)
C – Bancos Conta Movimento – R$ 80.000,00 (Ativo Circulante)
Variação Monetária do período
D – Depósitos Judiciais – R$ 6.000,00 (Ativo Realizável a Longo Prazo)
C – Variação Monetária Depósitos Judiciais – R$ 6.000,00 (Conta de Resultado – Receita)
Levantamento do depósito judicial
D – Bancos Conta Movimento – R$ 86.000,00 (Ativo Circulante)
C – Depósitos Judiciais – R$ 86.000,00 (Ativo Realizável a Longo Prazo)
Supondo que a empresa fez um contrato de mútuo com o empréstimo a um sócio da empresa com
a quitação prevista para 24 meses, os lançamentos contábeis deveriam ser realizados conforme
apresentado:
Contabilização do empréstimo
D – Mútuo com Sócios (Ativo Realizável a Longo Prazo)
C – Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)
Apropriação dos juros a receber sobre o Mútuo
D – Mútuo com Sócios (Ativo Realizável a Longo Prazo)
C – Juros Mútuo com Sócios (Conta de Resultado - Receita)
Quando ocorre o Pagamento do Contrato de Mútuo pelo Sócio
D – Bancos Conta Movimento (Ativo Realizável a Longo Prazo)
C – Mútuo com Sócios (Ativo Realizável a Longo Prazo)
Supondo que uma empresa efetuou uma venda para um cliente no dia 15 de dezembro de 2017,
com um valor de R$ 36.000,00 com prazo de pagamento de 36 parcelas, a contabilização �caria da
seguinte forma:
Contabilização da venda (considerando 12 parcelas no curto prazo, conforme a de�nição
de Ativo Circulante, já que o próximo Balanço Patrimonial se encerra em dezembro de
2018, e o restante no Longo Prazo)
D – Duplicatas a Receber – R$ 12.000,00 (Ativo Circulante)
D – Duplicatas a Receber Longo Prazo – R$ 24.000,00 (Ativo Não Circulante)
C – Receita de Vendas – R$ 36.000,00 (Conta de Resultado – Receita)
Contabilização do Recebimento (a cada recebimento a ser realizado)
D – Bancos Conta Movimento – R$ 1.000,00 (Ativo Circulante)
C – Duplicatas a Receber – R$ 1.000,00 (Ativo Circulante)
Contabilização da transferência do Longo Prazo para Curto Prazo (a cada mês transferindo
parcelas do longo para o curto prazo)
D – Duplicatas a Receber – R$ 1.000,00 (Ativo Circulante)
C – Duplicatas a Receber Longo Prazo – R$ 1.000,00 (Ativo Circulante)
Supondo que a empresa XYZ fez um investimento de R$ 500.000,00 no capital social da empresa
ABC e com isso adquiriu 50% do controle da empresa. A contabilização �caria da seguinte forma:
Contabilização da aquisição de cotas pela empresa XYZ
D – Participação em Outras Empresas – R$ 500.000,00 (Ativo Não Circulante)
C – Bancos Conta Movimento – R$ 500.000,00 (Ativo Circulante)
Contabilização do aporte de capital social na empresa ABC
D – Bancos Conta Movimento – R$ 500.000,00 (Ativo Circulante)
C – Capital Social – R$ 500.000,00  (Patrimônio Líquido)
Supondo que uma empresa fez um investimento em Obras de Arte, os lançamentoscontábeis
deveriam ser os seguintes:
D – Investimento em Obras de Arte (Ativo Não Circulante)
C – Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)
Supondo que a empresa XYZ adquiriu com a intenção de alugar um imóvel com um galpão:
D – Imóveis para Investimento (Ativo Não Circulante)
C – Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)
Ativo Realizável a Longo Prazo e Investimentos
Permanentes no Balanço Patrimonial e DRE
As operações envolvendo o Ativo Realizável a Longo Prazo e Investimentos Permanentes podem ser
evidenciados no Balanço Patrimonial de maneira bem simples, pois fazem parte de um grupo do
Ativo Não Circulante, conforme pode ser visualizado no Quadro 2.8.
Quadro 2.8 - Ativo Realizável a Longo Prazo e Investimentos Permanentes dentro do Balanço Patrimonial
Fonte: Adaptado de FIPECAFI (2013, p. 3).
Em relação ao Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE), as operações relativas aos fatos
contábeis envolvendo o Ativo Realizável a Longo Prazo e os Investimentos Permanentes poderão
ocorrer em algumas situações quando ocorrerem receitas decorrentes dos investimentos realizados,
estando alocadas em um dos seguintes subgrupos de Receitas e Rendimentos Financeiros (juros
cobrados de clientes, receitas de rendimentos de aplicações �nanceiras etc.) ou Outras Receitas Não
Operacionais (por exemplo, venda de um ativo imobilizado), dependendo da origem da receita.
Balanço Patrimonial – Ativo Realizável a Longo Prazo e Investimentos Permanentes
Ativo Passivo + Patrimônio Líquido
Ativo Circulante Passivo Circulante
Ativo Não Circulante Patrimônio Líquido
    Ativo Realizável a Longo Prazo
           Duplicatas a Receber Longo Prazo
           Mútuo com Sócios
           Depósitos Judiciais
Investimentos          
           Participação em Outras Empresas
           Investimentos em Obra de Arte
Imóveis para investimento
     Imobilizado
     Intangível
praticar
Vamos Praticar
Investimentos permanentes são, essencialmente, as aplicações efetuadas pela empresa na aquisição de
quotas ou ações de sociedades com as quais mantêm relação de dependência técnica, �nanceira ou de
controle administrativo comum. Essas participações devem ser, normalmente, de natureza estável e
�nanceiramente expressivas. São também considerados investimentos permanentes as aplicações de
recursos em bens não utilizados nas atividades da empresa: imóveis alugados para terceiros, terrenos sem
destinação especí�ca, quadros e obras de arte etc.
Fonte: RIOS, R. P.; MARION, J. C. Contabilidade Avançada: de acordo com as Normas Brasileiras de
Contabilidade (NBC) e Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS). São Paulo: Atlas, 2019.
A empresa X1 possui 90% de participação societária da empresa Y1. Em 2018, a empresa Y1 distribuiu os
dividendos pagando à vista a empresa X1 o valor de R$ 85.000,00 ao que ela tem direito.
Com base nas informações, assinale a alternativa em que re�ita o lançamento contábil que o contador da
empresa X1 deverá realizar deste fato contábil:
a) Débito – Caixa – R$ 85.000,00  (Ativo Circulante)        
Crédito – Receita de Dividendos – R$ 85.000,00 (Conta de Resultado)
b) Débito – Caixa – R$ 85.000,00  (Ativo Circulante)         
Crédito – Outras Receitas – R$ 85.000,00 (Ativo Circulante)
c) Débito – Caixa – R$ 85.000,00  (Ativo Circulante)        
Crédito – Investimentos – R$ 85.000,00 (Ativo Não Circulante)
reflitaRe�ita
O gerenciamento de estoques é uma operação estratégica para a administração de uma empresa, e é importante
que os seus gestores possam entender quais são as melhores formas de gerenciar e manter uma boa estratégia
de estoques, buscando reduzir as perdas e desperdícios. Nesse sentido, os gestores devem entender quais são
as demandas de materiais e equipamentos necessários para trabalhar com os estoques e conhecer as
necessidades do negócio.
Fonte: Rodrigues, Souza e Dal�or (2015, on-line).
d) Débito – Caixa – R$ 85.000,00  (Ativo Circulante)        
Crédito – Receita de Dividendos – R$ 85.000,00 (Conta de Resultado)
e) Débito – Caixa – R$ 85.000,00  (Ativo Circulante)         
Crédito – Capital Social – R$ 85.000,00 (Patrimônio Líquido)
indicações
Material Complementar
LIVRO
Contabilidade Geral e Avançada: teoria e questões
comentadas
Ricardo José Ferreira
Editora: Ferreira
ISBN: 9788578424022
Comentário: O livro apresenta discussões sobre os conteúdos
disponíveis nos tópicos tratados nesta unidade com um
aprofundamento maior e permitindo um entendimento sobre
operações de empréstimos e �nanciamento, operações com estoque,
operações com folha de pagamento e também ativo realizável a longo
prazo e investimentos.
FILME
O homem que mudou o jogo
Ano: 2011
Comentário: O �lme conta a história real de Billy Beane, que foi gerente
do time de beisebol do Oakland Athletics e fez uma escolha arriscada ao
desenvolver uma estratégia de contratação de jogadores baseados em
estatísticas e não na percepção dos olheiros do time. A forma como é
mostrado o trabalho desenvolvido no �lme é interessante para um
contador entender que podem ser realizados baixos investimentos e
obter bons resultados, a partir do momento em que se tenha uma
estratégia e conhecimento sobre o negócio que se está gerenciando.
Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o seu trailer.
TRA ILER
conclusão
Conclusão
Ao longo dos tópicos, foi possível visualizar como trabalhar com as operações de empréstimos e
�nanciamentos, tanto a curto como a longo prazo, com a classi�cação das contas contábeis e como
efetuar os lançamentos e encontrar os dados no Balanço Patrimonial e no DRE.
Os estoques são importantes para a operação da empresa, e é interessante para o contador poder
entender seu conceito, custos e como mensurar os estoques, além de entender como fazer a
valorização através dos métodos PEPS, UEPS e Custo Médio Ponderado, compreendendo também
como desenvolver os lançamentos contábeis e identi�cá-los no Balanço Patrimonial e no DRE.
Praticamente toda empresa conta com funcionários e deve entender como se operacionaliza uma
folha de pagamento, com seus principais proventos e descontos, assim como identi�car os
lançamentos contábeis provenientes dessas operações, sabendo também encontrá-las nas
principais demonstrações contábeis.
Também é importante para um contador saber classi�car as contas que irão aparecer no Ativo
Realizável a Longo Prazo e também os investimentos permanentes que podem ser realizados por
uma empresa.
Assim, é importante que o contador possa ter o entendimento dessas operações que ocorrem nas
empresas, além de buscar contribuir com os seus gestores para um melhor gerenciamento e
crescimento das organizações.
referências
Referências Bibliográ�cas
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2018.
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FONTOURA, F. B. B. da. Gestão de custos: uma visão integradora e prática dos métodos de custeio.
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acordo com as normas internacionais e do CPC. São Paulo: Atlas, 2018.  
GUIA TRABALHISTA. Tabela de contribuiçãodos segurados (empregado, empregado doméstico e
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