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1 Fisiologia II – L.M Mecanismos de controle da respiração: ✓ Controle pelo centro respiratório ✓ Controle químico (área quimiossensível) • Sensores (quimiorreceptores) → controlador central (ponte, bulbo, outras parte do cérebro) → músculos efetores (músculos respiratórios) • Feedback para os sensores O bulbo e a ponte é o centro modulatorio do padrão respiratório PRINCIPAIS FATORES REGULADORES: ▪ pH ▪ Dióxido de carbono ▪ Oxigênio CENTRO RESPIRATÓRIO ❖ O centro respiratório se compõe por diversos grupos de neurônios localizados bilateralmente no bulbo e na ponte do tronco cerebral Esse centro se divide em três grupos: 1. Grupo respiratório dorsal – responsável pela inspiração 2. Grupo respiratório ventral – encarregados da expiração 3. Centro pneumotáxico – incumbido do controle da frequência e da amplitude respiratória GRUPO RESPIRATÓRIO DORSAL » Se situa no interior do núcleo do trato solitário (NST) O NST corresponde à terminação sensorial dos nervos vago e glossofaríngeo, que transmitem sinais sensoriais para o centro respiratório a partir de: 1. Quimiorreceptores periféricos 2. Barorreceptores 3. Vários tipos de receptores nos pulmões No grupo respiratório dorsal é gerado o ritmo básico respiratório Esse grupo de neurônios gera surtos repetitivos de potenciais de ação neuronais inspiratórios SINAL INSPIRATÓRIO EM “RAMPA”: Na respiração normal o sinal inspiratório exibe início débil com elevação constante, na forma de rampa por cerca de 2 segundos O sinal apresenta uma interrupção abrupta durante aproximadamente os 3 segundos seguintes, o que desativa a excitação do diafragma e permite a retração elástica dos pulmões e da parede torácica, produzindo a expiração Esse sinal torna-se um ciclo, se repetindo inúmeras vezes, ocorrendo o movimento expiratório entre as repetições Respiração calma normal: » Área inspiratória → ativa → diafragma se contrai ativamente → inspiração calma normal » Área inspiratória → inativa → o diafragma relaxa, seguido pela retração elástica da parede torácica e dos pulmões → expiração clama normal 12 ciclos por minuto Respiração forçada: » Área inspiratória ativa → diafragma, músculos intercostais internos, esternocleidomastóideo, 2 Fisiologia II – L.M peitoral menor e escalenos se contraem → inspiração forçada » Área inspiratória ativa → área expiratória → músculos intercostais internos e do abdome se contraem → expiração forçada CENTRO PENUMOTÁXICO Esse centro está situado dorsalmente no núcleo parabraquial da parte superior da ponte Seu efeito primário é o de controlar o ponto de “desligamento” da rampa inspiratória, controlando a duração da fase de expansão do ciclo pulmonar Controle da rampa respiratória • Sinal pneumotáxico intenso: inspiração em 0,5 segundo • Sinal pneumotáxico fraco: inspiração em 5 segundos Portanto, a função desse centro é de limitar a inspiração Adicionalmente apresenta efeito secundário de aumento na frequência respiratória Sinal pneumotáxico intenso pode elevar a frequência respiratória para 30 a 40 movimentos respiratórios por minuto, enquanto um sinal pneumotáxico débil pode reduzir a frequência para apenas 3 a 5 movimentos respiratórios por minuto GRUPO RESPIRATÓRIO VENTRAL » Encarregado da expiração Os neurônios permanecem quase totalmente inativos durante a respiração normal e tranquila Os neurônios parecem não participar da oscilação rítmica básica responsável pelo controle da respiração A estimulação elétrica dos neurônios provoca inspiração, enquanto a estimulação de outros leva à expiração Esses neurônios são especialmente importantes na provisão de sinais expiratórios vigorosos para os músculo abdominais durante a expiração muito intensa Atuando como mecanismo suprarrespiratório RECEPTORES DE ESTIRAMENTO: Além dos mecanismos de controle respiratório do SNC, os sinais sensoriais neurais provenientes dos pulmões também ajudam a controlar a respiração Os receptores de estiramento são responsáveis pela transmissão de sinais pelo nervo vago para o grupo respiratório dorsal de neurônios quando os pulmões são excessivamente distendidos Enviando resposta de feedback apropriada Reflexo de insuflação de Hering-Breuer – nome dado ao mecanismo de resposta de feedback pelos receptores, tendo um efeito protetor para evitar a insuflação pulmonar excessiva CONTROLE QUÍMICO DA RESPIRAÇÃO ❖ É importante que se mantenha as concentrações de O2, CO2 e H+ nos tecidos O excesso de CO2 e H+ no sangue atua de forma direta sobre o centro respiratório, gerando grande aumento da intensidade dos sinais motores inspiratórios e expiratórios O O2 atua quase exclusivamente sobre os quimiorreceptores periféricos situados nos corpos carotídeos e aórticos, nos quais transmitem sinais neuronais adequados ao centro respiratório, para o controle da respiração 3 Fisiologia II – L.M Área quimiossensível – muito sensível às alterações sanguíneas da PCO2 ou da concentração dos íons hidrogênio, tal área estimula outras porções do centro respiratório → Os íons hidrogênio estimulam os neurônios sensoriais na área quimiossensível O H+ não é capaz de atravessar a barreira hematoencefálica com facilidade devido à baixa permeabilidade desses íons O CO2 por outro lado é capaz de atravessar a mesma barreira com mais facilidade → Desse modo, o CO2, quando reage com a água, formando o HCO3- e H+ exercem intenso efeito estimulatório direto sobre a respiração, permitindo que os íons hidrogênios atinjam a área sensorial quimiossensível respiratória do bulbo ↑ [CO2] ↑PCO2 sangue ↑ PCO2 líquido intersticial do bulbo e no líquido cefalorraquidiano A excitação do centro respiratório pelo CO2 é notável nas primeiras horas após o aumento desse elemento no sangue Essa excitação declina gradativamente em 1 a 2 dias, reduzindo o efeito inicial para cerca de 1/5 Parte desse declínio se origina do reajuste renal da concentração de íons hidrogênio no sangue circulante de volta à normalidade ↑ do bicarbonato sanguíneo leva a esse ajuste renal Os íons bicarbonatos também se difundem através das barreiras hematoencefálica e hematoliquórica e se combinam diretamente com os íons hidrogênio adjacentes aos neurônios respiratórios, reduzindo o montante dos íons hidrogênio no nível próximo da normalidade SISTEMA QUIMIORRECEPTOR Transmitem sinais neurais para o centro respiratório encefálico, para ajudar a regular a atividade respiratória Quimiorreceptores periféricos – bifurcação do arco da aorta e carótida para o bulbo para o GRD via nervo vago e glossofaringeo ↑ taxa de disparo ↓O2, ↑CO2 ou ↓pH Quimiorreceptores centrais – no bulbo para o GRD – CO2 e pH 4 Fisiologia II – L.M Corpos carotídeos – localizados na bifurcação das artérias carótidas comuns → As fibras nervosas aferentes desses corpos cursam pelos nervos de Hering e, em seguida, para os nervo glossofaríngeos e para a área respiratória dorsal do bulbo Corpos aórticos – situados ao longo do arco da aorta, as fibras aferentes neurais desses corpos cursam pelo nervo vago, também rumo à área respiratória dorsal do bulbo As células da carótida e da aorta são altamente irrigadas, com fluxo sanguíneo muito alto Os impulsos disparam quando tem-se um menor PO2 arterial, para regular essa pressão Íons de hidrogênio ativam os quimiorreceptores centrais no bulbo → enviam a informação para o GRD e aumenta a frequência respiratória para expulsar o CO2 pela respiração ↓[O2 arterial] há o estímulo dos quimiorreceptores ↑ [CO2 ou H+] estimula os quimiorreceptores A PO2 arterial abaixo de 60mmHg a ventilação alveolar aumenta exponencialmente Nos quimiorreceptores periféricos a estimulação ocorre com rapidez cinco vezesmaior que a estimulação central Células glomosas – células dos corpos carotídeos e aórticos, que fazem sinapse direta ou indireta com as terminações nervosas, atuando como quimiorreceptores Essas células apresentam canais de potássio sensíveis ao O2 ↓ PO2 sanguíneo há a inativação dos canais de potássio → provoca a despolarização das células, abrindo os canais de cálcio ativados por voltagem e eleva a concentração intracelular de Ca++ ↑ Ca++ estimula a liberação de um neurotransmissor, ativando os neurônios aferentes, que enviam sinais ao sistema nervoso central e estimulam a respiração, como a dopamina e a acetilcolina 5 Fisiologia II – L.M Aclimatação – rápida escala de mudança na concentração de O2 atmosférico O centro respiratório no TC perde cerca de 80% de sua sensibilidade às alterações da PCO2 e dos íons hidrogênio Em decorrência, a eliminação ventilatória do excesso de CO2 que inibiria o aumento na frequência respiratória, em condições normais não ocorre e, consequentemente, baixos teores de O2 podem conduzir o sistema respiratório a níveis muito mais altos de ventilação alveolar do que sob condições agudas
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