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Diabetes Melito Definição: Diabetes melito refere-se a um grupo heterogêneo de síndromes metabólicas multifatoriais, principalmente poligênicas, caracterizadas por uma elevada glicemia em jejum, causada por uma deficiência relativa ou absoluta de insulina. o Acomete cerca de 9% da população o Principal causa de cegueira e amputação no adulto o Importante causa de insuficiência renal, dano neural, ataques cardíacos e AVEs o A grande maioria dos casos podem ser divididos em DM1 e DM2 Efeitos opostos da insulina e glucagon o A principal complicação da DM1 é cetoacidose o DM2 são mais gordinhos e obesidade é o principal fator de risco o DM1 são mais magros Presença de insulina plasmática DM1- baixa ou ausente DM2 - alta no início da doença. Baixa ou ausente na doença crônica. Pode até perder a possibilidade de secretar a insulina Principal forma de tratamento farmacológico DM1- tratamento com insulina DM2 - dieta, atividade física, hipoglicemiantes orais e etc. Possa ser que precise de insulina o A insulina é o principal hormônio regulador da glicose o Polipeptídico que consiste em duas cadeias peptídicas unidas por pontes dissulfeto. o Ela é sintetizada como um precursor (pró- -insulina) que sofre hidrólise proteolítica para formar insulina e peptídeo C, ambos secretados pelas células β do pâncreas. o Insulina exógena é administrada para substituir a falta de secreção de insulina no DM1 ou para suplementar a secreção insuficiente de insulina no DM2 o Como a insulina é um polipeptídeo, ela é degradada no trato gastrintestinal (TGI) se for administrada por via oral. Portanto, em geral, ela é administrada por injeções subcutâneas (SC). o Aumento da glicose plasmática/hiperglicemia é o principal estímulo para secreção de insulina o A insulina tem o objetivo de reduzir a glicemia no plasma, ou seja, efeito hipoglicemiante A insulina: o Aumenta captação de glicose o Aumenta síntese de glicogênio no músculo e fígado o Diminui glicogenólise o Diminui gliconeogênese - faz síntese de novas moléculas de glicose a partir de compostos que não são carboidratos o O glucagon é o principal hormônio contrarregulador, quando a glicose começa a cair o Hipoglicemia tem secreção de glucagon o Glucagon tem objetivo de aumentar a glicemia, ou seja, efeito hiperglicemiante O glucagon: o Aumenta glicogenólise - degradação do glicogênio e tem objetivo de mandar a glicose para o sangue, a fim de outros órgãos utilizar: - Os do músculos ficam no próprio músculo para a produção de ATP na própria fibra - Fígado o Aumenta gliconeogênese Hipoglicemiantes Isabelle Maia Teixeira A concentração plasmática de glicose é mantida dentro de um intervalo estreito ao longo do dia o Muita glicose no intestino → absorvido → corrente sanguínea → veia porta → fígado → distribuída também para o pâncreas → pâncreas secreta insulina -- age nos tecidos alvos o Síntese de glicogênio - via de glicogênese o Glicose em duas moléculas de piruvato - via glicólise o Piruvato em acetil-CoA e esse acetil-CoA entra no ciclo de KREBS quando oxidado o Fígado monta partículas de VLDL que carrega colesterol o VLDL → descarrega triacilglicerol no pâncreas e no músculo para contração o A principal fonte é glicose exógena no estado alimentado o O tecido adiposo e músculos captam o excesso de glicose o Há captação de glicose para o cérebro para a produção de ATP o Polipeptídeo formado por 51 aminoácidos o Células beta secretam e produzem insulina PRÓ-INSULINA A pró-insulina é convertida em insulina por clivagem proteolítica, a qual remove o peptídeo C e alguns resíduos adicionais de aminoácidos SECREÇÃO DE INSULINA o A secreção de insulina é regulada pela glicemia, por certos aminoácidos, por outros hormônios e por mediadores autônomos o A secreção é mais comumente iniciada pelo aumento da glicemia. A glicose é captada pelo transportador de glicose nas células β do pâncreas. Ali, a glicose é fosforilada pela glicoquinase, que atua como um sensor de glicose. Os produtos do metabolismo da glicose entram na cadeia respiratória mitocondrial e geram trifosfato de adenosina (ATP). O aumento dos níveis de ATP causa um bloqueio nos canais de K+, levando à despolarização de membrana e abertura dos canais de cálcio controlados por voltagem, permitindo o influxo de Ca2+. O aumento do Ca2+ intracelular causa exocitose pulsátil de insulina o Glicose alta na corrente sanguínea → glicose entra na célula beta pancreática → a glicose precisa de GLUT para transportar → a célula expressa GLUT2 → o GLUT 2 só transporta glicose para célula beta quando está em excesso no sangue → tem baixa afinidade pela glicose, porque coloca dentro da célula apenas quando a glicose está em excesso → a entrada de glicose na célula beta faz com que secrete insulina o A glicose fosforila em glicose-6-fosfato - via hexocinase IV (glicocinase). Impedindo que saia da célula o Potássio acumulado na célula, porque o canal está fechado pelo aumento de ATP intracelular devido ao aumento de glicose na célula beta, a despolarização da membrana e abertura dos canais de cálcio controlado por voltagem promove o influxo de cálcio na célula beta e esse aumento é o principal estímulo que as vesículas se fundem à membrana plasmática para a insulina ser secretada das vesículas o Aumento de glicose no sangue dispara secreção de insulina o Para análise de secreção de insulina no pâncreas – dosar peptídeo C. o Peptídeo C é o melhor para avaliar a capacidade das células beta pancreáticas a secretar insulina o O peptídeo C tem uma meia vida maior Receptor da insulina: tirosina quinase o A ligação da insulina ativa o receptor → os resíduos de tirosina da subunidade beta são autofosforilados → o receptor tirosina-cinase fosforila outras proteínas, por exemplo, os substratos do receptor da insulina → o SRI fosforilado promove a ativação de outras proteínas cinases e fosfatases, levando as ações biológicas da insulina A cascata de fosforilação intracelular leva a efeitos biológicos da insulina: A insulina tem efeito hipoglicemiante o Aumento captação da glicose principalmente em músculos e tecidos adiposos, por mobilizar GLUT4 da membrana o Aumento da síntese de glicogênio - armazenamento de glicose na forma de glicogênio o Aumento de síntese proteica o Aumento da síntese de lipídeos o Diminuição de gliconeogênese o Diminuição da glicogenólise o Diminuição da lipólise A insulina estimula processos anabólicos e inibe processos catabólicos o Mobilização de transportadores GLUT4 por ação da insulina em músculo e células adiposas. O GLUT 4 são dependentes de insulina o A insulina liga-se ao seu receptor na membrana celular → o receptor ativado promove o recrutamento dos transportadores de glicose do estoque intracelular para a membrana celular → os transportadores de glicose aumentam a captação de glicose mediada por insulina na célula → quando os níveis de insulina diminuem, os transportadores de glicose movem-se da membrana celular para os locais de armazenamento intracelular, de onde podem ser reciclados → as vesículas se fundem para formar endossomo Estado alimentado: Insulina tem efeitos anabólicos, favorecendo a captação de glicose pelas células, a síntese de glicogênio e a síntese de ácidos graxos A insulina aumenta a expressão gênica de enzimas relacionadas à glicólise, via das pentoses fosfato e síntese de ácidos graxos, e também diminui a expressão de enzimas relacionadas à gliconeogênese o O glucagon tem efeito hiperglicemiante e são secretados por células alfa pancreática o O glucagon é um hormônio catabólico e estimula a quebra de proteínas musculares para liberar aminoácidos que serão transportados para o fígadoo Aminoácido, lactato e glicerol são aminoácidos convertidos em glicose pela via gliconeogênica o Glucagon ativando gliconeogênese, faz com que glicose seja jogada para corrente sanguínea o Glucagon estimula a quebra de glicogênio o As vias que aumentam a glicemia é glicogenólise hepática e gliconeogênese hepática o A insulina inibe glicogenólise e gliconeogênese -no fígado excesso de acetil-CoA é transformado em corpos cetônicos em jejum prolongado ou diabetes descontrolada. Os corpos cetônicos geram ATP no cérebro o Na cetoacidose a respiração é taquipneia e ritmo kussmaul o Paciente em DM1 ativa constante a gliconeogênese e glicogenólise Receptor de glucagon: Receptor acoplado à proteína G Efeitos Metabólicos do Glucagon: o Aumenta glicogenólise o Aumenta gliconeogênese o Aumenta lipólise o Aumenta cetogênese o Aumenta captação de aminoácidos o Diminui glicogênese Estado de jejum: Glucagon tem efeitos catabólicos, favorecendo a degradação do glicogênio hepático e a gliconeogênese, assim como a mobilização (degradação) de ácidos graxos do tecido adiposo Diabetes Mody: mutação da glicoquinase Diabete gestacional é definido como intolerância aos carboidratos com início ou primeiro reconhecimento durante a gestação. Quando não controlados podem causar macrossomia fetal e hipoglicemia neonatal o DM1 - Diabetes melito insulino-dependente o DM1 atinge mais comumente crianças, adolescentes ou adultos jovens, mas algumas formas latentes podem ocorrer mais tardiamente. o A doença é caracterizada por deficiência absoluta de insulina devido à destruição das células β. A perda da função das células β resulta de processos autoimunes que podem ser iniciados por vírus ou outras toxinas ambientais. Sem células β funcionais, o pâncreas deixa de responder à glicose, e a pessoa com DM1 apresenta sintomas clássicos de deficiência de insulina (polidipsia, polifagia, poliúria e perda de massa corporal). o Os diabéticos tipo 1 necessitam de insulina exógena para evitar a hiperglicemia grave e o estado catabólico de cetoacidose, ameaçador à sobrevivência o Causas: Em um período pós-absorção normal, a secreção constante das células β mantém níveis basais baixos de insulina circulante. Isso suprime a lipólise, a proteólise e a glicogenólise. Um pico de secreção de insulina ocorre dentro de 2 minutos da ingestão do alimento, em resposta ao aumento transitório dos níveis de glicose e aminoácidos circulantes. Isso dura por até 15 minutos e é seguido de secreção pós-prandial de insulina. Contudo, não possuindo células β funcionais, o diabético tipo 1 nunca consegue manter um nível de secreção basal de insulina e nem responder às variações de glicose circulantes o Tratamento: A pessoa com DM1 depende da insulina exógena para controlar a hiperglicemia, evitar a cetoacidose e manter níveis aceitáveis de hemoglobina glicosilada (HbA1C). O objetivo do tratamento com insulina no DM1 é manter a glicemia tão próxima do normal quanto possível e evitar grandes oscilações na glicose. O uso de monitores domésticos de glicemia facilita a autocontrole frequente e o tratamento com insulina o Doença clínica: células beta pancreática destruída e perde a capacidade de produzir e secretar insulina, secreta glucagon normalmente - poliúria, aumento da glicose, aumento da produção de corpos cetônicos, hálito cetônico e fadiga No estágio 1 - sem sintomas com anticorpos positivos No estágio 2 - sem sintomas com anticorpo positivos e níveis glicêmicos alterados No estágio 3- com sintomas e anticorpos positivos o DM2: Diabetes melito não insulino-dependente o O DM2 corresponde a mais de 90% dos casos. Ele é influenciado por fatores genéticos, idade, obesidade e resistência periférica à insulina, em vez de processos autoimunes. As alterações metabólicas são em geral mais leves do que as observadas no DM1 (p. ex., pacientes com DM2 geralmente não são cetóticos), mas as consequências clínicas de longo prazo são similares o Causas: O DM2 se caracteriza por falta de sensibilidade dos órgãos-alvo à insulina. No DM2, o pâncreas mantém alguma função das células β, mas a secreção de insulina é insuficiente para manter a homeostasia da glicose diante da crescente resistência à insulina. A quantidade de células β pode diminuir gradualmente no DM2. Em contraste com os pacientes com DM1, os com DM2 com frequência são obesos – a obesidade contribui para a resistência à insulina. o Tratamento: O objetivo no tratamento do DM2 é manter a glicemia dentro dos limites normais e evitar o desenvolvimento das complicações de longo prazo. Redução da massa corpórea, exercícios físicos e modificação da dieta diminuem a resistência à insulina e corrigem a hiperglicemia em alguns pacientes com DM2. Contudo, a maioria dos pacientes precisa de intervenção farmacológica com hipoglicemiantes orais. Enquanto a doença evolui, a função das células β diminui, e o tratamento com insulina passa a ser necessário para alcançar níveis glicêmicos satisfatórios o Aumento da secreção de insulina que visa compensar a resistência à insulina nos tecidos periféricos e faz com que o fígado produza e secrete mais glicose no sangue o Redução de captação de glicose no músculo o Pacientes com DM2 inicialmente mostram resistência à insulina com hiperinsulinemia compensatória o Ocorre disfunção das células beta, marcada por declínio da secreção de insulina e uma piora na hiperglicemia o Músculo e tecido adiposo capta menos glicose enquanto o fígado produz muito o O fármaco tenta manter por mais tempo a secreção de insulina compensatória para contornar o evento de resistência, administrando um hipoglicemiante oral o Importante ter uma dieta rigorosa e se alimentar em horários certos o Insuficiência renal (nefropatia diabética) o Doenças cardiovasculares (aterosclerose e IAM) o Doenças cerebrovasculares (AVE) o Cegueira (retinopatia diabética, glaucoma e catarata) o Problemas de cicatrização (amputação de membros) o Neuropatia periférica A administração de insulina ou outro fármaco hipoglicemiante pode reduzir a morbidade e a mortalidade associada aos diabetes Controle Glicêmico o Dieta o Estilo de vida o Exercícios o Medicamentos Tratar condições associadas o Dislipidemia o Hipertensão o Obesidade Monitorar complicações o Retinopatia o Neuropatia o Nefropatia o Doença cardiovascular o Outras complicações Diabetes Mellitus tipo 1 o Insulinoterapia + medidas não farmacológicas Diabetes Mellitus tipo 2 o Dieta e exercícios o Antidiabéticos em monoterapia o Antidiabéticos associados o Antidiabéticos + insulina o Principalmente para DM1, mas também podem ser necessárias no DM2 o Insulinas disponíveis atualmente são produzidas em E. coli por tecnologia do DNA recombinante. (obs.: preparações mais antigas eram extraídas de suínos e bovinos → menor rendimento e muitas reações alérgicas) o A administração normalmente é subcutânea. Em casos especiais pode ser adm por via intramuscular ou intravenosa. (obs.: não pode ser administrada por via oral) o A administração subcutânea cria um pequeno depósito de insulina no local de injeção. o Alternar o local de aplicação para evitar depósito de insulina no mesmo lugar, lipodistrofia, evitar foliculite. A insulina no mesmo local pode ficar depositada em um lugar sem efeito. Quando se faz insulina nas pernas não é adequado ficar caminhando muito. Aplicar dois dedos de distância do umbigo As diferentes preparações de insulina são classificadas de acordo com sua duração de ação em: o Preparações de ação curta: ação muito rápida (asparte, glulisina e lisproliberada na corrente sanguínea por volta de 15) e insulina regular o Preparações de ação longa: ação muito longa (degludeca, detemire glargina) e insulina NPH (menos longa/intermediária) o Insulina ultra rápida: entre 10-15 min já está sendo liberada na corrente sanguínea e o pico é atingido até 30 min depois com duração de 4 horas o Insulina regular: 30 min de início, pico de 2 a 3 horas, duração de 6-8 horas. Insulina humana não modificada. Usada nas refeições ou em caso de hiperglicemia aguda. Administrada 30 min de uma refeição o Insulina Lispro: pico de 0,5 a 3 horas com duração de 4 horas. Usada nas refeições ou em caso de hiperglicemia aguda o Insulina Asparte: pico de 0,5 a 3 horas com duração de 4 horas. Usada nas refeições ou em caso de hiperglicemia aguda o Insulina glulisina: pico de 0,5 a 3 horas com duração de 4 horas. Usada nas refeições ou em caso de hiperglicemia aguda o Insulina NPH: início de 2 a 4 horas com pico de 4 a 10 horas e duração de 12 a 18 horas. Essa variabilidade do pico pode estar associada a risco aumentado de hipoglicemia, particularmente à noite, quando o paciente está dormindo o Insulina glargina: início de 2 a 4 horas com nenhum pico e duração de 20 a 24 horas. o Insulina detemir: início de 2 a 4 horas com nenhum pico e duração de 20 a 23 horas. 2x/dia Modificações na sequência de aminoácidos da insulina resultam análogos da insulina com farmacocinética modificada: Insulinas de ação rápida (curta duração): Lispro, asparte e glulisina e insulina regular (não modificada); o As insulinas em bolo prandial atuam rapidamente e apresentam duração de ação relativamente curta, são utilizadas para mimetizar a liberação de insulinas pelas células beta em resposta a uma carga de nutriente o A insulina regular assemelha-se a insulina endógena, com acréscimo de íons zinco para promover estabilidade. o A insulina lispro difere da insulina regular pelos aminoácidos lisina e prolina nas posições 28 e 29 da cadeia B que estão invertidas o A insulina asparte, a prolina na posição B28 foi substituída pelo ácido aspártico o Na insulina glulisina, a lisina substitui a asparagina na posição B3 o Insulinas de ação rápida ou lenta são administradas para mimetizar a liberação prandial (hora da refeição) de insulina e controlar a glicose pós-prandial. Elas podem ser usadas também em casos em que são necessárias correções rápidas de glicose elevada. o Em geral, insulinas de ação rápida e curta são usadas em conjunto com uma insulina basal de ação mais longa que provê controle para a glicemia de jejum o Administração intravenosa Insulinas de ação prolongada (longa duração): Insulina NPH (conhecida com insulina isófana, parecida com a insulina regular, insulina intermediária), glargina, degludeca e detemir o NPH adm duas vezes ao dia. A insulina NPH é usada para controle basal (jejum) nos diabetes tipos 1 e 2 e, em geral, é dada junto com a insulina de ação rápida ou curta para controle na hora da refeição. A insulina NPH deve ser dada somente por via SC o A NPH não deve ser usada quando precisa baixar rapidamente a glicose o A NPH contém zinco e protamina. A protamina prolonga o tempo necessário para a absorção da insulina, uma vez que permanece complexada com o hormônio até que seja clivada da insulina por enzimas proteolíticas o Detemir, glargina e degludeca uma vez ao dia o A insulina glargina tem um efeito hipoglicêmico achatado e prolongado o A insulina glargina e a insulina detemir são usadas para controle basal e devem ser administradas somente por via SC. Nenhuma insulina de longa ação deve ser misturada na mesma seringa com outras insulinas o O uso das associações pré-misturadas diminui o número de injeções diárias, mas torna mais difícil ajustar os componentes individuais do regime de insulina o 2x ao dia, 30 min antes da janta, 30 min de desjejum o Mais de duas injeções por dia o Ao deitar aplica NPH - manter o pico da insulina basal a noite o Dia - adm uma insulina combinada ( NPH + regular) o Antes do almoço e da janta aplica insulina regular o A chance de entrar em hipoglicemia é maior o Mais de duas injeções por dia o Glargina ou detemir ao deitar - antes das refeições pode administrar insulina ultra-rápida o Lispro 15 min antes das refeições o O principal perigo da insulinoterapia é que a administração de insulina quando não há a ingestão adequada de carboidratos pode resultar em hipoglicemia o Erros na dose. Má alimentação o A hipoglicemia é a reação adversa mais comum e grave à insulina o Aumento da massa corporal o Reações no local da injeção e lipodistrofia. A lipodistrofia pode ser minimizada por rotação do local de aplicação. o Os diabéticos com insuficiência renal podem precisar de redução da dose de insulina. o O tratamento padrão de insulina envolve duas injeções diárias. Em contraste, o tratamento intensivo utiliza três ou mais injeções diárias com monitorização frequente da glicemia. o Nível glicêmico médio de 154 mg/dL ou menos (HbA1C ≤ 7%), e o tratamento intensivo facilita alcançar esse objetivo. (a glicemia média normal é de aproximadamente 115 mg/dL ou menos [HbA1C < 5,7%].) o Tratamento intensivo é melhor que o padrão, desenvolvendo menos complicações microvasculares do diabetes o O tratamento intensivo não deve ser recomendado para pacientes que apresentam diabetes há longo tempo, complicações microvasculares significativas, idade avançada e inconsciência hipoglicêmica. A: O tratamento intensivo resulta em um aumento de 3 vezes na frequência da hipoglicemia B: O maior risco de hipoglicemia que acompanha o tratamento intensivo se justifica pela redução substancial da incidência das complicações de longo prazo, como a retinopatia e a nefropatia diabética o Cefaleia o Ansiedade o Taquicardia o Confusão o Vertigens o Diaforese o Tremores o Aumento do apetite o Visão turva o Fraqueza/fadiga o Lipodistrofia o Hipersensibilidade Secretagogos de insulina (hipoglicemiantes) o Sulfonilureias (ex:glibenclamida, glicazida) o Não-sulfonilureias ou Metiglinidas ou glinidas (ex:repaglinida) o Inibidores da DPP IV (ex:vildagliptina) o Incretinomiméticos: agonistas do receptor de GLP-1 (ex:liraglutida) Sensibilizadores de insulina (anti-hiperglicemiantes) o Biguanidas (ex:metformina) o Tiazolidinedionas (ex:pioglitazona) Moduladores da absorção de nutrientes no TGI o Inibidores da alfa-glicosidase intestinal (ex:acarbose) Inibidores da SGLT2 (promovem glicosúria) o Dapagliflozina -Empagliflozina -Canagliflozina Promovem a liberação de insulina das células β do pâncreas Primeira geração: clorpropamida (diabinese®), tolbutamida - raramente utilizados Segunda geração: glibenclamida, glipizida, glicazida, glimepirida - em uso atual Mecanismo de ação o Estimulam a liberação de insulina por meio do fechamento dos canais de K controlados por ATP (SUR) da célula β, inibindo sua atividade. o Bloqueiam canais de K+ sensíveis ao ATP, resultando em despolarização, influxo de Ca2+ e exocitose de insulina. Além disso, as sulfonilureias podem diminuir a produção de glicose pelo fígado e aumentar a sensibilidade periférica à insulina. Se ligam ao canal de potássio, fechando o canal e o que promove a despolarização da célula e liberação de insulina, o que pode levar a uma hipoglicemia. Uso o Tratar hiperglicemia no DM2: 50 a 80% dos pacientes respondem bem às sulfonilureias o Redução de HbA1c: cerca de 2% o Pacientes podem deixar de responder com o tempo, e desenvolver hiperglicemia, provavelmente devido à progressão da insuficiência das células β. Farmacocinética o São bem absorvidas por via oral o 90-99% de ligação às proteínas plasmáticas (albumina) o Apesar da meia vida curta (3-5h), seus efeitos hipoglicemiantes permanecem por 12-24h (adm. 1x aodia) o São metabolizadas pelo fígado e excretadas na urina (cautela em adm. a pacientes com insuf. renal ou hepática) Contra-indicações o DM1, gravidez, lactação, insuficiência hepática ou renal significativa. o A glibenclamida pouco atravessa a placenta e pode ser uma alternativa à insulina em gestantes. o Glimepirida e glipizida são opções mais seguras em pacientes renais do que glibenclamida, e seguras para pacientes idosos Efeitos adversos o Hiperinsulinemia o Hipoglicemia, incluindo coma o Ganho de peso (1 a 3 kg) o Menos frequentes: náuseas, vômitos, icterícia colestática, agranulocitose, anemia aplásica e hemolítica, hipersensibilidade e reações dermatológicas Interações medicamentosas Vermelho: Perda de efeito (hiperglicemia)- aumenta metabolismo hepático e da excreção renal ou da inibição da secreção de insulina Verde: Potencialização de efeito (hipoglicemia)- diminui metabolismo hepático e da excreção renal ou deslocamento das proteínas plasmática Mecanismo de ação o Assim como as sulfonilureias, as glinidas estimulam a liberação de insulina por meio do fechamento dos canais de K controlados por ATP da célula β. o Início de ação mais rápido e duração mais curta Principal uso o Reduzir as elevações pós-prandiais da glicemia em pacientes com DM2 Farmacocinética o Redução de HbA1c: 1,5% (repaglinida) e 1% (nateglinida) o Adm antes das refeições, são bem absorvidos V.O. o Metabolização pela CYP3A4 (90%) e renal (10%) o Excreção pela bile Efeitos Adversos: o Hipoglicemia (menor risco devido ação rápida e de curta duração). Risco com a nateglinida é ainda menor o Não devem ser adm. associadas às sulfonilureias: aumento no risco de hipoglicemia o Ganho de peso Interações medicamentosas: o Fármacos que induzem CYP3A4: reduzem o efeito (hiperglicemia): barbitúricos, carbamazepina e rifampicina o Fármacos que inibem CYP3A4: potencializam o efeito (hipoglicemia): itraconazol, fluconazol, eritromicina e claritromicina Algumas células expressam o gene do pró glucagon, mas na sua molécula de glucagon, há outros peptídeos associados, como produção e secreção do GLP-1, produzido nas células intestinais GLP-1 - Peptídeo semelhante ao Glucagon o Hormônio incretina, secretado no intestino (íleo, cólon e porções proximais) após as refeições; o Estimula a secreção de insulina dependente de glicose; o Inibe a secreção de glucagon; o Retarda o esvaziamento gástrico o Retarda absorção do alimento; o Altera o apetite aumentando a saciedade; o É metabolizado pela enzima DPP-4 (dipeptidil peptidase-4): meia vida plasm. 1-2 min Meia vida plasmática curto, porque existe a enzima DPP-4 que inibe o efeito do GLP-1 o Classes de fármacos relacionada ao GLP-1: - Incretinomiméticos: GLP-1RA - Inibidores da DPP-4 Não tem os mesmos efeitos do glucacon o São análogos do hormônio incretina GLP-1 e atuam como agonistas do receptor de GLP-1 (GLP-1RA) o Ex.: exenatida, liraglutida, albiglutida, dulaglutida o Melhoram a secreção de insulina dependente de glicose o Retardam o esvaziamento gástrico o Diminuem a ingestão de alimento aumentando a saciedade o Diminuem a secreção pós-prandial de glucagon o Promovem a proliferação de células β o Diminuem o ganho de peso (emagrecimento) o Diminuem a hiperglicemia pós-prandial e HbA1c Exenatida (Byetta®) o Injeção SC 2x/dia, antes das refeições; o Liberação lenta: 1x/semana; o Utilizada em associação com metformina, sulfoniluréia ou até insulina basal; o Clearance renal; o Não é metabolizada pela DPP-4, e portanto exibe extensa atividade após sua injeção o [plasmática] mensurável por aprox. 10 h após injeção. Liraglutida (Victosa® / Saxenda®) o Injeção SC 1x/dia. o Ligação à albumina: maior meia vida plasm. o Mais eficiente que exenatida; o [plasmática] máx. 8-10 h após injeção. Uso clínico: o Diabetes Mellitus tipo 2; o Diminuem glicose pós prandial por aumentar insulina, diminuir glucagon, retardar esvaziamento gástrico, aumentar a saciedade (efeito no SNC); o Modesta diminuição do peso (2,5-4Kg); o Reduzem acúmulo de gordura hepática. Contra-indicação: o Diabetes Mellitus tipo 1; o Pode dar hipoglicemia (principalmente se associada a sulfoniluréia); o TGI (náusea, vômitos); o Pancreatite é menos comum, mas grave. Mecanismo de ação o Inibem a DDP-4, inibindo a degradação de GLP-1 e GIP (peptídeo insulinotrópico dependente de glicose) Ex.: alogliptina, linagliptina, saxagliptina, vildagliptina o Promovem redução de até 95% da atividade enzimática da DDP-4 por 12h o Aumentam as concentrações circulantes de GLP-1 em mais de 2x o Aumentam a secreção de insulina de modo dependentes de glicose o Diminuem as concentrações de glucagon. Uso clínico: o Diabetes Mellitus tipo 2; o Utilizados em monoterapia ou em associação (metformina, sulfonilureia; tiazolidinedionas, insulina); o Efeitos aditivos em associação o Diminuem o nível de HbA1c (0,8%); Contra-indicação: o Diabetes Mellitus tipo 1; o Cetoacidose diabética; o Gravidez; o Lactantes; Advertências: o É necessário ajuste de dose em pacientes com doença renal moderada ou grave; o Podem causar hipoglicemia em associação com sulfonilureias e insulina; o Os níveis de digoxina devem ser monitorados em pacientes em uso de digoxina e sitagliptina Biguanidas: metformina Efeitos: o Inibição da gliconeogênese (hepática), síntese de ácidos graxos e colesterol; o Melhora captação de glicose pelo músculo periférico; o Aumenta atividade do receptor insulina; o Reduz níveis séricos de lipídeos; o Diminuição do peso corporal; o Muitos desses efeitos são ao menos em parte explicados pela ativação da proteína quinase dependente de AMP (AMPK) Uso clínico o Tratamento de 1a escolha para DM2 (agente oral mais comumente usado o É efetiva como monoterapia e em associação com outros hipoglicemiantes o Existem formulações de metformina com: glipizida, glibenclamida (gliburida), pioglitazona, repaglini-da, rosiglitazona, linagliptina, saxagliptina, sitagliptina, aloglipti-na, canagliflozina, dapagliflozina e empagliflozina Contra-indicações: o Diabetes Mellitus tipo 1; o Cetoacidose diabética; o Insuficiência hepática o Insuficiência renal (chance de acidose lática); o Contrastes iodados: pelo risco renal, descontinuar; o ICC descompensado; o Pré-coma diabético; o Gravidez: categoria de risco B; o Lactantes Tiazolidinedionas (TZD): pioglitazona e rosiglitazona Efeitos: o Agonista potente e altamente seletivo do receptor PPAR𝛾; o PPAR𝛾 modula a transcrição de vários genes responsivos à insulina envolvidos no controle do metabolismo da glicose e dos lipídeos; o Potencializam a ação da insulina nos tecidos alvo; o Depende da presença de insulina, mas não aumenta sua secreção o Diminui a liberação de glicose hepática; o Diminui a resistência à insulina diminuindo glicemia; o Diminui TG livres (10-15%) e aumenta HDL. Farmacocinética: o Absorção em 2-3h e indiferente à alimentação; o Metabolismo hepático; o Início de ação muito lento (1-3 meses) no controle da glicemia; Uso clínico: o DM2; o Geralmente utilizada associada a outra medicação (metformina, sulfoniluréia, insulina); Efeitos colaterais o Edema e ganho de peso (2-4Kg/primeiro ano) com aumento do risco de insuficiência cardíaca (até 2x) e de fraturas. Contra-indicações o Pacientes com insuficiência hepática e renal; o ICC, devido ao edema o Gestantes e lactantes; o Cuidado!!! em pacientes com ICC e osteoporose prévias
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