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FARMACOLOGIA DOS ANTIBIÓTICOS II (25-05-2021)

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Caso clínico 1 
Paciente, sexo masculino, 26 anos, deu entrada no 
hospital com quadro inicial de diarréia que evoluiu para 
desinteria grave, com presença de sangue e muco 
purulento, com o odor fétido. Relata que retornou de 
viagem há 2 dias, de férias em Salvador onde consumiu 
comida local, principalmente de ambulantes ao redor da 
zona litorânea. O médico iniciou o tratamento empírico 
com sulfametoxazol + trimetoprima (Bactrim) - 2 cp 
(12/12h) durante 7 dias. Foi realizada coprocultura em meio 
de cultura SS (Salmonella / Shigella), que cresceu 
formando colônias transparentes, catalase positiva, com 
bacilos gram negativos. Testes moleculares confirmaram 
a presença da bactéria Shigella. Após 10 dias o paciente 
retornou ao PS com relato de retorno dos sintomas. O 
médico então prescreveu ciprofloxacino (500 mg - 1cp, 
12/12h) por 5 dias, com melhora dos sintomas. 
 
 
 
Antimetabólitos - sulfonamidas 
Sulfametoxazol, Sulfadiazina, Sulfadoxina, sulfacetamida 
 
o Prontosil®: primeiro quimioterápico eficaz 
(sulfonamidas) na década de 1930 
o Mecanismo de ação: Inibem a síntese de folato 
no interior da bactéria - Podem ser definidos como 
falsos-substratos 
- Sulfonamidas são análogos do PABA que inibem 
competitivamente a di-hidropteroato sintase, 
impedindo, assim, a síntese de ácido fólico em 
bactérias. Por sua vez, a ausência de ácido fólico 
impede a síntese bacteriana de purinas, pirimidinas e 
alguns aminoácidos, resultando finalmente na 
interrupção do crescimento bacteriano. 
o São bacteriostáticos, ou seja, impedem o 
crescimento bacteriano, mas não matam bactérias. 
o Ácidos fracos, com hidrossolubilidade limitada; 
problema para excreção em urina ácida; 
o Amplo espectro - contra Gram-positivas e negativas; 
protozoários e fungos – uso reduzido devido à 
resistência 
o Sulfonamidas são fármacos seletivos, visto que o 
crescimento das bactérias exige a atividade da 
enzima que é inibida pelas sulfonamidas, enquanto as 
células dos mamíferos não expressam essa enzima 
o A redução de seu uso foi decorrente do 
desenvolvimento de resistência a esses fármacos 
 
 
 
 
 
 
O folato é necessário para síntese de DNA, RNA e 
proteínas, porém a via biossintética dos folatos é 
encontrada nas bactérias, mas não em seres humanos, 
onde é obtido pela dieta e transportado para as células. 
As sulfonamidas competem com o PABA e assim 
diminuem o crescimento bacteriano sem comprometer 
a função dos mamíferos 
 
 
 
o A trimetoprima tem umas toxicidade seletiva maior 
do que as sulfonamidas 
o As sulfonamidas tem uma maior toxocidade seletiva 
ao crescimento bacteriano 
o O metotrexato é usado com antineoplásico 
 
Dada a elevada incidência de resistência a sulfonamida na 
população bacteriana, esses fármacos têm sido utilizados 
em associação com a trimetoprima 
Sulfametoxazol + trimetoprima (cotrimoxazol) 
o Ocasionando bloqueio sequencial da mesma via 
biossintética e levando aos seguintes aspectos: 
- Amplia o espectro de ação 
- Reduz a concentração necessária 
- Gera ação bactericida 
 
Di-hidrofolato redutase (DHFR) é a enzima que reduz di-
hidrofolato (DHF) a tetraidrofolato (THF). Diversos 
fármacos, incluindo trimetoprima e metotrexato, são 
análogos de folato que inibem competitivamente DHFR 
e impedem a regeneração de THF a partir de DHF. 
Esses fármacos são utilizados tanto no tratamento de 
infecções quanto na quimioterapia do câncer. 
 
 
 
Isabelle Maia Teixeira 
Antibióticos II 
 
o Como a ligação é reversível, o aumento do 
precursor (PABA), como ocorre em locais com pus, 
podem antagonizar o efeito antibacteriano; 
o Alguns anestésicos locais (ex: procaina) - 
biotransformados em PABA também podem ter 
efeito antagônico. 
o Amplamente ligada às proteínas plasmáticas – 
interação com varfarina, AINEs e sulfonilureias 
 
 
H. Influenza e bronquite, sinusite, otite media em crianças 
Urinário – cistites agudas e crônicas, pielonefrites, 
uretrites, prostatites, uretrite gonococica 
Pele – piodermite, furunculos, abcessos e feridas 
infectadas 
 
Usos clínicos 
o Sulfadiazina 
- Toxoplasmose (+pirimetamina) - v.o; 
- Feridas infectadas ou queimaduras (sulfadiazina de 
prata) - tópica 
o Sulfadoxina + pirimetamina (v.o.) - Malária 
o Sulfacetamida (tópica) – Queimaduras, feridas ou 
infecções na pele e mucosas; conjuntivites 
 
Resistência às sulfonamidas: 
o Produção excessiva de PABA para competir com as 
sulfonamidas na síntese de ácido fólico. 
o Desenvolvimento de uma via metabólica alternativa 
para a síntese de ácido fólico. 
o Redução da captação bacteriana desses fármacos 
(diminuição de porinas). 
 
Efeitos colaterais 
 
Sulfonamidas competem com bilirrubina pelos sítios de 
ligação na albumina sérica e podem causar kernicterus 
em recém-nascidos. Kernicterus é caracterizado por 
acentuada elevação nas concentrações de bilirrubina não 
conjugada no sangue de recém-nascidos, podendo 
resultar em lesão cerebral grave. 
 
 
 
 
 
 
 
Fluorquinolonas 
1ª geração: ácido nalidíxico (v.o.) – apenas para ITU 
2ª geração: ciprofloxacino (v.o., i.v., intra-ocular), 
norfloxacino (v.o.) e ofloxacino (intra-ocular) 
3ª geração: levofloxacino (v.o., i.v.), moxifloxacino (v.o., i.v.) 
4ª geração: gemifloxacino (v.o): cerca de 32 vezes mais 
potente que levofloxacino contra pneumococo. 
o Amplo espectro de ação 
o As quinolonas de 3ª geração são conhecidas como 
quinolonas respiratórias: boas opções de tratamento 
para infecções respiratórias altas e pneumonias 
adquiridas na comunidade (PAC) 
 
Ciprofloxacinas são os mais usados, possuem 
predominantemente ação contra microrganismos gram-
negativos como as Enterobacteriáceas, Pseudomonas 
aeruginosa, H. influenzae e M. catarrhalis e foram utilizadas 
primariamente para o tratamento de infecções do trato 
urinário 
3 e 4ª geração gram-positivos, tais como Streptococcus 
e bactérias atípicas como Mycoplasma pneumoniae, 
Chlamidia pneumoniae e Legionelle pneumoniae. Como 
resultado de sua ampla cobertura, as novas 
fluoroquinolonas também podem ser utilizadas no 
tratamento de infecções respiratórias 
 
Mecanismo de ação: 
o Inibem a topoisomerase bacteriana II e/ou IV e DNA 
girase. 
- As quinolonas inibem primariamente DNA girase em 
microrganismos gram-negativos e topoisomerase IV 
em microrganismos gram-positivos, como 
Staphylococcus aureus 
- Topoisomerase II (DNA girase) – responsável pelo 
relaxamento do DNA superenovelado 
- Topoisomerase IV – responsável pela separação 
das duas moléculas de DNA (cromossomos) antes da 
divisão celular 
o Resultado: inibição da síntese de ácidos nucléicos = 
ação bactericida 
 
o As enzimas semelhantes dos mamíferos são várias 
centenas de vezes menos sensíveis a essas drogas. 
 
Bactérias costumam desenvolver resistências às 
quinolonas por meio de mutações cromossômicas nos 
genes que codificam topoisomerases tipo II ou de 
alterações na expressão de porinas e bombas de efluxo 
das membranas que determinam a concentração de 
fármaco no interior das bactérias. 
 
Durante a replicação a dupla fita de DNA devem se abrir 
para iniciar a replicação. Helicase quebra as pontes de 
hidrogênio e cria a forquilha de replicação. As enzimas 
DNA polimerase move-se ao longo de cada fita de DNA, 
sintetizando uma nova fita. Cria um superespiralamento 
que impede o DNA de continuar abrindo, isso precisa ser 
removido e a enzima DNA girase (topoisomerase II) faz 
isso. Para permitir que os 2 cromossomos 
interconectados se separem uma outra enzima, a 
topoisomerase IV, entra em ação. 
As fluorquinolonas tem como alvo as topoisomerases, 
desestabilizando o complexo DNA e enzima. A quebra do 
DNA é fatal para bactéria 
A inibição das topoisomerases II e IV age na maioria das 
gram-negativas e da topoisomerase IV como alvo 
primário nas gram-positivas 
 
Usos clínicos: 
o Trato geniturinário – ITU, prostatite 
o Trato gastrintestinal – diarréia do viajante, H. pylori 
(levofloxacino) 
o Trato respiratório – H. influenza, S. pneumoniae eatípicas: Mycoplasma, Legionella, Chlamydophila 
o Osteomielites 
o Infecções oculares - ofloxacino 
o Gonorréia – norfloxacino 
o Pseudomonas aeruginosa – ciprofloxacino é o mais 
potente 
 
 
 
Efeitos colaterais 
o Gastrintestinais: anorexia, náuseas, vômitos e diarréia. 
o SNC: cefaléia, tontura, insônia e alterações do humor. 
Alucinações, delírios e convulsões são raras (idosos) 
o Convulsões: por associação de fluorquinolonas e 
teofilina ou AINEs. (Inibidor da CYP) 
o Alergias e reações cutâneas: Reações fototóxicas 
(evitar exposição excessiva ao sol) 
o Artropatias e erosões de cartilagem: tendinite, 
mialgia, dores articulares e ruptura de tendão. 
o Prolongamento do intervalo QT (moxifloxacino) 
 
CONTRA-INDICADAS em gravidez, lactação, insuficiência 
renal e hepática e em menores de 17 anos (artropatia) 
 
Alerta para fluorquinolonas 
FDA-2016: “quinolonas podem estar associadas a eventos 
adversos sérios (injúrias em tendões, músculos, 
articulações, nervos e no sistema nervoso central) e que 
o risco suplanta o benefício em pacientes com sinusite 
aguda, exacerbação aguda de bronquite crônica, PAC 
(Pneumonia Adquirida na Comunidade) e infecções 
urinárias não complicadas, onde outras opções 
terapêuticas, como os antibióticos betalactâmicos, 
estão disponíveis” 
 
Mecanismos de resistência: 
o Alteração na enzima DNA girase 
o Mutação nos genes que são responsáveis pelas 
enzimas alvo (DNA girase e topoisomerase IV) 
o Alteração da permeabilidade à droga pela membrana 
celular bacteriana (diminuição de porinas). 
o Bomba de efluxo. 
 
 
 
 
 
 
Rifamicina 
Mecanismo de ação: liga-se e inibe a enzima RNA-
polimerase DNA dependente dos procariotos = inibe a 
síntese de RNA (transcrição) = efeito bactericida 
 
o Tratamento da tuberculose associada a outros 
antibióticos 
o Quimioprofilaxia de meningite por N. meningitidis e H. 
influenzae 
o Tratamento da osteomielite 
o Urina, suor e lágrimas ficam alaranjadas 
o Uso restrito nas demais infecções por conta de 
rápida resistência. 
o Disponível solução, comprimido e cápsula 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Macrolídeos 
Claritromicina e Azitromicina - mais usadas; 
Eritromicina 
 
Mecanismo de ação: inibem a síntese das proteínas 
bacterianas impedindo a translocação ribossômica (50 S) 
 
São de amplo espectro e bacteriostáticos ou bactericidas 
(depende da dose) 
 
Mecanismos de resistência: 
o Diminuição da permeabilidade da célula ao 
antimicrobiano 
o Alteração no sítio receptor da porção 50S do 
ribossomo (metilação) 
o Inativação enzimática (eritromicina esterase em 
Gram -) 
o Bomba de efluxo 
 
 
 
Usos clínicos 
o Alternativa terapêutica em alérgicos à penicilina 
o Pneumonia adquirida na comunidade 
o Tratamento da H. pylori (claritromicina + amoxicilina 
+ IBP) 
o Prevenção de endocardite após procedimento 
odontológico 
o Infecções superficiais de pele (Streptococcus 
pyogenes), 
o Profilaxia da febre reumática (faringite 
estreptocócica) 
o São considerados primeira escolha no tratamento de 
pneumonias por bactérias atípicas (Mycoplasma 
pneumoniae, Legionella pneumophila, Chlamydia spp.) 
o Tratamento de gonorréia – azitromicina (v.o) + 
ceftriaxona (i.m.) 
 
 
Efeitos colaterais 
o Mais comuns: cólicas abdominais, náuseas, vômitos e 
diarreia (em até 1/3 dos pacientes). 
o Icterícia colestática 
o Prolongamento do intervalo QT (arritmias) – 
eritromicina e claritromicina 
o Ototoxicidade (surdez transitória) 
o Raramente ocorrem reações alérgicas graves. 
o Com azitromicina e claritromicina as alterações são 
bem mais discretas e em menor frequência. 
 
 
 
 
 
 
 
Tetraciclinas 
Tetraciclina, doxiciclina, limeciclina, minociclina (v.o.) 
Tigeciclina - i.v. 
 
Mecanismo de ação: 
o As tetraciclinas ligam-se, de maneira reversível, à 
porção 30S do ribossomo, bloqueando a ligação do 
RNA transportador e impedindo a síntese protéica. 
o São Bacteriostáticas 
 
Mecanismo de resistência: 
o Reduz o acúmulo da droga no interior da célula 
usando bomba de efluxo 
o Alteração nas proteínas da membrana externa 
dificultam penetração 
 
Farmacocinética: 
o São quelantes de cátions divalentes (Ca2+, Mg2+): 
menor absorção quando administradas com leite, 
antiácidos contendo alumínio, sais de ferro. (Evitar o 
uso concomitante com alimentos, antiácidos, 
preparações com ferro) 
o Sofre deposição em tecidos em calcificação (dentes 
e ossos). 
o Atravessam a barreira transplacentária e são 
excretadas no leite materno. 
o Pacientes renais: prefere-se a doxiciclina, que é 
eliminada preferencialmente pela bile nas fezes. 
Demais sofrem eliminação renal 
 
 
 
 
 
Usos clínicos 
o Amplo espectro - bactérias gram-positivas, gram-
negativas aeróbias e anaeróbias, espiroquetas, 
riquétsias, micoplasma, clamídias e alguns 
protozoários. 
o Alternativas no tratamento de infecções causadas 
por Mycoplasma pneumoniae, N. 
gonorrhea, Treponema pallidum e em pacientes com 
traqueobronquites e sinusites. 
o Doxiciclina – alternativa para MRSA e Treponema 
pallidum 
o Contra-indicações: gestantes, lactantes e menores 
de 8 anos 
 
Efeitos colaterais 
o Efeitos gastrintestinais: náuseas, vômitos, diarréia; 
colite pseudomembranosa 
o Alterações na cor dos dentes em crianças, hipoplasia 
do esmalte dentário e crescimento ósseo anormal, 
principalmente se utilizadas durante a gestação; 
o Reações alérgicas: urticárias, exantemas, edema 
periorbital, reações anafiláticas; fotossensibilidade 
o Cefaléia, Vertigem, incapacidade de concentração e, 
em raros casos, hipertensão intracraniana. 
 
 
 
 
 
 
 
Aminoglicosídeos 
Estreptomicina, Gentamicina, Neomicina, 
Amicacina, Tobramicina 
 
Mecanismo de ação: 
o Ligam-se à subunidade 30S dos ribossomos inibindo 
a síntese protéica ou produzindo proteínas 
defeituosas. 
o O transporte do fármaco pela membrana plasmática 
bacteriana depende de oxigênio – ineficazes contra 
anaeróbios ou em condições de anaerobiose 
o Bactericidas 
 
o A estreptomicina foi o primeiro aminoglicosídeo 
obtido a partir do fungo Streptomyces griseus em 
1944. 
o Cátions polares; baixa absorção por v.o. (uso 
parenteral, oftálmico ou tópico); não atravessa BHE 
o Administração 1x/dia; efeito pós-antibiótico 
 
Mecanismos de resistência (raros) 
o Alteração dos sítios de ligação no ribossomo; 
o Alteração na permeabilidade da droga (bombas de 
efluxo ou redução da captação); 
o Modificação enzimática da droga. 
 
Usos clínicos: 
Preparações - parenteral (i.m. e i.v), oftálmica e tópica 
o Amicacina: maior espectro de ação. Tratamento de 
cistite e prostatite hospitalar 
o Comumente associados a betalactâmicos ou 
glicopeptídeos (efeito sinérgico) 
o Grande atividade contra bacilos e cocos gram-
negativos 
Klebsiella spp., Serratia spp., Enterobacter spp., 
Haemophilus spp. e cepas de Pseudomonas 
aeruginosa 
o Bactérias gram-positivas, entre elas: S. aureus, S. 
epidermidis, L. monocytogenes, Enterococcus 
faecalis (associados à penicilinas), além de serem 
ativas contra micobactérias (estreptomicina). 
 
Efeitos colaterais 
o Acumulam-se no ouvido interno e no córtex renal: 
- Ototoxicidade vestibular a auditiva 
- Nefrotoxicidade 
o Bloqueio Neuromuscular: doses altas infundidas em 
período curto. Mais frequente em pacientes 
curarizados com succinilcolina ou com miastenia. 
Revertido com sais de cálcio (gliconato de cálcio) ou 
neostigmina 
 
 
 
 
 
 
 
Anfenicóis 
Cloranfenicol - v.o., tópico, i.v. 
 
Mecanismos de ação: inibe a peptidil-transferase 
(50S) 
o Bacteriostáticos de amplo espectro - Gram positivas 
e negativas 
o Usos terapêutico: conjuntivites e otites bacterianas; 
feridas ou queimaduras na pele (tópico); epiglotite 
 
 
aguda em crianças; febre tifóide (v.o.); bacteremias e 
infecções graves no SNC (i.v.). 
 
Efeitos adversos: 
o Alterações hematológicas: pancitopenia; anemia 
o Síndrome do bebê cinzento: distensão abdominal, 
emêse ocasional, progressiva palidez cianótica, 
colapso vasomotor e respiratório e morte.Interações: inibe oxidases hepáticas de função mista: 
bloqueia biotransformação de varfarina e fenitoína, 
potencializando seus efeitos 
 
 
 
 
 
 
Lincofaminas 
Clindamicina - vo, gel, creme, iv, im-, lincomicina 
-iv, im- 
 
Mecanismos de ação semelhante aos macrolídeos 
o Bacteriostáticos ou bactericidas 
o Espectro semelhante a penicilinas, mas também 
atinge S. aureus e outras produtoras de penicilinases 
o Boa penetração em abscessos, porém baixa no SNC 
 
Efeitos adversos: 
o Distúrbios gastrointestinais – diarréia, colite 
pseudomembranosa (por C. difficile) 
 
Clindamicina - v.o., gel, creme, i.v, i.m - 
Indicações principais: 
o Infecções causadas por anaeróbios gram-positivos e 
negativos, incluindo produtores de penicilinases (v.o, 
parenteral) 
o Infecções de ossos, articulações e tecidos moles por 
S. aureus (v.o, parenteral) 
o Síndrome compartimental por S. pyogenes (v.o, 
parenteral) 
o Tratamento de acne (gel) 
o Vaginose bacteriana (creme vaginal) 
 
 
 
 
 
 
Linezolida, tedizolida – v.o/i.v 
 
Mecanismos de ação: inibe o ribossomo 70S (RNAt) 
o Espectro: Grande variedade de gram +: MRSA e 
VRSA; pneumococo resistente à penicilina; 
enterococos resistente à vancomicina, C. difficile. 
o Gram negativos mais comuns não são suscetíveis 
o Bacteriostática contra enterococos e estafilococos, 
bactericida contra estreptococos. 
 
Indicações principais: pneumonia, sepse, infecções 
de pele e tecidos moles para organismos 
multirresistentes 
 
Efeitos adversos: 
Trombocitopenia, diarreia, náuseas, raramente eritema e 
tonturas

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