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THAUANA LESSA 1 Antibióticos GENERALIDADES São substâncias químicas de origem natural ou sintética que suprimem o crescimento ou promovem a destruição de bactérias. Para minimizar os efeitos adversos em seres humanos, a maioria é projetada para atuar seletivamente em processos que são únicos para o patógeno-alvo (toxicidade seletiva). BACTÉRIAS • Sem parede: micoplasma • Com parede: o Gram positivo o Gram negativo • Com parede atípica: o Micobactérias o Espiralados o Clamidias o Riquétsias Gram Positiva o Mais espessa o Majoritariamente Peptideoglicano o Ácido teicoico= todo polímero formado por resíduos de glicerol ou ribitol unidos por ligações fosfodiester Função: Fortalecimento da parede celular; sequestro de íons cálcio; ativação das proteções inatas do hospedeiro o Ácido lipoteicoicos (LTA)= ác. Teicoico ligados à fração lipídica. o Principais bactérias gram positivas: C. tetani: causa tétano C. botulium: causa botulismo M. tuberculosis: causa tuberculose S. aureus: causa infecção de feridas, furúnculos esepticemias. S. pneumoniae: causa pneumonia e meningite. C. trachomatis: causa doenças oftalmológicas e pode causar infertilidade. T. pallidum: causa sífilis Gram Negativa o Formada por pouco peptideoglicano – mais suscetível a quebras o Não possui ácidos teicoicos o Possui membrana externa (Resistencia à fagocitose) e espaço periplasmático (possui enzimas hidrolíticas responsáveis pela quebra de macromoléculas) o Lipopolissacarídeo (LPS): constituído de lipídeo A, antígeno O e núcleo polissacarídeo. Possui potente ativador das respostas inatas do hospedeiro. o Principais bactérias gram negativas: E. coli: causa septicemia, infecções de feridas e infecções do trato urinário. H. influenzae: causa infecção aguda do tratorespiratório e meningite. H. pylori: causa úlcera péptica e cânceres gástricos. K. pneumoniae: bactéria que se tornaram muito esistentes, causa pneumonia, septicemia e infecção do trato urinário. N. gonorrhea: causa gonorreia. P. aeruginosa: causa septicemias, infecções espiratórias e infecções do trato urinário. Salmonella: causa intoxicação alimentar. BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES O grupo mais crítico de todos inclui bactérias multirresistentes, que são particularmente perigosas em hospitais, casas de repouso e entre os pacientes cujos cuidados exigem dispositivos como ventiladores e cateteres intravenosos. Entre elas, estão Acinetobacter, Pseudomonas e várias Enterobacteriaceae (incluindo Klebsiella, E. coli). São bactérias que podem causar infecções graves e frequentemente mortais. Essas bactérias tornaram-se resistentes a um grande número de antibióticos, incluindo carbapenemas e cefalosporinas de terceira geração. Mecanismo de Resistência: mutação genética, conjugação, transdução, transformação. Esses mecanismos geram: o Produção de enzima que inativam o fármaco. o Modificação da bactéria para que a penetração do fármaco seja reduzida. o Expressão de bombas de efluxo que removem o fármaco da célula. o Alteração estrutural na molécula-alvo para o fármaco. THAUANA LESSA 2 ANTIBIOTICOTERAPIA Tipos de Antibióticos Bacteriostáticos: Reduzem o número de microrganismos viáveis, a erradicação da infecção depende menos do hospedeiro. Tratamento mais rápido. Bactericidas: Impedem o crescimento bacteriano, permitindo que os mecanismos imunes do hospedeiro eliminem a bactéria. A erradicação depende do hospedeiro. Tratamento mais lento. Fatores envolvidos na eficácia terapêutica • Extensão da infecção; • Bactericidas x bacteriostáticos; • Espectro antibacteriano • Fatores farmacológicos; • Esquema posológico; • Condições relacionadas ao paciente; Condições relacionadas ao paciente • Idade (aminoglicosídeos → ototoxicidade idosos) • Gravidez (tetraciclina→ alteração óssea no feto) • Lactantes (sulfonamidas → hemólise lactente) • Presença de alergias (penicilinas) • Exposição ambiental • Imunossuprimidos • Função hepática e renal • Fatores genéticos TRATAMENTO EMPÍRICO Definição: consiste no uso inicial de um fármaco baseando-se nos agentes mais prevalentes ainda sem identificação (antibiótico de amplo espectro ou com espectro estendido), devendo ser diminuído assim quando possível. • Diminuir dose assim que possível • Passar para a via oral assim que possível • Alta hospitalar precoce • Fazer medicação ambulatorial ou domiciliar assim que melhorar • Com antibiograma, se possível, trocar para antibióticos de menor espectro (tratamento específico). ALVOS DOS ANTIBIÓTICOS CLASSES DOS ANTIBIÓTICOS CLASSES SUB-CLASSES Inibidores da síntese da parede 1. β-lactâmicos a) Penicilinas – Penicilina, amoxicilina b) Cefalosporinas – Cefalexina, ceftriaxona c) Monobactâmicos - Aztreonam d) Carbapenêmicos – Imipenem, ertapenem 2. Glicopeptídeos - Vancomicina, teicoplanina 3. Outros: bacitracina, fosfomicina, nitrofurantoína Inibidores da membrana 1. Daptomicina 2. Polimixinas Antimetabólitos 1. Sulfonamidas - Sulfametoxazol, sulfadiazina 2. Trimetropima Inibidores da síntese do DNA 1. Fluorquinolonas - Ciprofloxacino, levofloxacino, 2. Gemifloxacino Inibidores da síntese Proteica 1. Tetraciclinas - Tetraciclina, doxiciclina, tigeciclina 2. Macrolídeos - Claritromicina, azitromicina, eritromicina 3. Aminoglicosídeos - Amicacina, gentamicina, tobramicina 4. Lincosaminas - Clindamicina 5. Anfenicois - Cloranfenicol 6. Oxazolidinonas - Linezolida LEMBRE-SE CONCEITO: Concentração mínima inibitória (CMI) é a concentração mínima que um antibiótico necessita de ter para que consiga inibir o crescimento bacteriano. NÃO é indicado a associação de bactericidas com bacteriostáticos, pois o segundo atrapalha a ação dos bactericidas. THAUANA LESSA 3 INIBIDORES DA SÍNTESE DA PAREDE Antibióticos que interferem na síntese de peptídeoglicanos que formam a parede celular dos microrganismos. β-LACTÂMICOS Penicilinas, Cefalosporinas, Monobactâmicos e Carbapenêmicos Estrutura química: Estruturas centrais de quatro famílias de antibióticos β-lactâmicos. O anel indicado com B é o anel β-lactâmico. Anel betalactâmico pode ser clivado por β- lactamases. Uma vez clivado, o fármaco perde sua funcionalidade. Mecanismo de ação: inibidores da síntese da parede celular. Bloqueio da fase de transpeptidação do peptidoglicano: ligam-se covalentemente (forte) ao sítio ativo das proteínas de ligação da penicilina (PBP) impedindo sua ação de ligação cruzada dos polímeros. Resultado: bactéria sofre lise osmótica → efeito bactericida. Toxicidade seletiva (mamíferos não tem parede) Espectro de ação depende: • Grau de dificuldade em penetrar a membrana externa e parede celular • Capacidade de ligação às transpeptidases específicas Mecanismo de resistência dos β-lactâmicos: • Inativação do antibiótico pelas β-lactamases • Modificação das PBP-alvo • Penetração reduzida do fármaco até as PBPalvo (infrarregulação das porinas) • Efluxo do antibiótico Inibidores irreversíveis de β-lactamases: • Ácido clavulânico (clavulanato): amoxicilina + clavulanato; ticarcilina + clavulanato • Sulbactam: ex: ampicilina + sulbactam • Tazobactam: ex: piperaciclina + tazobactam ceftolozana + tazobactam (Zerbaxa®, 2018) • Avibactam: ex: ceftazidima + avibactam (Torgena®, 2018) • Vaborbactam: ex: meropenem + vaborbactam Penicilinas Penicilina G • Protótipo • Ação bactericida • Instável em meio ácido → uso parenteral • Cobertura para Gram +, Gram – e anaeróbios da boca e orofaringe • Rápida excreção renal; • Susceptível à β-lactamases Penicilinasde espectro ampliado: boa ação contra gram positivas e gram negativas. Etapas da síntese da parede celular: 1. Síntese dos monômeros de mureína 2. Polimerização 3. Ligações cruzadas dos polímeros → catalisadas pelas proteínas de ligação da penicilina (PBP), que são transpeptidases. NÃO atuam como antibióticos, apenas impedem a sua degradação. O ideal é a associação desses inibidores com antibióticos afim de aumentar o espectro (efetividade em maior número de cepas). THAUANA LESSA 4 Usos Clínicos: • Amoxicilina: ITU, otite média, bronquite, pneumonia • Benzilpenicilina: Meningite bacteriana, endocardite, sífilis • Oxaciclina (gram +) e Meticilina: infecções de pele e tecidos moles (furúnculo, abscesso, celulite), endocardite, osteomielite, gastrenterite, síndrome da pele escaldada e síndrome do choque tóxico. Efeitos adversos: • Poucos efeitos tóxicos diretos • Hipersensibilidade (compostos degradáveis viram antigênicos) - 1 a 10% dos pacientes o Agudas (rara): choque anafilático (30 seg) o Imediatas (mais graves): angioedema, broncoconstrição, distúrbios TGI e choque o Tardias: (2 ou + dias, 80 a 90 % dos casos): erupções bolhosas, lesões da mucosa oral. • TGI: Alteração da microbiota normal → risco de infecções secundárias (candidíase, colite pseudomembranosa). Cefaloporinas Mecanismo de ação: Semelhante ao de todos os β- lactâmicos, inibem a formação da parede bacteriana (bactericida). Alta toxicidade seletiva: usado na gravidez, lactação e pediatria. Resistência: • Tem aumentado devido a betalactamases codificadas por plasmídeos. • Alterações nas proteínas da membrana externa ou nas proteínas de ligação. À medida que se avança na geração aumenta a sensibilidade de gram negativas e aumenta a resistência as B-lactamases. Usos Clínicos: Septicemia, Pneumonia, Meningite, Sinusite, ITU. Efeitos adversos: Geralmente são bem tolerados • Diarreia • Hipersensibilidade: 1- 3%, pode ocorrer alguma sensibilidade cruzada em pacientes alérgicos à penicilina. • Irritação local: dor após injeção IM e tromboflebite após injeção IV Monobactâmicos Efetivo apenas contra bacilos/cocobacilos gram- negativos aeróbios, como as espécies de Pseudomonas, Klebsiella, N. meningitidis, H. Influenza, Serratia, E. Coli Não tem ação contra microrganismos gram-positivos ou anaeróbios. Resistente à maioria das betalactamases; único betalactâmico resistente à metalobetalactamases (mas EBSL hidrolisam); MRSA (S. aureus resistentes a meticilina) e ORSA (S. aureus resistentes a oxacilina) Em alguns hospitais ultrapassam de 50% dos isolamentos estafilocócicos; Resistência: gene mecA (ou SCCmec) que codifica o desenvolvimento de uma nova PBP, a PBP2a. Esse novo receptor não tem afinidade pelos antibióticos betalactâmicos; Frequentemente, os MRSA adquiridos em hospital se mostram resistentes a vários outros antimicrobianos; Os glicopeptídeos, a linezolida e a tigeciclina são a opção terapêutica nesses casos; • Possui tempo de meia vida mais curta e um espectro de ação amplo, que aumenta de acordo com a geração. • Quanto maior a geração, melhor a capacidade de combater bactérias gram-negativas. • Quanto maior a geração, menor o risco de resistências bacterianas. THAUANA LESSA 5 Usos: pneumonia e outras infecções do trato respiratório, meningite, sepse e infecções do trato urinário por patógenos gram-negativos sensíveis • Ativo em patógenos específicos da UTI • Uso em pacientes alérgicos a penicilina que toleram o aztreonam. • Vias IM e IV, meia-vida plasmática cerca 2 horas • Na terapia empírica, pode ser associado com aminoglicosídeos e cefalosporinas de 3ª geração Efeito adversos: semelhantes aos de outros antibióticos betalactâmicos; geralmente bem tolerado Carbapenêmicos Mecanismo de ação: Semelhante ao de todos os β- lactâmicos, inibem a formação da parede bacteriana Fármacos: imipeném, meropeném, doripeném e ertapeném Imipeném: • A associação imipeném + cilastatina sódica Função: inibir a inativação do imipeném pelas enzimas renais. Demonstra eficácia contra muitas infecções polimicrobianas e mistas, aeróbias e anaeróbias • Ação em alguns patógenos resistentes às cefalosporinas, aminoglicosídeos e/ou penicilinas • Não é indicado para o tratamento de meningite. Meropeném: Infusão prolongada está indicado para o tratamento de infecções graves, ocasionadas por bactérias multirresistentes, sendo intrinsicamente mais potente contra Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa, tais como: pneumonia associada ao uso de ventiladores mecânicos, meningite, septicemia, infecções em pacientes com fibrose cística Associação: + vaborbactam Ertapeném: Meia-vida longa, mas diminui atividade contra Acinetobacter e Pseudomonas. Características: • Mais resistentes aos micro-organismos produtores de betalactamases (mas não as carbapenemases e metalobetalactamases) • Amplo espectro: gram positivos e negativos, aeróbios e anaeróbios • Reservados para infecções hospitalares graves causadas por bactérias altamente resistentes. Efeitos adversos: São mais frequentes no Imipeném • Náuseas, vômitos, diarreia, exantemas cutâneos e reações no local de infusão. • A ocorrência de níveis excessivos de imipeném em pacientes com insuficiência renal pode provocar crises convulsivas. • Os pacientes alérgicos às penicilinas podem ser alérgicos aos carbapenêmicos, porém a incidência de reatividade cruzada é baixa. GLICOPEPTÍDEOS Vancomicina e Teicoplanina Mecanismo de ação: altera síntese de parede (inibe a síntese dos polímeros e consequentemente, o alongamento do peptidoglicano, a célula torna-se suscetível à lise). Também altera a permeabilidade da membrana e a síntese de RNA. Possuem o espectro de ação estreito, sendo efetivo para tratamento contra Streptococos e Staphylococos. Vancomicina Antibiótico produzido pelo Streptococcus orientalis e Amycolatopsis orientalis Ativa apenas contra bactérias Gram-positivas: estreptococos, pneumococos, estafilococos Usos: • Tratamento MRSA (I.V) e em outras infecções graves. • Infecções por gram-positivos em alérgicos à penicilinas ou cefalosporinas (I.V) ou para pacientes que não responderam ao tratamento com fármacos destas classes. • Eficaz no tratamento de septicemia, infecções ósseas, infecções do trato respiratório inferior e infecções na pele e estruturas da pele causadas por micro-organismos sensíveis. • Colite pseudomembranosa por C. difficile (V.O) • Para endocardite causada por Enterococcus faecalis, só é eficaz em combinação com um aminoglicosídeo (gentamicina). Quando a solicitação de vancocinemia é justificada para a individualização da terapêutica? Doentes críticos, função renal alterada ou flutuante, falta de resposta clínica adequada após três a cinco dias de terapia com vancomicina ou uso concomitante de drogas nefrotóxicas (aminoglicosídeos, piperacilina-tazobactam, anfotericina B, diuréticos de alça, AINES). THAUANA LESSA 6 Teicoplanina • Semelhante a vancomicina • Meia-vida longa (45 - 70 horas), I.V e I.M • Efeitos adversos significativos • Uma alternativa para vancomicina, daptomicina e linezolida no tratamento de infecções complicadas na pele e nas estruturas cutâneas, causadas por microrganismos gram-positivos resistentes (incluindo MRSA). Efeitos adversos dos glicopeptideos: • Febre, eritemas e flebite no local da infusão • Ototoxicidade e Nefrotoxicidade (↑risco com associações) • Infusão rápida→ síndrome do “homem vermelho”: urticária, exantema, febre, hipotensão grave (fazer infusão lenta ou pré-tratamento com anti-histamínico). BACITRACINA Mecanismo de ação: Impedir o alongamentodo peptidoglicano Reservada para uso tópico (muito nefrotóxica), normalmente associada com neomicina. Indicações: • Infecções de pele e mucosas causadas por microrganismos sensíveis, sobretudo gram + (ex: piodermite, acne infectada, furúnculos, queimaduras infectadas) • Profilaxia de infecções decorrentes de ferimentos cortantes, queimaduras pouco extensas. FOSFOMICINA Mecanismo de ação: Inibe o estágio inicial da síntese do peptidoglicano. Amplo espectro, baixa toxicidade e 1⁄2 vida longa, posologia usual de 1 a 2 envelopes. Indicações: Tratamento de curta duração de infecções não complicadas das vias urinárias baixas, como cistite aguda e recidivante, uretrite não específica, bacteriúria na gravidez e infecção urinária pós-operatória. NITROFURANTOÍNA Além de inibirem a síntese na parede: geram intermediários reativos que inativam proteínas ribossomais e outras macromoléculas, inibindo síntese proteica e de ácidos nucleicos. Específico para infecções agudas e crônicas do trato urinário, principalmente por E. coli, Enterococcus faecalis e S. aureus. INIBIDORES DE MEMBRANA Aumentam a permeabilidade da membrana de fosfolipídios de células bacterianas, levando ao vazamento de conteúdos intracelulares. Daptomicina Bactericida concentração-dependente Espectro: gram-positivas Mecanismo de ação: despolarização da membrana celular, com efluxo de potássio → síntese de macromoléculas interrompida → morte Usos: • Infecções complicadas de pele e tecidos moles • Bacteremia por S. aureus • Tratamento de infecções causadas por microrganismos gram-positivos resistentes, incluindo os MRSAs e os enterococos resistentes à vancomicina (VREs). Efeitos colaterais: miopatia, neuropatia, anafilaxia, diarreia por C. difficile Polimixinas Fármacos: Polimixinas B e E (colistimetato) Mecanismo de ação: são detergentes catiônicos que rompem a membrana externa. Também inativam endotoxina. Espectro de ação: atividade bactericida seletiva e rápida em bacilos Gram-negativos, principalmente Pseudomonas e enterobactérias. Uso clínico: infecções do TU, TR, meninges e sangue (preferencialmente quando outros fármacos menos tóxicos são ineficazes ou contra-indicados); tratamento tópico em ouvido, olhos, pele e mucosas. Efeitos adversos: nefrotoxicidade, neurotoxicidade. VRSA ou GRSA (S. aureus vancomicina ou glicopeptídeo resistentes) Mecanismo de resistência relacionado ao espessamento da parede celular ou ao aprisionamento das drogas pela hiperprodução de componentes da parede. THAUANA LESSA 7 ANTIMETABÓLITOS Sulfas (sulfametoxazol, sulfadiazina), Trimetropima Os antimetabólicos possuem como mecanismo de ação o bloqueio seletivo de vias metabólicas bacterianas. Os derivados de ácido fólico são necessários para a síntese de nucleotídeos, síntese e maturação do DNA, ou seja, é essencial para a multiplicação celular. Diferente dos humanos, as bactérias precisam sintetizar seu próprio ácido fólico a partir do PABA. Esse processo proporciona bons alvos para fármacos, como as sulfonamidas e a trimetoprima. SULFONAMIDAS Mecanismo de ação: atuam sobre a primeira etapa da produção dos derivados do ácido fólico, por meio da competição com o ácido p-aminobenzoico (PABA) pela enzima di-hidropteroato sintetase (competem pelo sitio de ligação), impedindo a formação do ácido di-hidropteroico. É um mecanismo de competição reversível, ou seja, se você aumenta a disponibilidade de ácido p- aminobenzoico favorece a produção de folato. As bactérias utilizam a via do Folato para a produção de purinas (bases nitrogenadas) e a partir delas, a produção de DNA e RNA. Características: • Amplo espectro: alguns gram-positivos e gram- negativos, Chlamydia trachomatis, Toxaplasma gondii (protozoário), Pneumocystis jirovecii (fungo) • A atividade é insuficiente contra anaeróbios • P. aeruginosa apresenta resistência intrínseca (mecanismo de resistência natural) • Resistência em muitas cepas originalmente sensíveis! o Aumento da produção do PABA o Produção de enzimas com baixa afinidade o Redução da permeabilidade à sulfonamida Presença de pus → antagoniza efeito bacteriostático. Usos clínicos: • A associação sulfametoxazol-trimetoprima (cotrimoxazol), é preferencial para infecções como pneumonia por P. jirovecii, nocardiose e toxoplasmose. • Também pode ser utilizado nas seguintes infecções: o Otite média, sinusite e exacerbação aguda de bronquite crônica, como alternativa para pacientes alérgicos aos ß-lactâmicos o Infecções do trato urinário e renais (ex: cistite, pielonefrite) o Infecções gastrintestinais - diarreia do viajante, cólera, shigelose, febre tifoide e paratifoide Sulfadiazina de prata: tratamento de feridas infectadas. Efeitos adversos: • Anormalidades hematológicas: leucopenia, trombocitopenia, agranulocitose, anemia hemolítica e supressão da medula óssea • Reações cutâneas graves, como a dermatite esfoliativa, síndrome de Steven-Johnson e a necrólise epidérmica tóxica. • Cristalúria, com consequente insuficiência renal pode ocorrer em pacientes hipoalbuminêmicos. • Outras: Febre, cefaleia, nefrotoxicidade, flebite, vasculite, hipercalemia e anafilaxia. TRIMETROPRIM Mecanismo de ação: atua na última etapa da produção dos derivados do ácido fólico, que é a redução de ácido di-hidrofólico a ácido tetra-hidrofólico, por meio do bloqueio da enzima di-hidrofolato redutase. Bloqueio da multiplicação celular → Efeito bactristático. Inibição da di-hidropterotato sintetase → inibição da produção de folato → efeito bacteriostático. Sulfonamida + inibidor da di-hidrofolato redutase (trimetoprima ou pirimetamina) = sinergismo → reforça o efeito bacteriostático. THAUANA LESSA 8 INIBIDORES DA SÍNTESE DE DNA O metabolismo, a replicação e a transcrição do DNA e do RNA são, em muitos aspectos, similares aos dos seres humanos. Entretanto, a topoisomerase II bacteriana é diferente, sendo um bom alvo para fármacos como as fluoroquinolonas. Existem também inibidores específicos da RNA polimerase bacteriana (rifampicina). FLUORQUINOLONAS O principal alvo é a DNA girasse (topoisomerase II). As quinolonas: análogos fluorados do ácido nalidíxico. Ativas contra diversas bactérias Gram-negativas e Gram-positivas. Acumulam-se em vários tecidos, principalmente nos rins e pulmões. São bactericidas. Mecanismo de ação: Se ligam na topoisomerase II (DNA girase) – responsável pelo relaxamento do DNA superenovelado - ou na topoisomerase IV - responsável pela separação do DNA na célula filha → inibe replicação do DNA. Os principais antibióticos dessa classe são: 1ª geração: ácido nalidíxico, ácido pipemídico 2ª geração: norfloxacino, ciprofloxacino e ofloxacino 3ª geração: levofloxacino, gatifloxacino, moxifloxacino 4ª geração: gemifloxacino, trovafloxacino À medida que se avança na geração aumenta a sensibilidade para gram positivas. As quinolonas de 3ª geração são conhecidas como quinolonas respiratórias: boas opções de tratamento para infecções respiratórias altas e pneumonias adquiridas na comunidade (PAC) e pneumonia atípica. Usos Clínicos: • Com exceção do moxifloxacino (cujos níveis urinários são relativamente baixos) são efetivas no tratamento de infecções do trato urinário provocadas por muitos organismos. • Infecções de tecidos moles, ossos e articulações, bem como intra-abdominais, incluindo aquelas provocadas por organismos multirresistentes como Pseudomonas e Enterobacter. • Sinusite, otite, conjuntivite • Diarreia bacteriana causada por Shigella, Salmonella, E. coli. • As quinolonas respiratórias são boas opções de tratamento para infecções respiratórias e pneumonias adquiridas na comunidade. Assim como, para pneumonia atípica– atuam nas bactérias atípicas Chlamydia pneumoniae, Mycoplasma pneumoniae e espécies de Legionella Efeitos Colaterais: No geral, são bem toleradas Gastrintestinais: anorexia, náuseas, vômitos e desconforto abdominal. SNC: Cefaleia, tontura, insônia e alterações do humor. Alucinações, delírios e convulsões são raras (idosos) Convulsões: associação com teofilina ou AINEs Alergias e reações cutâneas: Reações fototóxica Anticácidos contendo alumínio ou magnésio (cátions) reduzem absorção das fluoroquinolonas quando administradas V.O THAUANA LESSA 9 Artropatia (reversível): Podem comprometer a cartilagem em crescimento → contra-indicado em pacientes menores de 18 anos. Prolongamento de QT (levofloxacino, moxifloxaxino, gemifloxacino) → deve-se evitar uso em pacientes tratados com antiarrítmicos ou outros fármacos que possam prolongar o intervalo QT (ex: tricíclicos) Contra-indicações: gravidez, lactação, insuficiência renal e hepática e em pacientes menores de 18 anos. RIFAMICINA Mecanismo de ação: liga-se e inibe a enzima RNApolimerase DNA dependente dos procariotos, sendo assim, inibe a síntese de RNA. Efeito bactericida. Usos clínicos: tratamento da tuberculose associada a outros antibióticos, quimioprofilaxia de meningite por N. meningitidis e H. influenzae e tratamento da osteomielite. INIBIDORES DA SÍNTESE PROTEICA Tetraciclinas, Aminoglicosídeos, Macrolídeos, Lincosaminas, Anfenicois, Oxazolidinonas. Os ribossomas bacterianos diferem estruturalmente dos ribossomas citoplasmáticos dos mamíferos e são compostos de subunidades 30S e 50S. Essa particularidade estrutural das bactérias é um alvo dos fármacos inibidores da síntese proteica e minimiza potenciais consequências adversas resultantes da interrupção da síntese proteica nas células do hospedeiro mamífero. TETRACICLINAS São Bacteriostáticos Amplo espectro: ativas contra muitas bactérias Gram- positivas e Gram-negativas, micoplasmas, clamídias e riquétsias Administradas por via oral (exceto tigeciclina) Disponíveis no Brasil: tetraciclina, minociclina, doxiciclina, limeciclina, oxitetraciclina e tigeciclina. Mecanismo de ação: Ligam-se reversivelmente à subunidade 30S do ribossomo bacteriano, em uma posição que bloqueia a ligação do aminoacil-tRNA ao local aceptor no complexo mRNA- ribossomo inibindo a síntese proteica. Farmacocinética: • Atravessam a placenta e também são excretadas no leite. • A doxiciclina e a tigeciclina são eliminadas por mecanismos não renais → não precisam de ajuste de dose na insuficiência renal. Em pacientes com comprometimento renal, prefere-se a doxiciclina ou tigeciclina. • A tigeciclina tem meia-vida de 36 horas e não são sensíveis a vários tipos de bomba de efluxo. FDA-2016: “Quinolonas podem estar associadas a eventos adversos sérios (injúrias em tendões, músculos, articulações, nervos e no sistema nervoso central) e este risco suplanta o benefício de seu uso em pacientes com sinusite aguda, exacerbação aguda de bronquite crônica e infecções urinárias não complicadas, onde outras opções terapêuticas, como os antibióticos betalactâmicos, estão disponíveis” Etapas da síntese proteica bacteriana e alvos de diversos antibióticos. As tetraciclinas (T) ligam-se à subunidade 30S e impedem a ligação da próxima unidade tRNA carregada. O cloranfenicol (C) e os macrolídeos (M) ligam-se à subunidade 50S e bloqueiam a formação da ligação peptídica. THAUANA LESSA 10 • A administração com produtos lácteos ou antiácidos com magnésio e alumínio ou suplementos com ferro diminuem a absorção, particularmente para a tetraciclina, devido à formação de quelatos não absorvíveis. • Fixam-se nos tecidos em calcificação (dentes e ossos). • Somente minociclina e doxiciclina alcançam níveis terapêuticos no líquido cerebrospinal (LCS). Usos Clínicos: • Clamídias (uretrite, endocervicites, conjuntivite) • Riquétsias (febre das montanhas, febre tifoide e do grupo tifoide) • Mycoplasma pneumoniae • Algumas espiroquetas Efeitos Colaterais: Náusea, vômitos e diarreia Se depositam nos ossos e dentes em crescimento, provocando manchas, hipoplasia dentária e deformidades ósseas. Alteram a microbiota normal → distúrbios funcionais intestinais, prurido anal, candidíase (vaginal ou oral) ou colite associada ao Clostridioides difficile. Contra-indicação: em mulheres grávidas, lactantes e crianças. Doxiciclina Infecções respiratórias (micoplasma, H. Influenza, Klebsiella), infecções urinárias (Klebsiella, E. Coli Moraxella), infecções de tecidos moles, infecções por clamídias e riquétsias, diarreia do viajante Tigeciclina Opção terapêutica para MRSA ou ORSA (S. aureus meticilina ou oxacilina resistentes), uso em infecções complicadas de tecidos moles e intra-abdominais, sepse e pneumonia adquirida na comunidade. AMINOGLICOSÍDEOS Estreptomicina, Neomicina, Tobramicina, Gentamicina e Amicacina. São bactericidas Maior efeito em bactérias aeróbias Gram-negativas Em infecções graves, geralmente podem ser usados em combinação β-lactâmicos ou vancomicina. Mecanismo de ação: Fixam-se na subunidade ribossomal 30S, onde interferem com a montagem do aparelho ribossomal funcional e/ou causam a leitura incorreta do código genético pela subunidade 30S do ribossoma completo, inibindo a síntese proteica e/ou produzindo proteínas defeituosas. Efeito concentração-dependente: O efeito bactericida depende da concentração máxima (Cmáx) do fármaco acima da concentração inibitória mínima (CIM) do microrganismo. Efeito pós-antibiótico (EPA) significativo: supressão bacteriana continuada após a concentração do antimicrobiano cair abaixo da CIM. Quanto maior a dosagem, mais longo o EPA. Devido a essas propriedades, o aumento do intervalo entre dosagens (uma dose alta única é administrada por dia) é usado com mais frequência do que dosagens diárias divididas. Isso diminui o risco de nefropatia e aumenta a adesão ao tratamento. Espectro antibacteriano: São eficazes contra a maioria dos bacilos aeróbicos gram-negativos, incluindo Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae e Enterobacter sp. Sinergismo com betalactâmicos ou glicopeptídeos. Usos Clínicos: • Estreptomicina: IM (tuberculose, brucelose) • Neomicina: uso tópico na pele e mucosas (ex: lesões ulcerativas, queimaduras, feridas) • Tobramicina: inalatória e ocular (Pseudomonas na FC) e ocular • Gentamicina: uso tópico e injetáve Uso parenteral: Gentamicina e Amicacina • Uso em infecções graves contra Gram-negativos aeróbios (P. aeruginosa, Klebsiella spp., Acinetobacter spp., Enterobacter spp., E. Coli, Proteus sp. Serratia spp.) • Ativos contra S. aureus Os antimicrobianos que interrompem a síntese proteica em geral são bacteriostáticos; os aminoglicosídeos são os únicos a atuar como bactericidas. THAUANA LESSA 11 • Associação com betalactâmicos ou vancomicina • Amicacina: é resistente a muitas enzimas que inativam outros aminoglicosídeos. Efeitos Colaterais: ototóxicos e nefrotóxicos o É mais provável ocorrer quando a terapia continua por mais de 5 dias, em doses altas, nos idosos e no quadro de insuficiência renal. o O uso concomitante com diuréticos de alça ou outros agentes antimicrobianos nefrotóxicos (ex: vancomicina ou anfotericina) pode potencializar a nefrotoxicidade. • Uma reação rara, porém grave, é bloqueio neuromuscular e apneia (reversível). MACROLÍDEOS Eritromicina, Claritromicina, Azitromicina São bacteriostáticos ou bactericidas (dosagem mais elevada). Mecanismo de ação: inibem a síntese de proteínas através de sua ligação às subunidades ribossômicas 50S de microrganismos sensíveis. Ligam-se irreversivelmente a umlocal na subunidade 50S do ribossomo bacteriano, inibindo, assim, etapas de translocação na síntese de proteínas. Espectro de ação e usos Clínicos: Eritromicina Ativa principalmente em bactérias gram-positivas (sobretudo pneumococos, estreptococos, estafilococos, corinebactérias), clamídias, micoplasma e treponema. Amplamente utilizada nas infecções por corinebactérias (difteria, sepse por corinebactéria) Inativa contra enterobactérias e Pseudomonas spp Pode ser usada em pacientes alérgicos à benzilpenicilina. Claritromicina Altamente ativa contra a maioria dos estreptococos e estafilococos; ativa contra H. influenza e M. catarrhalis Útil na erradicação de H. pylori Menor incidência de intolerância gastrintestinal e administração menos frequente, em relação a eritromicina. Azitromicina Espectro ampliado: maior atividade contra gram negativas, sobretudo H. influenzae Bastante ativa contra espécies de Chlamydia. O fármaco é liberado lentamente dos tecidos (meia- vida tecidual de 2 a 4 dias) = permitem a administração de dose única diária. A pneumonia adquirida na comunidade pode ser tratada com azitromicina administrada como uma dose de ataque de 500 mg, seguida por uma dose única diária de 250mg nos quatro dias seguintes. Não inibe CYP hepáticas Efeitos Colaterais: • Mais comuns: cólicas abdominais, náuseas, vômitos e diarreia (em até 1/3 dos pacientes). • Hepatite colestática (menos comum com azitromicina e claritromicina) • Prolongamento do intervalo QT, em razão do efeito sobre os canais de potássio. • O prolongamento do intervalo QT pode causar arritmia tipo torsades de pointes. (Cuidado: pacientes com bradicardia, arritmias, IC, distúrbios eletrolíticos, uso de fármacos que prolongam o intervalo QT, idosos). LINCOSAMINAS Modificações químicas produziram a Clindamicina → potência bacteriana aumentada e melhor absorção oral. Mecanismo de ação: atuam da mesma forma que os macrolídeos Bacteriostáticos ou bactericidas Usos Clínicos: • Vias: oral, parenteral e tópica • É ativa em aeróbios gram-positivos (estafilococos, estreptococos e pneumococos) • Ativa em Bacteroides spp. e outras bactérias anaeróbias (útil no tratamento de abcessos) MACROLÍDEOS – Primeira escolha no tratamento de pneumonias por bactérias atípicas (Mycoplasma pneumoniae, Legionella pneumophila, Chlamydia spp.) Como alternativa terapêutica em pacientes alérgicos à penicilina, nas seguintes infecções estreptocócicas: • Infecções do trato respiratório por estreptococos do grupo A • Pneumonia por S. pneumoniae • Infecções superficiais de pele (Streptococcus pyogenes) • Profilaxia de febre reumática (faringite estreptocócica) THAUANA LESSA 12 • Aeróbios gram-negativos e enterococos são resistentes. Efeitos Colaterais: • Comuns: são diarreia, náuseas e exantema cutâneo. • Por vezes ocorre comprometimento da função hepática (com ou sem icterícia) e neutropenia • Fator de risco de diarreia e colite pseudomembranosa causada por C. difficile CLORANFENICOL Amplo espectro: ativo contra organismos gram- positivos e gram-negativos aeróbios e anaeróbios, riquétsias e clamídeas Mecanismo de ação: semelhante os macrolídeos O uso sistêmico deve ser reservado à infecções graves nas quais outros antibióticos menos tóxicos são ineficazes ou contra-indicados. Usos Clínicos: • Infecções causadas por H. influenzae resistente a outros fármacos • Meningites (por estreptococos ou meningococos) em pacientes nos quais a penicilina não pode ser utilizada • Abcessos cerebrais por bacteroides • Febre tifoide e salmoneloses invasivas • Uso ocular: seguro e eficaz nas conjuntivites bacterianas. Efeitos adversos: Alterações hematológicas: depressão medula óssea (reversível) e anemia aplásica (idiossincrática, irreversível, rara); Síndrome do bebê cinzento: palidez cianótica e colapso vasomotor, frequentemente acompanhado de respiração irregular e morte. OXAZOLIDINONAS Mecanismo de ação: inibidor da síntese proteica. Bacteriostática, mas com ação bactericida contra estreptococos. Espectro: grande variedade de bactérias gram- positivas, incluindo MRSA, S. pneumoniae resistente à penicilina e enterococos resistentes à vancomicina ‣ Atividade limitada contra gram-negativos. Alto custo Usos Clínicos: Deve ser utilizada em infecções graves por patógenos multirresistentes. Efeitos adversos: Principal toxicidade é hematológica; os efeitos são reversíveis e geralmente leves. A trombocitopenia é a manifestação mais comum. DICA! Antes de prescrever um antibiótico, o médico deve responder às seguintes perguntas: 1. É indicado o uso de antibiótico? 2. Foi obtido material para exame laboratorial e cultura? 3. Quais são as bactérias mais prováveis no caso em questão? 4. Se houver diversos antibióticos disponíveis, qual o melhor? 5. A associação de antibióticos é adequada? 6. Quais são os importantes fatores referentes ao paciente? 7. Qual a melhor via para administração do antibiótico? 8. Qual a dose apropriada? 9. O tratamento inicial precisa ser modificado, após o conhecimento dos resultados da cultura? 10. Qual a duração do tratamento, e há possibilidade de aparecimento de resistência durante tratamento prolongado? THAUANA LESSA 13
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