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RESUMO - CADERNO DE ATENÇÃO PRIMÁRIA – RASTREAMENTO: DICIPLINA: PROGRAMA DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE Critérios para um programa de rastreamento – orientações do Ministério da Saúde: 1. A doença deve representar um importante problema de saúde pública que seja relevante para a população, levando em consideração os conceitos de magnitude, transcendência e vulnerabilidade; 2. A história natural da doença ou do problema clínico deve ser bem conhecida; 3. Deve existir estágio pré-clínico (assintomático) bem definido, durante o qual a doença possa ser diagnosticada; 4. O benefício da detecção e do tratamento precoce com o rastreamento deve ser maior do que se a condição fosse tratada no momento habitual de diagnóstico; 5. Os exames que detectam a condição clínica no estágio assintomático devem estar disponíveis, aceitáveis e confiáveis; 6. O custo do rastreamento e tratamento de uma condição clínica deve ser razoável e compatível com o orçamento destinado ao sistema de saúde como um todo; 7. O rastreamento deve ser um processo contínuo e sistemático. Tipos de câncer mais incidentes no Brasil estimados para 2020. Fonte: INCA, 2021: COMPORTAMENTOS E HÁBITOS PARA PREVENÇÃO DO CÂNCER: Não fumar - prevenir o câncer, principalmente os de pulmão, cavidade oral, laringe, faringe e esôfago. Alimentação saudável – preferir alimentos minimamente processados. Manter o peso corporal adequado. Atividade física . Amamentação - O aleitamento materno é a primeira ação de alimentação saudável. A amamentação até os dois anos ou mais, sendo exclusiva até os seis meses de vida da criança, protege as mães contra o câncer de mama e as crianças contra a obesidade infantil. A partir de seis meses da criança, deve- se complementar a amamentação conforme a dica sobre Alimentação saudável e proteção contra o câncer. Mulheres entre 25 e 64 anos devem fazer o exame preventivo do câncer do colo do útero a cada três anos. Vacine contra o HPV as meninas de 9 a 14 anos e os meninos de 11 a 14 anos. Vacine contra a hepatite B- prevenção do câncer de fígado Redução da ingesta de álcool. Evite comer carnes processadas – conservantes e processados aumentam a chance de surgir câncer colorretal – o sal aumenta as chances de desenvolver câncer de estomago. Evite a exposição ao sol entre 10h e 16h, e use sempre proteção adequada, como chapéu, barraca e protetor solar, inclusive nos lábios. Evite exposição a agentes cancerígenos no trabalho - a elaboração de planos para evitar o adoecimento dos trabalhadores. Também é fundamental a implementação de leis que obriguem e fiscalizem a substituição dos agentes causadores câncer no trabalho por outros mais saudáveis, quando já houver esta alternativa. DETECÇÃO PRECOCE DE CÂNCER: Sinais de alerta: RASTREAMENTO DE CÂNCER DE COLO DO ÚTERO: Recomenda-se fortemente o rastreamento de câncer do colo do útero de mulheres sexualmente ativas e que tenham cérvice. – Grau de recomendação A É feito em mulheres com idade entre 25 a 64 anos a cada 3 anos após dois exames normais anuais consecutivos. Recomenda-se contra (não fazer) o rastreamento de rotina de câncer de colo de útero em mulheres maiores de 65 anos que tiveram um rastreamento com Papanicolau normal e que não fazem parte de grupo de alto risco para esse câncer. Grau de recomendação D. Recomenda-se contra (não fazer) o rastreamento de câncer do colo do útero em mulheres que realizaram histerectomia total. Grau de recomendação D. RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA: Recomenda-se o rastreamento de câncer de mama bianual por meio de mamografia para mulheres entre 50 a 74 anos. Grau de recomendação B. A decisão de começar o rastreamento bianual com mamografia antes dos 50 anos deve ser uma decisão individualizada, levando em consideração o contexto da paciente, os benefícios e os malefícios. Grau de recomendação C. RASTREAMENTO DO CÂNCER DE CÓLON E RETO: Recomenda-se o rastreamento para o câncer de colón e reto usando pesquisa de sangue oculto nas fezes, colonoscopia ou sigmoidoscopia, em adultos entre 50 e 75 anos. Os riscos e os benefícios variam conforme o exame de rastreamento. Grau de recomendação A. Recomenda-se contra (não fazer) o rastreamento de rotina para o câncer de cólon e reto em adutos entre 75 e 85 anos. Pode haver considerações que suportem o rastreamento desse câncer individualmente. Grau de recomendação C. Recomenda-se contra (não fazer) o rastreamento de câncer de cólon e reto em pacientes de 85 anos ou mais. Grau de recomendação D. RASTREAÇÃO DO CÂNCER DE PRÓSTATA: O nível de evidência ainda é insuficiente para tecer recomendações a favor ou contra a adoção do rastreamento para o câncer de próstata em homens assintomáticos com idade inferior a 75 anos. Não há evidências que essa prática seja eficaz, ou as evidências são pobres e conflitantes e a relação custo-benefício não pode ser determinada. Grau de recomendação I. Recomenda-se a não adoção do rastreamento de câncer de próstata em homens assintomáticos com idade superior a 75 anos, uma vez que existe nível adequado de evidência mostrando que essa estratégia é ineficaz e que os danos superam os benefícios. Grau de recomendação D. RECOMENDAÇÃO DE CÂNCER DE PELE: As evidências ainda são insuficientes para se avaliar os benefícios e malefícios para a recomendação do exame de toda a pele do corpo por um médico de atenção primária ou pela própria pessoa, a fim do diagnóstico precoce de melanoma, câncer espinocelular e basocelular na população geral. Grau de recomendação I. RASTERAMENTO DE CÂNCER DE BOCA: As evidências ainda são insuficientes para a recomendação contra ou a favor do exame rotineiro de adultos parar o câncer de boca. Grau de recomendação I. Referências: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de Atenção Primária n. 29. Rastreamento. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_primaria_2 9_rastreamento.pdf. Acesso em: 09 jun. 2021. Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer - INCA. Como prevenir o Câncer. Disponível em: https://www.inca.gov.br/causas-e- prevencao/como-prevenir-o-cancer. Acesso em: 09 jun. 2021.