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Glayce Kelly Gabrielle Cupertino Luis Henrique Maria Eduarda Fontes Natália Araújo Ryze Menezes MANUSEIO INADEQUADO DO LIXO HOSPITALAR Salvador-BA 2021 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO......................................................................................................01 2. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO...................................................................02 3.JUSTIFICATIVA...................................................................................................04 4. PÚBLICO-ALVO..................................................................................................05 5. PROBLEMA...........................................................................................................06 6. OBJETIVOS...........................................................................................................07 GERAL.......................................................................................................................07 ESPECÍFICOS...........................................................................................................07 7. MATERIAL E MÉTODOS.................................................................................08 8. RESULTADOS ESPERADOS............................................................................09 9.CRONOGRAMA...................................................................................................10 10.ORÇAMENTO.....................................................................................................11 11.REFERÊNCIAS....................................................................................................12 1. INTRODUÇÃO O manuseio inadequado do lixo hospitalar é uma problemática extremamente importante e necessária a ser discutida e que ficou claro na situação exposta, com isso, o projeto traz à tona os riscos desse descaso com o material descartado e o quanto é perigoso para a saúde da população. Identificando os responsáveis por esse descarte e todo o ciclo que deve ser feito, o projeto se estrutura para qualificar de forma teórica e pratica os profissionais por meio das legislações sanitárias existentes, pelos caminhos nelas traçados, colocando o profissional responsável em posição, nesse caso um nutricionista, de ajustar e fiscalizar as ações dos funcionários responsáveis e garantir o sucesso do projeto. 01 2. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO O correto manuseio do lixo hospitalar é algo necessário para a saúde de todos envolvidos no processo. Eles apresentam riscos aos profissionais de saúde, de limpeza e higiene, pacientes e acompanhantes. Segundo Valadares (2009), em hospitais os resíduos hospitalares contribuem para o aumento dos riscos aos pacientes, incluindo a infecção hospitalar e pode ser ocasionada pela ausência de higiene e falta de conhecimento das técnicas adequadas de manipulação ou ausência dos equipamentos necessários. Para isso, foram desenvolvidas resoluções e legislações para padronizar e minimizar acidentes. O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), através da Resolução n° 283 de 2001, dita procedimentos e ações preventivas com o objetivo de minimizar o perigo produzido pelo lixo hospitalar. Ela estabelece que qualquer unidade que execute atividades de natureza médico-assistencial humana ou animal terá que cumprir procedimentos operacionais para o gerenciamento dos resíduos produzidos na instituição. A responsabilidade do gerenciamento fica a cargo do responsável legal pela instituição, podendo ser o próprio estabelecimento ou empresa terceirizada contratada, que responde desde a geração do lixo até sua disposição final, atendendo aos requisitos de saúde pública e ambiental. A RDC n° 33/2003 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabelece que o todo gerador de resíduos deve elaborar o Programa para o Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), abordando procedimentos para o correto manejo do lixo hospitalar para prevenir e reduzir riscos considerando os princípios da biossegurança. O manejo envolve as etapas de segregação, acondicionamento, identificação, transporte, armazenamento, tratamento e disposição final. A segregação e acondicionamento consiste em separar adequadamente de acordo com as características, químicas, físicas e biológicas, embalando corretamente em sacos e/ou recipientes impermeáveis, resistindo à vazamentos, ruptura e punctura. A identificação fornece informações para reconhecer o conteúdo dos resíduos. O transporte interno consiste na transição do lixo para o local de armazenamento temporário. Ele deve ser realizado em sentido único com rota definida que não cruze com horários de maior fluxo de pessoas, funcionários ou alimentos. O armazenamento temporário ocorre quando os resíduos estão localizados próximo aos pontos de geração, para agilizar a coleta. O tratamento é a aplicação de método, 02 processo ou técnica que modifique as características biológicas ou a composição dos RSS, levando à redução ou eliminação do risco de causar patogêneses. Pode ser feito no próprio ou em outro estabelecimento, obedecendo as legislações. O armazenamento externo consiste na disposição dos resíduos em área externa ao local gerador, aguardando a coleta. A coleta e o transporte externo consistem na remoção dos RSS até a unidade de tratamento ou à destinação final por meio de veículos coletores, usando técnicas que garantam a integridade física dos funcionários, do cidadão e do meio ambiente, estando de acordo com os órgãos de limpeza urbana. Quando chega na destinação final, os RSS são dispostos em solo previamente preparado para recebê-los, licenciado em órgão ambiental responsável e obedecendo os critérios determinados. Os RSS podem ser classificados nos seguintes grupos: A (potencialmente infectantes); B (químicos); C (radioativos); D (resíduos comuns) e E (perfuro cortantes). Todos eles devem seguir as regras de descarte apresentadas anteriormente. . 03 3. JUSTIFICATIVA O conhecimento dos problemas rotineiros no ambiente de trabalho, despertou a necessidade de elaborar procedimentos que trouxessem resultados concretos e satisfatórios para trabalhos repetidos e contínuos, de forma segura e previamente determinada, que contribuísse diretamente para a dinâmica funcional da equipe e para a redução de custos extras no setor operacional. Consegue imaginar um ambiente onde se descartam de forma aleatória e sem programação, resíduos de diferentes níveis de contaminação? Qual o melhor horário e local para isso? Como funcionaria uma equipe, onde o lixo deve ser descartado, mas, que nenhum colaborador é diretamente responsável pela função? De certa forma, um esperaria ou pelo outro enquanto o lixo iria se acumular por dias. As perguntas são inúmeras e analisando assim, é visível o alto índice de risco e problemas que essa livre demanda oferece. Diante disso, a importância da implementação do Procedimento Operacional Padrão (POP) para padronizar, realizar e acompanhar determinados processos no ambiente profissional; pois a praticidade que essa normatização trás, contribui de forma direta para o sucesso da equipe e pode abranger fluxogramas, checklists e instruções de passo a passo, com a descrição de diversos procedimentos detalhados para a execução no dia a dia e redução de custos final; proporciona segurança, diminui o risco de acidentes e aumenta a confiança do funcionário na execução da tarefa, já quetais procedimentos são palestrados em treinamentos, para o conhecimento e acesso geral da equipe. Esses padrões instituídos pelo POP, minimizam e ou eliminam erros oriundos desse desvio de sequência. Para que o Procedimento Operacional Padrão (POP) seja eficiente, deve ser revisado periodicamente para se adequar a realidade e necessidade do local onde está implementado; Assim como os processos nele estruturados, devem ser seguidos com disciplina e igualdade de atuação. Entre muitos pontos positivos com a implementação do POP no ambiente de trabalho, vale destacar que em situações de emergências ou na ausência de um funcionário, a substituição desse colaborador não irá afetar de forma significativa a estrutura da equipe, pois o Procedimento Operacional Padrão traz a facilidade e dinâmica no treinamento e traz o passo a passo para diversos procedimentos. 04 4. PÚBLICO-ALVO O local escolhido para aplicação do projeto de intervenção foi o ambiente hospitalar, focando no manuseio inadequado do lixo hospitalar. 05 5. PROBLEMA Após a analise do que estava ocorrendo pelo hospital o problema escolhido para ser aplicado o projeto de intervenção foi o Manuseio inadequado do lixo hospitalar, em decorrência de responsável pelo manuseio do lixo não estava utilizando o meio de transporte adequado, sem os equipamentos necessários e no horário inadequado para a realização desta atividade. Visto que quando ocorre o descarte incorreto, toda a população fica exposta a possíveis contaminações, o que pode acarretar na transmissão diversas doenças, além dos danos que esses resíduos podem causar ao meio ambiente, solo ou água. O maior risco apresentado é o mau descarte do lixo infectante, que possui a presença de tecidos, sangue, secreção, órgãos, além do material que necessita ficar em área de isolamento. 06 6. OBJETIVOS GERAL - Proporcionar uma qualificação dos profissionais de saúde, com o intuito de promover integridade humana e ambiental, através do descarte adequado do lixo hospitalar envolvendo as etapas de segregação, acondicionamento, identificação, transporte, e armazenamento. ESPECÍFICOS - Promoção de palestras com uma equipe multidisciplinar, e para toda equipe hospitalar, incluindo os gestores. Visando a conscientização sobre como o descarte inadequado do lixo hospitalar pode gerar de riscos para população e para o meio ambiente. - Elaboração do POP para que as atividades e operações relacionadas ao manuseio do lixo seja efetivada com eficiência, qualidade e com o objetivo da padronização das etapas de realização e minimização das ocorrências de desvios e mau manuseio do lixo na execução desta atividade. - Treinamento de capacitação profissional utilizando tecnologias e plataformas que auxiliem neste processo por conteúdo online, gamification, sistemas de avaliação e certificação, dentre outras para toda equipe hospitalar, afim de qualificar todo um time de forma contínua, e com qualidade. 07 7. MATERIAL E MÉTODOS A primeira etapa do projeto de intervenção é a contratação de um nutricionista especializado no Controle higiênico sanitário e na elaboração de POPs, decorrente disso ele ira ate o hospital para realizar a analise dos erros que estão sendo cometidos pela equipe responsável pelo manuseio do lixo. Após a analise das atividades realizadas a segunda etapa será a criação de um POP (procedimento operacional padrão), para que as atividades e operações relacionadas ao manuseio do lixo seja efetivada com eficiência, qualidade e eficácia, com o objetivo da padronização das etapas de realização e minimização das ocorrências de desvios e mau manuseio do lixo na execução desta atividade. O POP deve conter: o local de aplicação, siglas para melhor entendimento (se houver), objetivo da elaboração do POP, descrição das etapas da tarefa e de seus realizadores e responsáveis, fluxograma (descrição de forma gráfica dos passos e etapas sequenciais do fluxo de trabalho) e o gestor (quem elaborou). Em seguida, o nutricionista irá apresentar o POP para o responsável e a equipe destinada a realização desta tarefa tirando duvidas que surgirem e explicando de forma teórica os procedimentos, após sanar todas as duvidas ele irá partir para o treinamento pratico sendo mostrada de forma lúdica as etapas de realização da atividade. Depois de um determinado período do POP sendo aplicado o nutricionista responsável retornara ao hospital para analisar se a equipe está realizando os procedimentos da maneira que foi ilustrada nos treinamentos. Diante do treinamento e conhecimento de todas as etapas e formas que elas devem ser realizadas, os profissionais que não estiverem seguindo o funcionário podem ser chamados atenção e receber advertência por escrito ou outro método que a empresa tenha de avisar que ele fez ou deixou de fazer algo vital para o trabalho. Também serão realizadas palestras com uma equipe multidisciplinar, para toda equipe hospitalar, visando a conscientização do que o descarte inadequado do lixo hospitalar pode gerar para população e para o meio ambiente. 08 8. RESULTADOS ESPERADOS Com a aplicação dos projetos de intervenção se espera que ocorra uma melhora significativa a respeito do manuseio e descarte correto do lixo hospitalar, garantindo a minimização dos riscos trazidos ao meio ambiente, a população e aos próprios trabalhadores. Visto que, com o manuseio correto do lixo hospitalar se diminui o risco de possíveis infecções e poluição ambiental. 09 9. CRONOGRAMA AÇÕES Período/ data Criação do projeto 12/09 Escolha do ambiente, problema e colaborador no game pisc 14/09 Revisão bibliográfica 14/09 Elaboração da parte teórica do projeto e da parte pratica, discussão dos objetivos e expectativas do resultado da implantação do projeto de intervenção 15/09 a 18/09 Revisão do projeto 19/09 Implantação do treinamento e do pop elaborado pelo nutricionista responsável pela equipe 19/10 a 29/10 Palestras com os diferentes profissionais de diversas aéreas para a conscientização da importância do descarte correto do lixo hospitalar 29/10 a 05/11 10 10. ORÇAMENTO POP R$ 3000,00 Palestra por profissional R$ 250,00 11 11. REFERÊNCIAS Referências bibliográficas VALADARES, C. M. Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde: estudo em hospitais da região de inconfidentes: MG. 2009. 147 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem Ambiental) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2009. ANDRÉ, S. C. S.; SANTOS, A. P. M.; VEIGA, T. B.; MENDES, A. A.; TAKAYANAGUI, A. M. M. Resíduos hospitalares: riscos à saúde pública e ao ambiente. XIII Safety, Health and Environment World Congress p.389-392, Porto, Portugal, 2013. CAFURE, V. A.; PATRIARCHA-GRACIOLLI, S. R. Os resíduos de serviço de saúde e seus impactos ambientais: uma revisão bibliográfica. Interações, v. 16, n. 2, p. 301-314, Campo Grande, 2015. BOWORY, I. Resíduo hospitalar: o lado sombrio da assistência médica, Setembro de 2020. Disponível em: <http://doi.org/10.1590/S0104-59702020000300012>. Acesso em: 21 de outubro de 2021. MOURA, A. S.; AGUIAR, G. Manejo do lixo em hospitais públicos e particulares de Fortaleza-CE. Infarma, v.17, n. 3/4, p. 68-71, Fortaleza, 2005. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Resolução RDC n. 33, de 25 de fevereiro de 2003. Diário Oficial daUnião, 05 de março de 2003. Disponível em: <http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucao_sanitaria/33.pdf>. Acesso em: 21 de outubro de 2021. BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA. Resolução n. 283 de 12 de julho de 2001. Diário Oficial da União, 01 de outubro de 2001. Disponível em: <http://legisweb.com.br/legislacao/?id=97496>. Acesso em: 21 de outubro de 2021. RDC-N°-216-ANVISA-Agência-Nacional-de-Vigilância-Sanitária.pdf - Acesso em 01/112021 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2004/res0216_15_09_2004.html - Acesso em 01/11/2021 12 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2004/res0216_15_09_2004.html Oliveira, Djalma de Pinho Rebouças de – Sistemas, organização e métodos: uma abordagem gerencial. São Paulo: Atlas, 2001. COUTINHO, Thiago. Conheça o POP: Procedimento Operacional Padrão. Voito, set. 2020. Disponível em: https://www.voitto.com.br. Acesso em: 02/11/2021 13 https://www.voitto.com.br/
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