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1. Entender os fatores de risco da queda no idoso, epidemiologia, consequências e como evitá-los.
Definição
A queda pode ser definida como um evento descrito pela vítima ou uma testemunha, em que a pessoa inadvertidamente vai ter ao solo ou outro local em nível mais baixo que o anteriormente ocupado, com ou sem perda de consciência ou lesão (Rubenstein, Robins (et al., 1990). Tipos diferentes de quedas têm fatores de risco específicos, tornando necessária uma determinação cuidadosa de suas circunstâncias, tanto para a avaliação clínica quanto para a pesquisa epidemiológica.
Nos estudos de incidência são consideradas quedas quando estas são não intencionais e resultam em contato com o solo, e não somente cair de costas em um assento, por exemplo. Os fatores de risco e medidas preventivas associados a quedas em pessoas mais velhas, porém ativas e saudáveis, que caem porque participam de atividades vigorosas e arriscadas diferem dos indivíduos mais frágeis que caem por instabilidade. Segundo Campbell (1996), os diferentes tipos de quedas podem ser distinguidos pelos seguintes métodos:
• Determinação da contribuição externa à queda, avaliando-se se a contribuição teria sido suficiente para derrubar alguém saudável e mais jovem
• Investigação somente daqueles indivíduos que sofreram duas ou mais quedas
• Classificação da intensidade de movimento no momento da queda.
Fatores de risco
É possível encontrar estudos de associação de qualquer fator a quedas e, provavelmente, quase o mesmo número não demonstrando associação alguma (Downton, 1998). Parece mais provável que combinações de fatores sejam mais importantes que causas únicas. Outros elementos, como idade e função cognitiva, são interdependentes, só se obtendo indicação de relação causal mediante análise multivariada. Os estudos indicam um aumento do risco de quedas com oaumento da idade, e a maior parte um risco maior em mulheres (Downton, 1998; Perracini e Ramos, 2002; Reyes-Ortiz (etal., 2005). 
Em estudo brasileiro recente, as chances de queda recorrente aumentaram entre mulheres, viúvos, solteiros ou desquitados, nos indivíduos com história prévia de fratura, com grau de comprometimento nas atividades de vida diária e entre os que não referiam a leitura como atividade de lazer (Perracini e Ramos, 2002). A presença de patologias múltiplas também aumenta o risco de quedas. Fatores psicológicos podem aumentar o risco individual, como comprometimento cognitivo, depressão e/ou ansiedade. 
A maior parte das quedas ocorre em períodos de atividade máxima no dia, e somente 20% ocorrem à noite. Nos meses de inverno e dias mais frios há um aumento da incidência de quedas e fraturas em mulheres. Aproximadamente 65% das mulheres e 44% dos homens caem dentro de casa, e 25% dos homens e 11% das mulheres no jardim de suas residências(Campbell, 1996). As quedas ocorrem nos cômodos mais utilizados – quarto, cozinha e sala de jantar. 
Observações 
Os fatores intrínsecos ou extrínsecos iniciam o evento da queda. Outros determinam se ocorrerá uma lesão posterior. 
Esses incluem a área de impacto durante a queda, a presença de respostas protetoras que interrompem a queda e a massa óssea. As quedas com impacto direto no pulso ou na pelve resultam mais facilmente em fraturas. Aqueles que caem de alturas menores que a do próprio corpo ou são capazes de se segurar em um objeto para diminuir a energia de impacto são menos propensos a fraturas. 
Pessoas com um índice de massa corporal baixo (menor que 19 kg/m2) têm mais risco de fraturas do colo femoral após uma queda. Uma diminuição de um desvio padrão na densidade mineral óssea representa um risco relativo de fratura de 2,7 (King, 1997). 
Fatores intrínsecos 
Nas quedas não sincopais, o risco de cair está relacionado com uma quantidade de fatores intrínsecos à vítima e a fatores extrínsecos no momento da queda. Os fatores intrínsecos estáveis que aumentam o risco de quedas estão relacionados com doenças crônicas ou a mudanças associadas à idade. Um modo de categorizar os fatores intrínsecos envolvidos na perda do equilíbrio é se encontrar o contribuinte principal pela perda do controle postural, como diminuição dos sinais sensoriais (visão, propriocepção ou sistema vestibular), diminuição do processamento do SNC (p. ex., demência) ou diminuição da resposta motora (p. ex., miastenia,osteoartrite). Outros fatores intrínsecos de risco variam com o tempo ou podem estar presentes temporariamente, como doença aguda ou mudanças nas medicações. 
Fatores extrínsecos 
Os fatores extrínsecos que perturbam o equilíbrio incluem riscos ambientais, riscos nas atividades diárias e, em indivíduos mais frágeis, movimentos como se virar, inclinar-se ou se esticar para alcançar um objeto. A maior parte das quedas ocorre durante atividades rotineiras no domicílio, incluindo caminhar, subir ou descer escadas. Os riscos ambientais estão presentes em até metade das quedas não sincopais (Campbell, 1996), predominando, todavia, em apenas um terço delas (Downton, 1998). A proporção é menor entre os muito velhos. Esses riscos incluem circunstâncias em que o estímulo sensorial está diminuído, como em ambientes de baixa iluminação ou brilho excessivo. Outros riscos incluem distúrbios potenciais à resposta de equilíbrio por deslocamento rápido do CdM, como um escorregão em um tapete solto ou chão encerado. Pessoas mais velhas com diminuição da mobilidade do controle postural podem considerar que atividades de vida diária (transferência de uma cama para uma cadeira ou se inclinar) sejam suficientemente desestabilizadoras para causar uma queda
Fatores associados ao envelhecimento
Um dos fatores associados ao envelhecimento que pode predispor o indivíduo a quedas é a tendência à lentidão dos mecanismos de integração central, importantes para os reflexos posturais. O envelhecimento parece reduzir a capacidade de processamento e a habilidade de dividir a atenção. Se a concentração for distraída por outra tarefa cognitiva, há recuperação mais lenta de uma perturbação postural. 
Doenças específicas 
· Epilepsia: a epilepsia aumenta sua prevalência com a idade e se associa, muitas vezes, à perda de consciência. O diagnóstico pode ser difícil sem a presença de uma testemunha
· Doença de Parkinson: a doença de Parkinson, por seus distúrbios de marcha, postura e equilíbrio, é reconhecidamente uma causa potencial de quedas.
· Miopatias e neuropatías periféricas: os distúrbios motores dessa ordem que afetam principalmente os membros inferiores têm sido demonstrados como fatores de risco para quedas. As neuropatias sensoriais podem contribuir para quedas por distúrbios na informação sensorial postural. 
· Síncope cardiogênica: as arritmias cardíacas mostraram, em alguns estudos, estar associadas a aumento de risco de quedas, lesões e fraturas (Downton, 1998) Entretanto, há evidências importantes em contrário e, pela alta prevalência de arritmias em pacientes mais velhos, torna-se muitas vezes difícil e, por vezes, pouco eficiente estabelecer essa correlação. Muitas pessoas mais velhas apresentam alguma arritmia, e seu simples diagnóstico não estabelece obrigatoriamente uma relação causa/efeito. Trabalhos recentes sugerem que um número significativo de pacientes que sofre quedas pode ter arritmias precipitadas por hipersensibilidade do seio carotídeo (Downton, 1998).
· Espondilose cervical: há duas maneiras pelas quais essa patologia pode precipitar quedas. Em primeiro lugar, uma diminuição do estímulo proprioceptivo dos mecanorreceptores da medula espinal pode provocar sensações de tonturas leves e desequilíbrio em pacientes mais velhos. Também, a mielopatia cervical que pode decorrer da espondilose está associada à espasticidade dos membros inferiores (Downton, 1998). 
· Hidrocefalia de pressão normal ou normobárica: essa patologia se caracteriza por distúrbio da marcha com BdS larga e pequenos passos, incontinência urinária e demência. Todos esses fatores podem precipitar quedas.
· Demências: os pacientes demenciados apresentam vários fatores de risco para quedas,como distúrbios cognitivos que impedem o reconhecimento do ambiente e distúrbios da marcha que são prevalentes nessa população. É possível que haja defeitos no controle postural como parte da disfunção neurológica. Vários estudos indicam risco aumentado de quedas e fraturas nessa população (Shaw, 2002). 
· Disfunção autonômica e hipotensão postural: a disfunção autonômica não é uma patologia frequente em pacientes mais velhos saudáveis, mas a hipotensão postural relacionada pode ser uma causa potencial de quedas. A hipotensão postural sem disfunção autonômica parece ser mais prevalente entre mais velhos, podendo ser causada por medicamentos, desidratação ou imobilização. 
· Disfunção renal: provoca deficiência na conversão de calcidiol em calcitriol (vitamina D3), por sua vez, é importante para evitar quedas. Estudo recente indicou aumento do risco de quedas em mais velhos com clearance de creatinina menor que 65 ml/min (Dukas (et al., 2005).
Epidemiologia
Estudos bem desenhados de base populacional e com grande número de indivíduos estimam uma incidência de 28 a 35%de quedas em mais velhos com mais de 65 anos, 35% naqueles com mais de 70 anos e 32 a 42% nos indivíduos com mais de 75 anos (Downton, 1998). 
Em estudo transversal recente, de base populacional, realizado com indivíduos com 65 anos ou mais morando em áreas de abrangência de unidades básicas de saúde de 41 municípios com mais de 100 mil habitantes de sete estados do Brasil, verificou-se prevalência de quedas de 34,8% entre os homens e 40,1% nas mulheres (Siqueira,Facchini (et al., 2007). 
Estudos prospectivos indicam que entre 30% e 60% dos mais velhos vivendo na comunidade sofrem quedas anualmente, com aproximadamente metade experimentando quedas múltiplas (Campbell (et al., 1990; Perracini e Ramos, 2002; Reyes-Ortiz (et al., 2005). Os mais velhos mais saudáveis caem com menos frequência – em um estudo, 15% dos indivíduos caíram em 1 ano (Gabell (et al., 1985). 
Aqueles que já tiveram um episódio de queda têm uma incidência maior de quedas no ano subsequente, em torno de 60 a 70% (Downton, 1998). Em estudo de Perracini e Ramos com mais velhos residentes em uma comunidade do município de São Paulo, cerca de 30% disseram ter caído no ano anterior ao inquérito, e cerca de 10% afirmaram ter sofrido duas ou mais quedas (Perracini e Ramos, 2002). De um grupo estudado de 149.504 pacientes com mais de 65 anos de idade que receberam alta de hospitais no estado de Washington em 1989 (EUA), 7.873 (5,3%) foram hospitalizados por lesões decorrentes de quedas. A maior parte era constituída de mulheres e esses pacientes tendiam a ser mais velhos que os admitidos por outras razões. Aqueles que caíram também tendiam mais a ser encaminhados para casas de repouso (Alexander (et al., 1992). 
É mais difícil derivar estimativas de pacientes institucionalizados, mas pelo menos 50% das pessoas mais velhas em instituições correm risco de quedas (Downton, 1998). Mais pessoas mais velhas caem a cada ano nas instituições que na comunidade, com prevalências médias de 43% (Rubenstein e Josephson, 2002). Estudo recente realizado no Rio Grande do Sul demonstrou uma prevalência de quedas entre os indivíduos mais velhos asilados de 38,3%. As quedas foram mais comuns no ambiente do asilo (62,3%), sendo o quarto o ambiente onde ocorreu o maior número de quedas (23%). Na análise ajustada, as quedas se mantiveram associadas a cor da pele branca, com os indivíduos separados e divorciados, com depressão, e maior quantidade referida de medicamentos para uso contínuo (Gonçalves (et al., 2008).
Consequências
As quedas representam um impacto importante sobre a qualidade de vida dos indivíduos mais velhos. Em estudo recente, exploratório, realizado em indivíduos mais velhos de baixa renda no município do Rio de Janeiro, procurou-se analisar o efeito das quedas e suas consequências em sua qualidade de vida. Participaram do estudo 72 indivíduos com idade de 60 ou mais anos, entre os quais 51,4% eram do sexofeminino, 20,8% moravam sozinhos e 37,5% admitiram ter caído no último ano. Entre as consequências mais citadas das quedas estavam as fraturas (24,3%), o medo de cair (88,5%), o abandono de atividades (26,9%), a modificação de hábitos(23,1%) e a imobilização (19%) 
Morte 
Os acidentes são a quinta causa de morte em pacientes mais velhos e as quedas constituem dois terços destas mortes acidentais. A maior parte das mortes decorrentes de quedas ocorre naqueles com mais de 65 anos de idade e as complicações de quedas são a causa principal de morte por trauma em indivíduos com mais de 65 anos (Downton, 1998). Um evento letal diretamente relacionado com uma queda ocorre em aproximadamente 2 por 1.000 indivíduos com mais de 65 anos por ano e tende a aumentar com a idade, sendo mais evidente em homens que em mulheres (Downton, 1998). Quase todas as mortes são consequentes à fratura de colo femoral.
 Lesões 
As lesões resultantes de quedas são comuns, ocorrendo em um terço a três quartos, embora a maior parte seja de pequena gravidade e mais da metade dos pacientes não procure atendimento médico (Downton, 1998). A maior parte das lesões graves e fraturas nos pacientes mais velhos são decorrentes de quedas, embora as fraturas ocorram em menos de 10% desses eventos (Sattin (et al., 1990). Entre todas as fraturas que ocorreram em indivíduos com mais de 60 anos nos 12 meses precedentes, 83,3% foram causadas por quedas (Siqueira (et al., 2005). Parece haver um maior risco de lesões naqueles indivíduos que caem longe de suas residências, talvez porque eles tendam a ser um grupo mais ativo e saudável e mais sujeito a sofrer quedas mais violentas. A incidência de fraturas do colo femoral em indivíduos maiores de 65 anos é de aproximadamente 5 por 1.000 por ano, mas varia em diferentes regiões do mundo. A incidência de lesões é substancialmente maior em mais velhos institucionalizados (Downton, 1998). 
Medos de quedas 
Há consequências menos óbvias, porém igualmente sérias advindas das quedas. As pessoas que caíram experimentam omedo de novas quedas. A perda de confiança decorrente pode resultar em restrição de atividades e representar um fator significativo para a transferência da vítima para um ambiente mais limitado e supervisionado como uma casa de repouso.O medo de quedas parece ser ao menos tão prevalente quanto as próprias quedas, variando de 30 a 73% em pessoas mais velhas (Rubenstein e Josephson, 2002). 
Entretanto, um terço daqueles que não caíram no ano anterior observaram limitação em suas atividades por medo de quedas (Downton e Andrews, 1990). Há evidências de que as quedas produzem sintomas de ansiedade e depressão, e sintomas depressivos são comuns em pacientes com fratura de colo femoral(Downton, 1998). 
A perda de confiança na capacidade de deambular com segurança pode aumentar o declínio funcional,depressão, sentimentos de inutilidade e isolamento social.
 As quedas que resultam em lesões físicas, perdas funcionais ou períodos prolongados em que a pessoa permanece ao chão são as que mais se correlacionam ao medo significativo de quedas (Sudarsky e Tideiksaar, 1997).
Algumas pessoas desenvolvem medo situacional de cair, ligado diretamente a uma atividade específica. Outras pessoas desenvolvem fobia,ou seja, um medo excessivo ou não razoável em relação a uma situação específica. Várias síndromes são descritas como fobia de quedas em espaços abertos, e autores como Balaha utilizaram o termo (ptofobia para caracterizar a fobia de quedas em mais velhos (Sudarsky e Tideiksaar, 1997)
Pacientes mais velhos podem ter medo de sentar ou levantar sem apoio. Alguns pacientes não conseguem iniciar a marcha por medo intenso de quedas, enquanto outros necessitam de apoio máximo. O medo de quedas pode modificar ou influenciar mudanças nos parâmetros têmporo espaciais nos indivíduos mais velhos, levando a uma velocidade menor da marcha e maior apoio bipedal (Chamberlin (et al., 2005).
 O medo de quedas pode estar associado a um aumento da mortalidade, ocorrendo aproximadamente 33% de mortesem até 4 meses após a admissão hospitalar por queda. Os eventos letais podem ser devidos à broncopneumonia, infarto agudo do miocárdio e tromboembolismo pulmonar (Sudarsky e Tideiksaar, 1997). Por sua vez, o relacionamento do paciente com a sua família pode se deteriorar pela ansiedade e pelos atritos ocasionados pela situação psicológica fragilizada do paciente, piorando o nível de cuidados e aumentando a dependência (Downton, 1998). 
Decúbito de longa duração, redução nas atividades e na independência
Após uma queda, até metade dos indivíduos mais velhos, mesmo sem lesões, podem não conseguir levantar sem auxílio(Downton, 1998). Esses indivíduos estão mais propensos à desidratação, pneumonia, úlceras de decúbito e rabdomiólise e tendem a ser mais velhos e mais frágeis que os pacientes que se levantam sem ajuda. 
Eles correm, também, risco maior de morte, perda de independência e institucionalização (Downton, 1998). As quedas e suas sequelas, em estudo recente, foram responsáveis por 18% dos dias em que houve alguma restrição de atividades. Aproximadamente um quinto das pessoas que caíram e foram tratadas em um setor de emergência tinha dor persistente ou limitação de atividades quando reavaliadas após 7 meses do evento (King, 1997). 
Fraturas do colo femoral são causas conhecidas de declínio funcional em relação ao estado anterior à fratura, havendo evidências de que outros tipos de fraturas também possam ter influência significativa sobre a independência (Downton, 1998). 
Os indivíduos mais frágeis e dependentes previamente às quedas têm prognósticos piores e aqueles que caem repetidamente são candidatos mais fortes à institucionalização.
Prevenção
A prevenção de quedas é um assunto de importância na saúde pública pelos prejuízos e morbidade relacionados. A prevenção primária é possível. Resultados recentes indicam que o uso de vitamina D em altas doses (700 a 100 UI por dia)diminui em 19% o risco de quedas e, se forem utilizadas formas ativas (vitamina D3) o risco diminui em 22% (Bischoff-Ferrari (et al., 2009). 
A prática de exercícios físicos regulares (Sherrington (et al., 2008) e de exercícios de equilíbrio (Voukelatos (et al., 2007) também parece ser efetiva. A prevenção secundária pode ser uma estratégia mais eficiente.Lembrando que a pessoa que sofreu uma primeira queda tem mais risco de recorrência, geralmente é possível, no consultório do médico generalista bem como em ambientes de emergência identificar um ou mais fatores que aumentam esse risco. O acompanhamento de um paciente com risco ou história de quedas geralmente exige uma conduta multidisciplinar envolvendo enfermagem, terapia física ou ocupacional, serviço social e especialidades médicas (Chang (et al., 2004).
A redução do risco de quedas e lesões deve ser ponderada levando-se em conta também o risco de diminuição da independência do indivíduo. Ademais, o sucesso de um plano terapêutico muitas vezes depende do envolvimento dos familiares ou cuidadores, bem como do próprio paciente. 
Em indivíduos da comunidade, intervenções em múltiplos fatores de risco (p. ex., ajuste de medicações, exercícios de equilíbrio, instruções comportamentais, correções de deficiências sensoriais etc.), com a intenção de reduzir qualquer fator identificado, mostraram ser efetivas na redução do risco de quedas em alguns estudos (Tinetti (et al., 1994; Chang (et al., 2004). 
Estudo recente, porém, refutou estes resultados(Hendriks (et al., 2008). Exercícios em geral e exercícios específicos de equilíbrio diminuem o risco e as consequências das quedas, como medo de cair (Sattin (et al., 2005; Voukelatos, Cumming (et al., 2007; Sherrington (et al., 2008; Jung (et al.,2009). 
Uma metanálise recente indicou que o uso de protetores de quadris, exercício físico regular ou ambos, por um período de, pelo menos, 4 meses, parece diminuir o medo de quedas (Jung (et al., 2009). O uso de protetores de quadris, instrumentos parecidos com esponjas colocados nas regiões trocantéricas e desenhados anatomicamente para diminuir o impacto da queda, parece diminuir o risco de fraturas de colo femoral em casas de repouso (Kannus (et al., 2000). O uso de superfícies de baixo impacto é outro meio de diminuir as lesões decorrentes de quedas. 
As medicações devem ser utilizadas quando necessárias e na dose eficaz mais baixa possível, principalmente aquelas diretamente relacionadas comum risco aumentado de quedas. A independência e a qualidade de vida do paciente mais velho devem ser o contrapeso na balança proteção × independência para que a vida possa valer a pena ser vivida, mesmo que com algum risco inevitável (Downton, 1998).
2. Conhecer a osteoporose e correlacionar com as quedas no idoso (definição, causas, consequências, fatores de risco e epidemiologia).
Definição
Osteoporose é uma desordem esquelética crônica e progressiva, de origem multifatorial, que acomete principalmente pessoas idosas, tanto homens quanto mulheres, geralmente após a menopausa. Caracteriza-se por resistência óssea comprometida, predispondo ao aumento do risco de fratura, à dor, à deformidade e à incapacidade física. A resistência óssea reflete a integração entre densidade e qualidade óssea, que, por sua vez é determinada por vários fatores: microarquitetura trabecular interna, taxa de remodelamento ósseo, microarquitetura, acúmulo de microdanos, grau de mineralização e qualidade da matriz (Francis, 2003). A OP é classificada como primária, subdividida em tipos I e II, ou secundária
Causa
O que provoca a doença nos ossos é a perda do equilíbrio entre formação e reabsorção ósseas. O esqueleto humano está em constante renovação, mas existe um equilíbrio entre as forças de formar e reabsorver osso. E quando há desequilíbrio nessa relação, ocorre a osteoporose. Isso está ligado a deficiências hormonais: nas mulheres, à diminuição do estrogênio; nos homens, à redução do androgênio. Na maioria dos casos, a doença ocorre no sexo feminino, em pessoas com mais de 50 anos, o grupo de maior risco, por causa da menopausa, causada pela perda da função do ovário e redução na produção de estrogênio. Outras causas da patologia: alguns distúrbios genéticos; algumas doenças reumatológicas (especialmente a artrite reumatoide); síndrome de Cushing (excesso de produção de cortisol pelas glândulas adrenais); hipertireoidismo; hiperparatireoidismo; neoplasias ósseas (primárias e metastáticas); síndromes de má absorção e outras condições diversas como pós-operatório de cirurgia bariátrica; imobilidade prolongada; tabagismo; sedentarismo; alcoolismo e má alimentação. Assim, apesar de ser uma doença associada ao envelhecimento e a algumas doenças, hábitos no decorrer da vida podem ser fatores determinantes para o seu surgimento.
Consequência
A diminuição da densidade e, consequentemente, o enfraquecimento ósseo causado pela osteoporose deixa o esqueleto humano mais sujeito a lesões, a fraturas e a microfraturas. Além de causar dores, estes problemas podem gerar deformidades na coluna vertebral e dificultar a movimentação do corpo.
“Fraturas na coluna em idosos com osteoporose podem decorrer de um trauma banal ou mesmo na ausência de traumas, quando o simples aumento de peso do indivíduo pode causar uma fratura em ossos fragilizados pela doença”, alerta o ortopedista e traumatologista Alexandre Fogaça.
Consequências das microfraturas
As fraturas podem ser divididas em dois tipos: as que causam dor aguda numa determinada área do corpo e as que causam dores de maior duração e espalhadas, chamadas de microfraturas, que costumam surgir principalmente na região da lombar.
As microfraturas podem provocar uma série de problemas para a coluna vertebral e para todo o corpo. Entre as possíveis consequências estão deformidades na coluna, anomalias na postura, diminuição da estatura, além de dores intensas e sobrecarga nos músculos, ligamentos e articulações.
Fatores de risco
Existem algumas condições consideradas fatores de riscos. Conheça os principais.
· As mulheres apresentam maior risco, especialmente no período pós-menopausa,pela queda dos níveis de estrogênio no sangue.
· Baixo peso –pessoas com baixo peso e, consequentemente, baixa massa muscular apresentam maior risco de ter pouca massa óssea.
· Tabagismo –o consumo de cigarros (ou qualquer outra forma de tabaco) aumenta consideravelmente a perda de massa óssea.
· Álcool –beber mais que três doses por dia causa perda de massa óssea.
· Envelhecimento –com o avanço da idade, há perda de massa óssea, especialmente se acompanhado de imobilidade, má alimentação e quedas frequentes.
· Uso de medicamentos (corticoides, anticoagulantes, anticonvulsivantes etc.) –por isso o consumo de remédios deve sempre ser feito com acompanhamento médico.
· Artrite reumatoide –aumenta muito o risco de osteoporose, não apenas pelo uso crônico de corticosteroides, mas pela própria inflamação crônica que causa.
· Hereditariedade –é mais frequente em pessoas com histórico da doença na família ou mesmo com história familiar de fratura por fragilidade.
· História pessoal de fratura prévia –a chance de um indivíduo desenvolver fraturas osteoporóticas aumenta muito se essa pessoa já tem história de fraturas anteriores.
· Sedentarismo –pessoas que não fazem nenhum tipo de atividade física, especialmente exercícios com carga (musculação e caminhadas), apresentam risco aumentado de desenvolver a doença. Os exercícios físicos são um estímulo importante para a formação óssea.
· Alimentação pobre em cálcio –que é essencial para a formação óssea.
Epidemiologia
A prevalência varia segundo a influência de vários fatores sobre a massa óssea e a facilidade de se realizar o diagnóstico,entretanto, atualmente, a literatura registra incidência de 50% para as mulheres na oitava década e 20% para os homens da mesma idade (De Laet, 2000). 
O terceiro National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES III) estimou que 12 milhões (41%) de mulheres americanas brancas, por volta de 50 anos, apresentam osteopenia, enquanto 5 milhões (15%) sofrem de OP. Para as de 80 anos, a incidência sobe para 70%. A prevalência de OP nas mulheres brancas mexicanas é semelhante. Para as mulheres negras, a taxa é menor (8%), porém ainda substancial (NIH, 2001). 
Por ser uma doença assintomática, seu registro se faz, muitas vezes, tardiamente por meio de suas complicações, que são as fraturas. Mulheres idosas com mesma densidade óssea têm maior taxa de fratura quando comparadas às mais jovens devido a outros fatores, como qualidade óssea e tendência aumentada a quedas. 
Embora muitas fraturas vertebrais sejam detectadas incidentalmente por exames radiológicos, algumas causam dores intensas e agudas, necessitando internação. Nos EUA, são registradas 150.000 admissões hospitalares ao ano, 161.000 visitas médicas e mais de 5 milhões de dias de restrição de atividades, revelando o impacto da fratura vertebral na qualidade de vida. A fratura vertebral prévia também é um excelente marcador de risco de fraturas futuras, tanto vertebrados como não vertebrais. Quanto maior o número e o grau de gravidade da fratura vertebral, maior o risco do paciente em ser acometido por novas fraturas, funcionando como um fator determinante de um tratamento mais incisivo (Fujiwara, 2004). 
As fraturas de punho ocorrem com mais frequência por volta da 5a década, as vertebrais aumentam depois dos 60 anos,enquanto as fraturas de fêmur têm sua maior incidência a partir da 7a década. Para as mulheres brancas que não recebem intervenção contra a perda óssea, as rupturas serão observadas em 50% delas; 17% sofrerão fratura de fêmur proximal (FFP); e 30 a 40%, de vértebras. Segundo as estimativas, uma em cada seis mulheres brancas terá fratura de fêmur (FF),enquanto a proporção para os homens é de um para 12. 
Homens idosos também apresentam risco considerável para rupturas ósseas, sendo responsáveis por um terço de todas as FFP. A morbidade após fraturas osteoporóticas parece ser mais séria, e a mortalidade é mais comum em homens do que em mulheres. O conhecimento sobre os mecanismos da perda óssea senil e a patogênese da OP primária em homens éainda fragmentado, precisando de maior definição sobre o impacto do estado hormonal na homeostase esquelética (DeLaet (et al., 2000). Chama a atenção o fato de que a grande proporção de FFP ocorre antes dos 80 anos, particularmente nos homens,alertando para a necessidade de uma intervenção precoce a fim de chegar a melhores resultados com menores gastos. 
A taxa de mortalidade para as mulheres com FFP é quase de 20% nos 3 meses após o acidente; essa taxa dobra para os homens. Aproximadamente 50% dos sobreviventes ficam dependentes para suas atividades da vida diária. Obviamente, a magnitude do problema é evidente, e a tendência é aumentar ainda mais (De Laet (et al., 2000). 
Apesar de as fraturas de punho, do úmero proximal e de corpos vertebrais normalmente não serem fatais, aumentam a morbidade, assim como os custos subsequentes para a sociedade, não podendo ser minimizadas. Observa-se alta mortalidade nas mulheres com fraturas com compressão vertebral. Embora haja aumento da mortalidade devido à OP,sua pior consequência é que os pacientes vivem com a doença muitos anos, com perda da independência e piora da qualidade de vida. 
3. Conhecer a Política Nacional de Saúde do Idosa e os princípios básicos de assistência ao idoso.
Lei N° 8,842 
Através dela é decretada a Política Nacional do Idoso, que tem o objetivo de assegurar os direitos sociais do idoso (indivíduos >60 anos), criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade 
Princípios: 
· Assegurado o direito da cidadania ao idoso 
· Processo de envelhecimento deve ser objeto de conhecimento para todos; 
· Não deve haver discriminação aos idosos; 
· A pessoa idosa deve ser a única agente e destinatária das transformações a serem efetivadas por essa politica.
Na área de saúde deve-se garantir a assistência ao idoso em todos os níveis do SUS; aplicar medidas e programas; fiscalização de gestores e prol do funcionamento de instituições geriátricas; incluir a Geriatria como especialidade clinica em concursos; realizar estudos para detectar carâter epidemiológico de determinadas doenças do idoso; criar serviços alterativos de saúde ao idoso.
Cria o Conselho Nacional do Idoso, sendo ele é responsável pela viabilização do convívio, integração e ocupação do idoso na sociedade, através, inclusive da sua participação na formulação das politicas públicas, projetos e planos destinados à sua faixa etária. Suas diretrizes priorizam o atendimento domiciliar, o estímulo à capacitação dos médicos na área da Gerontologia; a descentralização político-administrativa e a divulgação de estudos e pesquisas sobre aspectos relacionados à terceira idade e ao envelhecimento.
Decrete N° 1.948 
Esse decreto regulamenta a Lei n° 8.842 de modo a atribuir à Secretaria Especial dos Direitos Humanos o poder de coordenar a Politica Nacional do Idoso; articular e apoiar a estruturação da rede nacional de proteção e defesa dos direitos da pessoa idosa; apoiar a capacitação de recursos humanos para atendimento ao idoso; promover eventos para discutir a velhice e o envelhecimento; financiar estudos; zelar em conjunto com o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso pelas normas de protecão da pessoa idosa. 
Define que asilo é o atendimento, em regime de internato, ao idoso sem vinculo familiar ou sem condições de prover à própria subsistência de modo a satisfazer as suas necessidades de moradia alimentação, saúde e convivência social. Contudo, fica proibida a permanência em instituições asilares de caráter social de idosos portadores de doenças que exijam assistência médica permanente ou de assistência de enfermagem intensiva, cuja falta possa agravar ou por em risco sua vida ou a vida de terceiros. Assim, os seguintes não são asilos: 
· Centro de Convivência: local destinado à permanência diurna do idoso, onde são desenvolvidas atividades físicas, laborativas, recreativas, culturais, associativas e de educação para a cidadania. 
· Centro de Cuidados Diurno Hospital-Diae Centro-Dia - local destinado à permanência diurna do idoso dependente ou que possua deficiência temporária e necessite de assistência médica ou de assistência multiprofissional. 
· Casa-Lar: residência, em sistema participativo, cedida por instituições públicas ou privadas destinada ao idosos detentores de renda insuficiente para sua manutenção e sem família.
· Oficina Abrigada de Trabalho: local destinado ao desenvolvimento, pelo idoso, de atividades produtivas, proporcionando-lhe oportunidade de elevar sua renda, sendo regida por normas específicas.
· Atendimento Domiciliar: é o serviço prestado ao idoso que vive só seja dependente, a fim de suprir as suas necessidades da vida diária. Esse serviço é prestado em seu próprio lar, por profissionais da área de saúde ou por pessoas da própria comunidade
Lei N° 10.741 
Dispõe sobre o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. É dito nele que o idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral, bem como alega ser obrigação da família da família, comunidade, sociedade e do poder público assegurar ao idoso com absoluta prioridade a efetivação do direito à vida saúde, alimentação. educação, cultura, esporte, lazer, trabalho, cidadania, liberdade dignidade, respeito e convivência familia e comunitária.
No artigo 4º, é assegurado que nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da leis.
No Capitulo IV, do direito à saúde, artigo n° 15, é assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos. Assim acões em saúde serão efetivadas por: cadastramento da população idosa; atendimento geriátrico e gerontologico em ambulatórios; unidades de referência devem ter especialistas em geriatria e gerontologia; atendimento domiciliar; medicamentos, protese orteses e outros são gratuitos; veda-se a discriminação do idoso nos planos de saúde idosos internados têm direito a acompanhante. Quando o idoso não estiver em plena capacidade mental, o curador, familiares ou médico devem optar pelo tratamento mais favorável.
	Em caso de maus tratos, deve-se fazer a denúncia à polícia, MP, conselho municipal/estadual/nacional do idoso. 
No capítulo VIII, da assistência social, artigo 34º, é dito que a partir dos 6 5 anos, os idosos que não possuam meios de subsistência, nem de sua família, é assegurado o benefício mensal de 1 salário mínimo.
Por Yan Slaviero Augusto
 Tutoria
 Aula 3
Período 3- Módulo 3 - Tutoria 3 por Yan Slaviero Augusto

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