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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNMABUCO
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
ARTHUR SOUZA
ÁNALISE DE “UM DISCURSO SOBRE A CIÊNCIA”
RECIFE
2019
INTRODUÇÃO 
	O discurso sobre as ciências remete-se de forma direta a modernidade, de forma teórica o termo coloquialmente está associado às coisas do futuro, dentro da nossa sociedade ser moderno significa que é o estar à frente de seu tempo. Mas, se analisarmos do ponto de vista do tempo histórico ateremos que o homem moderno é aquele cidadão inserido nos contextos de desenvolvimento tecnológico, científico, político-econômico, das transformações sociais que vem desde o Renascimento e se estende até as revoluções burguesas e científicas que culminam na sociedade capitalista industrial, podendo assim ser representada coloquialmente o tempo em que vivemos. Contudo, passado o momento mais movimentado e que possuiu um caráter mais de entusiasmo dentro da própria modernidade, surgiram as contradições dos progressos e sendo assim ocorreu uma elevação ao estado atual de conflitos, incertezas e dissoluções que caracterizam nosso tempo. Tempo este que ainda faz jus ao adjetivo: modernidade.
	Ao firmar o termo modernidade vemos que ela se faz de todo modo constante nos tempos (passado, presente e futuro) e se encontra inserida em diferentes contextos (contextos estes conflitantes sob a forma de rompimentos, sobreposições e superações), mas, depois de tantas discussões acerca de um termo e depois de ver que existe presença e está inserida em diversas áreas e contextos, o que seria a final esta tal Modernidade? Podemos dividir tais explicações em grupos distintos de pensadores, para os pós-modernos, o momento atual configura-se numa pós-modernidade e sendo assim, consideram que modernidade seria o momento e/ou o contexto para o qual estamos além e/ou em vias de superá-lo.
	Nesta nova arena de embates científicos (de ordem moderna e pós-moderna), Santos (2010) nos situa em um estado de transição no que tange ao fazer cientifico, este estágio que se inicia nas primeiras décadas do século passado com as descobertas da física quântica e que inicialmente constituíram um rombo no paradigma dominante da ciência moderna. Nesse sentido, é preciso, na atualidade, que exista uma profunda discussão referente aos valores da ciência quando esta está em via de uma crise por fatores teóricos ligados de modos diretos as suas próprias definições e delineações quanto ao seu modo teórico-metodológico e referencial da ciência (moderna).
	Dentro de seu discurso, ficam expostos os paradigmas enfrentados pelas ciências, inclusive suas crises e variações. 
A ciência então pode ser entendida como um conjunto de conhecimentos que servem explicar e para orientar como podemos usufruir nossas vidas, como habitamos, como trabalhamos que riqueza produzimos, o que consumimos, que animais e relações sociais humanas preservamos, tudo isso para vivermos melhor. Para Santos (Santos, 1988) Na concepção atual a ciência moderna naturalizou a explicação do real, a ponto de não podermos conceber a realidade senão nos termos por ela propostos.
DESENVOLVIMENTO ANALÍTICO-CRÍTICO
	Dentro do livro existem três teses afirmadas por Boaventura de Sousa Santos que passam pelos paradigmas da ciência e sua crise, para que então formule o que é exatamente ciência, qual seu papel e sua amplitude, quando se refere ao paradigma dominante da ciência moderna o autor atribui uma série de condições teóricas e sociais para a crise do paradigma dominante da ciência moderna. São quatro condições de caráter teórico: a teoria da relatividade de Einstein; a mecânica quântica; a crítica ao rigorismo matemático e o avanço nas áreas da microfísica, química e biologia. 
	No seu Discurso, Santos cita como a posição isolada, e pouco receptiva a críticas das ciências da natureza tem criado perigos cada vez mais realistas e próximo demais de catástrofes ecológicas ou de guerra nuclear. Tal fato não exposto pela mídia que prefere falar dos perigos da segurança em termos militar e policial. Afirma que a ciência também é social, que está presente na política, nos discursos econômicos e presentes na formação da sociedade.
	Santos explica a crise do paradigma dominante por conclusões teóricas que os próprios cientistas chegaram e por condições sociais existentes. Trata a crise baseado nas condições sociais que foram tratadas no seu trabalho intitulado Da Sociologia da Ciência à Política Científica de 1978 (Santos, 1978). Santos por sua vez não deixa de notar que industrialização da ciência acarretou o compromisso com os centros do poder econômico, social e político, e que sendo assim passaram a ter um papel decisivo na definição das soluções científicas prioritárias. De forma a analisar e exemplificar indica as catástrofes de Hiroshima e Nagasaki. O autor ainda cita a si mesmo em Santos, 1978, quando diz que a ciência e a tecnologia tem demonstrado que os interesses militares e econômicos são convergentes. Retomando neste discurso seu trabalho anterior, mas, tomando nota das mudanças de tempos, da formação atual do mercado, da estrutura física e política da sociedade, que sofreu mudanças, e que, sendo assim, foram consideradas nesse novo trabalho.
	Para Santos o novo paradigma científico não pode ser apenas científico, seu trabalho e textos sempre colocam ciência e social um ao lado do outro, então o paradigma não se torna apenas científico e sim social. Esse novo paradigma é formado por um conjunto de teses. 
A primeira tese é a de que todo conhecimento científico-natural é científico-social. Prova assim que a humanidade está unida por um ideal humanista e que é justamente esse humanismo que vai nos orientar na superação da distinção entre conhecimento natural e social que vai ser construído além do paradigma dominante. 
Santos, na segunda tese afirma que todo conhecimento é local e total, e busca afastar-se ainda mais do paradigma dominante quando esclarece que no novo paradigma os conhecimentos avançam de encontro uns dos outros. Mesmo sendo local ele se desloca para outros lugares cognitivo, de modo a poderem ser utilizados fora do seu contexto de origem, tornando o conhecimento a pessoal e completamente transferível e em movimento constante. Santos explica no novo paradigma vai fazer valer a ecologia dos saberes “o diálogo horizontal entre conhecimentos diversos, incluindo o científico, como também o camponês, o artístico, o indígena, o popular e outros tantos que são descartados pela quadrícula acadêmica tradicional” (Santos, 2012)
Na terceira tese, a de que todo conhecimento é autoconhecimento, Santos aconselha que todo conhecimento seja medido menos pelo que ele controla ou faz funcionar no mundo exterior do que pela satisfação pessoal de repasse, entendimento e execução.
Termina o seu discurso afirmando que ninguém podia naquele momento visualizar projetos concretos de investigação referente ao paradigma e teses traçados por ele e adiciona que se encontrava numa fase de transição onde duvidava suficientemente do passado para imaginar o futuro, mas vivia demasiadamente o presente para poder realizar nele o futuro. Ou seja, finaliza deixando em aberto todo e qualquer projeção de progresso futuro, coloca a sociedade em pausa quando afirma que a mesma não estaria pronta para visualizar a situação e chegar a um ponto de vista comum. 
Podemos tomar como base o que Cristina Emília Pereira (Pereira, 2008/2009) falou sobre Um Discurso sobre as Ciências de Boaventura de Sousa Santos, para ela, demonstrou a situação de confronto em que se encontravam as ciências da natureza e as sociais. As ciências da natureza exerciam um papel de dominação sobre as outras. Para ela Santos demonstrou o enfraquecimento da posição autoritária das ciências da natureza sobre os outros saberes. E acrescenta que a ciência é vista como fechada, domínio de poucos e afastada, de modo geral, do conhecimento popular sendo assim, Boaventura de Sousa Santos tenta quebrar esse paradigma em poucas páginas, trazendo elementos históricos,situação do presente e alternativas para o futuro. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	
	Os questionamentos impostos no paradigma dominante da ciência moderna quando se refere a ele ser usado como lupa para entender a realidade social e científica fica apenas na teoria e tese, não sendo aplicável de forma limpa e inquestionável. Pois, assim sendo, para o cientista no seu cotidiano e no seu fazer científico também vem a ser um desafio abordar o objeto sobre a perspectiva pós-moderna de ciência. 
Tais discussões no referentes a ciência causadas pelo desenvolvimento da física quântica e das ciências sociais terminam em uma profunda e necessária reflexão do modo de como fazemos ciência. Seja de forma teórica bem como no direcionamento prático do conhecimento, no sentido de ajustar a ciência e tecnologia a serviço do desenvolvimento dos povos que mais necessitam de solidariedade.
Sob o discurso de Santos temos que o desenvolvimento de uma consciência ecológica, é de extrema e fundamental importância, transformando a ciência em ferramenta social, como fica proposto no novo paradigma, com um efeito de formular uma nova ética que possa conduzir as sociedades a interpretarem a natureza como parte de um conjunto integrado a espécie humana, reorientando a maneira de como as sociedades manuseiam os recursos naturais. Pois, “a superpopulação e a tecnologia industrial têm contribuído de várias maneiras para uma rápida degradação do meio ambiente natural” (CAPRA, 2000, p.14).
REFERÊNCIAS
SANTOS, B.S. Um discurso sobre as ciências. 7° Ed. São Paulo: Cortez, 2010.
CAPRA, F. A Teia da Vida. São Paulo: Cultrix, 2000.
PEREIRA, Cristina Emília Oliveira Lopes. Boaventura Sousa Santos – Um discurso sobre as Ciências Reflexão crítica sobre a obra. UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA. Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas. Curso de Mestrado em Sociologia das Organizações e do Trabalho. 2008/2009. Disponível em <http://pt.scribd.com/doc/19542688/Boaventura-Sousa-Santos-Um-discurso-sobre-as-ciencias-Reflexao-sobre-a-obra > Acesso em Maio, 2019.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Da Sociologia da Ciência à Política Científica, in Revista Crítica deCiências Sociais, 1 (1978), pp 11 e ss

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