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9-BEXIGA NEUROGÊNICA: Introdução: anormalidade na função da bexiga e ou do esfíncter uretral durante o ciclo miccional, causada por uma doença neurológica Ciclo miccional: 2 fases: ● Enchimento: bexiga relaxada, esfíncter uretral contraído ● Micção: Armazenamento: Bexiga contraída, esfíncter relaxado Controle neurológico: Sistema nervoso periférico, intervenção parassimpática: ● Esvaziamento vesical ● Origem segmentos S2 a S4 (centro sacral da micção) ● Condução até a bexiga e uretra pelo plexo pélvico ● Liberação de acetilcolina estimulado receptores muscarínicos da parede vesical>>>> contração Inervação simpática: ● Origem T10 a L2 ● Condução até a bexiga pelo plexo hipogástrico ● Liberação de noradrenalina estimulando receptores: do corpo vesical: relaxando (receptores beta) ● Da base vesical, próstata e uretra: contração (receptores alfa) Inervação da musculatura estriada do esfíncter uretral: ● Essencial para continencia urinária voluntária ● Origem núcleo de Onuf (corpo anterior da medula sacral S2-S4) ● Atingem o esfincter uretral externo atraves dos nervos pudendos SISTEMA NERVOSO CENTRAL: ● Coordenação dos centros medulares atraves de tratos descendentes cefaloespinais ● A ponte possui função essencial no mecanismo antagônico da bexiga e da uretra durante a fase de esvaziamento- Centro Pontino da Micção (CPM) ● Centro suprapontino: cortex, cerebelo, gânglios da base e hipotálamo- inibição sobre o CPM>>> enchimento vesical Parassi mpático Simpáti co Somáti co CPM CSP Localiz ação S2-S4 T10-L2 S2-S4 ORNU RF Ponte Cortex, cerebel o, gângli os da base, tálamo, hipotál amo Ação Contraç ão vesical Relaxa mento vesical e contraç ão esfincte riana Contra ção volunt aria do esfinct er Coor dena ção vesic oesfi ncteri ana Inibiçã o do CPM Fase do ciclo Esvazia mento Enchim ento Enchi mento Esvaz iame nto Enchi mento DISFUNÇÕES MICCIONAIS NEUROGÊNICAS E TTM: HIPERATIVIDADE DETRUSORA: ● Contrações involuntárias do detrusor durante a fase de enchimento ● TTM: Drogas anticolinérgicas, Injecção de toxina botulínica, cirurgia de ampliação vesical ( enterocistoplastia) DISSINERGIA VESICOESFINCTERIANA: ● Contração do esfíncter concomitante com a contração vesical ● Diagnostico Urodinâmica com contraste ● TTM: Cateterismo vesical ARREFLEXIA DETRUSORA: ● Ausencia de contração vesical ● TTM: Cateterismo vesical DIAGNÓSTICO: ● História e exame físico: história urinária, intestinal, sexual e neurológica ● Exame neurológico: reflexos, sensibilidade URODINÂMICA: 3 fases: ● Urofluxometria- pedir para o paciente urinar ● Cistometria- 2 sondas uretrais e uma no reto, uma delas usamos para encher a bexiga, a outra sonda da uretra e do reto conectamos no aparelho para medir a pressão ● Fase miccional CAUSAS: ● Mielodisplasias: defeitos do tubo neural, Mielomeningocele ○ Disfunção miccional varia de acordo com o estruturas envolvidas ○ Primeiros anos de vida: evitar infecções urinárias ○ Vesicostomia em pré-escolares ○ Ampliação vesical + cateterismo ● Trauma raquimedular: ○ Principal preocupação é garantir a função renal ○ Choque medular: 2-6 semanas, podendo até 6 meses- não adianta fazer urodinâmica nessa fase, precisa esperar ○ Lesões suprassacrais: dissinergia vesicoesfincteriana- insuficiência renal ○ Lesões sacrais: arreflexia detrusora ○ Abordagem urológica: ■ Cateter vesical de demora até estabilização hemodinâmica ■ Após estabilização: cateterismo vesical intermitente ■ Pelo menos 4x/ dia (sem ultrapassar 500ml/vez) -evita infecções urinárias ○ Abordagem a longo prazo: ■ Evitar infecções e perda de função renal ■ Ampliação vesical ■ Anticolinérgicos, se perdas ■ Não candidatos a cateterismo intermitente- esfincterotomia ou ilio vesicostomia ● Acidente vascular encefálico: ○ 20-50% com disfunção miccional ○ Mais comum: hiperatividade detrusora ○ Maioria melhora em até 6 meses ● Doença de Parkinson: ○ 50% com disfunção miccional ○ Mais comum: hiperatividade detrusora ○ Urodinâmica: mesma faixa etária de Hiperplasia prostática benigna ○ Pode ocorrer bradicinesia do esfincter externo, com obstrução infravesical, podendo precisar até de cateterismo em alguns casos ● Esclerose múltipla: ○ 80% com disfunção miccional ○ Mais comum: hiperatividade detrusora ○ 30-65% com dissinergia vesicoesfincteriana associada ○ Arreflexia em 20-30% ○ Doença evolutiva, repetir urodinâmica periodicamente ● Neuropatía periférica diabética: ○ Ocorre cerca de 10 anos após início da doença ○ Alteração na sensibilidade vesical, esforço miccional ○ Hiperatividade detrusora ○ Hipocontralidade detrusor
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