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CLÍNICA CIRÚRGICA ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO Obstrução intestinal é uma causa frequente de abdome agudo 20% das cirurgias por abdome agudo – Obstrução Intestinal Mortalidade = 20% quando existe sofrimento de alça Maior mortalidade – retardo no diagnóstico e no tratamento Tipos de obstrução intestinal: Funcional ou mecânica, Alta ou Baixa, Parcial ou Completa, Extra mural ou intra mural, Com ou sem sofrimento de Alça ALTA / EXTRAMURAL: bridas / hérnia interna / hérnia inguinal, tumores / carcinomatose / doença inflamatória peritoneal, doenças congênitas (vícios de rotação/bridas) ALTA / INTRAMURAL(dentro da parede/órgão): tumores / doenças inflamatórias (Crohn,Tb), endometriose intestinal / enterite actínica (geralmente secundário a algo)/ invaginação (alça entra dentro de outra alça intestinal) ALTA / INTRALUMINAL: invaginações / corpos estranhos – bezoares, bolo de áscaris/ mecônio / íleo biliar ALTO – intestino delgado – hérnia, bridas, bolo de áscaris, invaginação BAIXO – intestino grosso – tumores colorretais, volvo de sigmoide, fecaloma, doenças inflamatórias intestinais Tudo do intestino delgado é mais liquido, a valva é competente e impede que o conteúdo do intestino grosso passe para o delgado Distende e compromete o retorno venoso (gera isquemia) HE = distúrbio hidroeletrolítico Obstrução intestinal Causa distensão a montante Estase venosa – menor absorção Sequestro intraluminal / intramural / peritoneal Quadro de vômitos / sudorese / taquipneia / febre Queda volêmica Distúrbio hidroeletrolítico Alteração ácido base · Quadro clínico De acordo com a altura da obstrução os sintomas podem variar Dor abdominal em cólica Náusea Vômitos (mais frequente em obstrução alta), mais presente quando a obstrução é no intestino delgado, pois a valva ileocecal é competente Distensão abdominal (mais frequente em obstrução baixa), mas está presente a alta também Ausência de evacuações Na tentativa de vencer a obstrução, o intestino aumenta sua peristalse podendo gerar momentaneamente um quadro de diarreia paradoxal (não consegue evacuar o sólido, o liquido que está passando pelo local que está parcialmente obstruído e é ele que sai) Fazer toque retal para ver se palpa algo, se tem fezes na ampola retal (pétreas...) se está vazia, se tem sangramento... · Exames complementares LABORATÓRIO: Nada específico Evidenciar peritonite, desidratação, alteração hidroeletrolítica IMAGEM: Raio x de abdome Primeiro exame a ser solicitado em caso de suspeita de obstrução intestinal. Acurácia em torno de 60%. A dilatação ocorre, em geral, proximal à obstrução. A incidência de decúbito lateral é a que possui maior probabilidade de mostrar liquido livre no abdômen ou níveis hidroaéreos A dilatação ocorre, em geral, proximal à obstrução. Obstrução proximal - Dilatação (>3cm) de múltiplas alças, ausência de gás no reto, níveis hidroaéreos em diferentes alturas de uma mesma alça, sinal empilhamento de moedas, gás livre no abdômen, sinal do colar de pérolas (pequenas bolhas de gás), distensão gástrica Obstrução distal - Dilatação do cólon, haustrações do reto, dilatação a montante do cólon.*Pode haver dilatação de intestino delgado caso a válvula ileocecal seja incompetente (transmite a dilatação) Ultrassonografia Acurácia diminuída devido a distensão Tomografia computadorizada Sensibilidade em torno de 90% Perspectiva global do intestino, vasos, omento e peritônio. Informa, além da presença ou não de obstrução, a topografia, gravidade e possível etiologia. Achados: Presença de ar livre em cavidade abodminal, pneumatose, espessamento mucoso, sinais de necrose e isquemia, presença de massas, estreitamento, entre outros · Diagnóstico diferencial Causas não obstrutivas Desordens de motilidade Íleo paralítico Pancreatite Isquemia Trauma Distúrbio hidroeletrolítico(hipocalemia) Pseudoobstrução · Tratamento conservador Pode ser utilizado em pacientes clinicamente estáveis Ressuscitação volêmica Correção dos distúrbios hidroeletrolíticos; Controle de diurese Descompressão por sonda nasogástrica/intestinal/retal Antibióticos contra gram negativos e anaeróbios em casos de suspeita de isquemia Analgesia · Tratamento cirúrgico Falha no tratamento conservador (48 horas) Casos de complicação (isquemia, necrose, perfuração ou peritonite) Procedimento depende do local da obstrução. Avaliar a viabilidade das alças envolvidas e possibilidade de ressecção e reconstrução primária ou estomia Videolaparoscopia – PODE EM ALGUNS CASOS Endoscopia - determina diagnóstico através da coleta de amostra tecidual, descompressão mecânica ou dilatação do fator obstrutivo através da colocação de stents · Obstruções intestinais altas · Fisiopatologia Motilidade Intestinal e Contração das alças aumentam para vencer o obstáculo Aumento de peristalse – diarréia Fadiga – dilatação intestinal Contrações menos frequentes e menos intensas Acúmulo de água e eletrólitos na parede e dentro da alça Desidratação Hipovolemia Obstrução proximal = vômitos Oligúria Azotemia (volume muito pequeno de diurese) Hemoconcentração Desidratação Hipotensão Choque Aumento da Pressão intra abdominal Redução do retorno venoso Elevação do diafragma Comprometimento da ventilação Reduz o fluxo sanguíneo da mucosa da alça – isquemia – perfuração – peritonite Flora intestinal modificada – E.coli, S. faecallis e Klebisiella – translocação bacteriana · Quadro clínico e diagnóstico História Clínica Exame Físico Raio X de Abdome TC de abdome NÃO DEVE SER O PRIMEIRO EXAME A SER SOLICITADO · História clínica Antecedentes de Cirurgias Abdominais Antecedentes de Patologias Abdominais Prévias Comorbidades Medicações em uso Cronologia dos Sintomas Emagrecimento · Quadro clínico Dor abdominal em cólica Náusea Vômito Distensão Abdominal Incapacidade de eliminar flatos e fezes Varia o local e a duração · Exame físico Taquicardia Hipotensão Desidratação Febre Distensão abdominal Cicatriz cirúrgica prévia Ondas persitálticas visíveis em pctes magros RHA audíveis Abdome discretamente doloroso Exame minucioso na região inguinal Toque retal · Exames complementares Exames laboratorias são pouco úteis Desidratação – Na / K/ Ureia / Creat/ Ca/ Cl Hemograma Gasometria Raio X Simples de Abdome Alças dilatadas sem distensão de colon Múltiplos níveis hidroaéreos Podem demonstrar a causa da obstrução (corpo estranho, calculo) Tomografia de Abdome Casos mais complexos Sensível para o diagnóstico de uma obstrução completa Determina o local da obstrução Menos sensível – obstrução parcial Evidencia causas extrínsecas (abscessos, tumores, doenças inflamatórias) Evidencia isquemia e necrose intestinal · Tratamento SUPORTE CLÍNICO Reposição endovenosa Cateter vesical – controle do débito urinário Avaliar necessidade de cateter central / monitorização invasiva hemodinâmica Antibiótico largo espectro Sonda nasogástrica grossa (descompressão do estômago – melhor ventilação) 60 a 85% dos pacientes com obstruções parciais resolvem o quadro somente com suporte clinico MANTER POR 12 A 24 HORAS !!!!!! ATÉ 48 HORAS NO MÁXIMO REAVALIAÇÕES CRITERIOSAS TRATAMENTO CIRÚRGICO Piora do estado clínico Distensão abdominal progressiva no raio x Procedimento segue cada caso · Bridas ou aderências São membranas ou autênticos cordões de tecido fibroso que ligam vários órgãos intra-abdominais que normalmente não têm pontos fixos entre si 40% dos AAO 70% no intestino delgado Pode ocorrer no pós-operatório imediato Pode ser tardia – decorrente de pós operatório tardio Responsável por quadros de dor abdominal, infertilidade (15 a 20% ), gravidez ectópica, dispareunia ou isquemia intestinal. Podem ser congênitas Geralmente são secundárias a cirurgias, uma infecção ou trauma. · Diagnóstico Clínico – História e exame físico Raio X de Abdome Tomografia de abdome · Tratamento · Íleo paralitico/adinâmico Distensão abdominal com dificuldade ou ausência de passagem de conteúdos luminais sem obstrução mecânica evidente Não possui ruídos hidroaéreos Pode ser devido: Uso de drogas, Metabólicas, Neurogênicas, Infecciosas Drogas: Anticolinérgicos,Bloqueador autonômico, Anti histamínico, Haloperidol, Antidepressivo tricíclico, Morfina, Meperidina Distúrbio Metabólico: Hipopotassemia, Hiponatremia, Hipomagnesima, Uremia, Coma, Hipoparatireoidismo Causas Neurogênicas: Lesão de Medula, Irritação Peritoneal, Procedimento ortopédico Causas Infecciosas: Pneumonia, Peritonite, Sepse · Diagnóstico Historia clínica Raio x de Abdome · Tratamento SUPORTE CLÍNICO Reposição endovenosa Cateter vesical – controle do débito urinário Avaliar necessidade de cateter central / monitorização invasiva hemodinânimca Antibiótico largo espectro Sonda nasogástrica grossa (descompressão do estômago – melhor ventilação) Não é um paciente cirúrgico · Doença de Crohn Doença inflamatória crônica Transmural Causa desconhecida Acomete da boca até o ânus Acomete mais o intestino delegado e o cólon +++ Dor abdominal, diarreia e perda ponderal Complicação: OBSTRUÇÂO, perfuração e fístula · Incidência e epidemiologia 3 a 7 casos / 100 mil habitantes América do Norte e Norte da Europa 2 e 3 décadas de vida 6 década de vida Tabagistas Uso de anticoncepcional oral ??? · Epidemiologia Agentes Infecciosos: Mycobacterium paratuberculosis Vírus do Sarampo Fatores Imunológicos: IL 1, IL 2 e IL 8 TNF α Fatores Genéticos: Cromossomo 16 q (locoIBD1- CARD 15 NOD2) · Patologia 55% dos pacientes possuem acometimento intestinal 30% DOENÇA NO INTESTINO DELGADO 15% limita-se ao intestino grosso DESCONTÍNUO E SEGMENTAR 1/3 apresenta doença perianal e periretal, associado ao comprometimento colônico · Macroscopia Alças intestinais espessadas róseo acinzentadas, vermelho púrpura escura com exsudato cinza branco espesso Fibrose na serosa Áreas lesadas intercaladas por áreas normais (salteadas) Crescimento circunferencial da gordura mesentérica ao redor da parede intestinal Alça intestinal de aspecto EMBORRACHADO Úlceras aftosas na mucosa Úlceras lineares coalescentes produzindo seios com ilhotas de mucosa normal (PEDRA EM PAVIMENTAÇÂO DE RUA) · Microscopia Edema mucosos e submucoso Infiltrado inflamatório crônico – transmural Edema / Hiperemia / Telengectasia / Infiltração de células mononucleares / Hiperplasia linfóide GRANULOMA NÃO CASEOSO COM CÉLULAS GIGANTES DE LANGERHANS (fase tardia) 60 a 70 % dos pctes - Granulomas encontrado na parede e em linfonodos regionais · Quadro clínico Dor abdominal insidiosa, em cólica Diarreia Períodos assintomáticos Febre Perda de peso Perda de força Mal estar OBSTRUÇÃO Lesão crônica fibrosantes que estreita o lumen do intestino com obstrução parcial ou completa MANIFESTAÇÕES EXTRA INTESTINAIS: 30% dos pacientes, Eritema nodoso, Pioderma grangrenoso, Artrite e artralgia, Uveíte e Ireíte, Hepatite e Pericolangite · Diagnóstico Historia clínica Estudo contrastado: Pedras de pavimentação da mucosa, Ileo terminal estreitado (sinal do cordão de Kantor), Fístulas Endoscopia TOMOGRAFIA DE ABDOME Espessamento transmural MARCADORES SOROLÓGICOS Anticorpo antineutrofílico perinuclear (pAnca) Anti Saccharomyces cerevisae – (ASCA) · Tratamento A Doença de Crohn não tem tratamento Terapias paliativas e de alívio Medicações para indução e manutenção da remissão – Aminossalicilatos (Sulfassalazina e Mesalazina) Corticóide Imunossupressores (azatioprina, 6 mercaptopurina e metotrexate) Antibióticos Infliximab (anticorpo anti TNFα) · Hérnia encarcerada As hérnias inguinais são as mais frequentes 75% de todas as hérnias abdominais. Abaulamento intermitente na região inguinal, escroto ou grande lábio Uma hérnia inguinoescrotal é uma hérnia inguinal que se estendeu através do canal inguinal, para a área do escroto. Parte de um órgão – como, alças do intestino delgado – se desloca, através de um orifício (anel herniário) e invade um espaço indevido (saco herniário) Pode ser direta ou indireta Lado direito mais acometido (60%) Diagnóstico = clínico As hérnias encarceradas evoluem rapidamente para o estrangulamento quando não tratadas de imediato, e as alterações isquêmicas progressivas culminam em gangrena e perfuração do intestino herniado Dor no local Vômitos Parada de eliminação de gases e fezes · Exame físico Palpação de massa endurecida e dolorosa na região inguinal Massa na região inguinal e escrotal, que não pode reduzir-se espontaneamente Distensão Abdominal Sinais de sofrimento de alça (eritema local, redução difícil, sangramento pelas fezes, quadro obstrutivo, vômitos com fezes) Choque · Exames complementares Ultrassonografia Pode ser utilizado nos casos de dúvida diagnóstica, tendo a vantagem de ser um exame de baixo custo, com alta sensibilidade e especificidade Tomografia de abdome Pacientes com panículo adiposo espesso Nível liquido na área inguinal ou na bolsa escrotal · Tratamento Redução manual Cirúrgico (encarceramento maior que 12 horas e sinais de alarme) · Invaginação A intussuscepção é a causa mais comum, na infância, de obstrução do intestino delgado. Geralmente, ocorre com a invaginação do segmento proximal no distal. Do 5o ao 9o mês de vida 10%-15% dos casos ocorre após os 2 anos de idade Sexo masculino (60%-70%) 1:1.000 nascidos vivos · Etiologia Apenas 10% dos casos Divertículo de Meckel (75% dos casos), Pólipos intestinais (15% dos casos) Púrpura de Henoch-Schonlein Linfoma Duplicação ileal Qualquer inflamação vai causar aumento da placa de Payer · Quadro clínico Dor abdominal aguda Vômitos Eliminação de muco com sangue ("geleia de morango") pelo reto A dor, na fase aguda, é caracterizada como intermitente, cuja duração persiste por 4-5 minutos, com intervalos variados de aproximadamente 20 minutos · Exame físico Massa abdominal na flexura hepática direita - incidência de 48% Sinal de Dance – fossa ilíaca direita livre Apatia, letargia Toque retal – sangue ou cabeça da invaginação · Exames complementares Rx de abdome (inespecífico) Ultrassonografia (sensibilidade 100% - imagem em alvo ou pseudo rim) *. Transdutor no hipocôndrio direito Tomografia de Abdome (imagem em alvo) Enema opaco (pode ser tratamento), é um exame. Enema baritado Se fizer uma pressão com uma coluna de ar liquido, a invaginação pode reduzir, só faz em criança onde não se tem perfuração · Tratamento Enema com bário ou gás Cirúrgico · Bolo de Ascaris · Incidência e etiologia Áreas tropicais Saneamento básico precário História prévia de eliminação de vermes Os vermes podem causar obstrução quando se acumulam no intestino, pela excreção de neurotoxinas que vão provocar contração do intestino delgado (espasticidade) ou como causa de volvo · Exames complementares Raio x de abdome Enovelado de áscaris, sinais de obstrução intestinal. Ultrassonografia Identificação do enovelado de Áscaris lumbricóides · Tratamento Clínico Jejum Sondagem nasogástrica de alívio Hidratação parenteral Administração de antiespasmódico. Piperazina, na dose de 75 a 100mg/kg, Óleo mineral, na dose de 15 a 30ml, a cada duas horas, com o objetivo de facilitar a eliminação de vermes Nos casos em que não se observa melhora após 24 a 48 horas de tratamento clínico, ou quando houver suspeita de complicações intestinais, deve-se indicar cirurgia Quando se encontram alças intestinais viáveis, o único tratamento cirúrgico necessário é realização de manobras delicadas para se empurrar o novelo de vermes para o ceco. Se há comprometimento intestinal, realiza-se ressecção intestinal com a totalidade dos áscaris e anastomose término-terminal · Íleo biliar · Incidência 1 a 4% das obstruções intestinais mecânicas Idade – 65 a 75 anos Comorbidades associadas (diabetes e doenças cardiovasculares) 80 a 90% dos pactes Sexo feminino Antecedente de colecistite aguda (0,3 a 0,5%) 50 % dos casos tem história de doença biliar prévia Tem todos os sintomas de colecistite aguda a diferença é que tem obstrução (distensão abdominal) · Definição Obstrução mecânica secundária a impactação de um cálculo no lúmen intestinal Geralmente os cálculos são maiores que 2,5 cm O cálculo entra no trato gastrointestinal através de uma fístula colecistoentérica localizada entre a vesícula e o duodeno · FisiopatologiaColecistite Aguda Inflamação de vesícula e tecido adjacente Aderências a estruturas adjacentes Isquemia por redução do fluxo arterial, venoso e linfático Erosão da parede e formação da fístula colecistoentérica · Quadro clínico Dor Abdominal Aguda em cólica intermitente Náuseas Vômitos Febre Distensão abdominal TRÍADE DE MORDOR: história de litíase vesicular, sinais de colecistite, obstrução intestinal · Exames complementares TRIADE DE RIGLER (38% dos casos – Patognomônica) 1 -Aerobilia (gás no trato biliar) 2 -Obstrução Intestinal 3 - Cálculo biliar em situação aberrante · Tratamento Cirúrgico Colecistectomia associada · Obstruções intestinais baixas Causas intraluminais: Fecalomas, Bario, Corpo estranho Causas Intramurais: Carcinoma, Inflamação (diverticulite, doença de Crohn, linfogranulomas venéreos, esquistossomose, tuberculose), Doença de Hirchsprung (aganglionose), Isquemia Causas Intramurais: Radiação, Invaginação, Estreitamento de anastomose, Causas extraluminais, Aderências (raras), Hérnias, Tumores em órgãos adjacentes, Volvos · Volvo colônico O intestino fica rodado sob seu eixo mesentérico Obstrução parcial ou completa do lumen 5% dos casos de AAO nos EUA Mais comum no colon sigmoide (2/3 a 2/4 dos casos) Menos frequente no colon direito e válvula íleo cecal Colon sigmoide – meso longo com inserção parietal estreita que permite que as extremidades do segmento móvel se aproximem e torçam. Fatores associados: Constipação, Envelhecimento, Doenças neuropsiquiátricas, Drogas psicotrópicas (alteram a motilidade intestinal), Dieta rica em fibras e vegetais · Quadro clínico Obstrução aguda ou subaguda Dor abdominal aguda grave Vômitos Obstipação Distensão abdominal importante Timpanismo Pode ter história de volvo recorrente com resolução espontânea Acentuada distensão com pouca dor abdominal · Diagnóstico Raio X de abdome Cólon sigmoide dilatado Tubo interno dobrado com seu ápice no quadrante inferior direito Nivel hidroaéreo na alça dilatada Sem ar no reto Sinal do U invertido Sinal do Grão de café Sinal de Chilaiditi: Sinal radiológico que simula pneumoperitônio. Ocorre interposição da alça distendida na loja hepática provocando fígado timpânico e sinal de Jobert. · Diagnóstico Tomografia de abdome Dobra mesentérica característica · Tratamento Clínico Hidratação Descompressão por sonda retal ou colonoscopia Cirúrgico de urgência ou eletivo · Câncer de cólon e reto Causa mais comum de obstrução de intestino grosso no EUA 2 a 5% evoluem para obstrução completa Sinais e sintomas dependem da altura da obstrução Obstrução – maior probabilidade de reto e colon esquerdo Dor abdominal como se fossem câimbras Parada de evacuação e flatos Distensão abdominal Cólon se distende (gás deglutido + fermentação) Fezes e líquidos se acumulam proximal a região do bloqueio Suprimento sanguíneo comprometido Retorno venoso dificultado Edema localizado Oclusão arterial Isquemia Necrose OBSTRUÇÃO EM ALÇA FECHADA Parte proximal e distal do intestino estão fechadas Causas comuns – hérnia ou volvo No caso de tumor, de um lado está a lesão neoplásica e do outro a válvula ileocecal competente A pressão é tão grande – pode ocorrer necrose e perfuração · Diagnóstico História clínica (mais arrastada) Exame físico – massa palpável Raio X Tomografia de abdome · Síndrome de Ogilvie Descrita em 1948 – Sir William Heneage Ogilvie Pseudo obstrução do colon Distensão do colon Sinais e sintomas de obstrução Sem causa física real Doença maligna sem suspeita no eixo celíaco e gânglio semilunar Infiltração maligna de gânglios simpáticos Mas essa teoria não é muito fidedigna Pseudo obstrução primária – distúrbio de motilidade Miopatia visceral familiar Distúrbio difuso da motilidade que envolve a inervação autonômica da parede intestinal Pode ser modificada por dist de hormônios intestinais Alteração da inervação autonômica Pseudo obstrução secundária – mais comum Associa-se a: neuroléptico/opiáceo/ doença metabólica/ mixedema/ diabetes/ uremia/ hiperparatireoidismo/ lúpus/ esclerodermia/ Parkinson/ hematomas retroperitoneais pós trauma Hiperatividade simpática sobrepuja o parassimpático · Diagnóstico História clínica Raio x com distensão sem ponto de obstrução mecânica Raio X com distensão de intestino grosso Colonoscopia pode ser terapêutica · Tratamento Sonda gástrica, Hidratação, Neoestigmina Não é caso cirúrgico · Fecaloma Acúmulo de fezes endurecidas no reto e colón Retenção prolongada de material fecal · Sinais e sintomas Diarreia Saída de fezes liquidas pelo reto Dor retal e cólica intermitente Tenesmo Distensão abdominal Alteração do hábito intestinal (evacuações espaçadas) · Exame físico Distensão abdominal Moldura do colon palpável com fezes Massa palpável Toque retal – fezes endurecidas na ampola · Fatores pré disponentes Pouca ingesta líquida Uso de medicações Ingesta de poucas fibras Falta de atividade física Tônus muscular deficiente · Doenças associadas Meagcolon Congênito MegacolonTóxico Alterações do Sn autônomo · Diagnóstico História Exame Físico Toque retal Raio X Massa amorfa heterogênea com aspecto de miolo de pão (seta azul) Distensão de alça (seta amarela) No áscaris a pessoa vomita o verme essa é a diferença · Tratamento Tratamento clínico – oleo mineral e enteroclisma Cirúrgico – esvaziamento de fecaloma
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